sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Evangelho, por Grupo Logos

Hoje tive a oportunidade de ouvir novamente a canção "O evangelho", do Grupo Logos, composta por Paulo Cezar. Confesso que ouvi com um certo nó na garganta, refletindo sobre o trágico estado de desvio doutrinário em que se encontra o evangelicalismo. A letra desta música é um soco no estômago de várias linhas de pensamento que invadiram as igrejas evangélicas. Que possamos valorizar a essência do verdadeiro evangelho que a Bíblia apresenta, sem o qual o homem continuará morto em seus delitos e pecados.


O EVANGELHO

Eu sinto verdadeiro espanto no meu coração
Em constatar que o evangelho já mudou.
Quem ontem era servo agora acha-se Senhor
E diz a Deus como Ele tem que ser ...

Mas o verdadeiro evangelho exalta a Deus
Ele é tão claro como a água que eu bebi
E não se negocia sua essência e poder
Se camuflado a excelência perderá!

Refrão:
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.


O evangelho mostra o homem morto em seu pecar
Sem condições de levantar-se por si só ...
A menos que, Jesus que é justo, o arranque de onde está
E o justifique, e o apresente ao Pai.

Mostra ainda a justiça de um Deus
Que é bem maior que qualquer força ou ficção
Que não seria injusto se me deixasse perecer
Mas soberano em graça me escolheu

É por isso que não posso me esquecer
Sendo seu servo, não Lhe digo o que fazer
Determinando ou marcando hora para acontecer
O que Sua vontade mostrará.

Refrão:
O evangelho é que desvenda os nossos olhos
E desamarra todo nó que já se fez
Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.


Porém, ninguém será liberto, sem que clame
Arrependido aos pés de Cristo, o Rei dos reis.

Honra ou desonra?

Já faz um bom tempo que escrevi este texto, apenas tive que reorganizar algumas palavras e idéias para publicá-lo aqui no Blog. Neste texto trato sobre a honra que devemos prestar a Deus com todo o nosso ser. Ele é totalmente digno de honra, e precisamos viver de tal forma que somente o Senhor seja honrado com nossas vidas. Então, leiam e comentem. Que Deus nos abençoe e nos capacite com o Seu Santo Espírito a honrá-lo de forma completa.


Honrar a Deus é muito mais do que cantar hinos e declarar frases de efeito perante outras pessoas. Honrar a Deus ultrapassa os esforços meramente exteriores em que muitos se empenham ardorosamente, sem levar em conta o que Deus vê no coração.

Somos cristãos que honram a Deus de coração? Avaliando a sua vida pessoal, você tem certeza e afirma confiantemente que honra a Deus com todo o seu ser? Responder honestamente a estas perguntas é fundamental para medir a saúde do nosso espírito. Devemos tratar deste assunto de modo correto para prosseguirmos na vida como servos que honram a Deus.

A forma correta de honrar a Deus não é mistério para muitos de nós. Não somos leigos no assunto. Já ouvimos vários sermões, mensagens, devocionais, e já lemos trechos da Palavra que revela de capa a capa a seguinte verdade: Deus é digno de ser honrado. Ele é o Criador, Sustentador e Senhor do universo! Ele é o Deus eterno que existe por todos os séculos! Ele é o Deus onisciente, que tudo conhece e efetua os Seus propósitos segundo a sua infinita Soberania! Honras só devem ser dadas a quem as merece, e o nosso Deus merece honras e glórias por toda a eternidade. Mesmo antes de criar o homem, Deus já tinha um plano pré-estabelecido: fomos criados para o louvor da Sua Glória, para honrar o Seu Nome.

Em cada fase da vida, seja ela penosa ou triunfante, precisamos ter a certeza em nossos corações de que Deus está sendo honrado. Sem esta certeza impregnada nas nossas mentes, viveremos sem propósitos de trazer glória somente ao nome do Senhor. Viveremos uma farsa, aparentando uma espiritualidade que não produz frutos duradouros. Podemos até participar de toda a vida “eclesiástica”, sendo pessoas envolvidas na obra e trazendo ofertas à casa do Senhor, mas sem um coração que honra a Deus em espírito e em verdade. Podemos até conseguir alguns admiradores, sermos vistos como “bons exemplos”, vivermos de modo a causar certa vontade nos outros de seguir nossa conduta... mas ai do cego que guia outro cego!

Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Esta foi a dura mensagem que o povo de Israel teve que ouvir de Deus e que nós precisamos ouvir também. A mensagem foi incisiva nos corações, como uma flecha; cortante, como uma espada afiada. Nossa consciência tem que arder e devemos perceber no íntimo quais são nossas reais motivações ao servir a Deus. Honrar a Deus é o foco, honrar a Deus de coração e não de lábios somente. Este é o alvo que precisamos levar em consideração e não medir esforços para atingi-lo. Somente honrando a Deus teremos uma vida abundante, pois fomos criados com este propósito: “porque d’Ele, por Ele e para Ele são todas as coisas”, e aqui se inclui todo o nosso ser, pensamentos, emoções e vontades.

A real motivação em tudo o que fazemos é honrar a Deus? É este o nosso foco? Se não for, o caos está bem próximo. Caos espiritual, aridez e mornidão na vida: sintomas de falta de identidade e direção. Quando a honra que prestamos ao Senhor com nossas vidas não parte de um coração purificado na presença do Pai, nossos lábios estão falando e cantando em vão, nossos atos estão sendo lançados ao vento, nossos maiores sonhos se transformarão em fumaça...

Honrar a Deus: esta é a razão de nossa existência, o brilho de nossa vida e a fonte de alegria real. Mas devemos honrá-Lo de coração, com a mente convicta da majestade de Deus, a quem toda honra, glória e louvor serão dados pelos séculos dos séculos.


SOLI DEO GLORI

Leitura da Bíblia

Neste pequena citação de Eugene Peterson temos uma dica valiosa sobre como devemos ler a Palavra de Deus. A leitura desinteressada da Bíblia não vai aprofundar nossas raízes espirituais.

"O que desejo deixar claro é que a escrita espiritual — aquela originária do Espírito — exige uma leitura igualmente espiritual, que honre as palavras como sagradas, por intermédio das quais se forma uma teia complexa de relacionamentos entre Deus e o ser humano, entre todas as coisas visíveis e invisíveis."
EUGENE PETERSON


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Humildade e serviço, por Andrew Murray

Neste texto extraído do livro "Humildade: a beleza da santidade", o pastor Andrew Murray nos ensina sobre humildade e serviço, tendo Jesus como o supremo exemplo. Que possamos também ser alertados com estas palavras.
Se desejarem, podem fazer o download do livro em formato pdf no seguinte link:


"Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva."

Que Deus nos permita crer que Jesus fala sério! Todos sabemos o que o caráter de um servo ou escravo fiel implica: devoção aos interesses do mestre, estudo cuidadoso e atento para agradá-lo, deleitar-se em sua honra e felicidade.

Há servos na terra nos quais essas disposições são vistas e para os quais o nome de servo nunca foi nada a não ser glória. Para quantos de nós não tem sido uma nova alegria na vida cristã saber que podemos nos entregar como servos, como escravos a Deus e descobrir que Seu serviço é nossa maior liberdade, a liberdade do pecado e do ego?

Precisamos agora aprender outra lição: que Jesus nos chama para ser servos uns dos outros e que, quando aceitamos isso de coração, esse serviço também será o mais abençoado de todos, uma nova e mais plena libertação também do pecado e do ego.
ANDREW MURRAY

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Uma amizade eterna

Neste texto procuro apresentar a importância que é para o crente desfrutar da comunhão com Deus. Não é uma questão de opção, é uma necessidade primordial e inadiável. Só teremos condições de viver em plena comunhão se cultivarmos dia a dia este relacionamento com o nosso Deus. Que cada um de nós reconheça a importância da comunhão com Deus, sem a qual desfalecemos facilmente.


“Portanto, o que importa realmente, em última análise, não é o fato de que conheço a Deus, mas uma idéia muito mais ampla está subentendida – o fato de que Ele me conhece. Todo o meu conhecimento d’Ele depende de sua iniciativa contínua de me conhecer. Eu o conheço porque Ele me conheceu primeiro e continua a fazê-lo." (J. I. PACKER)

Conhecer uma pessoa só é possível através de um relacionamento genuíno. Deus é um Deus pessoal e relacional. Na sua essência Ele se relaciona trinitariamente: Pai, Filho e Espírito Santo. Desde a eternidade Deus já se relacionava, e cada membro da trindade conhece perfeitamente um ao outro. O relacionamento não pode ser descartado quando o propósito é conhecer alguém. Deus estabeleceu que seja desta forma.

Para conhecermos a Deus, precisamos ter um relacionamento vivo e dinâmico com Ele. Se não for assim, o conhecimento que tivermos a respeito de Deus será totalmente desprovido de afeto e se resumirá a longos argumentos teológicos ou a crendices populares superficiais.

E para que este relacionamento fosse possível Deus, o Pai, resolveu enviar o Filho, como forma de restaurar a comunhão que foi quebrada no Jardim do Éden, quando Adão e Eva desobedeceram a ordem expressa do Criador. É importante notar que sempre Deus toma a iniciativa. Ele está interessado que O conheçamos através de Cristo, que pagou o preço para restaurar o relacionamento outrora rompido.

A graça e a bondade de Deus se revelam neste interesse-ação do Pai em ter Seus filhos bem perto, numa relação de amizade eterna.

Na cruz do Calvário Deus mostrou ao mundo o que Ele pode fazer para ter este relacionamento com aqueles que Ele escolheu. Ali na cruz, diante de toda humilhação e zombaria, Deus restaurou a comunhão e agora somos livres em Cristo para desfrutarmos da preciosa comunhão com o nosso Pai.

Cada dia estou mais convencido da imensa alegria que Deus tem quando o meu objetivo é conhecê-lo através desta amizade tão especial com Ele.

Continuaremos sendo servos de Cristo, mas Ele também nos chama de amigos. Este relacionamento de amizade exigiu um preço muito elevado para se tornar possível. Então não podemos negligenciar o privilégio que nos foi outorgado por meio de Jesus Cristo. Portanto, desfrute desta comunhão com o Seu Criador, conhecendo-O intimamente.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

As insondáveis obras de Deus

Neste pequeno texto, faço observações sobre a excelência da criação de Deus. Todas as coisas existem para o louvor da Sua Glória e por isso mesmo a criação declara as obras de Deus. O nosso Deus é sábio e nenhum cientista pode decifrar todos os mistérios que estão por trás da criação. Que possamos dobrar os joelhos em reverente adoração pelos séculos dos séculos, diante do Criador Todo-Poderoso!



“Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as cousas.”
ECLESIASTES 11:5


Neste mundo tecnológico em que vivemos, não obstante os grandes avanços científicos e cibernéticos, nós podemos perceber o quanto o homem ainda tem a descobrir. O conhecimento humano, apesar do constante avanço, não consegue elucidar alguns fatos que desafiam a lógica racionalista deste século. Cientistas, astrofísicos, phd’s e doutores, tecem longos debates tentando decifrar certas particularidades da natureza como esta que o autor de Eclesiastes escreveu a milhares de anos atrás. Detalhes fantásticos deste universo criado por Deus, que contém milhares de galáxias e buracos negros. Bactérias microscópicas com uma complexidade incrível, que despertam a curiosidade de estudiosos do assunto. Enfim, toda a criação revela a grandeza das obras que Deus faz. Do macro ao micro, Deus demonstrou o seu grande poder.

O nosso Deus é grandioso em tudo o que Ele realiza. Desde os tempos eternos, antes mesmo de criar tudo o que existe, Deus já havia feito o projeto. O criador disse, e pela sua Palavra tudo o que ele ordenou veio a existir. Lendo os capítulos iniciais de Gênesis, notamos que a ordem dada pelo Senhor, logo se materializava. E disse, e houve!

Contemplar tamanha majestade nas coisas que foram criadas, me estimula a vislumbrar o que DEUS tem preparado para aqueles que esperam a redenção final, quando tudo será recriado. Novos céus e uma nova terra para o povo redimido habitar eternamente, esta é a promessa que certamente se cumprirá. O Senhor Deus cumpre o que diz, pois não é homem para mentir. Ele fará novas todas as coisas, e mostrará mais uma vez a grandeza do seu poder.

O escritor de Eclesiastes (o sábio Salomão) repete ao longo do seu livro uma frase que se tornou muito conhecida: “Vaidade de vaidades, tudo é vaidade!”, querendo expressar que, por maiores que sejam as obras que o homem realize, ainda assim não passam de vaidade. Mas quando se refere às obras de DEUS, Salomão emprega um outro tom: ele escreve com reverência e santo temor. Vejamos este versículo, que se encontra em Ec. 9:17:

“Então contemplei toda a obra de Deus, e vi que o homem não pode compreender a obra que se faz debaixo do sol; por mais que trabalhe o homem para a descobrir, não a entenderá; e ainda que diga o sábio que a virá a conhecer, nem por isso a poderá achar.”


Salomão reconhece que não pode explicar as maravilhas que DEUS opera, e que nenhum sábio será capaz de tamanho feito. Os poderosos telescópios que existem, os satélites de milhões de dólares e os mais avançados sistemas de rádio, são insuficientes para detectar os detalhes deste universo gigantesco criado pela mão de DEUS. Os microscópios mais modernos que existem não podem decifrar com exatidão as partes que compõe uma célula, a estrutura fundamental da vida.

DEUS, QUÃO INSODÁVEIS SÃO AS TUAS OBRAS!

O preço do resgate

Leiam este texto, onde trato sobre o sofrimento que Cristo suportou para nos resgatar da condenação que o pecado impôs ao homem. Espero despertar os amados irmãos sobre a grande importância deste assunto. Para nós a salvação não custou nada, é de graça! Mas para Jesus Cristo custou o preço do Seu sangue precioso. Graças somente a ELE, eternamente, amém!

Leituras de apoio:
I Pedro 1: 18-20
Hebreus 9: 12, 15, 28
II Coríntios 5: 21
Gálatas 6: 14
Romanos 3: 24-26

“EU NUNCA SABEREI O PREÇO DOS MEUS PECADOS LÁ NA CRUZ.”

Muito mais do que o refrão de uma canção, estes versos apresentam-nos a verdade mais gloriosa de que temos notícia. Estamos diante da Cruz do Calvário, onde a graça imensurável de Deus se fez real, quando Cristo bradou vitoriosamente: “Está consumado!”

Diante de tão horrenda cena, num espetáculo de vergonha e horror, Cristo pagou o preço do resgate. Apesar de tanto escárnio, Jesus não revidou. Apesar de tanta angústia, Jesus não desistiu. Apesar de tamanha dor, Jesus foi até o fim. Mesmo sendo abandonado por todos os discípulos, Jesus permaneceu firme em cumprir a sua missão para resgatar cada um de nós. Mesmo sendo Deus, Cristo resolveu se tornar homem e morrer naquela Cruz, para que o preço da maldição do pecado fosse retirado de nossa conta.

Somos eternamente dependentes de Deus por esta graciosa expressão de amor. Nunca teremos que experimentar na própria pele o castigo por nossos pecados, pois o castigo que nos traz a paz estava sobre Cristo, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Em meio a tanta superficialidade e artificialidade no “arraial evangélico”, às vezes me pergunto: Será que entendemos realmente a grandiosidade de tudo aquilo que Cristo fez por nós na Cruz? Será que podemos afirmar conscientemente que somos um povo resgatado por preço de sangue, o sangue do Cordeiro de Deus? Temos consciência deste preço altíssimo que Cristo pagou em nosso favor?

Ao ler Isaías 53, fico chocado com as palavras que o profeta utilizou para descrever a humilhação do Senhor Jesus. Palavras que fazem tremer o meu coração (desprezado, rejeitado, homem de dores, castigado, afligido, transpassado, esmagado, pisado, ferido, oprimido) e me levam a pensar na minha pequenez diante do grandioso amor e da maravilhosa graça de Deus. Cristo foi o maldito de Deus em meu lugar naquela rude cruz.

Perante a cruz, me calo! Que palavras eu poderia utilizar diante daquela cena pavorosa? Meus lábios se fecham perante a dor do Senhor da Glória.
Perante a cruz, me rendo! Só a Cristo devo entregar a minha vida, pois Ele entregou a Sua vida por mim.
Perante a cruz, me regozijo! A graça do Senhor me faz entender que Deus está resgatando um povo exclusivo para a Sua Glória, que irá louvar eternamente ao ordeiro que venceu.
Perante a cruz, adoro! Adorar ao Senhor na sua maior humilhação e, paradoxalmente, na sua mais esplêndida exaltação, pois foi na Cruz que Ele venceu todas as potestades e nos fez assentar nas regiões celestiais.
Perante a cruz, descalço as minhas sandálias! Percebo agora que ali é o lugar onde a Santidade de Deus foi exaltada e onde a Sua Justiça foi plenamente satisfeita.
Perante a cruz, vejo a Glória de Deus! Naquele monte tenebroso, as densas trevas não puderam ofuscar a glória de Deus resplandecendo no martírio do Unigênito do Pai, para trazer salvação gratuita aos redimidos.
Perante a cruz, experimento a reconciliação! Pela vontade do Pai, Cristo foi oferecido em sacrifício para restaurar a minha comunhão com Deus, rompida pelo pecado.
Perante a cruz, reconheço que eu nunca saberei o preço dos meus pecados, não por ignorância, mas por completa insuficiência!


O Filho do Homem foi levantado na cruz, pendurado por aqueles pregos e blasfemado continuamente. Este foi o preço! Cristo pagou! O preço do sangue do Cordeiro de Deus cancela o escrito de dívida que estava sobre nós. Fomos resgatados, eternamente resgatados.

Naquele dia a ira de Deus foi aplacada, pois o Seu Filho se tornou sacrifício em lugar de pecadores. O mérito é todo de Cristo! É a ELE que dirigimos nossos louvores, em gratidão e amor, pois o preço do resgate ninguém poderia pagar em nosso lugar.

Somente a Cristo, pois, rendamos eternamente sacrifícios de louvor que brotam de lábios de homens, mulheres e crianças redimidos pelo Sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.


Diante da cruz de Cristo, o que você fará?

A adoração que honra a Deus

Também gosto de escrever. Ainda estou engatinhando na arte da escrita, mas usarei este Blog para compartilhar alguns textos que escrevo. Então irei começar falando um pouco sobre adoração e da sua importância na vida dos filhos de Deus. Dê a sua opinião, comente...


O verdadeiro adorador tem sentimentos corretos a respeito de Deus. Contemplar a beleza do Senhor é uma constante na vida do adorador autêntico. Ele não se contenta em viver imerso no submundo da “liturgia fria” e do formalismo hipócrita. O adorador que agrada a Deus contempla e se prostra ante o trono da graça, maravilhado com o amor e perdão oferecido através de Cristo, no Calvário. John Piper resumiu bem quando escreveu o seguinte: “Onde os sentimentos por Deus estiverem mortos, a adoração está morta.”

O verdadeiro adorador sabe quem é o seu Deus e porque O adora. Deus é plenamente adorado quando nossos conceitos a respeito d’Ele partem de uma compreensão profundamente arraigada no conhecimento das Escrituras. O nosso objetivo como adoradores deve ser adorar a Deus como Ele é apresentado, com todos os Seus atributos, levando em conta todos os Seus poderosos feitos e toda a Sua Glória. Importa que O adoremos em verdade, e a verdade sobre Deus só pode ser encontrada quando o próprio Deus a revela. Para isso temos diante de nós a Bíblia, o livro que revela Deus como Ele verdadeiramente é. Somente através da revelação de Deus sobre Si mesmo teremos condições de adorá-Lo sem afrontar a Sua santidade.

O verdadeiro adorador se alegra em Deus. Mas não se trata aqui daquela alegria distorcida que algumas vezes toma conta de nós, quando é o “eu” que busca ser glorificado. Não! Estamos tratando aqui da alegria que se firma em Deus, não no ser humano pecador. A alegria no Senhor é a nossa força. Deleitar-se no Senhor, agradar-se n’Ele e desfrutar de Sua presença são anelos do verdadeiro adorador. Adorar a Deus sem alegrar-se n’Ele também é uma afronta. Cada instante de adoração precisa ser preenchido da alegria que vem do alto, transbordando em nosso coração a plena certeza que Deus aceita e recebe como aroma suave este ato de adoração.


Para pensar:
-O verdadeiro adorador não se contenta em viver imerso no submundo da “liturgia fria” e do formalismo hipócrita.
-Importa que O adoremos em verdade, e a verdade sobre Deus só pode ser encontrada quando o próprio Deus a revela.
-Adorar a Deus sem alegrar-se n’Ele é uma afronta.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Qual o seu maior tesouro, por Tozer

O que mais amamos na vida é o nosso tesouro... Tozer me alertou com este pequeno texto! Espero que traga edificação também para você.

"O homem, cujo tesouro é o Senhor, tem todas as coisas concentradas n'Ele. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa - Deus - de maneira pura, legítima e eterna."

A. W. TOZER

A luta contra o pecado, por John Piper

Neste texto, John Piper nos esclarece sobre a essência da luta contra o pecado. Precisamos utilizar a Palavra de Deus, que é a espada do Espírito, para que sejamos vitoriosos na batalha contra o pecado em nossas vidas. Observe como o pastor John Piper traduz em linguagem simples uma verdade espiritual tão profunda.

Retirado do Blog do ministério DesiringGod:


No tempo do Novo Testamento espadas não eram para cavar, raspar ou desossar. Elas existiam para matar. A única razão de Pedro só ter cortado a orelha de Malcon foi que ele errou (João 18.10).

Mas Herodes não errou: “Ele matou Tiago, irmão de João, à espada” (Atos 12.2).


Muitos santos têm sentido a força completa da espada: “Eles foram apedrejados, cortados ao meio, mortos a espada” (Hebreus 11.37). Assim foi e assim será: “Se alguém matar a espada, a espada será morto” (Apocalipse 13.10).


É pra isso que existem espadas. Assim, quando Paulo chama a palavra de Deus de “espada do Espírito”, em Efésios 6.17, ele está sendo sério – alguma coisa deve ser morta. E não são pessoas. Nós, cristãos, não matamos pessoas para divulgar nossa fé; nós morremos para fazê-lo.


A ligação na mente de Paulo é esclarecida em Romanos 8.13.
Se, pelo Espírito, mortificardes as obras da carne, vivereis.


A palavra de Deus é a espada do Espírito. A espada é para matar. E, pelo Espírito, nós matamos nossas obras pecaminosas. Assim, eu concluo que o modo como nós mortificamos nossos pecados é pela espada do Espírito, a palavra de Deus.


Todas as tentações para pecar têm poder pela mentira. Elas são “desejos enganosos” (Efésios 4.22). Elas nos dizem que o prazer do pecado vale a pena. O golpe mortal contra essas mentiras é o poder da verdade de Deus. Daí, a espada do Espírito, a palavra de Deus, é a arma a ser usada.

Como disse John Owen: “Mate o pecado, ou ele matará você”; É para isso que existem espadas, especialmente a Bíblia.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Apenas um toque, por Mauro Clark

O pastor e escritor Mauro Clark vive em Fortaleza-CE. Ele escreve com muita simplicidade e clareza. Através de textos curtos ele tem abençoado a muitos que assinam o seu newsletter. Recebi este recentemente no meu e-mail. Gostei demais da forma como ele abordou a questão do toque especial que transmite calor humano às pessoas em sofrimento. Leiam este texto, visitem o site do pastor Mauro e assinem também a newsletter.
Aqui está o link:


E, saindo eles da sinagoga, foram, com Tiago e João, diretamente para a casa de Simão e André. A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela. Então, aproximando-se, tomou-a pela mão; e a febre a deixou, passando ela a servi-los. - Marcos 1.29-31

Veja o detalhe aqui é: tomando-a pela mão. Mas será mesmo um mero detalhe? Ou tornou-se a ação mais importante que Jesus fez com ela - talvez mais do que a própria cura da febre?Se dez anos depois, perguntassem à sogra de Pedro quais os momentos mais especiais da sua vida, talvez nem dissesse "o dia em que Jesus tirou a minha febre", mas “Ah, o momento em que Jesus me tomou pela mão. Nunca vou esquecer o leve aperto que me deu; senti uma gostosa sensação de amparo e companhia!”Um gesto, um toque especial - pode marcar mais do que mil palavras.

Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. - Marcos 1.40-42

Aqui não se tratava de alguém com febre, paralítico ou gripado, mas com lepra! Lepra contagia! Enquanto pessoas saíam de perto do homem, Jesus não apenas ficava perto, mas ainda o tocava!Jesus sabia o tamanho da carência daquele pobre homem, do quanto necessitava de um gesto amigo, mostrando que alguém no mundo ainda se preocupava com ele.

Curar de lepra ou qualquer outra doença, não podemos. Mas transmitir calor humano com um toque – um aperto na mão, um abraço, uma mão no ombro - qualquer um pode. É só querer!

O Antigo Evangelho, por J. I. Packer.

J. I. Packer escreveu um livrete publicado no Brasil pela Editora Fiel, com o título "O Antigo Evangelho". O autor aborda de forma bem clara a necessidade de retorno às origens, à pregação do Evangelho puro e simples. Em contraste com o antigo, o "novo evangelho" é totalmente desprovido de eficácia, uma vez que coloca o homem em posição central e destrona o Rei da Glória. Vejamos o que ele tem a nos ensinar.


"O antigo evangelho diz aos homens que eles precisam de Deus e não que Deus precisa deles (uma falsidade moderna); nem os exorta a terem compaixão de Cristo. Antes, anuncia que Cristo tem misericórdia deles, embora a misericórdia seja a última coisa que eles mereçam. Jamais perde de vista a majestade divina e o poder soberano do Cristo ao qual proclama, mas antes, rejeita categoricamente todas as descrições de Cristo que tendam por obscurecer a Sua livre onipotência. Será que isso significa, entretanto, que o pregador do antigo evangelho sente-se inibido ou está confinado ao oferecimento de Cristo aos homens, e em convidá-los para que O recebam? De forma nenhuma. Na verdade, justamente devido ao fato que o pregador reconhece que a misericórdia divina é livre e soberana, ele encontra-se em uma posição de dar muito mais valor à oferta de Cristo, em sua pregação, do que o expositor do novo evangelho. Pois essa oferta, por si mesma, é algo muito mais maravilhoso, em seus princípios fundamentais, do que jamais poderia sê-lo aos olhos daqueles que consideram o amor a todos os pecadores como uma necessidade da natureza de Deus, e, portanto, algo implícito."

Se desejarem, podem baixar o arquivo em PDF deste livrete no seguinte link:

A filosofia da cruz, por A. W. Tozer

Perceba como esta pequena citação do texto "Esse cristão incrível", de Tozer, nos tem muito a dizer sobre a grandeza por trás da mensagem da cruz. Somente o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, sem a necessidade de acrescentar ingredientes humanos.


"A cruz se destaca em franca oposição ao homem natural. Sua filosofia se opõe aos processos da mente não-regenerada. Foi com essa idéia em foco que Paulo afirmou com toda franqueza que a cruz é loucura para os que perecem. A tentativa de encontrar um ponto comum entre a mensagem da cruz e o raciocínio do homem decaído é tentar o impossível, e se persistirmos o resultado será uma lógica prejudicada, uma cruz sem significado e um cristianismo despido de poder."

A. W. Tozer

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O QUE SIGNIFICA TOMAR A CRUZ, POR A. W. PINK

Nascido em 1° de Abril de 1886, em Nottingham (Inglaterra), Arthur Walkington Pink abandonou o teosofismo de Annie Besant em 1908, quando experimentou a conversão ao evangelho. Em 1910 aceitou o chamado para trabalhar como pregador num campo de minas em Silverton (Colorado, USA). Escreveu um livro bem conhecido entre os cristãos (Deus é Soberano) onde trata da grandiosa soberania de Deus em todas as coisas. Neste pequeno texto ele nos ensina sobre a importância de tomar a cruz e o significado para as nossas vidas.


“Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome sua cruz ...” Mt. 16:24



Viver a vida cristã é algo mais do que ter uma vida fácil e tranqüila; é um compromisso sério. É uma vida que tem de ser disciplinada com sacrifício. A vida de discipulado começa com a auto-renúncia e continua com a auto-mortificação. Em outras palavras esse texto bíblico se refere à cruz não apenas como um objeto de fé, mas como um princípio de vida, como um distintivo do discipulado, como uma experiência da alma. E, atenção: assim como é verdade que a cruz foi o único caminho de Jesus de Nazaré para o trono do Pai, o único caminho para uma vida de comunhão com Deus, é através da cruz. Os benefícios legais do sacrifício estão assegurados pela fé, quando a culpa do pecado é cancelada; mas a cruz só se torna eficaz sobre o poder do pecado que habita em nós quando ela é tomada diariamente em nossas vidas.

Então, o que “a cruz” significa? O que Cristo quis dizer com “tome a sua cruz”? É deplorável que nestes últimos tempos uma pergunta como essa precise ser feita é ainda mais deplorável que a grande maioria do próprio povo de Deus tenha concepções anti-bíblicas do porquê da existência da “cruz”. O crente em geral parece considerar a cruz a que se refere o texto como qualquer aflição ou dificuldade que possa lhe sobrevir. Qualquer coisa que venha perturbar a nossa paz, que é desagradável à carne, que nos irrita, é vista como uma cruz. Um diz: “Bem, essa é minha cruz!”, outro diz que outra coisa é a cruz dele.

A palavra nunca é utilizada dessa forma no Novo Testamento. A palavra “cruz” nunca é encontrada na forma plural, nem precedida por um artigo indefinido: “uma cruz”. Note também que no nosso texto a nossa cruz está ligada a um verbo na voz ativa, e não na passiva. Não é uma cruz que é colocada sobre nós, mas uma cruz que deve ser “tomada”. A cruz significa realidades definidas que incorporam e expressam as principais características da agonia de Cristo.

A. W. PINK

A. W. TOZER NOS ENSINA SOBRE ADORAÇÃO

Nos dias de hoje, os cristãos possuem o desafio urgente de resgatar a adoração que Deus espera de nós. Importa que os adoradores do Senhor O adorem em espírito e em verdade. Neste texto, Tozer nos ensina a respeito da grandiosidade implícita no ato de adorar a Deus. Estas palavras servem de alerta para os cristãos que anseiam adorar a Deus. Então vamos aprender juntos.

...

A adoração cresce ou diminui em qualquer igreja, dependendo de nossa atitude para com Deus, se o consideramos grande ou pequeno. A maioria de nós vê Deus em ponto pequeno; nosso Deus é diminuto. Davi exclamou: ''Magnificai a Deus comigo" e "magnificar" não significa tornar Deus grande, pois você não pode fazer isso. O que pode fazer é vê-lo grande.

A adoração, como disse, cresce ou diminui segundo o nosso conceito de Deus. Essa a razão pela qual não creio nesses indivíduos meio-convertidos que chamam Deus de "o Homem lá de cima". Não acredito que adorem de forma alguma, pois o seu conceito de Deus é indigno d’Ele e deles também. Se existe uma enfermidade terrível na igreja de Cristo é a de não vermos Deus tão grande como ele é. Nós tratamos Deus com excesso de familiaridade.

Acredito que devamos ter novamente o velho conceito bíblico de Deus que torna Deus terrível e faz os homens se prostrarem, gritando: "Santo, santo, santo é o Senhor Todo-Poderoso". Isso faria mais pela igreja do que qualquer coisa.

Também acho que não devemos falar muito de Jesus como simplesmente Jesus. Penso que temos de lembrar-nos de quem Ele é. "Ele é seu Senhor, e é preciso adorá-lo". Embora Ele desça ao ponto mais baixo de nossa necessidade e se torne acessível a nós, com a ternura da mãe para com seu filho, não se esqueça, porém, que quando João o viu - aquele João que reclinara a cabeça em seu peito caiu aos pés d’Ele como morto.

O Deus do evangélico moderno raramente deixa alguém atônito. Ele consegue manter-se muito bem dentro da constituição, jamais quebrando nossos regulamentos internos. É um Deus bem comportado, muito denominacional, muito integrado em nosso meio, e lhe pedimos que nos ajude quando temos dificuldades e esperamos que nos guarde quando dormimos. O Deus do evangélico moderno não me inspira muito respeito. Mas quando o Espírito Santo nos mostra Deus como Ele é, nós O admiramos até o ponto de encher-nos de espanto e prazer.

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A. W. TOZER

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O amor ao próximo, por John Piper

O pastor John piper neste texto nos apresenta um breve ensino sobre a grandeza do amor ao próximo, que se torna evidente na vida de quem já foi alvo do grandioso amor de Deus. Então, vamos aprender juntos com Piper.

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O que Jesus está ordenando no segundo mandamento – que amemos nosso próximo como a nós mesmos? Ele está mandando que nosso amor a nós mesmos, que agora descobriu sua realização no amor a Deus, seja a medida e o conteúdo do nosso amor ao próximo. Ou, colocando de outra forma, ele está mandando que nossa busca inata de nós mesmos, que agora foi redirecionada em busca de Deus, transborde e se expanda em direção ao nosso próximo. Por exemplo:

Se você anseia por ver mais da abundância e liberalidade no suprimento de comida, casa e vestimenta, procure mostrar a outros a grandeza dessa abundância divina pela generosidade que você encontrou nele. Deixe a realização do seu próprio amor a si mesmo no amor a Deus transbordar em amor ao próximo. Ou, melhor, procure fazer com que Deus, que é a realização do seu amor a si mesmo, transborde por meio de você e se torne a realização do amor do seu próximo a si mesmo.

Se você quer experimentar mais da compaixão de Deus no consolo que ele te dá quando você está triste, procure mostrar a outros mais da compaixão de Deus, pelo consolo que você lhes estende quando eles estão tristes.

Se você anela por saborear mais da sabedoria de Deus nos conselhos que te dá quando seus relacionamentos estão sob tensão, procure passar mais da sabedoria de Deus a outros nos re1acionamentos tensos deles.

Se você se compraz em ver a bondade de Deus em momentos relaxados de lazer, proporcione essa bondade a outros ajudando-os a ter lazer.

Se você quer ver mais da graça salvadora manifesta poderosamente em sua vida, estenda essa graça à vida dos outros que carecem de graça salvadora.

Se você se regozija nas riquezas da amizade pessoal de Deus em circunstâncias boas ou ruins, estenda essa amizade aos solitários, em qualquer circunstância.
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Ser cheio do Espírito...Tozer explica!

"A vida cheia do Espírito não é uma edição especial, de luxo, do cristianismo. Ela faz parte do plano total de Deus para o seu povo."

A. W. Tozer

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A paz com Deus através da propiciação, por J. I. Packer

James Ian Packer (Gloucester, 22 de julho de 1926) é um teólogo e professor de teologia no Regent College, em Vancouver, Canadá. Seus livros já venderam mais de três milhões de exemplares. Entre os seus livros publicados em português estão O Conhecimento de Deus, Esperança, Na Dinâmica do Espírito, Entre os Gigantes de Deus e Os Vocábulos de Deus.

Neste pequeno texto extraído do livro "O Conhecimento de Deus", podemos perceber a clareza com que ele escreve, principalmente tendo em vista um assunto teológico tão profundo como é esse. A propiciação aborda o problema do pecado em relação a Deus. Literalmente, a idéia da propiciação é de aplacar ou acalmar a ira de Deus. Vejamos a relação que J. I. Packer faz entre a paz com Deus e a obra propiciatória na cruz.


A paz de Deus é fundamentalmente um novo relacionamento de perdão e aceitação — e a fonte da qual emana é a propiciação. Quando Jesus apareceu a seus discípulos no cenáculo, na tarde do dia de sua ressurreição, disse: '"Paz seja com vocês!' Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado" (Jo 20:19,20). Por que ele fez isto? Não foi apenas para estabelecer sua identidade, mas para lembrar sua morte propiciatória na cruz, mediante a qual fizera a paz entre seu Pai e eles. Tendo sofrido no lugar deles, como substituto, para fazer a paz por eles, vinha agora em seu poder ressurreto trazer-lhes essa paz.

"Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29). É aqui neste reconhecimento que, embora por natureza tenhamos diferenças com Deus e ele conosco, Jesus fez "a paz pelo seu sangue derramado na cruz" (Cl 1:20), que o verdadeiro conhecimento da paz de Deus começa.

Onde esta mudança de relacionamento com Deus — da hostilidade para a amizade, da ira para a plenitude do amor, da condenação para a justificação — não se realiza, o Evangelho da paz também não se estabelece.

A paz de Deus é primordialmente paz com Deus; é a situação na qual Deus, em lugar de estar contra nós, é por nós. Qualquer versão sobre a paz de Deus que não tenha início aqui será enganosa.
J. I. Packer

Como não buscar a Deus, por Tozer

MAIS UMA CITAÇÃO DE A. W. TOZER, PARA EDIFICAÇÃO DOS AMADOS IRMÃOS. NESTE TEXTO ELE NOS EXPLICA COMO NÃO DEVEMOS BUSCAR A DEUS. ENTÃO É SÓ LER, MEDITAR E APLICAR!

"Buscar-me-eis, e me achareis. quando me buscardes de todo o vosso coração" (Jr 29:13).

Quem quer que busque a Deus como um meio para atingir um fim desejado, não encontrará Deus. O Deus poderoso, o criador dos céus e da terra, não será um dentre muitos tesouros, nem sequer o maior deles. Ele será tudo em todos ou nada será. Deus não se deixa manipular. Sua misericórdia e graça são infinitas e sua compreensão paciente é incomensurável, mas não ajudará os homens em seu esforços egoístas para obter ganhos pessoais. Não auxiliará os homens a atingir fins que, uma vez alcançados, usurpem o lugar que por direito lhe pertence no seu interesse e afeição.

O site do pastor John Piper

O ministério de John Piper pode ser conhecido na Internet. Deixo aqui esta ótima dica.John Stephen Piper (11 de janeiro de 1946, Tennessee, EUA) é um escritor e ministro batista reformado, que atualmente serve como pastor sênior na Igreja Batista Bethlehem em Minneapolis, Minnesota. É muito famoso por causa de seu livro "Desiring God".
O seu site é muito rico em recursos (sermões, artigos, áudio e vídeo), o link é o seguinte:



Recomendo a todos que entendem a língua inglesa que visitem este site.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Este mundo: campo de batalha ou parque de diversões?

A. W. Tozer nos faz refletir. Através de seus textos podemos ter nossas mentes aclaradas para as verdades bíblicas de uma forma nunca antes imaginada. Tozer estará sempre presente neste blog porque sinto a necessidade de compartilhar o que ele escreveu, para que assim outras vidas também possam ser edificadas. Eis aqui mais uma grande lição sobre cristianismo. Ele questiona a nossa visão de mundo: estamos num campo de batalha ou num parque de diversões? O nosso viver será a prova mais evidente da resposta para esta pergunta.

Como tudo mudou hoje: o fato permanece o mesmo, mas a interpretação modificou-se completamente. Os homens pensam no mundo não como um campo de batalha, mas como um parque de diversões. Não estamos aqui para lutar, mas para nos divertir. Esta não é para nós uma terra estranha, e sim o nosso lar. Não nos preparamos para viver, já estamos vivendo, e o melhor a fazer é livrar-nos de nossas inibições e frustrações e vivermos plenamente. Em minha opinião, resume-se nisso a filosofia religiosa do homem moderno, abertamente professada por milhares e tacitamente mantida por outros milhões que vivem segundo a mesma sem terem dado expressão verbal aos seus conceitos.

Esta mudança de atitude com relação ao mundo teve e continua tendo seus efeitos sobre os cristãos, até os cristãos evangélicos que professam fé na Bíblia. Através de uma curiosa manipulação dos números eles conseguem uma soma errada, mas alegam ter a resposta certa. Parece fantasia, mas não passa de verdade.

O fato de este mundo ser um parque de diversões e não um campo de batalha foi agora aceito na prática pela vasta maioria dos cristãos evangélicos. Eles poderiam tentar furtar-se a uma resposta se lhes pedissem diretamente que declarassem a sua posição, mas seu comportamento os acusa. Estão fazendo as duas coisas, alegrando-se em Cristo e no mundo e contando a todos que é possível aceitar Jesus sem abandonar as diversões e que o cristianismo é a coisa mais alegre que se possa imaginar.

A "adoração" derivada dessa perspectiva de vida é tão descentrada quanto o próprio conceito em si, uma espécie de vida noturna santificada, sem as bebidas e os bêbados vestidos a rigor. A coisa mostra-se tão grave ultimamente que tornou-se agora dever de cada cristão reexaminar sua filosofia espiritual à luz da Bíblia e, uma vez descoberto o caminho das Escrituras, ele deve segui-lo, mesmo que tenha de separar-se de muita coisa antes aceita como real, mas que agora à luz da verdade sabe ser falsa.

Uma visão correta de Deus e do mundo futuro exige que nós também tenhamos uma perspectiva do mundo em que vivemos e nossa relação com ele. Tanta coisa depende disto que não podemos ser negligentes a este respeito.
A. W. TOZER

Regeneração X Conversão, por James P. Boyce

O legado que Boyce nos outorgou é a teologia bíblica expressa na obra Abstract of Systematic Theology (Sumário de Teologia Sistemática), que não é nada mais do que o assunto de suas aulas. Ele foi o primeiro presidente do Southern Baptist Theological Seminary, e também presidente da Convenção Batista do Sul (1872-79, 1888).
Vejamos o que tem ele a nos ensinar sobre a diferença entre regeneração e conversão nesta pequena citação de sua obra.

“No início das considerações sobre esses termos somos confrontados com a pergunta: será que significam a mesma coisa? A regeneração e a conversão se encontram tão intimamente unidas que é difícil separarmos e delinearmos as diferenças que existem entre elas. As Escrituras as unem sob um único conceito – o novo nascimento – e nos ensinam não somente que a regeneração é essencial em toda conversão, mas também que toda regeneração é invariavelmente acompanhada pela conversão responsável e inteligente da alma. Não é estranho, portanto, que as duas sejam confundidas. Mas, antes de tudo, as Escrituras ensinam que a regeneração é uma obra divina, uma obra que transforma o coração do homem, por meio da soberana vontade de Deus; enquanto a conversão é a atitude de uma pessoa em voltar-se para Deus, tendo uma nova inclinação outorgada em seu coração.”


JAMES P. BOYCE

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A Santificação, segundo J. C. Ryle

John Charles Ryle nasceu em Macclesfield, em 10/05/1816 e foi educado em Eton e no Christ Church, em Oxford. Ryle foi um apoiador da escola evangélica e um crítico do ritualismo. Totalmente dedicado à doutrina evangélica, Ryle não comprometia seus princípios. Foi um escritor prolífico, um pregador vigoroso e um pastor fiel.
Vamos aprender um pouco sobre os seus ensinos, que se baseavam exclusivamente nas Escrituras. Estudioso dedicado da Bíbia, J. C. Ryle escreve neste texto (tradução minha) sobre a santificação na vida do cristão. Vejamos o que ele tem a nos ensinar.

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1.Santificação é o resultado invariável da união vital com Cristo, que a verdadeira fé concede ao cristão. “E aquele que permanece em Mim, e Eu nele, este dá muito fruto” (João 15:5). O ramo que não produz fruto não é um ramo vivo da videira. A união com Cristo que não produz nenhum efeito no coração e na vida é uma mera união formal, que é indigna perante Deus. A fé que não tem uma influência santificadora no caráter não é melhor que a fé dos demônios. É uma “fé morta, porque esta só”. Não é o presente de Deus. Não é a fé dos eleitos de Deus. Em resumo, onde não há santificação de vida, não há fé real em Cristo. A verdadeira fé opera através do amor. Ela constrange o homem a viver diante de Deus com um profundo senso de gratidão pela redenção. Ela faz o homem sentir que ele nunca poderá fazer tanto por Cristo que morreu em seu lugar. Sendo muito perdoado, mais ele ama. Aquele que foi limpo pelo sangue, caminha na luz. Aquele que tem esperança real e viva em Cristo, purifica a si mesmo, assim como Ele é puro (Tiago 2:17-20; Tito 1:1; Gl. 5:6; I João 1:7; 3:3).

2.Santificação é uma grandiosa e inseparável conseqüência da regeneração. Quem nasce de novo e é feito nova criatura, recebe uma nova natureza e um novo começo e tem que viver uma nova vida. A regeneração que o homem pode ter e ainda assim viver permanentemente no pecado ou no mundanismo, é uma regeneração inventada por teólogos não inspirados, mas nunca mencionada na Escritura. Pelo contrário, João expressamente diz que “Aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado”, “pratica a justiça”, “ama o próximo”, “guarda-se a si mesmo” e “vence o mundo” (I João 2:29; 3:9-14; 5:4-18). Simplesmente, a falta de santificação é um sinal de não-regeneração. Onde não há vida santa, não houve nascimento santo. Isto é duro de dizer, mas é uma verdade bíblica. Qualquer que é nascido de Deus, está escrito, “não vive pecando, porque é nascido de Deus” (I João 3:9).

3.Santificação é a única evidência da habitação do Espírito Santo que é essencial para a salvação. “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rom 8:9). O Espírito nunca permanece dormente na alma: Ele sempre faz Sua presença conhecida pelos frutos que Ele causa no coração, no caráter e na vida. “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl. 5:22). Onde estas coisas são encontradas, ali há o Espírito; onde estas coisas são esquecidas, os homens estão mortos perante Deus. O Espírito é comparado ao vento; e como o vento, Ele não pode ser visto pelos olhos do corpo. Mas assim como nós sabemos que há vento, pelo efeito que ele produz nas ondas, nas árvores e na fumaça, também podemos saber que o Espírito está numa pessoa pelos efeitos que Ele produz na conduta daquela pessoa. Não é lógico afirmar que nós temos o Espírito se nós também não “andamos no Espírito” (Gl. 5:25). Onde não há um viver santo, não há o Espírito Santo. O selo que o Espírito sela em nos cristãos é a santificação. Na verdade, “os que são guiados pelo Espírito de Deus”, e somente eles, “são filhos de Deus” (Rom. 8:14).

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A verdadeira espiritualidade, segundo A. W. Tozer

O conceito de espiritualidade varia entre os diversos grupos cristãos. Em alguns círculos, a pessoa que fala incessantemente de religião é julgada como sendo muito espiritual. Outros aceitam a exuberância ruidosa como um sinal de espiritualidade, e em algumas igrejas, o homem que ora em primeiro lugar, por mais tempo e mais alto consegue uma reputação de ser o mais espiritual na assembléia. Um testemunho vigoroso, orações freqüentes e louvor em voz alta podem entrosar-se perfeitamente com a espiritualidade, mas é importante entendermos que em si mesmos eles não constituem nem provam a presença da mesma.

A verdadeira espiritualidade manifesta-se em certos desejos dominantes. Eles são desejos sempre presentes, fixos, suficientemente poderosos para dominar e controlar a vida da pessoa. Para facilitar, vou mencioná-los, embora não me esforce para decidir sua ordem de importância.

1. Primeiro, o desejo de ser santo em lugar de feliz. A busca da felicidade, tão difundida entre os cristãos que professam uma santidade superior é prova suficiente de que tal santidade não se acha presente. O homem verdadeiramente espiritual sabe que Deus dará abundância de alegria no momento em que possamos recebê-la sem prejudicar nossa alma, mas não exige obtê-la imediatamente. John Wesley falou a respeito de uma das primeiras sociedades metodistas da qual duvidava terem seus membros sido aperfeiçoados em amor, pois iam à igreja para apreciar a religião em lugar de aprender como tornar-se santos.

2. O indivíduo pode ser considerado espiritual quando quer que a honra de Deus avance por meio de sua vida, mesmo que isso signifique que ele mesmo tenha de sofrer desonra ou perdas temporárias. Um homem assim ora: "Santificado seja o teu nome", e acrescenta baixinho: "Qualquer que seja o custo para mim, Senhor". Ele vive para honrar a Deus, através de uma espécie de reflexo espiritual. Cada escolha envolvendo a glória de Deus, para ele já está feita antes de apresentar-se. Não é necessário que debata o assunto em seu íntimo, pois nada há a discutir. A glória de Deus é necessária para ele; ele a aspira como alguém sufocando-se aspira o ar.

3. O homem espiritual quer carregar a sua cruz. Muitos cristãos aceitam a adversidade ou a tribulação com um suspiro e as chamam de sua cruz, esquecendo de que tais coisas podem acontecer tanto a santos como a pecadores. A cruz é aquela adversidade extra que surge como resultado de nossa obediência a Cristo. Esta cruz não é forçada sobre nós; nós voluntariamente a tomamos com pleno conhecimento das conseqüências. Nós decidimos obedecer a Cristo e fazendo essa escolha, decidimos carregar a cruz. Carregar a cruz significa ligar-se à Pessoa de Cristo, ser fiel à soberania de Cristo e obediente aos seus mandamentos. O indivíduo espiritual é aquele que manifesta essas características.

4. O cristão espiritual é também aquele que tudo observa sob o ponto de vista de Deus. A capacidade de pesar tudo na balança divina e dar-lhes o mesmo valor dado por Deus, é o sinal de uma vida cheia do Espírito. Deus olha para tudo e através de tudo ao mesmo tempo. Seu olhar não repousa sobre a superfície mas penetra até o verdadeiro significado das coisas. O cristão carnal olha para um objeto ou uma situação, mas pelo fato de não ver através dela fica entusiasmado ou deprimido pelo que vê. O homem espiritual tem capacidade para ver através das coisas como Deus vê e pensar nelas como Ele pensa. Ele insiste em ver tudo como Deus vê, mesmo que isso o humilhe e exponha a sua ignorância até o extremo de fazê-lo sofrer.

5. Outro desejo do homem espiritual é morrer retamente em lugar de viver no erro. Um sinal seguro do homem de Deus amadurecido é de sua despreocupação com a vida. O cristão terreno, consciente do corpo, olha para a morte com terror no coração; mas à medida que continua vivendo no Espírito torna-se cada vez mais indiferente ao número de anos que vai viver aqui embaixo, e ao mesmo tempo cuida cada vez mais do modo como vive enquanto está aqui. Não irá comprar alguns dias extra de vida ao custo da transigência ou do fracasso. Quer acima de tudo ser reto, e fica feliz em deixar que Deus decida quanto tempo deve viver. Ele sabe que pode morrer agora que está em Cristo, mas sabe que não pode agir erradamente, e este conhecimento torna-se um giroscópio que dá estabilidade aos seus pensamentos e seus atos.

6. O desejo de ver outros progredirem com sua ajuda é outro sinal do homem que possui espiritualidade. Ele quer ver outros cristãos acima de si e fica feliz quando estes são promovidos e ele negligenciado. Não existe inveja em seu coração; quando seus irmãos são honrados fica satisfeito, por ser essa a vontade de Deus e essa vontade é seu céu na terra. O que é agradável a Deus lhe dá também prazer, e se for do agrado de Deus exaltar outrem acima dele, satisfaz-se com isso.

7. O homem espiritual faz no geral juízos eternos e não temporais. Pela fé supera o poder de atração da terra e o fluxo do tempo e aprende a pensar e sentir como alguém que já deixou o mundo e foi juntar-se à imensa companhia dos anjos e à assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, Um homem assim preferiria ser útil e não famoso, servir em lugar de ser servido.Tudo isto se realiza pela operação do Espírito Santo que ne!e habita. Homem algum pode ser espiritual por si mesmo. Apenas o Espírito da liberdade pode tornar o homem espiritual.
A. W. TOZER


Será que estamos enquadrados nestas qualidades que Tozer descreve? Temos sido verdadeiramente cristãos espirituais? Se falharmos em relação aos nossos anseios espirituais com certeza seremos cristãos de fachada. Que o Senhor nos permite enxergar cada vez mais as arestas que precisam ser lapidadas em nosso viver, e assim trazer glória ao Seu Nome Excelso.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A vida cristã, segundo Murray

"O único objetivo com o qual você tem sido feito um membro do Corpo de Cristo é que a Cabeça possa ter você para cumprir Sua obra salvadora. O único objetivo de Deus teve em fazer de você um ramo é que Cristo possa através de você transmitir vida a outras pessoas. Seu sucesso pessoal, seu emprego e cuidado com sua família, são inteiramente subordinados a isto. Seu principal alvo na vida, seu principal alvo todos os dias, deve ser o saber como Cristo deseja cumprir Seu propósito em você. Comecemos a pensar como Deus pensa. Aceitemos o ensino de Cristo e respondamos a ele."


ANDREW MURRAY

Frases do escritor A. W. Tozer

Vale a pena parar um pouco e pensar nestas verdades bíblicas escritas de forma tão contundente pelo pastor Tozer. Estas frases são flechas certeiras em conceitos errados que podemos construir ao longo da vida cristã.


"Penso que minha filosofia seja esta: tudo está errado até que Deus endireite."

"Para orar com eficiência, precisamos querer o que Deus quer - isso e somente isso é orar conforme a vontade de Deus."

"É muito improvável que Deus use uma pessoa que nunca sofreu profundamente uma dor."

"Há muitos vagabundos religiosos em nossos dias que não querem estar presos a coisa alguma."

"O que perturba não é o fato de estarmos em transformação, e sim no quê estamos nos tornando. Quando um ser moral se desloca de uma posição a outra, necessariamente é para o melhor ou para o pior. Não só estamos todos num processo de transformação, mas estamos nos tornando naquilo que amamos..."

"É impossível alguém se arrepender de fato sem ter uma profunda decepção consigo mesmo."

"É impossível virar para o norte sem dar as costas para o sul."

"Uma consciência tranqüila vale mais que mil tesouros."

Ser perfeito, por Andrew Murray

Andrew Murray nasceu na África do Sul, em 9 de maio de 1828, experimentou a conversão aos 16 anos e morreu em 1917.
Seu pai era pastor vinculado à Igreja Presbiteriana da Escócia, que, por sua vez, mantinha estreita relação com a Igreja Reformada da Holanda, o que foi importante para impressionar Murray com o fervoroso espírito cristão holandês.
Ele escreveu um livro em português com o título: "Sê perfeito", onde trata do desejo de andar em obediência que o crente precisa manter constantemente em seu coração. Extraí este parte do texto original, sem alterações. Vale a pena ler este livro na íntegra!

"Perfeito serás para com o Senhor teu Deus"
(Deuteronômio 18:13).

Ser perfeito perante Deus não é chamado e privi­légio apenas de um homem como Abraão, mas é igualmente o dever de todos os seus filhos. Esse mandamento foi dado a todo o Israel, para que cada homem do povo de Deus pudesse receber e obedecer: "Perfeito serás para com o Senhor teu Deus." Isso diz respeito a cada filho do Senhor; ninguém que se professe crente pode evitá-lo, rejeitar obedecê-lo, sem por em perigo a sua salvação. Não se trata de um mandamento como: "Não matarás," ou "Não furta­rás," referindo-se a uma limitada esfera de nossa vi­da, mas é um princípio que permanece enraizado em toda a verdade bíblica. Se o nosso serviço a Deus tiver de ser aceitável, não pode ser prestado com um coração dividido, mas com um coração inteiramente dedicado e perfeito.

O principal obstáculo no caminho da obediência a esse mandamento, é o nosso falso conceito do que é religião cristã. O homem foi criado simplesmente para viver para Deus, para mostrar a Sua glória, e para permitir que Deus demonstre completamente no seu viver toda a Sua imagem e bem-aventurança.

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Que o Senhor Deus nos ajude, pela sua infinita misericórdia, a andar em obediência que traga glória ao Seu precioso Nome. Lembro-me das palavras de Jesus no Sermão do Monte, quando Ele disse: "Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai Celeste." Amém!

Devocional Pão Diário

A leitura do Pão Diário traz ricas lições para o nosso cotidiano. Recomendo a todos que meditem nas verdades bíblicas que o Devocional Pão Diário transmite.
Aqui vai um texto deste devocional abençoador.

Celebrando

LEITURA BÍBLICA
Salmo 24.1-10

Vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus
(1Co 6.11).


A leitura de hoje é uma verdadeira celebração. O salmo foi escrito quando o rei Davi levou a arca para Jerusalém (1Cr 16). Era uma espécie de cerimonial. Subiam o monte cantando. A arca manifestava a presença de Deus no meio do povo. Por isso celebravam.
O salmo começa com uma declaração enfática, incontestável, sobre a criação de Deus. Declara que tudo pertence ao Senhor. A fertilidade, as leis e a beleza da natureza, tudo pertence ao Senhor, que se alegrou com tudo que criou.
Reconhecer que a terra pertence ao Senhor deveria levar-nos a pensar em como cuidar daquilo que Deus criou. Campanhas ecológicas deveriam ser levadas a sério pelos cristãos, pois cuidar do lugar onde vivemos é uma forma de honrar ao Senhor Criador.
Diante de tamanha manifestação da grandeza de Deus, surge a pergunta sobre quem poderia participar daquela festa que estava em andamento. Não deixa de ser também um momento de reflexão.
Os cristãos gostam de cantar. A expressão “louvor e adoração” se ouve em muitos lugares e costuma-se dedicar períodos nos cultos para esse fim. O que não pode faltar é um pouco mais de reflexão sobre quem pode participar desses momentos.
A expressão “mãos limpas”, citada pelo profeta Isaías, tem a ver com a atitude de cada um. Referindo-se às mãos que se erguiam para orar, disse: “Lavem-se! Limpem-se! Removam suas obras más para longe de minha vista. Parem de fazer o mal!” (Is 1.16). Deus se agrada das manifestações de louvor, mas está muito mais interessado numa mudança interior.
Quanto ao coração, a purificação de nossos pecados é fundamental para nos aproximarmos de Deus. E quem pode purificar-nos? Jesus! É ele quem nos perdoa e nos apresenta diante de Deus “sem culpa”.
Alegre-se no dia de hoje, diante do Senhor. Renda-lhe graças pela beleza de Sua criação.
Louve ao Senhor! De coração, louve ao Senhor!


A todos que desejarem ter acesso aos devocionais Pão Diário, o link é o seguinte:
http://www.nossopaodiario.net/


Pura Insensatez

No ano passado, na época em que o caso de Isabella Nardoni ganhava o espaço na mídia, tive a oportunidade de pregar num culto da minha igreja. Escolhi tratar sobre o tema "Insensatez", tendo em vista a barbárie cometida por aquele casal que estava no apartamento no momento em que a garotinha foi atirada do sexto andar do prédio.
Absurdos desse tipo me fizeram refletir sobre a insensatez na vida de um líder do povo de Israel, o rei Saul. Então disponibilizo aqui este material para que todos possam conhecer. Espero que sirva para a edificação espiritual dos amados irmãos.

Um forte abraço a todos.


O link é:


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Que abordagem de salvação utilizar?

Resposta: A ABORDAGEM QUE A BÍBLIA APRESENTA!
Qualquer outra será tida como falsa. Somente através dos méritos de Jesus no Calvário, que reconciliou o homem com Deus, podemos ter a salvação a partir de agora. Vejam este breve comentário de Eugene Peterson, que deixa claro o espírito inventivo que há no coração do homem!

"Qualquer abordagem à salvação que não se transforme mais cedo ou mais tarde em adoração — e quanto mais cedo, melhor — distorce e reduz a salvação a um conceito, um programa ou uma técnica que podemos dominar e, portanto, controlar. Mas é evidente que, se podemos realizá-la, ou pelo menos administrá-la, ela deixa de ser salvação. Damos as costas para Deus e montamos as próprias consultorias de salvação.

Para encobrir as banalidades dos projetos de salvação que promovemos, tentamos usar propagandas glamorosas ou competir intensamente com as empresas rivais. Em sua maior parte, esses projetos conseguem apenas distrair os clientes, pois, se os produtos de salvação que anunciamos com tanta sofisticação forem examinados de perto, ficará evidente que não passam de imitações baratas. Não é fácil lidar com Deus em sua obra abrangente de salvação, por isso procuramos alguma coisa menor."

"A salvação significa Deus fazendo por nós o que não podemos fazer por nós mesmos. É obra de Deus, que não podemos equiparar, rivalizar ou imitar. Ela vem de Deus e, portanto, a experiência e a resposta à salvação também dizem respeito a Deus."


O cristão de acordo com A. W. Tozer

Gosto de ler os escritos de A. W. Tozer. Veja como ele escreve a respeito do cristão...
Vem logo a minha mente a figura do peregrino de John Bunyan.

"O cristão logo aprende que, se quiser alcançar vitória como um filho do céu entre os homens da terra, não deve seguir os padrões adotados comumente pela humanidade, mas exatamente o sentido oposto. Para salvar-se, corre perigo; perde a vida a fim de ganhá-la e existe a possibilidade de perdê-la se tentar conservá-la. Ele desce para subir. Se se recusa a descer é porque já está embaixo, mas quando começa a descer está subindo. É mais forte quando está mais fraco e mais fraco quando se sente forte. Embora pobre tem poder para tornar ricos a outros, mas quando se enriquece sua capacidade de enriquecer outros se esvai. Ele tem mais quanto mais dá e tem menos quando possui mais.

Ele pode estar, e no geral está, no alto quanto mais humilde se sente e tem menos pecado quanto mais se torna consciente do pecado. É mais sábio quando reconhece que nada sabe e tem pouco conhecimento quando adquire grande cultura. Algumas vezes faz muito quando nada faz e avança rápido ao manter-se parado. Consegue alegrar-se nas dificuldades e mantém animado o coração mesmo na tristeza.

O caráter paradoxal do cristão revela-se constantemente. Por exemplo, ele crê que está salvo agora, mas, não obstante, espera ser salvo mais tarde e aguarda alegremente a salvação futura. Ele teme a Deus, mas não tem medo d’Ele. Sente-se dominado e perdido na presença de Deus, todavia, não há lugar em que tanto deseje estar como nessa presença. Ele sabe que foi purificado de suas faltas, mas sente-se penosamente cônscio de que nada de bom habita em sua carne.

Ele ama acima de tudo alguém a quem jamais viu, e embora seja ele mesmo pobre e miserável, conversa familiarmente com Aquele que é o Rei de todos os reis e Senhor dos senhores, não percebendo qualquer incongruência nisso. Sente que de si mesmo é menos que nada, entretanto crê firmemente ser a menina dos olhos de Deus e que por sua causa o Filho Eterno se fez carne e morreu na cruz vergonhosa.O cristão é um cidadão do céu, mostrando-se leal a essa cidadania sagrada."

Eis o resumo: Uma verdadeira aula de cristianismo em poucas palavras!

Tabela da Expiação

Caros amigos,

Esta tabela servirá para que possamos entender o plano perfeito da expiação (um plano-mestre concebido na mente de Deus desde a eternidade).

A todos um forte abraço.

Vejam neste link:
http://www.4shared.com/file/80641737/a97c6b9d/Tabela_Expiao.html