sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O fundamento da nossa fé

No capítulo 15 da carta aos Coríntios, Paulo apresenta o ensino sobre a ressureição para fortalecer as bases doutrinárias da igreja de Corinto. Algum grupo herético estava semeando o falso ensino de que não existia ressurreição. Com base na filosofia grega, havia em Corinto uma forte tendência ao ceticismo que assinalava a morte como um ponto final. Do lado gentio, o dualismo ensinava que o corpo é mau em si (prisão da alma) e que não teria mais nenhum propósito após a morte. Do lado judeu, os saduceus encaravam a vida sob um ponto de vista materialista, a ponto de desprezar milagres que rompiam a ordem natural das coisas. Paulo rebate estes ensinamentos errôneos trazendo à tona a veracidade das Escrituras (vs. 3-4) e a confiabilidade das testemunhas que viram o Senhor ressurreto (vs. 6-8). A ressurreição dos mortos é um ensino bíblico no qual devemos perseverar (vs. 1), isto é, não deixando definhar a bendita esperança que nos motiva na peregrinação cristã.

A ressurreição de Cristo é o sólido fundamento da nossa fé

Esta afirmação pode ser comprovada por alguns argumentos com base no texto em 1 Coríntios 15: 1-19:

1. Sem a ressurreição de Cristo, a pregação do Evangelho perderia sua eficácia (vs. 14): “é vã a nossa pregação”. Sem o fundamento da ressurreição, a proclamação das benditas verdades do Evangelho perde totalmente a razão de ser, tendo em vista que não aponta para uma esperança real fora desta vida.

2. Sem a ressureição de Cristo, o cristianismo se tornaria sem sentido (vs. 14): “é vã a nossa fé”. Sem o fundamento da ressurreição, toda a doutrina e prática cristã se torna vazia e destituída de propósito efetivo. O cristianismo passa a ser meramente um conjunto formal de princípios morais para um viver adequado neste mundo.

3. Sem a ressurreição de Cristo, a verdade de Deus seria colocada em xeque (vs. 15): “temos asseverado contra Deus que Ele ressuscitou a Cristo.” As Escrituras apontam para a morte e ressurreição de Cristo de modo a glorificar o plano de salvação estabelecido desde os tempos eternos.

4. Sem a ressureição de Cristo, a penalidade do pecado continuaria sobre nós (vs. 17b): “ainda permaneceis nos vossos pecados”. A ressurreição foi uma prova de que Deus aceitou o sacrifício de Seu filho e que a justificação do pecador foi totalmente eficaz (Rm. 4:25), não restando mais nenhum débito em nome do pecador.

5. Sem a ressureição de Cristo, a morte ainda seria um estorvo para nós (vs. 18): “os que dormiram em Cristo pereceram”. O pecado de Adão trouxe morte a todos os homens (tanto física, quanto espiritual). De outra forma, o sacrifício perfeito de Cristo ratificado pela ressurreição gloriosa, traz vida abundante ao pecador (aqui e na eternidade).

6. Sem a ressurreição de Cristo, a nossa existência se resumiria em grande ilusão e frustração (vs. 19): “somos os mais infelizes de todos os homens”. Se não temos o que enxergar além dos horizontes desta vida tão breve, se nossos olhos não contemplam a realidade espiritual que está no porvir e se não conseguimos ter regozijo ante a esperança eterna, há sérios problemas com a nossa concepção de cristianismo.

 

Estudo EBD Jovens
IBR Jardim Amazonas / Petrolina