terça-feira, 31 de março de 2009

Um pouco sobre a Bíblia


A Bíblia não nasceu Bíblia. Foi-se tornando. Ela é uma testemunha narrativa da ação de Deus na vida dos seus filhos. Em momentos específicos, Ele levantou líderes (ativistas como Moisés, juízes como Samuel, reis como Davi, profetas com Isaías, evangelistas como Marcos, apóstolos como Paulo) para conduzir/despertar esses Seus filhos com palavras/ações vindas d’Ele.

As falas de/sobre Deus, as ações de seus filhos e as ações d’Ele foram registradas em forma oral e escrita. Aos poucos, esse material foi se transformando em uma série de livros, que circularam entre o povo de Israel e depois entre os primeiros cristãos, compondo a Bíblia, que é, pois, Ação e Palavra de Deus.

O tema da Bíblia é Jesus Cristo, o Salvador. O objetivo da Bíblia é apresentar Jesus Cristo, o Salvador. O desejo do Autor da Bíblia é que os seus leitores sejam salvos (2 Tm 2.3-6). Só sabemos de Jesus o que a Bíblia nos diz.


A Bíblia é um relatório completo dos padrões de Deus para a vida dos seus filhos. Neste sentido, é um manual prático (Mt 5.43-48).


Extraído do livro: Introdução à Leitura da Bíblia

Autor: Israel Belo de Azevedo
Se desejar, faça o download do livro:

sábado, 28 de março de 2009

O pedido de oração mais importante do mundo

A oração mais importante é que o Ser mais importante do universo realize o que é mais importante no universo. Foi exatamente por isso que Jesus colocou este pedido no início da oração que ensinou aos seus discípulos: “Santificado seja o Teu Nome”.

Deus é o Ser mais importante do universo, muito mais importante do que todos os outros seres juntos.

“Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã.” (Isaías 40:17)

O ato sincero de santificar o Nome de Deus é o ato mais importante no universo.

“Santificar” significa “reconhecer a honra” que no caso de Deus, é separá-Lo em nossa mente e coração como extremamente magnífico, belo e valioso.

“Santificado seja o Teu Nome” significa: “Que o Senhor veja o Teu Nome honrado sobre todas as coisas. Usa o Teu infinito poder, sabedoria e amor para agitar bilhões de corações e mentes para que possam admirá-Lo e consagrá-Lo acima de tudo."

Assim nós estaremos pedindo ao Senhor que cumpra a Sua promessa:

“E eu santificarei o meu grande Nome, que foi profanado entre os gentios, o qual profanastes no meio deles; e os gentios saberão que eu sou o SENHOR, diz o Senhor DEUS, quando eu for santificado aos seus olhos.” (Ezequiel 36:23)

“Por amor de mim, por amor de mim o farei, porque, como seria profanado o meu Nome? E a minha glória não a darei a outrem.” (Isaías 48:11)


Peça ao Senhor que o ajude a fazer desta oração mais importante a sua oração mais comum. E a que você mais deseja ver respondida.


Autor: John Piper
Traduzido e adaptado por Marcos Aurélio

sexta-feira, 27 de março de 2009

Pureza por meio da esperança

E aquele que tem esta esperança, a si mesmo se purifica assim como Ele é puro.
I João 3:3

É essencial entendermos o que os escritores bíblicos queriam dizer com a palavra esperança. Quando nós dizemos "eu tenho esperança", nós geralmente queremos dizer que "eu não tenho certeza sobre o que vai acontecer, mas eu espero que será de tal forma". Para nós hoje, esperança é uma esperança do "eu acho que sim".

O significado bíblico da palavra é muito diferente. O elemento de incerteza não existe nesta palavra - quando você lê a palavra "esperança" deve pensar em "expectativa antecipada". Se aplica a algo que é certo, mas é uma esperança porque simplesmente ainda não aconteceu. A esperança gloriosa não é a esperança do "eu acho que sim". É a feliz expectativa - a alegre antecipação da volta de Cristo em glória como o "grande Deus e Salvador".

Então, João diz que quando você tem certeza que é um filho de Deus, você vai querer purificar-se. O que ele nos ensina? No versículo anterior (I João 3:2), lemos: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos."

Que gloriosa expectativa! Ser como nosso Senhor um dia - apesar de agora não sabermos como isso será - com certeza será glorioso. Ter um corpo como o de Cristo, ter uma vida como a de Cristo - maravilhoso! Nós O veremos como Ele é e seremos semelhantes a Ele. Isso é demais para sondar, mas não é demais para contemplar.

Embora não possamos vislumbrar isto adequadamente, nós podemos começar a pensar nisso. E à medida que pensamos, este pensamento deve transformar as nossas vidas. "Eu sou filho de Deus. Eu serei como Cristo. Ele é puro - eu serei puro. Por que esperar até lá para começar a viver uma vida de pureza?"

Tornar-se mais semelhante a Cristo é tornar-se mais puro a cada dia, removendo os elementos que nos contaminam e nos afastam de sermos inteiramente o que devemos ser. Que sejamos refinados por este pensamento: quanto mais nós contemplamos aquela semelhança com Cristo, mais iremos remover qualquer impureza da nossa vida.


Autor: Jay Adams
Livre tradução e adaptação: Marcos Aurélio
Fonte: Instituto para Estudos Noutéticos

quinta-feira, 26 de março de 2009

A ética do Evangelho

É importante observamos a excelência da Palavra na edificação de todos os crentes e na produção de justiça, santidade e benefício. Hoje, sempre nos falam sobre o lado "ético" do evangelho. Tenho pena daqueles para quem isso é novidade. Não descobriram isso antes? Sempre estivemos lidando com a ética do evangelho; na verdade, ele é inteiramente ético. Não há doutrina verdadeira que não tenha sido abundante em boas obras. Payson*, com sabedoria, disse: "Se há um fato, uma doutrina ou promessa na Bíblia que não produziu nenhum efeito prático em seu temperamento ou conduta, tenha certeza de que você não creu sinceramente". Todo ensino bíblico tem um objetivo e um resultado prático; e o que temos a dizer, não como matéria de descoberta, mas como assunto de simples senso comum, é o seguinte: se temos tido menos frutos do que desejaríamos com a árvore, suspeitamos que não haverá nenhum fruto quando a árvore não estiver mais ali e as raízes já tiverem sido arrancadas. A própria raiz da santidade está no evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, e removê-la, visando mais frutos, seria a maior insensatez.
Charles Spurgeon


* NOTA: Edward Payson foi um pastor congregacional em Rindge, New Hampshire. Embora Payson não seja tão conhecido hoje, ele era bem conhecido na primeira metade do século 19.

quarta-feira, 25 de março de 2009

A fé e a justificação na luta contra o pecado

"A fé que salva reconhece a Jesus como Salvador e Senhor e faz dele o maior tesouro da vida. Essa fé lutará contra qualquer coisa que se coloque entre o indivíduo salvo e Cristo. Sua marca característica não é a perfeição, nem a ausência de pecados. Quem enxerga na cruz uma licença para continuar pecando não possui a fé que salva. A marca da fé é a luta contra o pecado.

A justificação se relaciona estreitamente com a obra de Deus pregando nossos pecados na cruz. Justificação é o ato pelo qual o Senhor nos declara não apenas perdoados por causa da obra de Cristo, mas também justos mediante ela. Cristo levou nosso castigo e realiza nossa retidão. Quando o recebemos como Salvador e Senhor, todo o castigo que ele sofreu, e toda sua retidão, são computados como nossos. E essa justificação vence o pecado."

JOHN PIPER

A Luz do mundo nos faz enxergar

Certa vez, Jesus falou em alto e bom som: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará em trevas” (Jo. 8:12). A cegueira espiritual em nossos dias é muito grande, e somente Jesus Cristo pode oferecer a verdadeira luz, a luz que dissipa todas as trevas. Você já ouviu falar da história de Saulo, que perseguiu a igreja no tempo dos apóstolos? Saulo era um homem muito religioso e zeloso nas tradições judaicas. Ele odiava os cristão: perseguiu muitos cristãos e assistiu a morte de Estevão, que foi apedrejado diante de uma multidão.

Certamente o exemplo de Saulo é uma advertência constante para todos nós de que o zelo por alguma coisa não prova necessariamente que certa coisa é correta e que estamos no caminho certo. O zelo em si mesmo pode ser algo que cega o entendimento. Não há dúvidas quanto à cegueira de Saulo. Sua cegueira era seu zelo religioso, seu zelo por sua origem judaica, seu zelo pela tradição, seu zelo por sua religião histórica, seu zelo pelo estabelecido e aceito como regra de vida. Ele não queria abrir mão de tudo aquilo.

Mas Saulo teve um encontro pessoal com Jesus Cristo na estrada de Damasco. Ele viu uma luz tão forte, que abriu os seus olhos espirituais, e fez com que ele enxergasse além da sua tradição religiosa. Saulo de Tarso começou a enxergar o que antes não via, porque Jesus é a verdadeira Luz do mundo. Muitas pessoas hoje estão cegas, tateando em vão, vivendo apegadas às tradições e rituais vazios, que não trazem nenhum benefício para suas vidas. Estas pessoas precisam entender que Deus revelou a perfeita luz em seu Filho, Jesus Cristo.

Um encontro pessoal com Jesus, a Luz do mundo, nos faz enxergar a verdadeira razão da vida: nós existimos para glorificar a Deus e somente através de Jesus isto é possível. O maior milagre que pode acontecer na sua vida é enxergar com clareza, quando a Luz do mundo brilhar em seu coração.

Não basta apenas ir para o céu...

Estou lendo o livro "Deus é o Evangelho", escrito por John Piper. Neste excelente livro, o autor busca apresentar sem rodeios a essência do verdadeiro Evangelho. E uma das idéias de Piper que me chamou a atenção vem logo nas primeiras páginas do livro. Ele cita o escritor J. C. Ryle, alertando para o fato de que o Evangelho não é simplesmente uma bilhete para chegar ao céu. O Evangelho de Cristo efetua mudanças substanciais na vida de um filho de Deus.


Infelizmente, porém, quão pouco preparados para o céu estão muitos que falam em "ir para o céu” quando morrerem, ao mesmo tempo em que não manifestam qualquer fé salvífica, nem verdadeira familiaridade com Cristo. Esses não honram a Cristo neste mundo; não têm comunhão com Ele; não O amam. O que poderiam fazer no céu? O céu não seria lugar apropriado para eles. As alegrias celestiais não alegrariam essas pessoas. A felicidade celeste não poderia ser compartilhada com elas. As atividades que caracterizam o céu seriam canseira e enfado para o coração dessas pessoas. Se você está entre esses, arrependa-se e mude sua atitude antes que seja tarde demais.


J. C. Ryle

terça-feira, 24 de março de 2009

Cristo é a sua paz?

Em Efésios 2:14 a Bíblia nos diz que Cristo é a nossa paz. A paz entre as nações não passa de uma utopia. A paz universal só será estabelecida quando Jesus, o Príncipe da paz, reinar na terra. Sim, o Reino de Cristo será de paz: o mundo desfrutará da verdadeira paz que não existe desde que o pecado entrou neste mundo, com Adão e Eva. É evidente que o homem também não pode conhecer a paz em sua consciência e no seu coração enquanto não se reconciliar pessoalmente com Deus.

"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). Jesus Cristo fez a paz pelo sangue da Sua cruz. Então o crente, justificado por Jesus Cristo, tem paz com Deus, porque o fruto do perdão de Deus na vida do homem é a paz. Ao conhecer a Deus como Pai, confiamos a Ele nossas preocupações, e a paz "que excede todo o entendimento" guardará o nosso coração. (Filipenses 4:7).

Esta paz não é um sentimento vazio e passageiro, mas é uma forte certeza de que Deus nos salvou por sua graça. Aquele que tem a paz com Deus pode dizer com o coração alegre: "O SENHOR é o meu pastor; de nada sentirei falta" (Salmo 23:1). O próprio Senhor Jesus afirmou: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize" (João 14:27). Esta paz que Cristo oferece ao homem não acaba quando as dificuldades aparecem, mas se fortalece cada vez mais. Então eu gostaria de deixar uma pergunta com você: Cristo é a sua paz?

Marcos Aurélio de Melo
Texto compartilhado no Programa Viva com Cristo de 22.03.2009

segunda-feira, 23 de março de 2009

Por que somos salvos?

"Eu não consigo entender a razão pela qual sou salvo, exceto sobre a base de que Deus queria que isto fôsse assim. Eu não posso, se olhar sinceramente, descobrir qualquer tipo de razão em mim mesmo pela qual eu deva ser um participante da graça Divina. Se não estou neste momento sem Cristo, é somente porque Cristo Jesus tem Sua vontade para comigo, e que esta vontade é que eu deveria estar com Ele onde Ele estiver, e que deveria partilhar da Sua glória. Não posso colocar a coroa em nenhum outro lugar exceto sobre a cabeça Daquele cuja poderosa graça tem me salvado de seguir abaixo para o abismo. Foi Ele quem transformou meu coração, e me colocou de joelhos diante de Si."

Charles Spurgeon

sexta-feira, 20 de março de 2009

Frutos do Espírito em qualquer estação

"O crente que anda em novidade de vida deve produzir os frutos do Espírito em qualquer estação."


No Curso de Auto-Confrontação e Aconselhamento Bíblico, que está sendo ministrado pelo pastor da minha igreja (Pr. Argemiro R. S. Filho), os alunos são levados a repensar biblicamente os problemas que surgem na caminhada cristã. Partindo do pressuposto que a Bíblia é suficiente para apontar as soluções e encarando os problemas do ponto de vista de Deus, os alunos são instruídos a ter uma postura baseada somente na instrução que procede das Escrituras.

Na última aula ouvi uma frase que me chamou a atenção. O pastor Argemiro falou o seguinte: “Na igreja é o lugar mais fácil para o cristão apresentar os frutos do Espírito.” E eu concordo plenamente com esta afirmação.

Já tenho alguns anos de vida cristã e sei da enorme luta que o crente trava todos os dias para apresentar um testemunho pautado nas Escrituras. Na igreja, que é o lugar onde todos estão reunidos com um só propósito (glorificar a Deus em comunhão com outros irmãos), torna-se fácil demonstrar os frutos do Espírito listados em Gálatas 5:22. É importante perceber que fruto do Espírito não é “o que eu faço”, mas sim, “como eu faço”. Então, na igreja é bem fácil ter atitudes dirigidas por tais frutos do Espírito: amor, alegria, paz....

O grande problema para muitos crentes não é a vida na igreja, é a vida no seu dia-a-dia. É no cotidiano, fora da "aura religiosa”, que os embates são travados e muitos de nós somos confrontados. Muitas vezes agimos pela emoção, envolvidos pelo calor do momento, e assim não evidenciamos os frutos do Espírito de forma a glorificar o nome de Deus em nossas vidas.

É importante frisar que a vida do cristão não pode ser fragmentada em vida espiritual e vida secular. O crente não foi regenerado para produzir os frutos do Espírito somente nos momentos convenientes, quando os ventos sopram a favor e não há barreiras a vencer. O crente que anda em novidade de vida deve produzir os frutos do Espírito em qualquer estação. Seja no trabalho, na faculdade, na família, na igreja, no trânsito, enfim, não importa onde e nem quando. É imprescindível que a vida do cristão se mostre abundante na produção de frutos, pois a Videira à qual estamos ligados é o próprio Senhor Jesus.

A
mudança que Deus opera em nosso coração pelos meios da graça se estende para além das quatro paredes do templo em que nos reunimos todo fim de semana. Os frutos do Espírito precisam ser evidenciados em cada dia de nossas vidas, pois somente desta forma seremos agradáveis a Deus e úteis para o Reino.


Marcos Aurélio de Melo

O sentido da vida


"O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.”

João 10:10-11


Alguém falou com propriedade: “Hoje em dia a falta de um verdadeiro sentido para a vida impulsiona milhares de pessoas para as drogas, a violência, o desespero e o suicídio”. Um jovem de 16 anos escreveu em sua carta de despedida: “Queridos pais, por favor, não se culpem. Vocês me deram tudo o que podiam. Vocês não têm culpa. Mas é insuportável para mim não ter resposta para o sentido da minha vida. Já não posso agüentar esse absurdo. Por que devo viver se minha vida não serve para nada?”
A solução para o problema da falta de sentido para a vida começa com a aceitação do fato de que não somos produto do acaso. Deus é nosso Criador. Ele nos deu a vida. Querido leitor, você já pensou alguma vez que o próprio Deus quer que você viva? Além disso, Deus o fez com exclusividade, porque Ele não repete Suas obras. E Ele ama você.
Nisso se mostrou o amor de Deus: em que não tenha abandonado Suas criaturas à própria sorte quando caíram no pecado e se rebelaram contra Ele. Ao contrário, o Senhor pensou em salvá-las e para isso enviou Seu Filho como homem a este mundo como sacrifício pelo pecado. Jesus Cristo, o único que não cometeu pecado, morreu em lugar dos pecadores. Com o sacrifício de Sua vida pagou as culpas de todo aquele que clama pelo perdão divino.
Junto com o perdão, o pecador arrependido recebe uma nova vida, selada com o Espírito Santo. Uma vida totalmente nova, a vida do próprio Deus, que dá ao ser humano motivos para viver de maneira que agrade seu Criador e Senhor.
Fomos feitos para a glória de Deus. E esse é o sentido da vida. Qualquer outro propósito para o qual devotemos nossa existência será inútil, não trará satisfação nem significado. Pare um pouco e pense: qual o sentido da minha vida? Eu vivo para quê? Pergunte para Deus porque Ele criou você. Talvez você se surpreenda…


Nota: Extraído do devocional BOA SEMENTE de 20.03.2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Refletindo a luz do Senhor

"Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo." Filipenses 2:15.

Não há duvida nenhuma que Deus faz distinção entre aqueles que O amam e obedecem seus preceitos, e os desobedientes, pois Ele diz para nós nos tornarmos irrepreensíveis no meio de uma geração "corrupta e perversa".
Se alguém lhe perguntasse: Você deseja brilhar nesta vida, o que diria?
Com certeza, responderia que sim!
Veja, o próprio Deus está preocupado e ao mesmo tempo incentiva que cada um brilhe e se torne um luzeiro neste mundo.
Se tornar um luzeiro significa se tornar um farol para outras pessoas. A lua é um tipo de luzeiro que foi colocada para embelezar a noite (Gênesis 1:16), porém ela não possui luz própria...assim como nós não temos luz própria, mas a nossa luz vem de Deus.
Temos deixado Deus refletir Sua luz através de nós de modo que façamos a diferença onde estamos? Será que estamos nos "abastecendo" da Palavra e de um viver santo que ela sugere?
O que temos visto nesta tal geração corrupta e perversa são pessoas tentando apagar a luz dos outros, ao invés de buscar "brilhar" da maneira correta... e isto é muito mal. Os reflexos desta sombria atitude estão espalhados pela nossa sociedade causando descontentamento, ciúmes, discórdias, porfias, discussões...
É até comum ouvir isso: - Vou sair deste lugar em que trabalho, pois as pessoas são muito mundanas lá..." Onde a luz vai fazer mais a diferença? Onde já há luz, ou nas trevas?
Vamos nos achegar a Deus em santidade, pois Ele é nosso Sol de justiça e tem luz para todos. Veremos clarear o caminho diante de nós, trazendo luz, nas situações em que julgávamos difícil solução, pois para Ele não há nada encoberto...não há nada difícil...não há nada impossível...

Devocional por Vilson Ferro Martins

terça-feira, 17 de março de 2009

Afeições Religiosas - Apostila para estudo

Aconteceu no início deste mês no Seminário Batista do Cariri, Crato-CE, a Clínica Pastoral com o tema "Afeições Religiosas", baseada no livro em inglês de Jonathan Edwards. Não pude comparecer a este evento, mas no site do Seminário as mensagens com tradução podem ser ouvidas e a apostila que foi utilizada está disponível para download.
O link para o site do Seminário é: http://www.isbc.com.br.

Mas para facilitar podem ler aqui também. Este material vale a pena ser estudado, em espírito de oração, para que o Senhor nos oriente neste assunto de importância primordial.

Podemos notar que as afeições religiosas (o que há de mais íntimo na relação homem-Deus, através de Cristo) definem realmente se somos cristãos de fato. A Palavra de Deus é a única fonte onde podemos encontrar respostas para definir em que patamar nossas afeições por Deus estão colocadas.



PARA LER EM TELA CHEIA, BASTA CLICAR NO BOTÃO À DIREITA "TOGGLE FULL SCREEN".

Afeicões Religiosas Apostila marckmel Apostila do Seminário Batista do Cariri sobre as Afeições Religiosas, baseada no livro de Jonathan Edwards (Religious Affections).

segunda-feira, 16 de março de 2009

A Videira, os ramos e os frutos

Tendo como ponto de partida o texto bíblico que se encontra em João 15, o comentarista Mattew Henry nos oferece ensinos sobre a relação entre a Videira, os ramos e os frutos, na vinha do Pai. Precisamos ter consciência sobre esta relação vital, para que tenhamos condições de apresentar ao nosso Deus uma vida frutífera e abundante no seu Reino.


Jesus Cristo é a Videira, a Videira verdadeira. A união da natureza divina com a humana e a plenitude do Espírito que há n’Ele lembra a raiz da vida que frutifica pela umidade da boa terra. Os crentes são os ramos desta Videira. A raiz não se vê e nossa vida está escondida com Cristo; a raiz sustenta a árvore, lhe difunde a seiva, e em Cristo estão todos os sustentos e provisões. Os ramos da videira são muitos, mas ao unificar-se na raiz, se unem em Cristo.

O Pai é o Dono da videira. Nunca houve um dono tão sábio, tão cuidadoso com sua vinha como Deus por sua Igreja que, por isso, deve ser frutífera. Esperam-se uvas de uma videira, e do cristão espera-se um temperamento, uma disposição e uma vida cristã. Devemos honrar a Deus e fazer o bem, isto é, mostrar o fruto. Os estéreis são cortados. Até os ramos frutíferos necessitam de poda porque, no melhor dos casos, temos idéias, paixões e humores que requerem ser eliminados, coisa que Cristo tem prometido fazer por sua Palavra, Espírito e Providência. Quando são usados meios drásticos para avançar a santificação dos crentes, eles estarão agradecidos por tais meios que o Senhor escolheu. A Palavra de Cristo se dá a todos os crentes; e há nessa Palavra uma virtude que limpa ao operar a graça e desfazer a corrupção. Quanto mais frutos produzirmos, mais abundaremos no que é bom, e mais glorificado será o nosso Senhor.

Para frutificar, devemos permanecer em Cristo, devemos estar unidos a Ele pela fé. O grande interesse de todos os discípulos de Cristo é manter constante a dependência de Cristo e a comunhão com Ele. Os cristãos verdadeiros acham, por experiência, que toda interrupção do exercício da fé faz com que diminuam os afetos santos, revivam suas corrupções e adoeçam suas consolações. Os que não permanecem em Cristo, embora floresçam por um tempo na profissão externa, chegam, não obstante, a nada. O fogo é o lugar mais adequado para os ramos murchos; não são bons para outra coisa. Procuremos viver mais simplesmente da plenitude de Cristo, e crescer mais frutíferos em todo bom dizer e fazer, para que seja pleno nosso gozo n’Ele e em sua salvação.


TEXTO ADAPTADO
EXTRAÍDO DO COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO
AUTOR: MATTHEW HENRY

Fé salvadora, de acordo com A. W. Pink

Sabemos que as pessoas mortas em pecado não podem vivificar-se a si mesmas espiritualmente. Nós não fizemos nada a respeito de nosso nascimento físico, e do mesmo modo não podemos fazer nada em relação ao nosso nascimento espiritual. Segundo João 5:24, este novo nascimento significa "passar da morte para a vida". Uma pessoa espiritualmente morta não pode vivificar-se a si mesma, tal como uma pessoa fisicamente morta também não pode ressuscitar-se. João 6:63 diz: "O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita". (Outros textos que afirmam o mesmo ponto são: João 1:13; 5:21; 3:5-6; Tiago 1:18; 1 Pedro 1:23; Efésios 2:5, etc.). porém, fica claro que o Espírito Santo não dá a nova vida a todos.

Por que não? A resposta comum a esta pergunta é que nem todos confiam em Cristo. Muitos dirão que o Espírito Santo só dá a vida espiritual às pessoas que acreditam primeiro em Cristo. Mas esta resposta coloca as coisas numa ordem errada. Não é a fé que conduz à vida espiritual, mas a nova vida espiritual que nos é concedida traz com ela a fé. A fé salvadora não é algo que temos por natureza. 2 Tessalonicenses 3:2 diz que nem todos os homens têm fé. Efésios 2:1 diz que por natureza estamos mortos em nossos delitos e pecados. Então, se estamos espiritualmente mortos, não podemos ter fé, porque quem está morto não pode crer em nada.
A. W. Pink

sexta-feira, 13 de março de 2009

A verdade "incoveniente" sobre o inferno

A eternidade será o dia da verdade. Se você vive somente para este mundo, se importará pouco com a verdade. “Comamos e bebamos, que amanhã morreremos”. Se isso é tudo que existe, podemos muito bem chamar de “verdade” as idéias que protegem nossos apetites. Mas, se você vive para a eternidade, rejeitará as modas populares e efêmeras, para se tornar eternamente relevante.

Temos de valorizar a verdade acima do sucesso temporário. Onde a verdade é minimizada e as pessoas não estão nela arraigadas e fundamentadas, o sucesso é superficial, e a árvore cresce oca, embora floresça no sol da prosperidade. Que Deus nos dê um amor humilde e submisso pela verdade da Palavra de Deus, na profundeza e plenitude dela.

Ouçam a advertência de Paulo a respeito de nossos dias: “Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Tm 4.3). “[Eles] perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2 Ts 2.10).

Considere uma verdade que não é popular e tem sido abandonada por muitos que têm sobre a sua tenda a bandeira de “evangélico” — a verdade a respeito do inferno. Oh! que grande diferença existe quando uma pessoa crê no inferno — com tremor e lágrimas! Existe uma seriedade permeando toda a vida, uma urgência em todos os esforços, um condimento de profunda seriedade que tempera tudo e faz com que o pecado sinta-se mais pecaminoso, e a santidade mais santa, a vida mais preciosa, os relacionamentos mais profundos e Deus muito mais importante.

Encaremos os fatos. A doutrina do inferno não é “medieval”; é uma doutrina ensinada por Cristo. Não é um artifício do “clero medieval” para atemorizar o povo e fazê-lo dar dinheiro à igreja. O inferno é o julgamento deliberado de Cristo sobre o pecado. A imagem de vermes que não morrem e de fogo inextinguível deriva-se não da “superstição medieval”, e sim do profeta Isaías; e foi Cristo quem a usou enfaticamente... Ela nos confronta no mais antigo e menos “editado” dos evangelhos; está explícita em muitas das parábolas mais familiares e implícita em muitas outras. Esta figura tem, nos ensinos de Cristo, uma dimensão maior do que alguém possa perceber, até que comece a ler todos os evangelhos, em vez de selecionar e ler somente as passagens mais consoladoras. Ninguém pode se livrar desta doutrina, sem despedaçar o Novo Testamento. Não podemos repudiar o inferno, sem repudiarmos a Cristo.

Eu acrescentaria: existem muitas outras coisas que, abandonadas, também equivalerão ao eventual repúdio de Cristo. Não é por causa de uma lealdade ultrapassada que amamos as verdades da Escritura — nem mesmo as mais severas. É por causa do amor a Cristo — e por causa do amor para com o seu povo —povo esse que somente o Cristo da verdade pode salvar.

TEXTO DO PASTOR JOHN PIPER
EXTRAÍDO DO BLOG DA EDITORA FIEL


John Piper ainda escreveu em outro texto: "Os menores ajustes que os evangélicos fazem para se conformarem ao mundo na sua maneira de tornar as pessoas mais felizes à caminho do inferno não são suficientemente fundamentais para mim."
O alerta precisa ser dado! Mais importante do que o aquecimento global (uma verdade bastante "incoveniente"), a verdade sobre a existência do julgamento divino para o pecador no inferno precisa ser difundida sem rodeios, quer seja conveniente, quer não.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Como Calvino orava...

"Conceda, Todo-Poderoso Deus, que, visto que Tu nos deste teu Filho unigênito para nos governar, e O tens, por teu bom prazer, consagrado Rei sobre nós, para que estejamos perpetuamente a salvos e seguros sob a mão d'Ele contra todas as tentativas do diabo e do mundo inteiro — Ó, outorgue que nos permitamos ser regidos pela autoridade d'Ele, conduzindo-nos para que Ele continue sempre a velar por nossa segurança: e, como Tu nos confiaste a Ele, para que seja o defensor da nossa salvação, assim também não nos permitamos desviar nem cair, mas nos preservemos sempre em seu serviço, até que, por fim, sejamos reunidos naquele reino bendito e eterno, o qual proporcionaste para nós pelo sangue de teu único Filho. Amém."

João Calvino


Nesta oração, Calvino coloca-se totalmente na dependência de Deus e anela pela segurança que somente é certa aos pés de Cristo. Que possamos também ter nos lábios esta mesma oração de súplica, rogando ao Pai que nos guarde na sua bendita e graciosa mão!


____________________________



"Conceda, Todo-Poderoso Deus, que, visto que ora levamos conosco esse corpo mortal, sim, e pelo pecado fomentamos mil mortes dentro de nós — Ó, permita que, pela fé, dirijamos sempre nossos olhos em direção aos céus, bem como àquele poder incompreensível, que no último dia deve ser manifestado por Jesus Cristo nosso Senhor, de modo que, no meio da morte, esperemos que tu sejas nosso Redentor e gozemos aquela redenção, a qual Ele completou quando se levantou de entre os mortos; e não duvidemos de que o fruto que Ele então produziu por seu Espírito também chegará a nós, quando Cristo mesmo vier para julgar o mundo; e, desse modo, caminhemos no temor de teu nome, para que sejamos realmente congregados entre os membros d'Ele, para sermos participantes daquela glória, a qual por sua morte ele para nós conseguiu. Amém."

João Calvino


Nesta oração, Calvino expressa de maneira ardente o seu anseio pela glória celestial que está reservada a todo filho de Deus, remido e lavado no sangue do Cordeiro. Que possamos também ter um coração confiante na promessa da glória eterna que Deus tem reservado para aqueles que O amam.

Textos extraídos do Comentário de João Calvino sobre Oséias

terça-feira, 10 de março de 2009

A ausência da adoração

Uma das frases mais conhecidas do escritor A. W. Tozer é esta: "A adoração é a jóia ausente no meio evangélico moderno." Somos verdadeiros adoradores, na essência da palavra, conforme foi definida por Jesus Cristo? Ele nos disse que o Pai procura adoradores que O adorem em Espírito e em Verdade. Precisamos acordar desta letargia espiritual em que nos encontramos mergulhados. A vida que Deus nos deu é uma só, e devemos vivê-la com o objetivo de glorificar o Seu Nome Excelso. A adoração é um estilo de vida que nos dá a plena convicção da majestade de Deus sobre todas as coisas e, por isso mesmo, não há como servir a Deus de modo autêntico, sem render-lhe adoração genuína. Vejamos o que Tozer nos tem a dizer sobre esta jóia tão ausente nos nossos dias.



"A adoração é um imperativo moral. Em Lucas 19:37-40, toda multidão dos discípulos se achava adorando o Senhor quando Ele veio e alguns fizeram censuras. O Senhor lhes disse: "Asseguro-vos que. se eles se calarem, as próprias pedras clamarão".

A adoração é a jóia ausente no meio evangélico moderno. Somos organizados, trabalhamos, temos nossos compromissos. Temos quase tudo, mas existe uma coisa que as igrejas, até mesmo as evangélicas não têm: a capacidade para adorar. Não estamos cultivando a arte da adoração. Essa é a gema brilhante que falta na igreja de hoje, e acredito que devamos procurá-la até que possa ser encontrada.

Acho que devo estender-me mais um pouco sobre o que é a adoração e o que seria se existisse na igreja. É uma atitude, um estado de mente, um ato sujeito a graus de perfeição e intensidade. No momento em que Deus envia o Espírito de seu Filho aos nossos corações, dizemos "Abba" e estamos adorando. Esse é um lado. Mas muito diferente é sermos adoradores no pleno sentido da palavra no Novo Testamento."


A. W. TOZER

sábado, 7 de março de 2009

A Bíblia nos oferece esperança

Hoje muitas pessoas andam sem esperança. Algumas até já pensaram seriamente em dar fim à própria vida, cometendo suicídio. Diante da enorme falta de esperança no mundo, o que a Bíblia nos ensina sobre este assunto? O que podemos aprender da Palavra de Deus sobre a verdadeira esperança?

No livro de Romanos 15:4 lemos o seguinte: “Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.”

A Bíblia existe para revelar a vontade de Deus ao homem. Nas páginas da Bíblia podemos encontrar o plano perfeito de Deus para todo ser humano; é na Bíblia onde a verdadeira esperança pode ser conhecida. Mas a Bíblia não é um livro mágico, que transforma todas as dificuldades da vida em um mar de rosas. Precisamos ler a Bíblia com humildade, buscando entender o que Deus tem a nos dizer em cada uma de suas páginas. Meu irmão, você tem lido a Bíblia regularmente? Você tem renovado as suas esperanças através da leitura da Bíblia e do estudo da Palavra de Deus?

O grande pregador Spurgeon disse certa vez que “em cada versículo da Bíblia se encontra uma pedra preciosa, mas é preciso garimpar.” O Espírito Santo de Deus orienta o crente na leitura e aplicação da verdade da Palavra em sua vida, mas é necessário que sejamos estudantes da Palavra. Só assim poderemos extrair ricas lições do texto bíblico para as nossas vidas, que podem ser compartilhadas com outros irmãos também. Que nós tenhamos sempre a mesma vontade de fortalecer nossa esperança nas promessas de Deus, estudando a Bíblia.

E aqui um último conselho:
Não deixe que os ventos deste mundo derrubem sua fé na esperança que emana das Escrituras.

Marcos Aurélio de Melo

quinta-feira, 5 de março de 2009

O que é fé, por A. W. Tozer

Inicialmente, talvez seja útil saber primeiro o que a fé não é, a fim de podermos entender aquilo que ela é. Não é acreditar numa declaração que sabemos ser verdadeira. A mente humana foi feita de tal forma que acredita necessariamente quando a evidencia a ela apresentada é con­vincente. Não pode agir de outro modo. Quando a evidência não conse­gue convencer, a fé é impossível. Nenhuma ameaça ou castigo consegue obrigar a mente a crer quando existe evidência clara em contrário.

A fé baseada na razão é um tipo de fé, mas não se trata do ca­ráter da fé bíblica, pois segue infalivelmente a evidência e não pos­sui uma natureza moral ou espiritual. A ausência de fé baseada na razão também não pode servir para condenar ninguém, pois a evi­dência e não o indivíduo é quem decide o veredicto. Enviar um ho­mem para o inferno pelo único fato de seguir a evidência até a sua conclusão adequada seria demasiada injustiça; justificar um pecador dizendo que ele tomou suas decisões segundo fatos claros seria fazer da salvação o resultado das operações de uma lei comum da mente, aplicável tanto a Judas como a Paulo. Seria tirar a salvação da es­fera da vontade e colocá-la num plano mental, onde, segundo as Es­crituras, ela certamente não se enquadra.

A verdadeira fé se apóia no caráter de Deus e não pede outras provas além das perfeições morais d'Aquele que não pode mentir. Basta que Deus tenha afirmado, e se a declaração for contrária a cada um dos cinco sentidos e a todas as conclusões da lógica, o crente mesmo assim continua crendo. "Seja Deus verdadeiro e mentiroso todo homem" (Rm 3:4), é a linguagem da fé real. O céu aprova tal tipo de fé porque ela se eleva sobre as simples provas e se apóia no seio de Deus.

A fé, como apresentada na Bíblia, é confiança em Deus e em seu Filho Jesus Cristo. É a resposta da alma ao caráter divino, como revelado nas Escrituras, e mesmo esta resposta é impossível sem a operação do Espírito Santo. A fé é um dom de Deus à alma arre­pendida e nada tem a ver com os sentidos ou à informação por eles prestada. A fé é um milagre; é a capacidade dada por Deus para que confiemos em seu Filho, e qualquer coisa que não resulte em ação segundo a vontade de Deus não é fé, mas algo inferior a ela.

A fé e a moral são dois lados da mesma moeda. A moral é de fato a própria essência da fé. Qualquer fé em Cristo como Salvador pessoal que não submeta a vida da pessoa à obediência completa a Cristo é insuficiente e irá trair sua vítima no final.

O homem que crê obedecerá; a falha em obedecer é uma prova convincente de que não existe verdadeira fé. A fim de tentar o im­possível Deus deve conceder fé, caso contrário ela não existirá, e Ele só concede fé ao coração obediente. Há obediência quando há arre­pendimento; pois este não é apenas tristeza pelos erros e pecados do passado, mas também uma decisão de começar a fazer desde agora a vontade de Deus como revelada por Ele a nós.

Aiden Wilson Tozer

O que é pecado?

Estou lendo o Comentário Judaico do Novo Testamento, escrito pelo judeu messiânico David H. Stern. Tenho aprendido valiosas lições tiradas das páginas bíblicas por um judeu com conhecimento profundo sobre a cultura judaica e também sobre a missão do Messias. Jesus Cristo veio a este mundo com o propósito de ser o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, mas na sociedade em que estamos inseridos o conceito de pecado está bastante diluído. Aproveito-me deste pequeno texto de Stern para apresentar o assunto aqui no Blog Compartilhando.


"Nós vivemos numa época em que muitas pessoas não sabem o que é o pecado. O pecado é a violação da Torá, a transgressão da lei que Deus deu a seu povo para ajudá-lo a viver uma vida de acordo com seus desejos e ao mesmo tempo ser santo e agradável a Deus. Na assim chamada Era do Iluminismo, dois ou três séculos atrás, a noção de relativismo moral começou a ganhar espaço nas sociedades ocidentais. Sob a sua influência, as pessoas descartavam o conceito de pecado, considerando-o irrelevante. Segundo esse ponto de vista, não existem pecados, apenas doenças, azares, erros e as conseqüências da influência do meio ambiente, da hereditariedade e de aspectos biológicos (terminologia ocidental) ou do destino ou karma (oriental). De modo alternativo, reconhece-se que o pecado existe, mas apenas como definido na cultura de alguém – relativismo cultural que nega o conceito bíblico de pecado como o errado absoluto.

Muito da Bíblia preocupa-se em explicar o que é o pecado, qual é o salário do pecado e como podemos evitar essa punição e ter nossos erros perdoados. Além disso, mostra como podemos viver uma vida santa, livre do poder do pecado, agradando a Deus. Veja o livro de Romanos, especialmente Rm 5:12-21."

Extraído do livro: Comentário Judaico do Novo Testamento, David H. Stern

quarta-feira, 4 de março de 2009

Assim caminha a humanidade...

"Quem não nasceu de novo não entende e nem tem como aplicar os princípios de Deus na sua própria vida."

Afirmo isso baseado na Bíblia, não em conceitos abstratos. A Bíblia deve ser encarada como a revelação plena de Deus, e, partindo deste pressuposto, não posso deixar de crer no que ela ensina sobre o homem. Aliás, quem mais entende a respeito do homem é Deus, o Criador, que formou Adão do pó da terra e soprou nele o fôlego de vida. Nas primeiras páginas do livro de Gênesis observamos claramente a Palavra de Deus gerando vida, e nada melhor do que buscarmos as respostas na Bíblia para questões referentes ao homem.

O homem natural não consegue entender as coisas espirituais, porque para ele soam como loucura e delírio. Os intelectuais do passado e do presente idolatram a razão, em detrimento da fé. Assuntos espirituais , que colocam Deus no centro de tudo e o homem no seu devido lugar, não são bem vistos pela cultura humanista deste século. Ateus convictos não podem entender a graça de Deus, porque Deus para eles é um delírio. E assim servem como exemplos claros do texto de Paulo aos Coríntios:

"Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente."
(I Coríntios 2 : 14)

O ensino bíblico sobre o homem é coerente com os exemplos práticos que são observados no mundo. Pessoas cegas de entendimento buscam apoio numa idolatria desvairada e se inflamam na busca de prazeres, mas não reconhecem que as coisas espirituais são dignas de avaliação e apreciação. Este é o estado do homem não-regenerado.

Mas quando o Espírito de Deus opera o novo nascimento no homem, a luz do Evangelho resplandece em seu interior. Os princípios eternos e imutáveis de Deus passam a ter sentido e o ensino bíblico começa a ter valor. A busca por entendimento de verdades espirituais é uma obra divina no coração regenerado e qualquer outro ensino que contrarie este fato não passa no crivo das Escrituras.


Marcos Aurélio de Melo


terça-feira, 3 de março de 2009

No mundo, mas não do mundo

Há uns dias atrás, no feriado prolongado de Carnaval, tive a oportunidade de participar de um retiro onde o tema abordado foi o seguinte: "No mundo, mas não do mundo". Como cristãos precisamos manter a postura de peregrinos enquanto estivermos neste mundo. Devemos andar de modo digno do Evangelho de Cristo, que é diametralmente oposto aos princípios que regem este mundo em que vivemos. Vou me valer mais uma vez do escritor A. W. Tozer para nos alertar sobre este assunto.

"A fraqueza de certos cristãos reside no fato de que se sentem confortavelmente em casa no mundo. Na tentativa de conseguir se ajustar a uma sociedade degenerada perderam sua característica de peregrinos e se tornaram parte da mesma ordem moral contra as quais deveriam protestar. O mundo os aceita e os reconhece pelo que são. E esta é a pior coisa que pode ser dita a respeito deles."
A. W. TOZER

segunda-feira, 2 de março de 2009

Evangelho Genérico

"Também é preciso tomar cuidado com o Evangelho Genérico, que diz ter o mesmo princípio ativo, mas carrega outro nome em seu rótulo. O nome que faz a diferença não é o do pseudo-pregador que anuncia a si mesmo ou proclama o céu na terra somente para recrutar desavisados; o nome que faz toda a diferença é Jesus Cristo! Hoje a cruz foi substituida por liberalidade, a santidade deu lugar a conveniência e a renúncia pessoal deu lugar a prosperidade. Em nosso coração, no lugar de Cristo, esta assentado outro rei, um protoditador chamado hedonismo; a busca pelo prazer substituiu a busca por Deus, e por isso há este vazio tão grande nos corações e olhares de tantas pessoas."


Extraído do Blog BEREIANOS
Se desejar ler o texto na íntegra, siga o link.

O que é humildade, por John Piper

John Piper é um pastor e escritor americano que tem abençoado muitas pessoas com suas pregações e livros. Neste pequeno texto, Piper nos ensina cinco lições importantes sobre o tema "humildade". Você pode conhecer mais sobre o ministério de John Piper no site: DESIRING GOD


Saber o que é humildade é muito importante, pois a Bíblia diz: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pe 5.5); e: “Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado” (Lc 14.11). Deus nos diz pelo menos cinco coisas a respeito da humildade:

1. A humildade começa com um senso de submissão a Deus, em Cristo. “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor” (Mt 10.24). “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus” (1 Pe 5.6).

2. A humildade não sente que tem o direito de receber melhor tratamento do que o tratamento dado a Jesus. “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25.) Por conseguinte, a humildade não paga o mal com o mal. Não é uma vida baseada nos direitos percebidos. “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos... quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2.21-23).

3. A humildade afirma a verdade não para apoiar o “eu” com o domínio e triunfos dos debates, mas como um serviço prestado a Cristo e expressão de amor para com o adversário. O amor “regozija-se com a verdade” (1 Co 13.6). “O que vos digo às escuras... Não temais” (Mt 10.27,28). “Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus” (2 Co 4.5).

4. A humildade sabe que depende da graça de Deus para conhecer e crer. “Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Co 4.7.) “Acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma” (Tg 1.21).

5. A humildade sabe que é falível; por isso, reflete sobre o criticismo e aprende dele. Mas também sabe que Deus fez provisão para a convicção humana e nos convoca a persuadir os outros.Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. "Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido" (1 Co 13.12). "O sábio dá ouvidos aos conselhos" (Pv 12.15). "Conhecendo o temor do Senhor, persuadimos os homens" (2 Co 5.11).