sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sobre a ansiedade

“Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida” (Mateus 6:25)


INTRODUÇÃO

A ansiedade tem sido considerada um mal necessário da vida moderna. Mas precisamos recuperar a visão bíblica sobre a ansiedade, pois ela tem o poder de minar a nossa fé a ponto de desprezarmos o cuidado amoroso que Deus tem por cada um de nós. Nesta parte do Sermão do Monte, Jesus mostra aos discípulos a necessidade de um coração livre das amarras da ansiedade.
Uma das marcas da maturidade cristã que devemos buscar é a confiança na vontade de Deus, fundamentada na certeza de Sua sabedoria, santidade, soberania e bondade. Nossa tendência é fixar a atenção nos “afazeres da vida” de tal modo que esquecemos que o propósito de Deus zela pelo nosso bem. Este andar ansioso nos faz vaguear pela vida sem o rumo certo, que é a glória do Senhor em tudo o que fazemos (1 Co. 10:31).
A palavra grega (merimnate) traduzida como “andeis ansiosos” vem de uma raiz (meridzo) que sugere ser puxado em duas direções ou estar com atenções divididas, o que se manifesta em ansiedade e perturbação. É a mesma palavra utilizada em Lucas 10:41 para descrever a atitude de Marta, e também em Mateus 13:22. Neste texto, a proibição de Jesus tem muito a nos ensinar: Deus e sua vontade são inevitavelmente retirados do coração daqueles que vivem em constante temor de que possam a qualquer momento ser privados das necessidades da vida.


OBSERVAÇÕES:

1. Jesus não está ratificando a indolência ou inutilidade do trabalho diligente. Muito pelo contrário, o ensino aqui está focado na inutilidade das preocupações, que roubam o nosso vigor para o dia de hoje e tornam o coração endurecido ante a providência divina. Descansar em Deus não significa cruzar braços e esperar sentado. O Senhor não irá fazer aquilo que é da nossa inteira responsabilidade. Alguns textos: Pv. 6:6-11; 24:30-34; Ec. 4:10; 2 Ts. 3:10.

2. Jesus não está afirmando que o filho de Deus nunca sofrerá necessidades. Neste mundo em que vivemos, muitos cristãos experimentam a fome, a sede e a nudez (1 Co. 4:11, Rm. 8:35). O ponto principal aqui é a consciência de que Deus nunca deixará de demonstrar o seu rico favor mesmo que a “figueira não floresça e não haja fruto da videira.” O otimismo dos cristãos repousa solidamente no amor de Deus, um amor já maravilhosamente demonstrado por meio de Cristo Jesus ao entregar-se espontaneamente por pecadores indignos.

3. Jesus está ensinando que ansiedade e fé são incompatíveis. Um coração ansioso não abriga a genuína fé, pois os cuidados e preocupações com o amanhã usurpam a paz que excede todo entendimento (Fl. 4:7). Quando agimos com base em nossa ansiedade, cometemos precipitações e acabamos acumulando frustrações. Quando agimos com base na fé, temos a convicção de que os resultados serão divinamente orientados para o nosso bem (Rm. 8:28).


CONCLUSÃO:

A ansiedade não altera as condições da vida e nem aumenta a sua duração, portanto se mostra completamente inútil. “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Mateus 6:27). O pastor John Piper escreveu: “Cultivar ansiedade mostra que estamos perto do mundo e longe de Deus. Não fique ansioso, seu Pai amoroso sabe do que você precisa agora e para sempre.”

Quem se concentra nos tesouros desta terra vive em total ansiedade. Mas quem se concentra nos tesouros do céu encontra a suficiência de Deus em seu viver. A certeza de que as nossas vidas estão no absoluto controle do Senhor e que Ele realmente tem cuidado de nós (1 Pe. 5:7), impulsiona nossa visão para o alto. Nossa vida não é um barco à deriva no mar da vida, mas uma nau governada pelo Senhor que, mesmo navegando por águas revoltas, chegará salva e segura no porto destinado por Deus. Portanto, não permitamos que a incredulidade nas promessas do Soberano Senhor domine nossas vidas e que sejamos dirigidos pela firme convicção de que Deus não desampara os Seus filhos em nenhum momento.

ESTUDO EBD – JOVENS IBR Jardim Amazonas

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O foco do amor bíblico

Jesus convida os Seus para um relacionamento de amor com Ele e de uns para com os outros. A alegria dos Seus deve ser encontrada nEle, não em si mesmos. O amor deles vem de Seu amor por eles. Assim o amor deles, de um para o outro, não vem do amor-próprio e da auto-estima, tampouco aumenta a auto-estima. A ênfase está na comunhão, na frutificação e na prontidão para ser rejeitado pelo mundo. A identificação do crente está em Jesus ao ponto de sofrer e segui-lO até a cruz. Somente através da semântica forçada, da lógica violentada e da exegese ultrajada alguém pode querer demonstrar que a auto-estima é bíblica ou mesmo parte da tradição ou do ensino da igreja.

O foco do amor na Bíblia é para cima e para fora ao invés de ser para dentro. O amor é tanto uma atitude como uma ação de uma pessoa para com a outra. Embora o amor possa incluir sentimentos e emoções, ele é essencialmente uma ação determinada pela vontade para a glória de Deus e para o bem dos outros. Assim, quando Jesus disse: "Amarás, pois o Senhor, teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força" (Mc 12.30), Ele quis explicar que todo o nosso ser deve estar comprometido para amar e, portanto, agradar a Deus. O amor a Deus é expresso com um coração agradecido e determinado a fazer o que agrada a Ele de acordo com o que está revelado na Bíblia. Não se trata de um tipo de obediência mecânica, mas de um desejo para conformar-se à Sua graciosa vontade e de concordar que Deus é a fonte e o padrão para tudo que é certo e bom.

A segunda ordem é uma extensão ou expressão da primeira: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12.31). João acrescentou detalhes a respeito. Ele descreveu a seqüência do amor. Em contraste com os mestres do amor-próprio, que dizem que as pessoas não podem amar a Deus e aos outros até que amem a si mesmas, João diz que o amor começa em Deus e, então, se estende aos outros: "Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão" (1 Jo 4.19-21).

Deus nos amou primeiro, o que nos capacita a amá-lO, o que se expressa, então, em amar uns aos outros.Deus nos amou primeiro, o que nos capacita a amá-lO, o que se expressa, então, em amar uns aos outros.

Desde o primeiro fôlego de Adão, os homens foram destinados a viver em relacionamento com Deus, e não como egos autônomos. A Bíblia inteira está apoiada nesse relacionamento, porque após responder ao fariseu, afirmando que o grande mandamento é amar a Deus e o segundo é amar ao próximo como a si mesmo, Jesus acrescentou: "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas " (Mt 22.40). Jesus veio para nos livrar do ego e para restabelecer esse relacionamento de amor para o qual fomos criados. Durante séculos, foram escritos livros sobre amar a Deus e uns aos outros. Contudo, atualmente, cada vez mais, a igreja está sendo inundada por literatura ensinando-nos como amar-nos melhor, nos estimarmos mais, aceitar-nos como somos e desenvolvermos o nosso próprio valor.

FONTE:
Martin e Deidre Bobgan BDM 12/97 – extraído e/ou adaptado das edições 3-4 e 5-6/96 da PsychoHeresy Awareness Letter - http://www.chamada.com.br.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Um viver sob a ótica correta

Como discípulos de Cristo precisamos viver sob a ótica correta. Deus requer de cada um de nós que sejamos luz, e que esta luz seja um farol para que outros conheçam a pessoa bendita de Cristo. Para isso precisamos enxergar a vida sob a perspectiva correta, de uma forma totalmente diferente como este mundo está acostumado a enxergar.

Qual é a sua cosmovisão?
O termo cosmovisão quer dizer o modo pelo qual uma pessoa vê ou interpreta a realidade a sua volta. Este processo molda aquilo que cremos, afeta como vivemos, forma nossos valores e governa nossas ações, inações, ou reações na vida. Precisamos enxergar a vida por meio das lentes das Escrituras. Somente por meio da orientação do próprio Deus teremos uma visão acurada para não tropeçarmos neste mundo.

"Os olhos são a lâmpada do corpo"
Ao dizer que os “olhos são a lâmpada do corpo”, a ênfase de Jesus não é sobre a fisiologia humana. Ele quer nos ensinar a respeito da grande influência que os nossos desejos exercem sobre as nossas vidas. Nosso corpo vai onde nossos olhos estão focados, e nossos olhos terão o foco naquilo que o nosso coração deseja. Se nosso coração deseja coisas mundanas, então coisas mundanas serão o nosso foco e é isso que vamos perseguir. Porém, se nosso coração verdadeiramente deseja as coisas de Deus, então nossos olhos vão estar fixos nestas coisas, e nós vamos buscá-las de todo coração.

O que nos mostra se o olho é bom, é como ele enxerga Deus em relação aos atrativos deste mundo. O olho bom vê Deus e Seus caminhos como o grande Tesouro na vida, e não o dinheiro ou quaisquer coisas passageiras que este mundo nos oferece diariamente.

Todos os ídolos que se estabelecem no coração do homem são resultado de um olhar distorcido para as coisas que nos cercam. O olho mau enxerga o "aqui e agora" como tudo o que realmente importa. É uma visão marcada pelo imediatismo e pelo materialismo. Jesus quer alertar que este tipo de visão coloca nossas vidas em densas trevas. Muitos cristãos estão tateando no escuro porque passaram a amar este mundo da forma errada.

“Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti.”(Pv. 4:25)


APLICAÇÕES:
Não alimente seus olhos com a impureza. Faça uma aliança com seus olhos para não entregá-los à lascívia (Jó 31:1). Desvia os seus olhos daquilo que pode ser um tropeço para seu coração, como a pornografia, pois ela certamente será uma cova para seus pés.

Não alimente seus olhos com as riquezas materiais. Alguém que está iludido com o materialismo perde o bom senso e fará qualquer coisa para obter o que o seu coração deseja (1 Tm. 6:10). Muitos nesta cobiça já se desviaram da fé em Cristo.

Não alimente seus olhos com a glória pessoal. Muito cuidado com os elogios que recebe. Cultive sempre um coração humilde que reconhece que a Deus pertence toda glória. Tudo que fazemos não deve estar mascarado com o objetivo de nos tornar o centro das atenções.

Não alimente seus olhos com falsas alegrias. O discípulo entende que a verdadeira alegria este mundo não pode oferecer. Por isso, seu coração não encontra alegria no que a mídia sugere através de filmes, músicas e novelas.

Devemos vigiar constantemente para que a luz que afirmamos ser não se torne apenas um conceito religioso sem efeito nenhum. Onde está o nosso brilho como servos de Cristo Jesus? Que o nosso olhar esteja direcionado para o Autor e Consumador da nossa fé, e assim correremos com perseverança a carreira que nos está proposta (Hb. 12:1-2).


MARCOS AURÉLIO DE MELO
ESTUDO EBD JOVENS
SERMÃO DO MONTE


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Oito razões para estudar a Bíblia

1) Devemos estudar a Bíblia para crescermos na fé (Rm. 10:17)

2) Devemos estudar a Bíblia para crescermos na alegria (Sl. 19:8, 10)

3) Devemos estudar a Bíblia para crescermos na justiça e nas boas obras ( 2 Tm. 3:16-17)

4) Devemos estudar a Bíblia para crescermos em discernimento (Hb. 5:12-14)

5) Devemos estudar a Bíblia para crescermos em sabedoria (Sl. 119:98; Sl. 19:7)

6) Devemos estudar a Bíblia para crescermos em progresso no nosso relacionamento com Deus (Sl. 1:1)

7) Devemos estudar a Bíblia para crescermos em nossa habilidade para defender a relevância do Evangelho (1 Co. 15:1-4)

8) Mas acima de tudo, devemos estudar a Bíblia para conhecermos Jesus (Mt. 5:17; Lc. 24:44; Jo. 5:39; 1 Co. 10:4; 2 Co. 1:20). Sem conhecer Jesus você não pode entender a Bíblia; mas sem conhecimento da Bíblia você não pode entender Jesus. Nosso objetivo em conhecer a Bíblia é conhecer Jesus.


Freeman