domingo, 26 de dezembro de 2010

O propósito do Natal

Nesta época de Natal as cidades ficam iluminadas e muitas festas são realizadas por causa do espírito natalino que toma conta de todos. Mas será que este é o verdadeiro propósito do Natal? Será que podemos afirmar que o propósito do Natal é celebrar um banquete em família e depois trocar alguns presentes nesta data? Aliás, não podemos nem ao menos afirmar que Jesus realmente nasceu num dia 25 de dezembro. Mas a Bíblia nos oferece a resposta segura sobre o verdadeiro propósito do Natal. Afinal, por que o filho de Deus, Jesus Cristo, teve que nascer, viver e morrer neste mundo? Qual o verdadeiro propósito do nascimento de Jesus na cidade de Belém há mais de 2.000 anos atrás?

Jesus não veio a este mundo para ser um mártir ou viver como um espírito evoluído como muitas pessoas acreditam. Ele também não veio para estabelecer uma nova religião ou mostrar qual a igreja certa. Nada disso. Jesus Cristo veio a este mundo com um propósito muito claro: sua vida seria entregue como sacrifício pelo pecado do homem. Várias vezes Ele se referiu a sua morte e mostrou que seria entregue para ser crucificado. Somente Cristo seria aceito como sacrifício pelo pecado porque Ele não tinha pecado nenhum e somente um homem poderia morrer em lugar de outros homens. Deus não poupou o seu próprio Filho por amar pecadores que seriam resgatados.

O nascimento de Cristo trouxe alegria. Os anjos cantaram glória a Deus nas maiores alturas e a chegada do Messias foi motivo de grande celebração. Mas Cristo nasceu de forma humilde, num lugar onde os animais passavam a noite, para mostrar que sua missão também seria dolorosa. Com 33 anos de idade, Ele foi imolado como o Cordeiro de Deus a fim de redimir os pecadores que Ele comprou com seu sangue (1 Pedro 1:18-20). Ele padeceu a dor da cruz para livrar o homem pecador da sentença de morte.

Nesta época de Natal as cidades ficam iluminadas e muitas festas são realizadas por causa do espírito natalino que toma conta de todos. Mas será que este é o verdadeiro significado do Natal? Será que podemos afirmar que o propósito do Natal é celebrar um banquete em família e depois trocar alguns presentes nesta data? Aliás, não podemos nem afirmar que Jesus realmente nasceu num dia 25 de dezembro. Mas a Bíblia nos oferece a resposta segura sobre o verdadeiro sentido do Natal. Afinal, por que o filho de Deus, Jesus Cristo, teve que nascer, viver e morrer neste mundo? Qual o verdadeiro propósito do nascimento de Jesus na cidade de Belém há mais de 2.000 anos atrás?

Então o propósito do Natal é muito maior do que uma comemoração em família ou um banquete variado. O verdadeiro propósito do nascimento de Cristo engloba toda a sua missão para resgatar o homem. E nós não podemos perder de vista que para morrer na Cruz ele teve que nascer e viver sem pecado, pois somente assim este sacrifício seria aceitável a Deus. Não é errado lembrar e comemorar o nascimento de Cristo quando se observa que a sua vida teve este objetivo bem definido. Lembre-se que Jesus não foi um homem qualquer – Ele foi o único que poderia pagar o preço que o pecado exigia.

Amigo, você entende o verdadeiro sentido do Natal? Jesus é o Salvador que nasceu de forma humilde, mas Ele retornará um dia com poder e grande glória como Juiz de toda a terra para julgar com o Seu cetro de justiça. Mas o critério que vai pesar neste julgamento não é se você foi um bom religioso, ou se fez muitas obras de caridade, ou se pagou penitências, ou se rezou muito diante de alguma escultura de gesso. O que vai pesar neste julgamento de Cristo é se você O aceitou ou O rejeitou como Senhor, Salvador e Redentor. E então qual será a sua resposta diante do Juiz? Se você já entendeu o verdadeiro propósito do nascimento de Jesus é momento para refletir sobre o seu destino eterno.

MARCOS AURÉLIO DE MELO
MEDITAÇÃO PARA O PROGRAMA DE RÁDIO

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

UM REMÉDIO EFICAZ

TEXTO: JOSUÉ 4: 21-24

Há algumas semanas atrás um programa de televisão exibiu uma série de reportagens sobre remédios fitoterápicos que estavam sob suspeita. O título da série era uma pergunta sobre a eficácia destes remédios: "É bom pra quê?". O objetivo da série foi discutir os usos e abusos dos tratamentos médicos feitos com produtos derivados de plantas que não passaram pela aprovação científica dos estudos clínicos. Uma senhora que estava com câncer de mama ouviu dizer que o chá da folha de graviola seria fundamental na luta contra a doença. Então, ela parou de tomar os remédios convencionais e suspendeu por conta própria a quimioterapia. Alguns testes realizados por uma universidade demonstraram que as substâncias presentes na folha de graviola aumentaram o crescimento de células malignas. Ou seja, células, em vez de ter o crescimento inibido, em vez de parar de multiplicar, se multiplicaram ainda mais. Este remédio fitoterápico não se mostrou eficaz contra o câncer, muito pelo contrário, tornou-se um veneno dentro do organismo daquela senhora da reportagem.
Há uma doença que nos acompanha desde o nascimento. Esta doença é o pecado da incredulidade. Mesmo após uma profissão de fé na pessoa e obra de Cristo, podemos incorrer neste pecado em nosso dia-a-dia. O escritor da carta aos Hebreus faz um alerta para crentes: “Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo” (Hb. 3:12)A incredulidade pode brotar no coração e encontrar terreno fértil se não for devidamente tratada. Por isso é fundamental sabermos qual o remédio correto a ser aplicado contra a incredulidade, para que não sejamos surpreendidos por falsas propostas.
Neste texto bíblico, a construção de um memorial de doze pedras retiradas do rio Jordão tinha um propósito muito claro. Este memorial seria uma lembrança constante dos grandes feitos do Senhor em favor do seu povo, e seria eficaz contra a incredulidade que poderia surgir nas futuras gerações. Ao olhar para aquele memorial os filhos de Israel deveriam relembrar que o Senhor realizou um grandioso milagre ao abrir passagem no meio do rio.

Proposição:
“Recordar os feitos do Senhor é um remédio eficaz contra a incredulidade”
Por que recordar os feitos do Senhor é um remédio eficaz contra a incredulidade?
De acordo com este texto bíblico, recordar os feitos do Senhor é um remédio eficaz contra a incredulidade por três razões:

1ª. Razão: Porque este remédio restabelece a nossa confiança no cuidado de Deus (vs. 22)

O texto nos fala que o povo de Israel atravessou em seco o rio Jordão. Era uma época de cheia do rio, “o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras” (Js. 3:15). Diz a Bíblia que o povo passou a pé enxuto, pois as águas que vinham de cima ficaram paradas. O povo de Israel já tinha visto o cuidado de Deus desde a saída do Egito: o maná que desceu do céu, a água que saiu da rocha, águas amargas que se tornaram doce, as codornizes, a rota no deserto, a coluna de nuvem durante o dia, a coluna de fogo durante a noite, a serpente de bronze que foi levantada no deserto, a grande vitória contra os amalequitas,
O cuidado de Deus deve ser visto nas pequenas coisas também. Deus se importa nos mínimos detalhes com cada filho dele. Somos alvo do Seu cuidado até mesmo quando estamos dormindo. Suas mãos protetoras nos auxiliam em meio às dificuldades inerentes da condição humana. Ao recordar os feitos do Senhor o crente restabelece sua confiança no cuidado amoroso de Deus, pois reconhece que sem o cuidado terno do Senhor não haveria esperança nenhuma. Os atos de Deus em nossa história sempre são recheados com a Sua graça, bondade e misericórdia.
Grande parte da ansiedade que sentimos é fruto de um coração egocêntrico que ainda não aprendeu a descansar no cuidado de Deus. O apóstolo Pedro nos ensina que devemos lançar sobre Deus toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós (I Pe. 5:7). E ansiedade nada mais é do que incredulidade pura disfarçada de um senso de preocupação legítima. Sendo assim, o remédio para combater esta incredulidade é recordar os feitos do Senhor ao longo de nossa vida e perceber o Seu cuidado sempre presente. O pastor de ovelhas Davi reconheceu que sua vida estava nas mãos o Supremo Pastor, e por isso ele devia depender a cada instante de Sua Maravilhosa graça.
Como está a sua percepção do cuidado de Deus em cada circunstância do seu viver? Você consegue se recordar dos feitos maravilhosos do Senhor e perceber o Seu cuidado como pastor de sua vida? Ele nos guarda como a menina dos olhos e nos esconde à sombra das Suas asas" (Salmos 17:8). Como é bom confiar nesta certeza do cuidado de Deus sobre nossas vidas em meio às lutas da nossa peregrinação.

2ª. Razão: Porque este remédio restabelece a nossa confiança na fidelidade de Deus (vs. 23)

O texto bíblico faz questão de trazer à memória um fato notório que aconteceu há 40 anos atrás na história do povo de Israel: “fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o SENHOR, vosso Deus, fez ao mar Vermelho.” Observem que a conjunção “como” estabelece uma comparação e transmite a ideia de: “da mesma forma”, “do mesmo modo”, “tal qual”, “de maneira idêntica”. Na época da travessia do Mar Vermelho o líder era Moisés, e agora diante do rio Jordão o líder é Josué. Mudou-se o líder, mas Deus não mudou. O povo devia entender que a fidelidade do Senhor em realizar os seus propósitos não estava atrelada a pessoas específicas. Deus foi fiel ao conduzir o povo no deserto sob a liderança de Moisés e continuaria sendo fiel na conquista de Canaã, sob a liderança de Josué. Estes grandes homens foram ricamente usados na liderança do povo, mas toda a glória deve ser colocada na conta de um Deus que sempre permaneceu fiel. Nenhuma das promessas divinas falhou e agora, um recomeço estava sendo oferecido a Israel. Uma geração incrédula morreu no deserto porque temeu entrar a terra prometida, mas Deus não mudou os seus planos por que Ele é fiel às suas promessas.
Recordar o que Deus tem feito em nossas vidas é um remédio eficaz que restabelece a nossa confiança da fidelidade de Deus. Olhar para o passado e perceber os memoriais que mostram o quão fiel Deus é, deve trazer refrigério e alegrar o nosso coração. Suas promessas não falham, pois Deus não é homem para mentir e nem filho do homem para se arrepender (Nm. 23:19).
A fidelidade do Senhor se estende em todos os momentos de nossa vida. Até mesmo em meio às lutas e provações, devemos confiar que a fidelidade de Deus está sobre nós: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Co. 10:13). Deus já estabeleceu o limite até onde podemos suportar.
Você reconhece a fidelidade de Deus sobre a sua vida? Assim como o profeta Samuel, quando recordamos os feitos do Senhor precisamos erguer o nosso “Ebenézer”, que nos fala sobre a fidelidade divina em nosso favor. Samuel ergueu o seu Ebenézer em Mispa disse: “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Ele contou com a fidelidade do Senhor em todos os momentos de seu ministério como profeta em Israel.

3ª. Razão: Porque este remédio restabelece a nossa confiança no poder de Deus (vs. 24)

O texto nos mostra que um dos objetivos do memorial de doze pedras era testemunhar a todos os povos da terra que “a mão do SENHOR é forte” (ou poderosa). O memorial de pedras foi erguido em Gilgal como prova do poder todo-suficiente do Deus de Israel. Sua mão poderosa foi quem conduziu aquele povo ao longo do deserto e o fez atravessar o rio Jordão até chegar a Canaã. As águas do rio Jordão pararam de escoar por causa do poder de Deus. A ideia de mão poderosa ou braço estendido é uma metáfora para ilustrar que ninguém pode deter o poder de Deus: Sua mão poderosa ultrapassa qualquer poder humano e o seu braço estendido é favorável aos Seus desígnios soberanos. “O teu braço é armado de poder, forte é a tua mão, e elevada, a tua destra” (Salmo 89:13).
Davi também reconheceu o grande poder que procede da mão do Senhor ao afirmar: “Riquezas e glória vêm de Ti, Tu dominas sobre tudo, na Tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força” (1 Crônicas 29:12). O profeta Jeremias levantou o seu clamor confiando exclusivamente no poder de Deus: “Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa. Tiraste o teu povo de Israel da terra do Egito, com sinais e maravilhas, com mão poderosa e braço estendido e com grande espanto” (Jeremias 32: 17 e 21). A mão poderosa do Senhor é digna de total confiança, pois ninguém é superior ao nosso Deus.
Deus é poderoso! Seu poder supremo é infinito e atua segundo o Seu querer soberano. O poder e a soberania de Deus são duas faces da mesma moeda. Quando o crente aprende a descansar e confiar no poder de Deus, a vida se torna muito mais frutífera. E para evitar a incredulidade no poder de Deus o remédio eficaz é recordar os maravilhosos feitos do Senhor. Ao olhar para o passado e enxergar os memoriais que demonstram o grande poder de Deus em sua vida, o crente aprende a depositar sua fé em Deus somente. Um pastor puritano, Samuel Rutherford certa vez disse acertadamente: “Minha fé repousa segura na onipotência divina.”
Será se você consegue enxergar os memoriais que falam do poder de Deus em sua vida? Eu posso afirmar sem medo de errar que não são poucos. Deus continua poderoso, atuando com mão forte e braço estendido para cumprir os seus propósitos. Ele continua fazendo milagres em nossas vidas pela grandeza do Seu poder. Deus tem um modo especial de demonstrar seu poder na vida dos redimidos e não há como negar que Ele verdadeiramente age em favor do seu povo.

MARCOS AURÉLIO DE MELO
ESTUDOS NO LIVRO DE JOSUÉ

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Um novo começo

TEXTO BÍBLICO: Josué 3


Nos meus anos de adolescência eu gostava de jogar videogame nas horas livres. Hoje em dia a moda é o PlayStation, mas na minha época a febre era o MasterSystem. O jogo Sonic já vinha na memória do videogame, e meus esforços foram direcionados para tentar “zerar” o jogo (finalizar todas as fases). O problema é que eu não sabia como fazer para “zerar” o jogo, pois sempre que perdia a vida (life) eu tinha que reiniciar tudo de novo da primeira fase. Certa vez eu estava estudando com um amigo de escola e depois fomos para o videogame. Ele era um “expert” no assunto, em pouco tempo conseguiu finalizar todas as fases do Sonic. Como ele conseguiu esta façanha? Simples: ele usou um recurso que o próprio jogo oferece. Em algumas fases do jogo, existem prêmios (bônus) que devem ser acumulados e oferecem ao jogador a possibilidade de não começar do zero se perder todas as “vidas”. Um novo começo era oferecido dentro da fase atual do jogo, conhecido como CONTINUE.

No texto que acabamos de ler, há um novo começo sendo oferecido ao povo de Israel também. Eles tiveram outra oportunidade anos atrás de entrar na terra prometida, mas por causa do medo e rebeldia não entraram e foram disciplinados por Deus. As pessoas que foram rebeldes à voz do Senhor morreram no deserto. Mas agora Josué inaugura um novo começo na liderança do povo de Israel. Após a morte de Moisés, o novo líder tem um papel extremamente importante: a conquista da terra de Canaã. Apesar de nossa fragilidade, por sua graça e bondade Deus nos oferece oportunidades de recomeçar. O exemplo de Pedro é marcante: Jesus ofereceu a Pedro um recomeço fantástico ao dizer-lhe: “apascenta as minhas ovelhas.” Não podemos colocar um ponto final onde Deus colocou uma vírgula.

Diante deste todo este contexto eu gostaria de afirmar o seguinte:
“NA VIDA CRISTÃ, UM NOVO COMEÇO SÓ É POSSÍVEL POR MEIO DA COMPREENSÃO DE ALGUMAS VERDADES.”

QUE VERDADES DEVEMOS COMPREENDER PARA TERMOS UM NOVO COMEÇO EM NOSSAS VIDAS? De acordo com este texto devemos compreender pelo menos três verdades para termos um novo começo em nossas vidas:


1ª VERDADE) A direção divina é sempre a melhor para nossas vidas (Vs. 2-4)

O povo de Israel iria entrar por um caminho pelo qual nunca passara antes. Seria uma etapa totalmente nova a partir daquele rio. O rio estava transbordante nesta época (vs. 15) e o povo precisava da orientação do Senhor para atravessar. Contornar o rio seria a estratégia mais votada, mas Deus tinha outros planos. Era muito importante confiar no Guia para atravessar aquele caminho desconhecido e Deus estava mostrando ao povo que a direção divina, sem dúvida, é a melhor. A rota traçada por Deus é sempre a mais segura. Lembre-se que anos atrás o povo não confiou na direção de Deus e preferiu voltar para o Egito com medo dos gigantes que habitavam em Canaã.
Deus ofereceu um novo começo a Moisés depois de um treinamento intensivo de 40 anos no deserto. Moisés seria o líder, mas ele teria que confiar somente na direção divina para guiar o povo em segurança até Canaã. Milhões de homens e mulheres deveriam ser conduzidos atravessando o deserto, e Deus orientou a direção a seguir. Diante do Mar Vermelho, o povo reclamou com Moisés porque não havia nenhuma saída e o exército de Faraó se aproximava rapidamente. De forma milagrosa, Deus mostrou ao povo que o caminho a seguir seria por dentro do mar.
Não podemos ficar de “pé-atrás” com Deus, pensando que Ele está nos conduzindo pelo caminho errado. Quando desconfiamos de sua sábia providência e direção é um claro sinal de que não estamos interessados em um novo começo para as nossas vidas. Queremos a direção de Deus para um emprego, mas não queremos implementar as orientações de Deus para o nosso viver diário – instruções sábias que nos direcionam também. Temos as instruções do Senhor em Sua Palavra e o que nos falta é disposição para colocá-las em prática. Em algumas decisões que temos diante de nós, decidimos primeiro e depois levamos a situação a Deus em oração, pedindo-lhe que nos abençoe a partir de então. Um crente que está interessado em um novo começo em sua vida não pode agir desta forma. Na verdade, esta atitude prova que o seu coração ainda está voltado para suas próprias vontades e não para a vontade de Deus.
Muitas vezes ficamos resistentes à orientação divina para nossas vidas porque pensamos que os nossos caminhos são alternativas melhores. Por meio da Palavra de Deus somos orientados para viver de modo agradável a Deus. Será que estamos dispostos a vivenciar o caminho de Deus para nossas vidas? Ou será que estamos inquietos de um canto para outro, buscando alternativas que parecem ser melhores? Que possamos cantar e orar da seguinte forma: “As tuas mãos dirigem meu destino, ó Deus de amor, que sempre seja assim!”


2ª VERDADE) A santificação é sempre necessária em nossas vidas (Vs. 1, 5)

Em Josué 3:1, está escrito que a última parada do povo de Israel antes de chegar ao rio Jordão foi Sitim. É importante observar que Sitim (vs. 1) foi um lugar de pecado. A frouxidão moral e a devassidão do povo são observadas em Nm. 25:1-3. Há a descrição de fatos horríveis e vergonhosos para Israel que aconteceram neste local. O povo de Israel caiu em idolatria e prostituição com as mulheres moabitas/midianitas e afrontou a Deus com suas práticas abomináveis. Por conta desta imoralidade 24.000 pessoas morreram. Por conta disso, era necessária uma purificação completa destas práticas corruptas para a travessia do rio Jordão que simbolizava um novo começo na história deste povo. A santificação na Bíblia significa separação para uso exclusivo de Deus. Vidas santas são vidas separadas da corrupção que há no mundo para um propósito maior que é a glória de Deus.
Quando Davi reconheceu o seu pecado e suplicou o perdão de Deus, ele percebeu que estava diante de um novo começo em sua vida. Diante do Senhor, que é santo e sublime, ele não poderia se apresentar de qualquer jeito. Foi por isso que ele orou por purificação: “Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado” (Salmo 51:2). “Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve” (Salmo 51:7). Estas palavras de Davi expressam o quanto ele necessitava de santificação para este novo começo.
Não podemos falar em novo começo em nossas vidas se negligenciarmos a necessidade de santificação diária e progressiva. Qualquer pessoa que não tenha este alvo na vida precisa reavaliar o seu cristianismo. E ninguém pode afirmar que “já chegou lá”, supondo que não precisa de mais santidade em seu viver. Esta é uma falácia absurda! A Bíblia diz que “a vereda do justo é como luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”(Pv. 4:18). As cartas paulinas estão repletas de recomendações aos crentes para que expressem a santidade em seu viver. Santidade nunca foi opcional no cristianismo. É o fruto que se espera de um novo nascimento espiritual genuíno. Sem santificação ninguém verá ao Senhor (Hb. 12:14).
Devemos ser um povo santo ao Senhor, separado para viver de modo agradável a Ele. O crente que anda brincando de cristianismo, sem levar se importar com sua santidade diante de Deus, na verdade é uma fraude. O apóstolo Pedro adverte os cristãos: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (I Pedro 1:14-16). Será que entendemos esta recomendação de Pedro? Estamos dispostos a viver a santidade em todo o nosso procedimento? Não há como experimentar um novo começo efetivo em nossas vidas se negligenciarmos a santidade diária, que nos identifica como filhos de um Deus santo. Spurgeon escreveu: “Deus deseja a sua pureza e a sua santificação. Não se oponha aos propósitos de seu Senhor.”


3ª VERDADE) A presença divina é sempre constante em nossas vidas (Vs.10)

Este feito maravilhoso do Senhor ao abrir o rio Jordão serviria para mostrar ao povo que Sua presença era constante e real. Muda-se o líder, mas não muda-se o Deus. Ele continuava presente agindo em favor do Seu povo em favor da Sua glória. Josué seria apenas um instrumento nas mãos do Senhor. O sentimento em relação à presença de Deus em nossas vidas nem sempre é constante, mas nós não devemos deixar que este sentir molde o nosso viver.
O líder Josué sabia desta promessa do Senhor: “Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Josué 1:9). A entrada na terra de Canaã exigiria que o povo confiasse 100% na presença e na atuação de Deus. Eles teriam que guerrear e lutar bravamente, mas não podiam esquecer que a vitória só vem pela mão do Senhor.
No Mar da Galiléia, o barco estava agitado pelo vento e a tempestade ameaçava a segurança de todos. O alvoroço tomou conta de todos que estavam ali e os discípulos ficaram apavorados com as ondas. Mas havia um fator de enorme importância: Jesus estava no barco! Sua presença constante no barco nos encoraja diante de um novo começo em nossas vidas. Uma letra do Grupo Logos expressa bem esta verdade: “Ele está presente é o que nos basta / Não importa a hora e o que acontecer / Pode a tempestade vir me abater / Jesus está comigo, eu vou vencer.”
A convicção da presença de Deus conosco é a força propulsora diante de um novo começo. O alento de que alma necessita é a certeza de que a boa mão do Senhor não está encolhida e que o Consolador está conosco sempre.
O que podemos dizer a uma pessoa que acabou de perder um ente querido e está passando por um revés na vida? Ela está diante de um novo começo e precisamos lembrar-lhe a promessa em Isaías 41:10: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” As promessas da presença de Deus na vida do crente servem de alento diante das circunstâncias dolorosas na vida. Não podemos encarar um novo começo em nossas vidas relutantes quanto à presença do Senhor. Cristo mesmo prometeu que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Somente os crentes que confiam nesta verdade podem ser vitoriosos em meio às lutas e batalhas diárias. Os passos de fé não são dados no escuro. Caminhamos pela fé por meio da convicção em nossos corações de que Deus está sempre presente e agindo em favor dos Seus servos.
A Ele seja o louvor por Sua graciosa presença agora e sempre.


MARCOS AURÉLIO DE MELO
ESTUDOS NO LIVRO DE JOSUÉ

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A avaliação divina

TEXTO BÍBLICO: SALMO 14

As últimas edições do Enem - o Exame Nacional do Ensino Médio - trouxeram à tona muitas dúvidas sobre a real necessidade desta avaliação para os alunos que desejam ingressar no ensino superior. Em 2009, as provas do exame foram roubadas do local onde estavam sendo impressos. E neste ano alguns fatos mostraram que o Enem apresentou falhas que prejudicaram vários alunos em todo o país. E por causa disso, especialistas em educação colocaram em xeque a necessidade deste tipo de avaliação.
Deus também realiza avaliações, porém as avaliações que Deus realiza são totalmente à prova de fraudes. E NÃO PODEMOS DEIXAR DE CONSIDERAR A AVALIAÇÃO DIVINA A RESPEITO DE QUALQUER ASSUNTO. Ao concluir a obra de criação, Deus faz sua avaliação: "E viu Deus que era bom!". E ao concluir a criação do homem e da mulher, Deus avalia novamente: "E Viu Deus que era muito bom!". Com certeza, avaliação que Deus faz é isenta de qualquer tendenciosidade porque Ele é perfeito em tudo o que faz. O diagnóstico de Deus não pode ser ignorado. Quando o seu diagnóstico é ignorado, o homem colhe graves conseqüências.
Neste texto bíblico, também observamos uma avaliação que Deus faz a respeito do homem rebelde. Deus mostra nestes versículos qual é a real condição do homem em sua rebeldia. Esta avaliação aborda questões que vão além do superficial. Deus não apresenta questões de múltipla escolha ao homem para marcar qual é a alternativa mais aceitável. O Senhor aponta critérios muito relevantes neste texto, pois Ele vai direto ao “xis” da questão na avaliação a respeito do homem no Salmo 14.

PROPOSIÇÃO: A avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais.

S. I.: Mas por que a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais?
S. T.: De acordo com o texto, a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais por alguns motivos:
PALAVRA-CHAVE: MOTIVO

Vamos ao primeiro motivo que explica porque a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais:
1º – Porque Deus considera a astúcia que está por trás da lógica humana (vs. 1)
Os homens insensatos afirmam que Deus não existe, e se não existe um padrão absoluto de santidade corrompem-se e praticam abominação sem nenhum constrangimento.
A mesma conclusão do filósofo Nietzsche (“Deus está morto!”) favoreceu a frouxidão moral e o endeusamento do próprio homem. As trágicas consequências desta filosofia são facilmente observadas nos dias atuais. Em resumo esta filosofia da suposta “morte de Deus” abre espaço para um viver dissoluto sem padrões de certo / errado. Se Deus morreu, o homem não precisa prestar contas a ninguém e então pode viver sem nenhum pesar em sua consciência.
Muitas conclusões humanas são trazidas à tona para tentar justificar o comportamento ímpio e a lógica por trás destas conclusões é totalmente destrutiva. (Exemplos de conclusões que seguem a lógica humana: O inferno não existe; Homossexualidade é herança genética; A vida de uma criança só começa após o parto; O homem é senhor do seu próprio destino). Deus considera a astúcia que está por trás destas falácias que abrem brechas para um estilo de vida imoral e inconsequente.
Será se nós não estamos comprando esta ideia quando damos atenção a certos valores que a sociedade tenta vender? A lógica humana por trás de algumas propagandas sempre tenta mostrar que não existem mais padrões de moral absolutos e imutáveis. Pelo contrário, estamos expostos a uma filosofia diabólica que a televisão e muitos filmes querem transmitir. Que possamos levantar a bandeira do padrão que emana das Escrituras, para que este mundo incrédulo veja em nós o brilho da glória de Cristo. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre, e portanto, sua avaliação é segura e certa.

Vamos ao segundo motivo que explica porque a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais:
2º– Porque Deus considera a corrupção que está por trás da natureza humana (vs. 2-4)
Neste texto, fica bem claro que o Senhor não encontrou nenhum justo porque ninguém pode agradar a Deus por conta da natureza corrompida pelo pecado. Deus não enxerga na humanidade ninguém que faça o bem – as obras de justiça do homem são consideradas imundas (trapos de imundícia).
No livro de Gênesis, a pecaminosidade do homem chegou a um patamar que mereceu juízo divino, e somente Noé foi livrado do grande dilúvio. Gn. 6: 5 à “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”. Gn. 6:11 à “A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência.” Esta é a avaliação divina logo nas primeiras gerações de pessoas sobre a terra. Somente a família de Noé foi considerada temente a Deus.
Afirmar que o comportamento do homem é conseqüência do meio em que está inserido é ignorar o ensino das Escrituras sobre a natureza humana corrompida. "Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal." (Jeremias 13:23). O coração do homem é totalmente corrupto e não há ninguém que o possa conhecer (Jr. 17:9). O homem não apenas é pecador porque peca; o homem peca porque já nasce pecador. A natureza humana é incapaz de fazer o bem, de buscar a Deus ou de entender as coisas espirituais, pois a corrupção do pecado afetou a todos indistintamente.
Como é o nosso discurso diante de pessoas que se acham donas da verdade quando afirmam que o “homem é bom” e pode melhorar por si só? Será que temos apresentado a elas a avaliação divina que Deus faz a respeito do homem em sua Palavra? A psicologia, com suas teorias cheias de ambigüidades, deseja mostrar que não há nenhuma culpa no homem e que o pecado é um conceito ultrapassado. Mas não é isso que a Bíblia nos mostra. Creio que muitos de nós temos receio de confrontar as pessoas com o pecado que habita no coração de todos, mas não podemos recuar um milímetro se queremos de fato agradar ao Senhor com nosso testemunho.

Vamos ao terceiro motivo que explica porque a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais:
3º – Porque Deus considera a futilidade que está por trás da confiança humana (vs. 5-7)
Este texto bíblico apresenta um panorama de juízo e pavor que um dia sobrevirá a todos os homens rebeldes. Deus apresenta a sua avaliação a respeito do homem que menospreza a justiça divina e confia em suas estratégias: sua confiança é totalmente fútil
Por mais que o homem confie que nunca será penalizado por seus pecados, Deus não deixará nada impune. A confiança humana será colocada em xeque quando Deus tratar com os ímpios. "O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado" (Naum 1:3). Embora os malfeitores se mostrem autoconfiantes, o pavor diante de Deus irá mostrar o quão fútil é a confiança humana. Além disso, a autoconfiança é sinal da idolatria de si mesmo, e, de acordo com a Bíblia, qualquer tipo de idolatria é fútil em todos os aspectos (Jr. 10:15).
É comum o dito popular entre os profissionais de polícia: “Um dia a casa cai!” Bandidos e criminosos se aperfeiçoam cada vez mais nos seus delitos, porém nenhum crime é perfeito. Se é assim diante da justiça humana, que dirá diante da justiça divina! A Bíblia sempre nos adverte que diante do Juiz Supremo nada ficará impune.
Muitas pessoas riem desta verdade bíblica a respeito do julgamento que acontecerá um dia diante reto Juiz de toda a terra. Será que nós não estamos negligenciando a pregação realista sobre a realidade do juízo divino? Deus nos mostra que as estratégias humanas para escapar de um juízo é totalmente fútil e nossa responsabilidade anunciar esta verdade.

DEPOIS DESTAS CONSIDERAÇÕES PODEMOS CONFIRMAR QUE A AVALIAÇÃO DIVINA SOBRE O HOMEM REBELDE NÃO É NADA SUPERFICIAL!

MARCOS AURELIO DE MELO
ESTUDOS NO LIVRO DE SALMOS