segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Este mundo: campo de batalha ou parque de diversões?

A. W. Tozer nos faz refletir. Através de seus textos podemos ter nossas mentes aclaradas para as verdades bíblicas de uma forma nunca antes imaginada. Tozer estará sempre presente neste blog porque sinto a necessidade de compartilhar o que ele escreveu, para que assim outras vidas também possam ser edificadas. Eis aqui mais uma grande lição sobre cristianismo. Ele questiona a nossa visão de mundo: estamos num campo de batalha ou num parque de diversões? O nosso viver será a prova mais evidente da resposta para esta pergunta.

Como tudo mudou hoje: o fato permanece o mesmo, mas a interpretação modificou-se completamente. Os homens pensam no mundo não como um campo de batalha, mas como um parque de diversões. Não estamos aqui para lutar, mas para nos divertir. Esta não é para nós uma terra estranha, e sim o nosso lar. Não nos preparamos para viver, já estamos vivendo, e o melhor a fazer é livrar-nos de nossas inibições e frustrações e vivermos plenamente. Em minha opinião, resume-se nisso a filosofia religiosa do homem moderno, abertamente professada por milhares e tacitamente mantida por outros milhões que vivem segundo a mesma sem terem dado expressão verbal aos seus conceitos.

Esta mudança de atitude com relação ao mundo teve e continua tendo seus efeitos sobre os cristãos, até os cristãos evangélicos que professam fé na Bíblia. Através de uma curiosa manipulação dos números eles conseguem uma soma errada, mas alegam ter a resposta certa. Parece fantasia, mas não passa de verdade.

O fato de este mundo ser um parque de diversões e não um campo de batalha foi agora aceito na prática pela vasta maioria dos cristãos evangélicos. Eles poderiam tentar furtar-se a uma resposta se lhes pedissem diretamente que declarassem a sua posição, mas seu comportamento os acusa. Estão fazendo as duas coisas, alegrando-se em Cristo e no mundo e contando a todos que é possível aceitar Jesus sem abandonar as diversões e que o cristianismo é a coisa mais alegre que se possa imaginar.

A "adoração" derivada dessa perspectiva de vida é tão descentrada quanto o próprio conceito em si, uma espécie de vida noturna santificada, sem as bebidas e os bêbados vestidos a rigor. A coisa mostra-se tão grave ultimamente que tornou-se agora dever de cada cristão reexaminar sua filosofia espiritual à luz da Bíblia e, uma vez descoberto o caminho das Escrituras, ele deve segui-lo, mesmo que tenha de separar-se de muita coisa antes aceita como real, mas que agora à luz da verdade sabe ser falsa.

Uma visão correta de Deus e do mundo futuro exige que nós também tenhamos uma perspectiva do mundo em que vivemos e nossa relação com ele. Tanta coisa depende disto que não podemos ser negligentes a este respeito.
A. W. TOZER

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