sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Um namoro excelente

A chave para qualquer relacionamento e para qualquer decisão correta na vida é a INTEGRIDADE. No relacionamento com Deus, Ele requer de nós integridade, o que envolve devotar-Lhe todo o nosso ser (coração, alma e entendimento) em amor e obediência. Deus não se agrada que sejamos pessoas divididas entre duas ou mais afeições, pois Ele se relaciona com a inteireza do nosso ser. A integridade também deve ser a marca de nossas amizades. Não podemos criar vínculos fortes com nossos semelhantes sem que a inteireza de propósitos e expectativas sejam colocadas à mesa. É triste ver relacionamentos que se rompem com facilidade porque não há integridade por parte das pessoas envolvidas. Da mesma forma, quando pensamos em namoro cristão com excelência é fundamental que haja integridade entre o casal, até porque o propósito maior dos laços estabelecidos no namoro é o estreitamento de vínculos para o casamento. Se não for este o propósito, perde-se totalmente a direção e não haverá avanço efetivo no relacionamento a dois.

O namoro cristão não deve ser uma espécie de passatempo ou apenas enrolação. Quando não há uma visão orientada para o futuro, apenas com ênfase em viver a intensidade do momento "aqui e agora", o casal de namorados corre um sério risco de contrair a paixonite aguda. Por isso que o casal cristão de namorados deve rejeitar de pronto a mentalidade mundana que é vendida nas propagandas e filmes do cinema. O homem e mulher que desejam honrar a Deus não devem se submeter ao padrão vigente nesta sociedade que jaz no maligno, pois o padrão de Cristo para os remidos é mais elevado e mais excelente.

Concentrar na intimidade física é claramente pecaminoso. Deus exige pureza sexual do Seus filhos. E Ele faz isso para o nosso próprio bem. O envolvimento físico na maioria das vezes distorce a perspectiva de cada um dos namorados e os leva a tomar decisões erradas. Muita energia desnecessária é gasta no processo de aumentar a intimidade física de um casal, mas os resultados não serão proveitosos. O envolvimento físico faz com que duas pessoas se sintam próximas, quando na realidade seus corações estão totalmente distantes um do outro. Assim, o relacionamento é nada mais do que uma ilusão.

Com base no que o pastor Hernandes Dias Lopes postou no início deste ano, quero comentar alguns pontos que se referem ao namoro entre cristãos. O namoro pode ser a antessala de um bom casamento ou o prelúdio de um grande desastre. Para se ter um bom namoro, alguns princípios devem ser observados:

1) Ouvir os conselhos dos pais (honrar e submissão os pais é fundamental, em qualquer estágio de nossas vidas, pois os nossos pais são autoridades constituídas por Deus para nos orientar);

2) Namorar uma pessoa de caráter (busque ser alguém que se submeta aos valores e princípios cristãos, e procure uma pessoa assim também);

3) O namoro precisa ser respeitoso (nada de querer se aproveitar da outra pessoa, fazendo dela um objeto para satisfação de desejos carnais e egoístas);

4) O namoro precisa objetivar o casamento (se não há este objetivo, é melhor que não dar prosseguimento ao relacionamento, evitando maiores frustrações e pecados ao longo do tempo);

5) O namoro precisa ser regado de afeto e não de atitudes egoístas, possessivas, ciumentas e agressivas (os frutos do Espírito devem estar presentes em qualquer relacionamento: amor, alegria, paz, longanimidade, fidelidade, mansidão, domínio próprio);

6) O namoro precisa ser com uma pessoa que conheça a Deus (namorar com ímpios é uma afronta ao Senhor que nos remiu por meio de um alto preço, um jugo desigual não vai acabar bem);

7) O namoro precisa tornar os namorados mais felizes (quando o namoro aprisiona os dois num relacionamento centralizador, até com agressões verbais ou físicas, é um claro sinal de que o trem não está nos trilhos).

O homem que pretende namorar deve ser homem o suficiente para tratar uma mulher corretamente, sabendo que está submisso ao que Deus diz em Sua Palavra, esforçando-se para ser verdadeiro e íntegro em todas as suas ações. As mulheres devem lembrar sempre que o seu namoro precisa apresentar um padrão elevado, exigindo tudo que é real e honesto para o bem do relacionamento. Os bons namoros exigem trabalho, paciência, autodisciplina, sacrifício e submissão. Nesta trilha haverá choro e dor, mas os resultados produzidos serão excelentes, sem os quais o casamento não resistirá às tempestades e dificuldades da vida a dois.

Como servos e filhos de Deus, o homem e mulher cristãos precisam rejeitar com vigor as noções egoístas de que o namoro tem a ver com o que pode ser obtido ao invés do que pode ser dado. O apóstolo Paulo escreveu: “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Filipenses 2:4). Além disso, cada relacionamento é uma oportunidade para dar forma e expressão ao amor de Cristo. O mundo saberá que seguimos a Cristo pela maneira como amamos uns aos outros. É nosso privilégio como cristãos mostrar a este mundo em trevas um padrão excelente de um namoro que visa a glória de Deus, sem artíficios carnais, mediocridade ou chantagens emocionais.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Contracultura cristã

Comentando sobre o discurso mais conhecido de Jesus, o Sermão do Monte, John Macarthur nos apresenta um resumo bem claro das palavras do Mestre. Observe que Jesus deixou evidente que a mensagem do cristianismo que Ele mesmo inaugurou é diametralmente oposta a tudo que este mundo defende e valoriza.

Os “pobres em espírito” (v. 3) são os que sabem que não têm recursos espirituais próprios. Os que choram” são pessoas contritas, que realmente sofrem por causa de seus próprios pecados. Os humildes” (v. 5) são os que realmente temem a Deus e sabem que não são dignos à luz da santidade de Deus. Os que têm fome e sede de justiça” (v. 6) são os que, tendo se desviado do pecado, anseiam o que Deus ama. Essas quatro bem-aventuranças são qualidades internas da fé autêntica. Descrevem o estado do coração do cristão. Mais especificamente, descrevem como o cristão se vê diante de Deus: pobre, triste, humilde e com fome.

As últimas quatro bem-aventuranças descrevem as manifestações externas dessas qualidades. Concentram-se principalmente no caráter moral do cristão e descrevem como deveria ser o cristão autêntico para um observador objetivo. “Os misericordiosos” (v. 7) são os que, como beneficiários da graça de Deus, estendem essa graça aos outros. “Os puros de coração” (v. 8) descrevem pessoas cujos pensamentos e ações são caracterizados pela santidade. “Os pacificadores” (v. 9) referem-se principalmente àqueles que espalham a mensagem da “paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1) — que é a única paz verdadeira e duradoura. E, obviamente, “os perseguidos por causa da justiça” (Mateus 5:10) são cidadãos do reino de Cristo que sofrem por causa de sua associação e de sua fidelidade a Ele. O mundo os odeia porque odeia Cristo (João 15:18; 1 João 3:1,13).

A ordem é significativa. Quanto mais à risca a pessoa viver de acordo com as sete primeiras bem-aventuranças, mais sofrerá a perseguição mencionada na oitava. Todas essas qualidades divergem radicalmente dos valores do mundo. O mundo valoriza mais o orgulho do que a humildade, ama a alegria ao pranto, acredita que a agressividade obstinada é superior à verdadeira mansidão e prefere a satisfação dos prazeres da carne a uma sede da verdadeira justiça. O mundo considera com total desprezo a santidade e a pureza de coração, desdenha todo pedido de paz com Deus e constantemente persegue quem é, de fato, justo. Jesus não poderia ter inventado uma lista de virtudes que estivesse mais em desacordo com sua cultura.

 

JOHN MACARTHUR
LIVRO: A OUTRA FACE DE JESUS