sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cinco razões porque você precisa estudar teologia

Palavras como teologia e doutrina carregam conotações negativas para muitos cristãos. Isto é uma grande tragédia porque acredito firmemente que cada cristão tem que estudar teologia, em certa medida, na sua caminhada cristã. Existem muitas razões pelas quais destaca-se a necessidade de estudar teologia. Sem seguir nenhuma ordem especial, aqui estão cinco razões porque você precisa estudar teologia.

Você já é um teólogo...
Por que você precisa estudar teologia? Porque a teologia não é algo restrito somente a um professor de Teologia - todos nós cremos em algo sobre Deus e, portanto, somos teólogos em nossa própria essência. No entanto, o que deve ser perguntado é se o que você acredita está correto, e o estudo da teologia pode ajudar a responder a essa pergunta.

Seu amor por Jesus está intrinsecamente ligado com o seu conhecimento da Sua Palavra...
Por que você precisa estudar teologia? Porque Jesus disse, "Se me amais, guardareis os meus mandamentos." (João 14:15) Eu ouvi alguém observar que um certo cristão não precisa ter sido “o grande” teologicamente, mas que estava tudo bem, porque ele realmente amava a Jesus. No entanto, Jesus diz que se O amamos, nós guardaremos (obedeceremos) os Seus mandamentos. Como podemos obedecer-Lhe, se não estudarmos a Sua Palavra para justamente saber quais são os Seus mandamentos?

Sua doutrina vai determinar o modo como você vive ...
Por que você precisa estudar teologia? Porque o que você acredita (a sua doutrina) irá determinar o modo como você vive (sua prática). Isto pode ser visto na vida cotidiana. Se você acredita que algo é venenoso, você simplesmente não irá beber. Da mesma forma, suas crenças sobre Deus e Sua Palavra determinam o modo como você vive dia a dia. Por exemplo, se você acredita que Deus fala apenas através de Sua Palavra, então você irá estudá-la com diligência, no entanto, se você acredita que Deus fala através de vozes audíveis, então você vai ouvir qualquer voz mesmo com volume baixo. O referido exemplo apresenta consequências drasticamente distintas de como uma pessoa vai ter conhecimento sobre a vontade de Deus para sua vida, e mostra por que é necessário estudar teologia.

Suas afeições irão determinar o que você estuda...
Por que você precisa estudar teologia? Porque onde são colocadas as suas afeições determina em que você gastará o seu tempo estudando. Se o seu hobby é fotografia, você desejará estudar o assunto para saber como melhorar as suas fotografias, bem como para aumentar o seu amor e apreço por esta atividade. Do mesmo modo, se você é um cristão e sua principal afeição está em Deus, por que você não quer estudar Sua Palavra para aumentar o seu amor e apreço por Ele e pelo Seu Evangelho?

Sua humildade depende disto...
Por que você precisa estudar teologia? Porque sem estudar teologia, é possível que você irá pensar demasiadamente a respeito de si próprio, e não o suficientemente a respeito de Deus. É verdade que o saber ensoberbece (1 Coríntios 8:1), contudo o estudo das Escrituras, sua correta compreensão e aplicação, dará a você, por exemplo, o conhecimento da depravação absoluta e miséria do homem diante de Deus e também da magnificência de Deus, Sua santidade, soberania e graça, que nos permitem adorar ao Senhor de joelhos em santa humildade.

Que Deus seja glorificado em você ao estudar teologia, quando humildemente você abrir a Sua Palavra com o desejo de saber mais sobre a Sua revelação especial para o homem.




Tradução e adaptação: Marcos Aurélio de Melo
Original em inglês: http://cal.vini.st/2009/02/five-reasons-you-need-to-study-theology/


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Santificação, por J. C. Ryle

Neste blog sempre gosto de postar alguns textos de homens de Deus que souberam expressar em palavras grandes verdades bíblicas. O pastor J. C. Ryle foi um dos maiores representantes da fé genuína do século passado. Neste texto ele nos alerta sobre a santificação pessoal, que deve ser uma busca constante na vida do verdadeiro discípulo de Jesus.


A santificação não consiste na casual realização de ações corretas. Antes, é a operação habitual de um novo princípio celestial que atua no íntimo, influenciando toda a conduta diária de uma pessoa, tanto nas grandes quanto nas pequenas coisas. A sua sede é o coração, e, tal como o coração físico, exerce influência regular sobre cada aspecto do caráter de uma pessoa. Não se assemelha a uma bomba de água que só fornece água quando alguém a aciona; mas parece-se mais com uma fonte perpétua, de onde a torrente jorra perene e espontaneamente, com naturalidade. Herodes ouvia João Batista "de boa mente", ao mesmo tempo em que seu coração era inteiramente mau aos olhos de Deus (Mc 6.20).

Por semelhante modo, há dezenas de pessoas hoje em dia que parecem ter ataques espasmódicos de "atos de bondade", conforme os poderíamos chamar, e que fazem muitas coisas boas sob a influência da enfermidade, da aflição de morte na família, das calamidades públicas ou de alguma súbita agonia da consciência. Contudo, o tempo todo qualquer pessoa inteligente poderá observar claramente que tais pessoas não se converteram e que elas nada conhecem acerca da "santificação". Um verdadeiro santo, tal como Ezequias (2 Cr 31.21), age "de todo o coração" e poderá dizer, juntamente com o salmista: "Por meio dos teus preceitos consigo entendimento; por isso detesto todo caminho de falsidade (Salmos 119:104).

Desafio qualquer pessoa a ler cuidadosamente os escritos do apóstolo Paulo para neles encontrar grande número de claras orientações práticas, atinentes ao dever do cristão, em cada relacionamento da vida, e acerca de nossos hábitos diários, de nosso temperamento e de nossa conduta de uns para com os outros. Essas orientações foram registradas por inspiração divina, para orientação perpétua dos crentes professos. Aquele que não dá atenção a essas normas talvez seja aceito como membro de uma igreja ou denominação evangélica, mas certamente não será aquele que a Bíblia chama de homem "santificado".

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A cruz no ministério de Jesus

Hernandes Dias Lopes é pastor presbiteriano e também escritor de vários livros. Nesta curta citação extraída do livro "As faces da espiritualidade", ele nos dá uma grande aula sobre o propósito essencial do ministério de Jesus Cristo. O Filho de Deus veio a este mundo com a missão de resgatar o homem do pecado, e somente através da cruz do Calvário este resgate seria possível.


"A cruz é o centro do ministério de Cristo. Ele veio ao mundo para morrer. A cruz não foi um acidente na vida de Jesus. Ele mesmo se entregou. Ele mesmo marchou para o Calvário, como um rei caminha para a coroação. A morte de Cristo não aconteceu simplesmente porque Judas o traiu por dinheiro, ou porque os principais sacerdotes o entregaram por inveja, nem mesmo porque Pilatos o sentenciou por covardia. Ele foi crucificado porque o Pai o entregou por amor. Ele morreu pelos nossos pecados. A sua morte sempre esteve nos propósitos inescrutáveis de Deus. O Cordeiro foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13.8). Todos os sacrifícios do Velho Testamento eram uma reafirmação da promessa de Jesus. Ele esvaziou-se de sua glória, fez-se servo para morrer a morte mais dolorosa, mais demorada e mais humilhante, a morte de cruz.

Jesus veio para morrer pelas suas ovelhas (João 10.11), pela sua igreja (Efésios 5.25). Ele não veio ao mundo simplesmente para ser um Mestre, para fazer milagres ou para mudar conceitos e valores morais. Ele veio para morrer pelos nossos pecados."
Hernandes Dias Lopes

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Descansando nas promessas de Deus

Com certeza você já deve saber que a Bíblia está repleta de promessas de Deus. Alguns estudiosos afirmam que existem aproximadamente 6.000 promessas nas Escrituras, o que nos dá um número de 17 promessas para cada dia do ano. Já existe no mercado a famosa Bíblia de Promessas, na qual todas as promessas de Deus são destacadas, para que o leitor desatento não deixe de perceber as ricas promessas do texto bíblico.

Mas conhecer as promessas de Deus na Sua Palavra é muito diferente de descansar nestas promessas. Regozijar-se com a abundância de tais promessas é válido, mas quando não descansamos e confiamos em cada uma delas estamos deixando de lado a verdadeira importância que possuem.

As promessas de Deus foram feitas a pessoas comuns, gente de carne e osso, como eu e você. Pense a respeito de Abraão, Isaque e Jacó, os patriarcas bíblicos. Eles foram muito abençoados por Deus e tiveram grandes perdas também, mas o que não podemos deixar de notar é que a confiança na promessa de Deus os guiava sempre. Erraram e pecaram contra Deus, como nós fazemos, mas destaco a singular esperança que tinham nas promessas do Senhor.

E o que dizer do apóstolo Paulo? Ele foi ferido, perseguido, considerado morto após um apedrejamento, mas não levantou a bandeira branca de rendição, porque enxergava bem as promessas de Deus. Ele não possuía a visão míope e distorcida diante das dificuldades que enfrentava, pois usava a lente de aumento mais poderosa que alguém poderia usar: a lente “Promessas de Deus”. Sabemos que ele não terminou seus dias vivendo glamourosamente, mas com certeza soube descansar nas riquezas eternas prometidas por Deus para aqueles que O amam.

E nós? O que podemos aprender destes exemplos bíblicos é bem notório: as promessas de Deus nos oferecem descanso em meio às lutas. O grande problema para nós é empreender esta verdade no contexto em que estamos inseridos, no nosso viver diário. Que fique bem claro o seguinte: confiar e descansar nas promessas de Deus não se traduz em passividade. Devemos ter em mente que Deus irá nos ajudar em cada circunstância, mas não fará o que é da nossa responsabilidade.

Que possamos aprender a descansar nas preciosas promessas de Deus e no Seu imenso poder. Ele nunca deixou de ser fiel e as Suas promessas são a prova evidente da Sua fidelidade, que se estende para além das nuvens.

"A fé verdadeira é aquela que ouve a Palavra de Deus e descansa em Suas promessas."(João Calvino)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DISCIPULADO: TOMAR A CRUZ E SEGUIR A CRISTO

Quando paramos para pensar um pouco sobre a essência da vida cristã nos deparamos com um dos ensinos mais marcantes do Senhor Jesus. Ele disse aos candidatos ao discipulado que estavam ao seu redor: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me." (Lucas 9 : 23)

Precisamos encarar o grande desafio que está presente nas entrelinhas deste versículo bíblico. Não podemos afirmar que o cristianismo que professamos é sadio, se não damos valor ao verdadeiro discipulado de renúncia que Jesus nos ensinou.

A crise do evangelicalismo atual, impregnado de ilusões e mentiras, começou exatamente no entendimento errado do significado do discipulado autêntico. Negar-se a si mesmo e tomar a cruz, não são palavras muito agradáveis para a vasta maioria de prosélitos dos ensinos de Cristo.

Mas a verdade é imutável, está viva e permanecerá viva. O fato é que ão existe cristianismo genuíno sem a renúncia de vontades carnais e caprichos humanos. Quem segue a Cristo sem tomar a sua cruz e sem negar-se a si mesmo está vivendo uma farsa. Cedo ou tarde o peso desta farsa será insuportável, a máscara irá cair e as conseqüências serão desastrosas.

Gostaria que este pequeno texto servisse de alerta a todos. Somos seguidores de Cristo apenas na teoria, ou já aceitamos o fato de que a cruz precisa ser tomada sobre os nossos ombros? Estamos realmente conscientes da importância da autonegação para aceitar os valores superiores do Reino de Deus em nossas vidas?

O momento para entender e aplicar esta verdade bíblica não pode ser adiado para amanhã ou para a semana que vem. Precisamos empreender o discipulado imediatamente. Somente assim os nossos passos nesta caminhada com Cristo terão firmeza e a vida cristã que apresentamos ao mundo será verdadeira e coerente com o ensino do nosso Mestre.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sede santos, porque o vosso Deus é santo

A santificação é progressiva na vida do crente, ou seja, é de "glória em glória". A cada novo dia precisamos estar mais cônscios da importância de viver em santidade, para que Deus seja glorificado em nós. Neste pequeno texto de A. W. Pink notamos a santidade como um atributo de Deus, mas que precisa fazer parte da nossa caminhada também, rumo à perfeita varonilidade do Filho de Deus.



Visto que Deus é santo, devemos querer amoldar-nos a Ele. Seu mandamento é: “...sede santos, porque eu sou santo" (1 Pedro 1:16). Não somos obrigados a ser onipotentes ou oniscientes como Deus é, mas temos que ser santos, e isto em toda a nossa "... maneira de viver" (1 Pedro 1:15). "Esta é a maneira primordial de honrar a Deus. Glorificamos a Deus pelas atitudes de elevada admiração, pelas expressões eloqüentes, pelos pomposos serviços de adoração, mas não tanto como quando aspiramos a conversar com Ele com espírito livre de mácula, e a viver para Ele vivendo como Ele vive" (S. Charnock).

Então, como só Deus é a origem e a fonte da santidade, busquemos zelosamente d'EIe a santidade; seja a nossa oração diária no sentido de que Ele nos "... santifique em tudo ... "; e todo o nosso "espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (I Tessalonicenses 5:23).


A. W. Pink

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cosmovisão: qual é a sua?

Cosmovisão é a visão das realidades do mundo que nos cerca. Se a nossa cosmovisão estiver realmente alicerçada na Palavra de Deus, teremos condições de mostrar às pessoas o real sentido e propósito da vida. Temos esta responsabilidade, pois o próprio Jesus nos diz: "Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" (Mateus 6 : 23)


“Os cristãos devem entender o choque de cosmovisões que está mudando a face da nossa sociedade. E devemos estar preparados para responder quando as pessoas se tornarem desiludidas com as falsas crenças e os falsos valores e começarem a buscar as verdadeiras respostas. Devemos saber não só qual é a nossa cosmovisão e porque acreditamos nela, mas também como defendê-la. Também devemos ter algum entendimento das cosmovisões contrárias e porque as pessoas acreditam nelas. Somente então poderemos defender a verdade encantadora e persuasiva”

Charles Colson e Nancy Pearcey

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O homem pode aproximar-se de Deus?

"Na vida de Cristo, Deus Se aproximou do homem;
na morte de Cristo, o homem pode aproximar-se de Deus."



É importante que o cristão tenha consciência da verdade implícita nesta frase e saiba discernir biblicamente todas as nuances envolvidas nesta afirmativa.

Sabemos, pelas Escrituras, que Deus resolveu resgatar o homem do pecado. Em todas as páginas bíblicas, de Gênesis a Apocalipse, observamos o plano de Deus revelado plenamente na pessoa de Jesus Cristo, no seu nascimento, morte, ressurreição e glória eterna. Temos que concordar que Jesus não foi um mártir, ou um grande político da sua época. Ele é o Filho de Deus, unigênito do Pai, que veio a este mundo com o propósito de ser a "ponte mediadora" entre Deus e os homens. Não há nenhum valor no Evangelho se o centro de toda a mensagem não estiver na pessoa de Cristo.

O Verbo Eterno viveu entre nós, habitou entre homens pecadores e mostrou a sua glória magnífica. Deus se fez carne para se aproximar do homem. Em sua vida Jesus cumpriu a missão que o Pai lhe confiara desde a eternidade, que era resgatar o homem da condenação do pecado.

Que bênção foi dada ao pecador! Ter acesso aos átrios de justiça, sem a necessidade de sacrifícios de animais. Ter acesso ao trono da graça sem passar pelo duro jugo da lei, pois quem erra num só item é culpado de todos os outros. Essa é a verdade mais gloriosa de todos os tempos.

Através da obra de Cristo, que chegou ao ápice na cruz do Calvário, o homem pode agora aproximar-se de Deus. O véu se rasgou e já não há mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. Que possamos nos prostrar em adoração diante do Rei da Glória todos os dias, gratos pela vida de Cristo e sua morte redentora em nosso favor.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O CUSTO DE SER CRISTÃO

Cristo pagou o preço da nossa salvação de uma vez por todas, fato inconteste. Porém o custo de seguir a Cristo, isto é, ser discípulo, é elevado. Não somente pela enorme quantidade de obstáculos à fé que o discípulo encontra pelo caminho, mas também pela natureza do próprio discipulado. Envolve uma série de renúncias, novas prioridades, e um anseio pelo que é eterno. O escritor J. C. Ryle neste pequeno texto nos aponta a importância de calcular o custo para ser um discípulo de Jesus. Vamos à leitura.


"Não custa grande coisa ser um cristão de aparência. Só requer que a pessoa assista aos cultos do domingo, duas vezes e durante a semana seja medianamente moralista. Este é o "cristianismo" da grande parte dos evangélicos da nossa época. Trata-se, pois, de uma profissão de fé fácil e barata; não implica em abnegação nem sacrifício. Se este é o cristianismo que salva e o qual nos abrirá as portas da glória ao morrermos, então não temos necessidade de alterar a mundana descrição do caminho da vida eterna e dizer: "Larga é a porta e largo é o caminho que conduz ao céu".

Porém, segundo o ensino bíblico, custa caro ser cristão. Há inimigos a vencer, batalhas a evitar e sacrifícios a realizar; deve-se abandonar o Egito, cruzar o deserto, carregar o peso da cruz e tomar parte na grande caminhada. A conversão não consiste em uma decisão tomada por uma pessoa, em um confortável sofá, para logo em seguida ser levado suavemente ao céu. A conversão marca o início de um grande conflito, e a vitória vem após muitas feridas e contendas. Custa se obter a vitória. Daí concluirmos a importância de calcularmos este custo."

Jesus é a Verdade

"O Senhor não se apresenta somente como o caminho, Ele também fala da sua pessoa como a verdade. A verdade não se refere a palavras faladas sobre Cristo; é a pessoa de Cristo quem é a verdade. Muitas vezes os cristãos recebem o ensinamento e a interpretação de Cristo como verdades, embora na realidade verdade não é relativa a coisas mas é a pessoa de Cristo. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará,” disse o Senhor (João 8:32)."

WATCHMAN NEE

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Não precisamos pagar pedágio

Jesus Cristo disse em João 14:6: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim.”


Em algumas rodovias do nosso país existem os famosos locais onde se cobra pedágio. Você que já viajou para São Paulo, ou para a Região Sul, com certeza já deve ter visto uma praça de pedágios, onde todos os veículos precisam parar e pagar uma taxa em dinheiro para trafegar naquela rodovia. O motorista só pode continuar a sua viagem se pagar o pedágio. Só assim o carro é liberado.

Muitos pensam que para ter a vida eterna é preciso também pagar o pedágio. As pessoas estão pagando um pedágio com valor altíssimo, não em dinheiro (R$), mas em esforços, em boas-obras, em caridade, em penitências, tentando de todas as formas possíveis conseguir a sua passagem para o céu. O pedágio que outros pagam é se apegando a uma religião, e acham que não precisam se preocupar com mais nada. Outros pagam o pedágio altíssimo da idolatria, adorando imagens que não podem salvar e se curvando diante de ídolos que têm boca mas não falam.

Mas quem pensa desta forma, está pensando errado. A Bíblia não nos ensina que o homem pode conquistar a sua salvação, simplesmente pagando o valor do pedágio. Não! Jesus Cristo disse que não há outro caminho a não ser através d’Ele. O único mediador entre Deus e os homens é Cristo. Cristo! Sem pedágio! Somente através de Cristo, sem nenhum acréscimo. O homem precisa entregar o seu viver nas mãos de Jesus Cristo, o filho do Deus Vivo, e assim terá comunhão com Ele eternamente.

Para o homem a salvação não custa nada, mas para Cristo custou o preço do seu sangue precioso. Sem a morte de Cristo o homem estaria sem esperança de vida eterna. Mas graças Deus, Cristo pagou este preço para que ninguém tente salvar a si mesmo pagando um pedágio sem valor eterno, que não leva ninguém ao céu.

Glórias sejam dadas somente ao Senhor que nos enviou o Redentor para pagar o preço do resgate que ninguém teria condições de pagar. Os pedágios que estão pagando para "conquistar" a salvação, nunca serão suficientes para saldar a dívida eterna do homem por causa do pecado. Em Cristo Jesus não precisamos nunca pagar pedágio para caminhar em direção ao lar celeste.


Amar a Deus deve ser o foco

Neste texto, procuro apresentar a grande importância do primeiro mandamento: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração". Creio que é necessário resgatar este mandamento como o prazer maior que o crente deve ter neste mundo. Amar a Deus, deleitar-se n'Ele como a fonte de toda alegria, e aprofundar os laços de comunhão com o Senhor, devem ser desejos do coração de cada servo de Deus. Aqueles que já foram alcançados pelo gracioso amor do Pai estão convocados a atender este mandamento para a glória do Seu grandioso Nome.


Nunca iremos amar nada ou ninguém sinceramente, se não amarmos a Deus acima de todas as coisas. Deus deve ser o motivo maior do amor que compartilhamos com outras pessoas. Centralizar a pessoa de Deus em nossas vidas significa exatamente isso: amá-Lo acima de todos os demais amores nesta vida.

O grande objetivo do cristianismo é este: descentralizar o eu (que deseja reinar e aparecer) e centralizar o Senhor (que é digno de ocupar o trono do nosso ser). Tudo o que nós amamos acima do Senhor se torna um ídolo, pois nada tem maior valor, nada mais deve ocupar o primeiro lugar no coração, senão somente o Deus Eterno que nos criou e nos salvou. Pertencemos a Ele, não somos donos de nós mesmos. Pertencemos a Ele por que fomos criados e também resgatados das trevas, por seu amor gracioso que nos alcançou. A Ele, portanto, devemos amar sobre todas as coisas. Dinheiro, pessoas, prazeres, conquistas, nada disso pode definir nossa prioridade número um.

A nossa vida se torna seca e raquítica se não estiver encharcada deste amor genuíno direcionado a Deus. A frieza e a racionalidade insensíveis dominam nossa vida, se estivermos amando outras coisas no lugar de amar a Deus sobre todas elas. Vivendo assim permitimos que a beleza da vida perca o seu brilho. Quando colocamos outros deuses no trono do coração, quando somos motivados por coisas deste mundo e quando a toda a nossa energia é utilizada para alimentar o próprio “eu”: problemas à vista! Será uma estrada sofrível, angustiante e improdutiva.

Ao longo da vida, precisamos amar a Deus. Mas devemos amá-Lo acima de nossa vontade, acima das nossas prioridades. Senão, não será amor. Podemos inventar nomes pra isso, mas não será amor genuíno.

Mas por que será que insistimos em viver amando outras coisas, acima do Senhor, e não o Senhor acima de todas elas? A razão é a seguinte: não entendemos ainda o plano de vida traçado por Deus. Ele diz em Sua Palavra que devemos priorizar o relacionamento com Ele, acima de qualquer outro! Quer traga dor, quer traga sofrimento e pesar, mesmo dentro de terríveis tempestades, o que Ele nos ordena é: “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. As nuvens podem estar escuras, o céu pode estar sem estrelas, mas Deus não mudou, e seu amor por nós nunca irá mudar. Então, não devemos deixar de amá-Lo quando as tempestades da vida chegam com força.

Precisamos nos prostrar em adoração e nos derramar perante o Senhor, que é Rei, e dizer o quanto O amamos, o quanto necessitamos d’Ele no centro do nosso viver. Precisamos analisar sinceramente o quanto temos amado ao nosso Deus maravilhoso, que fez tudo ao nos conceder pleno perdão e vida eterna. Ele é quem deve ser amado acima de todas as coisas, para que a excelência da nossa vida esteja baseada em quem Deus é, e não nos nossos méritos, não na nossa própria sabedoria, força ou honra.

Deus é verdadeiramente digno de amor, acima de tudo e de todos, em qualquer circunstância da vida. Que o amor a Deus seja o foco do nosso viver, para que em tudo sejamos fiéis ao Senhor. Amém!


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Adoção e Eleição, segundo Calvino

O ensino bíblico sobre eleição gera muitos debates acalorados entre os que defendem que o homem escolhe a Deus, e outros que defendem que Deus é quem escolhe o homem. Entendo que não há méritos no homem para ser escolhido, apenas a livre vontade soberana e graciosa do Deus Eterno. Calvino nos ajuda a entender mais sobre este assunto. Leiam!


"Porque a verdade de Deus é tão clara neste campo que não poderá ser obscurecida; e tão certa e firme que não poderá ser abalada por nenhuma autoridade dos homens. Certamente o apóstolo Paulo, ao nos ensinar que “fomos eleitos em Cristo antes da criação do mundo” [Ef 1.4], elimina toda e qualquer consideração por nossa dignidade ou merecimento. É como se dissesse: visto que na semente universal de Adão, o Pai celestial não encontrou nada que fosse digno da sua eleição, dirigiu o olhar para o seu Cristo, a fim de eleger, como membros do seu Corpo, aqueles que Ele quis admitir à vida. Fique pois definido e estabelecido este argumento entre os crentes: que Deus nos adotou em Cristo para sermos seus herdeiros, porque em nós mesmos não tínhamos capacidade para alcançar tão excelente posição."



Fonte: João Calvino. As Institutas da Religião Cristã, Edição Especial, Ed. Cultura Cristã, Vol. 3

Quando a carne toma as rédeas da nossa vida...

Neste texto procuro apresentar o perigo que o crente corre ao permitir que a carne tome o controle da sua vida. O ensino bíblico é claro quando afirma que aquele que está em Cristo é nova criatura e as coisas antigas já passaram. No entanto, não podemos esquecer que o velho homem continua existindo, sendo conhecido por vários nomes: eu, natureza humana, carne, ego, vontade carnal, e outros. Então, precisamos da ajuda do Senhor para reduzir cada vez mais a força do "eu" em nossas vidas. A quem pertence as rédeas do seu viver? Pense nesta pergunta enquanto lê. Boa leitura!



Carnalidade é o antônimo de vida abundante. Os que se entregam aos desejos da carne não irão experimentar a vida plena que Cristo prometeu, quando disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”(Jo. 10:10). A carne escraviza, e em lugar nenhum na Bíblia a escravidão é vista como algo agradável. O profeta Jeremias, ao escrever o seu livro de lamentos, retrata o jugo de escravidão que o pecado trouxe ao povo de Israel:

“O jugo das minhas transgressões está atado pela sua mão; elas estão entretecidas, subiram sobre o meu pescoço, e ele abateu a minha força.”
Lam. 1:14


O jugo que a carne impõe sobre o crente é terrível. Ela consome a nossa força e nos torna totalmente miseráveis. Os efeitos são devastadores e sufocantes, tal como na morte por asfixia, quando falta o ar essencial para a manutenção da vida. É importante notar que os escravos não se sentem à vontade, porque são escravos. Da mesma forma, quando a carne toma as rédeas da nossa vida, nos tornamos seus escravos e então passamos a experimentar toda a miséria que esta escravidão acarreta. A satisfação imediata dos desejos da carne traz um alívio repentino, mas a carnalidade debilita nossa alma e nos joga na sarjeta. Ficamos totalmente dependentes dos desejos da carne, propensos a fazer o possível para preencher o vazio dentro de nós. A vida passa a ter um sabor amargo e a paixão de servir ao Senhor já não nos alegra como antes.

Além disso, a carnalidade em nossa vida tem um enorme poder de nos tornar indiferentes às coisas espirituais. Sutilmente, a carne direciona nosso pensamento para a satisfação de desejos que estão em conflito com a vontade de Deus, e assim, passo a passo, estabelece um padrão de conduta que não prioriza o reino de Deus e a Sua justiça. Quando a indiferença em relação ao reino de Deus se instala em nosso coração, é sinal de que a carne tomou as rédeas e está controlando nosso modo de pensar e agir. Esta apatia espiritual traz grandes prejuízos, que somados à escravidão já estabelecida pela carne, resultam em mal-testemunho e falta de ânimo para trabalhar na obra do Senhor.

Quando a carne toma as rédeas da nossa vida, podemos ficar certos de que nunca iremos experimentar a vida que Cristo prometeu, de gozo, paz e plena comunhão com Ele, se não houver verdadeiro arrependimento acompanhado de mudanças reais.

Carnalidade não se harmoniza com a vida abundante que Cristo prometeu. Uma exclui a outra. Portanto, precisamos decidir quem vai tomar as rédeas da nossa vida. Se as rédeas estiverem sob o domínio da carne, as conseqüências serão horríveis. Mas se estiverem sob o senhorio de Cristo Jesus, teremos vida plena, abundante e feliz, conforme a Sua Palavra nos assegura.

Então, sem mais demora, entreguemos hoje e sempre as rédeas do nosso viver nas mãos d’Aquele que sabe como nos conduzir para honra e louvor do Seu Maravilhoso Nome. "...E não mais sejamos escravos do pecado." (Rm 6.6)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Aprendendo a contar os nossos dias

Hoje é o dia do meu aniversário! Mais um ano da minha vida se passou, e como passou rápido! "O tempo passa, o tempo voa", era o jingle de um Banco. Mas é verdade! Jó reconheceu este fato e escreveu: "Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão." Mas não é momento de nostalgia, é momento de olhar para o futuro. Devo planejar e agir para que nos próximos anos que Deus me permitir viver eu possa agradá-Lo cada vez mais. Compartilho neste pequeno estudo devocional os meus pensamentos nesta data de aniversário, tendo como ponto de partida o Salmo 90, escrito por Moisés.



POR QUE PRECISAMOS APRENDER A CONTAR OS NOSSOS DIAS?
TEXTO-BASE: Salmos 90:12


1- PORQUE SOMOS LIMITADOS – SALMOS 90:3 (SOMOS PÓ)

Temos limitações, não somos super-heróis com poderes miraculosos. As provas de que a nossa capacidade humana é altamente limitada: nós adoecemos, nos cansamos, desanimamos e envelhecemos. Não existe a famosa fonte da juventude dos desenhos animados. Quanto mais o tempo passa, mais ficamos limitados em nossa estrutura física e mental. Porém, Deus não tem limites, Ele subsiste eternamente: Salmos 90:1-2. Ele é antes de todas as coisas, ELE é eterno, poderoso e imutável.

Davi também reconhecia as limitações do ser humano, veja o que ele escreveu no Salmo 8: 3-4. Lembre-se que você não é imbatível, invencível, ou um herói. Você tem limites impostos pelo próprio Criador. Então não se arrisque em vão, reconheça seus limites como ser humano que depende exclusivamente de DEUS. Nesta vida, temos limitações. Por isso precisamos saber contar os nossos dias.

2 – PORQUE A VIDA É MUITO BREVE – SALMOS 90: 5, 6, 10

A conclusão de Moisés é que nós voamos, porque o tempo passa rapidamente. Moisés viveu 120 anos. É muito raro encontrarmos uma pessoa com esta idade atualmente. Hoje no máximo chega-se a 90 anos, dependendo de como a pessoa cuidou de sua saúde ao longo da vida. Mas esse tempo é curtíssimo, como uma neblina tão passageira que aparece cedo pela manhã e logo desaparece (Tiago 4:14).

Se a vida é tão breve precisamos aprender a contar os nossos dias, para que durante a brevidade da vida possamos viver intensamente tudo o que o Senhor deseja para nós. Um fato que aconteceu há 2 anos parece que aconteceu ontem em nossas mentes. Essa impressão é realista, e nos deixa perplexos com a rapidez de nossos dias sobre a terra. Basta olhar as fotos da infância e perceber o quanto o tempo passou. Precisamos olhar para a brevidade da vida com discernimento e não desperdiçar o tempo disponível com coisas e atividades sem valor.

3- PORQUE CADA UM POSSUI UMA MISSÃO – SALMOS 90:17

Moisés orou assim: “Confirma Senhor a obra de nossas mãos.” Isto implica que Deus tem uma missão e a confiou a cada um de nós. Devemos pedir ao Senhor que confirme esta obra a nós confiada, para que possamos aproveitar 100% o tempo que temos para desempenhá-la.

Deus tem projetos a nos confiar. Necessitamos de sabedoria vinda do céu para discernir estes projetos e não vacilar no cumprimento deles, porque o tempo passa muito rapidamente. Urgentemente precisamos acordar deste sono em que estamos mergulhados, sonhando que teremos muito tempo para realizar os projetos que Deus tem nos confiado. Se os projetos do Senhor forem deixados de lado, perderemos o mais importante da vida.


Deixando de enxergar realidades espirituais

Recentemente compartilhei este devocional no Culto Matutino de Domingo na minha igreja. Abordei algumas situações que indicam que a nossa visão espiritual está num nível crítico, quando deixamos de enxergar realidades espirituais fundamentais. Então, é só seguir o seguinte link. Fiquem à vontade para deixar os seus comentários.


DEIXANDO DE ENXERGAR





OU LEIAM AQUI MESMO...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

A cristianismo instantâneo, segundo A. W. Tozer

Neste texto, o escritor A. W. Tozer nos apresenta o grave problema do cristianismo instântaneo. É evidente no ensino bíblico que a salvação é instantânea, mas o cristão é amadurecido dia após dia, de "glória em glória", no progresso da vida cristã. A ilustração mais clássica sobre este progresso é o livro de John Bunyan, O Peregrino, no qual ele descreve a longa jornada de cristão para a Cidade Celestial. Portanto, conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor.


"O cristianismo instantâneo acompanhou a idade da máquina. Os homens inventaram as máquinas com duas finalidades. Queriam fazer mais rapidamente o trabalho considerado importante e queriam ao mesmo tempo terminar logo suas tarefas a fim de dedicar-se a coisas mais do seu agrado, tais como o lazer ou gozar dos prazeres mundanos. O cristianismo instantâneo serve agora aos mesmos propósitos na religião. Ele ignora o passado, garante o futuro e libera o cristão para seguir as inclinações da carne com toda boa consciência e um mínimo de restrição.

Com a expressão "cristianismo instantâneo" estou me referindo ao tipo encontrado quase em toda parte nos círculos evangélicos, nascidos da idéia de que podemos livrar-nos de toda obrigação para com nossas almas através de um só ato de fé, ou no máximo dois, ficando tranqüilos daí por diante quanto à nossa condição espiritual, sendo então permitido inferir que não existe razão para termos um caráter santo. Uma qualidade automática, de uma vez por todas, acha-se presente neste conceito, a qual não se adapta de maneira alguma à fé apresentada no Novo Testamento."

A. W. TOZER

Identificando a Vontade de Deus

Viver segundo a Vontade de Deus deve ser o alvo de cada cristão. Este assunto traz à baila questionamentos diversos para a mente do servo de Deus, que deseja cumprir em sua vida a boa, agradável e perfeita Vontade de Deus. Compartilho com vocês este texto escrito por minha irmã Nívea Cristina. Neste texto, ela utiliza o exemplo bíblico do apóstolo Paulo para que possamos identificar a Vontade de Deus em nossas vidas. Sempre que puder ela irá colaborar com este Blog. Boa leitura!



Creio que este é um dos assuntos que traz mais inquietação ao coração do crente. Nunca deixou de ser tema de muitos debates entre os cristãos que se importam em viver de acordo com a Vontade de Deus. Assim como vocês, eu também anseio por uma percepção mais próxima do Querer do Pai.

Discernir que decisões tomar, que caminho seguir, se estou pronto(a) para casar, dentre tantas outras, são questões que invadem a nossa mente, levando-nos a pensar qual seria a Vontade de Deus. Esta preocupação nasce do desejo que o homem tem de prever e manipular o que o amanhã lhe reserva. O domínio, o controle e a segurança sobre a sua vida e tudo o que a envolve são características inerentes ao ser humano auto-suficiente. Este pecado da auto-suficiência já é velho e não se enfraqueceu com o passar do tempo, pelo contrário, toma cada vez mais fôlego diante das incertezas que rondam o coração.

Por se falar em “tempo”, esta é a palavra-chave para começar a entender a Vontade de Deus. O relógio humano não é igual ao do Senhor. O querer de Deus não se baseia em meros sentimentos humanos, ou no desejo de que as situações da vida aconteçam de modo favorável e o mais rápido possível. Nem sempre o momento que achamos mais conveniente é o tempo que Deus tem reservado para cumprir a Sua soberana Vontade.

O conhecimento da Vontade de Deus está atrelado a um viver cheio do Espírito Santo. O apóstolo Paulo vivenciou isso muito bem. Paulo sabia qual era a Vontade do Pai para a sua vida porque era compelido pelo Espírito (At.20:22). Ele permitia ser conduzido diariamente pelo Consolador que lhe foi dado.

É necessário humildade para reconhecer que a nossa inteligência ou intrepidez não nos conduz por um caminho seguro. Quando começamos a reconhecer isso, Deus na sua maravilhosa grandeza concede graça aos humildes, enchendo-nos do Espírito e fazendo transformações impossíveis aos olhos humanos. Paulo foi um exemplo claro desta verdade, porque aprendeu a depender de Deus constantemente. Viver no centro da Vontade de Deus significa dependência do Deus triúno: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo. Três pessoas distintas e que formam uma unidade singular.

A maturidade espiritual que nos leva a identificar a Vontade de Deus, não acontece instantaneamente, é obra do Espírito de Deus e de uma busca pessoal para andar em sintonia com o Pai. Testemunhar e proclamar o evangelho da graça de Deus é o que devemos entender para andarmos conforme a Vontade de Deus (At.20:19-28). Que o Senhor nos confirme a cada dia este entendimento e que Seu Espírito atue em nós, para a Sua Glória em nossas vidas. Amém!