quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Não mais escravos

Não se pode dizer a um escravo: “Viva como um homem livre”; mas pode-se dizer isso a alguém que foi liberto da escravatura. Agora que estamos de fato mortos para o pecado —para o seu governo e reino —temos de considerar isso como uma verdade. Temos de manter diante de nós esta realidade de que já não somos escravos. Podemos agora erguer-nos diante do pecado e dizer-lhe não. Antes, não tínhamos hipótese, agora podemos escolher. Quando pecamos como cristãos, não o fazemos como escravos, mas como indivíduos com liberdade de escolha. Pecamos porque escolhemos pecar.

Resumindo, então, fomos libertos do reino e governo do pecado, do reino da injustiça. A nossa libertação resulta da nossa união com Cristo, na sua morte. Quando Cristo entrou neste mundo, entrou voluntariamente no reino do pecado, embora nunca tenha pecado. Quando morreu, morreu para este mundo do pecado (Romanos 6.10) e, através da nossa união com ele, nós morremos igualmente para esse reino. Temos de reconhecer o fato de que estamos mortos para o governo do pecado, de que podemos nos erguer e dizer não ao pecado. Devemos, portanto, guardar o nosso corpo, de modo que o pecado não reine em nós.

Vemos assim, que Deus fez provisão para a nossa santidade. Por meio de Cristo, libertou-nos do reino do pecado, de maneira que agora podemos resistir-lhe. Mas essa responsabilidade de resistir ao pecado é nossa. Deus não vai fazer isso por nós. Confundir o potencial para resistir (que Deus providenciou) com a responsabilidade de resistir (que é nossa) é concorrer para a tragédia da nossa busca de santidade.


Jerry Bridges, no livro: A busca da Santidade (versão Kindle)



Caminho dos homens X Caminho de Deus

Que diferença entre o caminho de Deus e o caminho dos homens. Por exemplo, muitos irmãos gostam tanto de ouvir um sermão bom, entendido como tal aquele que massageia o ego, aquele que eleva a auto-estima, aquele que promove a exaltação do “eu”. Estes mesmos irmãos, certamente não gostam nada de meditar nas bem aventuranças (Mt. 5:3-12). O Sermão do Monte é um golpe mortal desferido pelo próprio Senhor Jesus, contra esse tipo de sermões psicologizados, açucarados, que são exatamente o contrário do que Jesus ensinou. Que caminhos diferentes.

Contrariamente aos caminhos do homem, o caminho de Deus nos leva a nos ajoelhar diante dele, reconhecendo a sua santidade e a nossa miséria espiritual. O caminho do Senhor nos faz chorar por causa dos nossos pecados. O caminho do Senhor nos torna mansos e gentis em nossos relacionamentos. O caminho do Senhor nos leva a considerar a honestidade, de sorte que as nossas atitudes sejam compatíveis com a nossa confissão, concedendo-nos sede de justiça, e o desejo de crescer na graça e na santidade. O caminho do Senhor nos faz ser misericordiosos com os desventurados, porque conhecemos as desventuras causadas pelo pecado. O caminho do Senhor nos transforma em pacificadores, mas também nos traz perseguições, injúrias, insultos, exatamente por causa da justiça e por causa de Cristo com  quem nos identificamos. Que caminhos diferentes. Que Deus nos conceda graça de andar no seu caminho.

Fonte:
Igreja Presbiteriana Jardim Treze de Maio