quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O nosso inalterável Deus

Deus não aumenta nem diminui. Não melhora nem sofre declínio. Ele não muda por terem sido alteradas algumas circunstâncias - não há emergências  imprevistas para aquele que é eternamente onisciente. Seus propósitos eternos duram para sempre porque Ele dura para sempre (Sl. 33.11). Ele não reage, somente age - e o faz sempre conforme Lhe agrada (Sl. 115.3).

Claro está que, segundo a perspectiva humana, parece que Deus muda seus planos ou suas ações baseado no que as pessoas fazem. Mas não é assim segundo o ponto de vista de Deus. Visto que conhece e sempre conheceu perfeitamente o futuro, tendo-o planejado de acordo com o Seu decreto inalterável, Ele sempre age do modo como planejou desde a eternidade passada. Enquanto que os homens não sabem como Deus vai agir, e às vezes se espantam quando veem revelados os planos divinos, Deus nunca é pego de surpresa. Ele continua trabalhando como sempre fez, de acordo com o Seu propósito eterno e o Seu beneplácito (cf. Sl. 33.10-12; Is. 48.14; Dn. 4.35; Cl. 1.19-20).

Com relação à humanidade, Deus predeterminou a redenção de um povo para Sua glória. Nada pode frustrar esse plano (Jo. 10.29; Rm. 8.38,39). Conhecimento perfeito, perfeita liberdade influenciada, e poder perfeito e ilimitado para realizar tudo quanto Ele quis e quer - santidade absoluta e perfeição moral movendo-o a ser plenamente verdadeiro e fiel à sua Palavra - significam que o que Deus começou a fazer antes do princípio do tempo, está fazendo e completa- rá depois que findar o tempo.

Deus não pode mudar, Sua Palavra não pode mudar, e Seu propósito não pode mudar. Sua verdade é a mesma porque Ele é a Verdade (cf. Sl. 119.160; Jo. 17.17; Tt 1.2; Hb 6.18). Em contraste com a chamada teologia do teísmo aberto, que alega que Deus não conhece o futuro e, portanto, cabe-lhe adaptar-se às circunstâncias à medida que se desenvolvem, a Bíblia apresenta Deus como o Soberano que conhece todos os eventos, passados, presentes e futuros.

Extraído do livro: FUNDAMENTOS DA GRAÇA, de STEVEN J. LAWSON

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Vitória nas lutas


“Vem com Josué lutar em Jericó
Suba os montes devagar
Teu Senhor vai guerrear”


A letra do antigo corinho é bem conhecida. O texto bíblico nos mostra que Josué seguiu a ordem divina de rodear a cidade por 7 dias consecutivos. Fica evidente que a vitória não teria sido possível sem a boa mão do Senhor sobre o Seu povo eleito. As muralhas de Jericó ruíram sob o poder de Deus, sem o qual eu você lutaremos batalhas vãs e perderemos para o maior inimigo: nós mesmos. Não podemos guerrear fiados em nossas próprias forças. Dependência constante do Senhor é a mola propulsora das vitórias reais em nosso viver. Ele é o nosso escudo, o nosso alto refúgio, em quem podemos depositar todos os nossos medos e temores, pois Ele de fato tem cuidado por nós.

Obviamente depender de Deus não deve nos levar à indolência ou apatia espiritual. Temos o Senhor em nosso favor, mas somos orientados na Bíblia por meio dos imperativos e ordens diretas para avançarmos com fé. Somos orientados a desenvolver a nossa salvação, não no sentido de aperfeiçoá-la, mas no sentido de expandir o nosso desejo de santificação e progresso na vida cristã.

Que possamos desistir de lutar com nossas próprias armas, que se baseiam em estratégias humanas falíveis. Temos parâmetros que as Escrituras nos mostram para que sejamos crentes vitoriosos contra a carne, contra este mundo e contra o inimigo de nossas almas. É imprescindível que nos dobremos ante a autoridade da Palavra de Deus que nos orienta como agir em meio às dificuldades e batalhas que enfrentaremos na breve jornada nesta terra. Deus não nos prometeu dias fáceis, mas prometeu ser o nosso Supremo Pastor que nos conduzirá por vales e campinas ao lar celestial. 



Marcos A. Melo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A majestade divina



Definitivamente, perdeu-se o senso da majestade de Deus. Basta ouvir as pífias letras que são compostas "para louvar a Deus", letras que entronizam o homem e fazem referência ao Senhor como o "gênio da lâmpada" que está pronto a atender os pedidos mais urgentes. Definitivamente, estamos na era da falta de temor reverente diante do Soberano e Santo Deus. Muitas pregações nos púlpitos de hoje proclamam não a glória de Deus, mas os achismos e historietas de pregadores-humoristas. Definitivamente, vivemos dias tenebrosos sob a falsa impressão de que estamos adorando a Deus sem considerar o que de fato é adoração sob o prisma das Escrituras.

Deus é o Todo-poderoso que trouxe à existência tudo que existe "ex-nihilo". Pela palavra do Seu poder, Deus formou tudo que existe neste Universo e todas as formas de vida que já foram descobertas ou que ainda serão. Portanto, quando me disponho a adorar a Deus tenho que ter este fato em mente. Ele é o totalmente Outro, distinto em Sua perfeita natureza sem pecado e entronizado acima dos céus, sendo aclamado constantemente por querubins reluzentes.

Percebo que esta ideia da majestade de Deus não faz mais parte dos círculos denominados evangélicos. Penso eu que, se alguém se declara evangélico, no mínimo deve entender o que é o Evangelho: as boas novas de Deus para o mundo em trevas, a proclamação da glória de Deus mediante a salvação de pecadores por meio de Cristo Jesus. Esta verdade já deve gerar em todo evangélico um profundo senso de temor e tremor, visto que não há mérito no homem  para ser aceito pelo Senhor, é tudo uma iniciativa graciosa d'Ele.

O fato é que a essência do Evangelho não tem trazido à memória do povo evangélico a clara percepção da majestade de Deus que é revelada nas Escrituras. Por conta disso, surgem aberrações em cultos direcionados para acariciar o ego dos ouvintes e mensagens de autoestima proclamadas nos púlpitos das igrejas com o objetivo de trazer entretenimento. A proclamação séria do Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação do pecador, já não é enfatizada. Tratar sobre pecado e sobre as consequências da desobediência ao Senhor é visto como antiquado e sem efeitos positivos. Sendo assim, surge um rebanho de pessoas movidas pelas novidades no mundo gospel, pelas baladas e "swingueira pra Jesus". Este é um rebanho que caminha sem direção, pois o senso da majestade de Deus foi de todo desprezado.

Precisamos voltar aos marcos estabelecidos nas Escrituras, nem aquém e nem além. Precisamos nos curvar diante do grandioso Senhor que nos formou desde o ventre materno e que nos conhece perfeitamente. Diante do Seu poder e glória, devemos colocar a mão na boca (como fez Jó) e corar de vergonha (como fez Daniel). Diante da majestade e realeza do Senhor é importantíssimo que reconheçamos a nossa posição de súditos e servos, sem merecimento e sem requisições, apenas dependentes da graça de Deus por toda a eternidade. Ah, como carecemos de uma percepção adequada sobre quem DEUS de fato é!


Marcos Aurélio de Melo