segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A importância da direção


No caminho cristão, o que é importante não é a velocidade com que estamos indo, nem a distância percorrida, mas sim a direção que tomamos. Por essa razão as Escrituras exortam o cristão em sua caminhada a que tenha paciência, não se preocupando com a velocidade. O Senhor parece estar bem mais interessado quanto a para onde estamos indo do que quanto a com que velocidade estamos caminhando. Um passo firme na direção certa nos levará ao nosso destino certo por fim, mas se na vida temos em mira uma meta errada, a velocidade apenas nos desviará mais rapidamente do destino certo.

Falta de direção é a causa de muitos fracassos em atividades espirituais. As igrejas estão infestadas de pessoas, de ambos os sexos (embora em sua vasta maioria sejam homens) que nunca tiveram um claro chamado de Deus para alguma coisa em particular. Tais pessoas muitas vezes são vítimas de algum capricho ou do acaso, presas fáceis de líderes ambiciosos que procuram projetar-se pelo uso de outras pessoas para seus próprios fins. O cristão que não tem uma direção é aquele que suporta o que é novo e espetacular, quer isso esteja ou não de acordo com as Escrituras e com a vontade revelada de Deus.

Uma grande economia de tempo e de esforço pode ser conseguida se soubermos o que devemos fazer e então, apegando-nos a isso, e sem alarde, recusarmo-nos a sermos desviados da nossa tarefa. Paulo disse: "mas uma coisa faço",22 e pela redução de suas atividades a um importante mínimo, ele multiplicou a sua eficiência muitas vezes. Temos de evitar o erro de achar que, por estarmos muito ocupados, estamos fazendo muitas coisas. Uma grande parte das atividades que fazemos todo dia é tal como a daquele senhor, de certa idade, que tinha uma perna artificial e que a enfiou num buraco da calçada, e então ficou a noite toda rodando, querendo ir para sua casa.

Quanto mais nos desviarmos de nossas origens, maior a tentação de nos rendermos aos confusos modos do fundamentalismo moderno, e então ficarmos sendo uma "Maria vai com as outras", indo atrás de qualquer um que esteja disponível no momento. Temos de resistir a essa tentação com todas as nossas forças. Se viéssemos a adotar os procedimentos da igreja que está cega no dia de hoje, certamente estaríamos desperdiçando o nosso tempo e também o dinheiro de outras pessoas, crendo, contudo que estaríamos fazendo a vontade de Deus. De tal calamidade, ó Deus, livra-nos!

Se acharmos que às vezes estamos indo um pouco devagar, não nos esqueçamos de que sabemos qual é a direção para onde fomos chamados para ir, e enquanto estivermos seguindo aquele direcionamento inicial, estaremos sendo abençoados com todo o sucesso, muito além das nossas melhores expectativas. Manter a direção que nos foi revelada por Deus é de vital importância. Não vamos errar neste ponto.


A. W. TOZER

TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO "ESTE MUNDO: LUGAR DE LAZER OU CAMPO DE BATALHA ?"


 
 

UM VIVER EXCELENTE

TEXTO BÍBLICO: GÊNESIS 39
 
Recentemente em Petrolina houve uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça, que é um esquadrão de demonstração aérea da Força Aérea Brasileira. A perícia dos pilotos é impressionante. Em algumas manobras, os aviões tucano chegam a ficar a apenas dois metros de distância um do outro. O capitão que fez a abertura do evento disse algo interessante: “Dentre os melhores pilotos da força aérea, somente os excelentes fazem parte da Esquadrilha da Fumaça. Para ser piloto da esquadrilha não basta ser bom, tem que ser excelente. A palavra excelente que temos na língua portuguesa é de origem latina – “excelentere”, cujo significado original é “que se eleva acima de” ou “ser superior a”. Ora, se pessoas buscam a excelência em seus campos de atuação, procurando dedicar-se ao máximo, o que deve se esperar de nós, cristãos, que fomos alcançados pela maravilhosa graça de Deus? 
Nós temos aprendido que a vida do cristão deve se nivelar por cima. Obviamente, não se trata de viver de modo arrogante ou presunçoso, confiando em habilidades ou qualidades humanas. Mas Deus requer que o Seu povo seja distinto e faça diferença neste mundo. Por isso, precisamos apresentar um viver excelente e não um viver mediano ou superficial. Falar em excelência é falar de algo que deus deseja e espera de cada um de nós. A excelência precisa ser entendida aqui como uma forma de viver diferente, acima do trivial, do corriqueiro, do comum.  Quando Jesus se referiu à justiça dos fariseus, que era baseada apenas em atitudes exteriores, ele afirmou aos seus discípulos: "se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus" (mt. 5:20). Todo o sermão do monte é um chamado para que o discípulo de cristo apresente um viver excelente.
E por falar em uma vida excelente, José é um claro exemplo do estilo de vida que não segue o padrão da multidão. Por causa do ódio de seus irmãos, ele foi vendido como escravo e foi parar na casa de Potifar, chefe da guarda de faraó.  Mas José não sucumbiu diante das circunstâncias adversas que enfrentou, e nem adotou uma postura mediana. Sua vida se nivelava por cima, José não se estabelecia no trivial. O procedimento excelente de José descrito neste texto deve nos envergonhar.
 
 
“APESAR DAS CIRCUNSTÂNCIAS CONTRÁRIAS, O SERVO DE DEUS DEVE APRESENTAR EVIDÊNCIAS DE UM VIVER EXCELENTE”

QUE EVIDÊNCIAS DE UM VIVER EXCELENTE UM SERVO DE DEUS DEVE APRESENTAR, APESAR DAS CIRCUNSTÂNCIAS CONTRÁRIAS?


1.                 ELE PERMANECE FRUTÍFERO PARA A GLÓRIA DO SENHOR (vs. 5-6)
 

Um viver raso e medíocre é típico de pessoas que não possuem como foco a glória do Senhor. Apesar dos desafios que se apresentam diariamente, os que possuem como prioridade somente a glória de Deus, não se contentam em ficar “na média”, eles superam as expectativas e vivem de modo frutífero e relevante. Porém, quando as circunstâncias são adversas nossa tendência principal é levantar a bandeira branca e viver de modo medíocre, sem dar frutos que glorifiquem o nome do Senhor. Vivemos sem apresentar frutos dignos de pessoas regeneradas pelo poder da graça de Deus e difamamos o Evangelho com esta negligência.

ILUSTRAÇÃO: Paulo estava sendo transportado para Roma num navio que enfrentou grande tempestade e veio a naufragar. Mesmo naquele contexto difícil, Paulo demonstrou grande utilidade naquele navio. Este homem estava pronto a servir e ser frutífero, apesar das circunstâncias contrárias. Mesmo na condição de preso do Império Romano, assumiu seu papel como servo do Senhor, e desempenhou o que estava ao seu alcance para a glória de Deus (Atos. 27:27-44).
Não podemos justificar nossa indolência e falta de serviço porque as circunstâncias da vida estão difíceis. Muitos crentes levantam a placa “fora de serviço”, porque estão enfrentando algum revés no seu viver. Mas irmãos, fomos convocados pelo Senhor para fazer parte de um batalhão de soldados que cumprem o seu papel. Não fomos convocados pelo Senhor para admirarmos a paisagem ou sucumbirmos diante dos problemas que nos rodeiam cotidianamente.

Precisamos acordar da letargia espiritual. O Senhor nos enxertou em Cristo para que demos frutos. Conforme está bem claro em João 15, espera-se que cada ramo produza frutos uma vez ligados à Videira verdadeira. Jesus deixou bem claro: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5). A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é a seguinte: HÁ FRUTOS QUE EVIDENCIEM MINHA UNIÃO VITAL COM CRISTO? Que frutos o Senhor irá encontrar em meu viver, que atestam a minha real condição de filho de Deus?

Se afirmamos com os lábios que Cristo é o nosso Senhor, como temos servido a Ele? Será que Ele tem se agradado do nosso serviço? Somos frutíferos para o Reino? Ou não teremos nada que apresentar-lhe como ilustra a parábola dos talentos (Mateus 25: 14-30)? Temos recebido muito do nosso Senhor, graça abundante e recursos preciosos. Não podemos alegar que não somos frutíferos na obra de Deus porque não recebemos os recursos suficientes. Certamente muito foi dado a nós, e também muito nos será cobrado.


2.                 ELE PERMANECE PURO PARA A GLÓRIA DO SENHOR (Vs. 7-12)
 
José tinha um pensamento alinhado com a glória de Deus. Percebemos na história que a sua maior alegria era viver de modo agradável ao Senhor. Por isso quando foi assediado sexualmente pela mulher de Potifar, logo ele se lembrou que este ato seria um afronta direta ao Senhor. Ele entendia que sua vida era um livro aberto diante do seu Deus.  A mulher de Potifar não se importava com a integridade do seu casamento, para ela aquilo seria algo muito natural, mas José não via as coisas desta forma. A pureza de José diante das armadilhas sedutoras daquela mulher é um lembrete a todos nós sobre a importância do compromisso com Deus na luta contra o pecado.

Paulo foi incisivo em sua carta aos irmãos de Corinto. Ele viu que a impureza estava tomando espaço dentro daquela igreja, e por isso escreveu para exortar os irmãos a tomarem uma postura. Nesta carta, Paulo aborda a questão da impureza sem rodeios: “Fugi da impureza! Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1 Cor. 6:18-20). Paulo quer nos ensinar o seguinte: o que fazemos com o nosso corpo denuncia se vivemos ou não para a glória de Deus.

Na sociedade corrompida em que vivemos hoje em dia, mais do que nunca precisamos levantar a bandeira da pureza. Estamos rodeados de convites à impureza e a luxúria desenfreada, que dominam os outdoors e propagandas da televisão. O sexo adquiriu status de deus e domina a vida de muitas pessoas. O Senhor nos convoca para sermos defensores da pureza em mundo que trata o sexo de forma banal e casual.

A advertência contra a impureza sexual não se restringe aos solteiros. O adultério continua sendo o grande motivador para o fim de muitos casamentos. Por isso o livro de Provérbios está repleto de exortações à pureza: “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv. 6:32). “Seduziu-o com as suas muitas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o arrastou. E ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro” (Pv. 7: 21-22). “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hb.13 4)

Mas precisamos entender que a batalha pela pureza começa em nossas mentes (Mt. 5:28). Aquilo que é sensual e lascivo e alimenta as nossas mentes certamente trará prejuízos. Não podemos evitar que um pássaro voe sobre nossas cabeças, mas podemos evitar que ele faça um ninho. Não flerte com o pecado. Não se deixe iludir pelas promessas de prazer fácil. A impureza sexual pode escravizar qualquer um de nós. Precisamos estar atentos a todo indício de imoralidade que esteja por perto, para que não sejamos enganados pela nossa própria cobiça carnal. Quando focamos a glória do Senhor e buscamos em tudo sermos agradáveis a Ele, lutaremos pela pureza em nosso viver.

3.                 ELE PERMANECE UM REFERENCIAL PARA A GLÓRIA DO SENHOR (vs. 21-23)
Mesmo preso injustamente por causa de uma mentira da mulher de Potifar, José não se rendeu à autopiedade. Ele não mergulhou numa depressão profunda e ficou inerte. Ele permaneceu sendo um referencial de caráter e boa conduta. Apesar das circunstâncias contrárias, José sabia que o seu foco era é a glória de Deus.

Nós vivemos num mundo sem referenciais de qualidade. Atualmente não existem muitos modelos de ética e caráter ilibado. Infelizmente até dentro das igrejas muitos que carregam o nome de “cristão” não são considerados mais dignos de confiança.

No mesmo contexto em que Paulo exorta os crentes de Filipos a desenvolverem a salvação com temor e tremor, ele também exorta os crentes a serem “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fl. 2:15). A linguagem de Paulo é muito similar com a de Jesus no Sermão do Monte: “vós sois a luz do mundo”, ou seja, precisamos viver de tal modo que nos tornemos referenciais de ética e conduta irrepreensível. O Senhor Jesus afirmou: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mt. 5:16).

Na União de Jovens estamos estudando o livro “Fora de Moda”. O autor afirma que o viver do cristão deve seguir na contramão deste mundo com seus valores perversos. O ponto principal do livro pode ser resumido assim: “Os cristãos fazem diferença neste mundo sendo diferentes; eles não fazem diferença sendo iguais.” OU: “Quanto mais nós cristãos buscamos relevância mundana, mais nos tornamos irrelevantes para o mundo ao nosso redor.”

Preste atenção nisto: Se a sua vida não causa nenhum impacto nas pessoas ao seu redor, é bem provável que você esteja vivendo de modo muito semelhante. Não é o momento de despertarmos para uma nova postura, para assumirmos de fato o nosso papel de sal e luz, tornando-nos referenciais de piedade e consagração ao Senhor?

Você é um referencial? Qual o impacto que você causa nas pessoas que convivem diariamente com você? Quando as pessoas olham para você, percebem sua postura excelente, que o distingue da multidão? Você vive de tal forma que outros podem confiar a chave do cofre em suas mãos? Quando as pessoas que convivem diariamente lembram de você, que pensamentos surgem na mente delas?

Paulo se tornou um referencial de vida piedosa. Ele chegou a afirmar: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo.”  Certa vez Spurgeon disse: “Nossa vida deve ser tal que os homens possam imitá-la com segurança.” Que tipo de referencial você tem sido para outros? Irmãos, precisamos zelar pelo nosso testemunho, mesmo que sejamos tratados injustamente ou estejamos rodeados de circunstâncias contrárias. Este mundo deve olhar para nós e enxergar que somos referenciais para a glória de Deus.

 
MARCOS AURÉLIO DE MELO
SERMÃO PREGADO EM 25/11/2012
IGREJA BATISTA REGULAR JARDIM AMAZONAS

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

UM DIAGNÓSTICO PRECISO

TEXTO: ISAÍAS 29: 13-16

“Nesse texto, o SENHOR faz um diagnóstico preciso da situação espiritual do Seu povo”

Que aspectos deste diagnóstico podem ser vistos no texto?

1)     O CONSTANTE AUTO-ENGANO (VS. 13)
Jesus repetiu esta afirmação do profeta Isaías para confrontar os escribas e fariseus que viviam como atores (hipócritas), guardando rituais sem nenhum compromisso autêntico de honrar ao Senhor (Mt. 15: 8-9; Mc. 7: 6,7). Eles não estavam enganando a Deus, estavam enganando a si mesmos!
Muitas vezes colocamos nossas vidas no “piloto automático”, e vamos seguindo adiante sem sondar nossos corações para fazer um exame cauteloso da nossa fé com a ajuda de Cristo e de Sua Palavra. Deus requer dos Seus filhos um viver autêntico, e que tudo que seja feito para Ele tenha significado e propósito para nossas vidas.
O auto-engano é um veneno mortal. A vida cristã autêntica é fruto do entendimento correto sobre a fé em Cristo. Não podemos desvincular a fé em Cristo de nossas práticas diárias. Não podemos desvincular a fé em Cristo do culto que prestamos a Ele. Não podemos desvincular a fé em Cristo da maneira como nos relacionamos com as pessoas. Não podemos desvincular a fé em Cristo do serviço que a Ele entregamos. Não podemos desvincular a fé em Cristo da forma como fazemos para ganhar dinheiro.
Um cristianismo de fachada certamente levará a um céu de fachada. Nada compensa um viver sem autenticidade. Nada compensa cultivarmos hábitos religiosos se o nosso coração continua distante de Deus. A busca por mera performance religiosa vai nos levar a uma vida hipócrita e sem significado. Neste diagnóstico que Deus faz do seu povo, Ele percebe a falta de autenticidade. Será que o Senhor vê autenticidade em nosso viver? Será que o que cantamos aos domingos reflete o nosso compromisso em agradá-lo durante toda a semana? Infelizmente, muitos entram e saem do culto com corações vazios.

2)     O PROCEDIMENTO OBSCURO (VS. 15)
O sábio Salomão escreveu: “Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele considera todas as suas veredas” (Pv. 5:21).
Você já ouviu a expressão “esqueletos no armário”? A expressão, corrente nos países de língua inglesa, indica um segredo virtualmente vergonhoso e potencialmente destrutivo e se exposto, que alguém não deseja que venha à tona. Na Inglaterra no início do século XIX, os ladrões de cadáveres roubavam esqueletos de cemitérios para uso em pesquisa médica e forneciam aos médicos esqueletos “ilegais” que eram prontamente escondidos em “armários”.
No cristianismo bíblico não há espaço para esqueletos no armário. Devemos cultivar com afinco a transparência e integridade em nosso viver para que não sejamos pedra de tropeço. O sábio Salomão deixou uma advertência clara: “Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido” (Provérbios 10:9). Apesar das investidas sensuais da mulher de Potifar, José não cedeu aos apelos porque temia a Deus e não queria desagradá-Lo em hipótese nenhuma. Isto é ser íntegro! Mesmo quando a pressão dos ímpios é grande, quem possui integridade não vai deixar de lado o temor do Senhor por um prato de lentilhas. A pergunta é: “Quem é você quando ninguém está olhando?”
O Senhor conhece o nosso caminhar, e sabe muito bem quais são as nossas reais intenções do coração. Um viver íntegro é fruto desta compreensão. Não podemos ficar escondendo esqueletos no armário pensando ingenuamente que estamos “bem na foto”, porque nossos atos e pensamentos não passam despercebidos diante do Senhor.

3)     A RIDÍCULA PETULÂNCIA (VS. 16)
No cristianismo, não há espaço para petulância da nossa parte. Humildade na relação com Deus significa que temos consciência da nossa real posição de escravos. Deus é o Senhor, nós não somos. Precisamos permanecer em nosso lugar. Muitos levantam a voz diante de Deus, com suas arrogantes conclusões e com isso desconsideram a superioridade do Senhor. Quem somos nós para insistirmos em agir com orgulho, querendo colocar Deus contra a parede. Devemos entender de uma vez por todas, que Deus sem eu e sem você vai muito bem obrigado. Eu não posso dirigir-me a Ele de qualquer forma, pensando que sou dono do meu próprio nariz (Jó 38: 1-2).
Muitos estão “decepcionados com Deus” e tentam forçar Deus a agir de alguma forma mais cômoda ou conveniente. Somos pó e ao pó retornaremos. Muitas vezes com nossas atitudes estamos demonstrando nossa ridícula petulância, buscando a todo custo a autopromoção e o reconhecimento público, roubando a glória que somente a Deus é devida. O oleiro trabalha e molda o barro da forma que lhe apraz (Jr. 18:1-4), sem dever explicações. O escravo reconhece o seu lugar, e portanto sabe que nada tem que exigir ou determinar.

MARCOS AURELIO DE MELO
HOMILIA PARA O CULTO DE ORAÇÃO  31/10/12