terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A avaliação divina

TEXTO BÍBLICO: SALMO 14

As últimas edições do Enem - o Exame Nacional do Ensino Médio - trouxeram à tona muitas dúvidas sobre a real necessidade desta avaliação para os alunos que desejam ingressar no ensino superior. Em 2009, as provas do exame foram roubadas do local onde estavam sendo impressos. E neste ano alguns fatos mostraram que o Enem apresentou falhas que prejudicaram vários alunos em todo o país. E por causa disso, especialistas em educação colocaram em xeque a necessidade deste tipo de avaliação.
Deus também realiza avaliações, porém as avaliações que Deus realiza são totalmente à prova de fraudes. E NÃO PODEMOS DEIXAR DE CONSIDERAR A AVALIAÇÃO DIVINA A RESPEITO DE QUALQUER ASSUNTO. Ao concluir a obra de criação, Deus faz sua avaliação: "E viu Deus que era bom!". E ao concluir a criação do homem e da mulher, Deus avalia novamente: "E Viu Deus que era muito bom!". Com certeza, avaliação que Deus faz é isenta de qualquer tendenciosidade porque Ele é perfeito em tudo o que faz. O diagnóstico de Deus não pode ser ignorado. Quando o seu diagnóstico é ignorado, o homem colhe graves conseqüências.
Neste texto bíblico, também observamos uma avaliação que Deus faz a respeito do homem rebelde. Deus mostra nestes versículos qual é a real condição do homem em sua rebeldia. Esta avaliação aborda questões que vão além do superficial. Deus não apresenta questões de múltipla escolha ao homem para marcar qual é a alternativa mais aceitável. O Senhor aponta critérios muito relevantes neste texto, pois Ele vai direto ao “xis” da questão na avaliação a respeito do homem no Salmo 14.

PROPOSIÇÃO: A avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais.

S. I.: Mas por que a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais?
S. T.: De acordo com o texto, a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais por alguns motivos:
PALAVRA-CHAVE: MOTIVO

Vamos ao primeiro motivo que explica porque a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais:
1º – Porque Deus considera a astúcia que está por trás da lógica humana (vs. 1)
Os homens insensatos afirmam que Deus não existe, e se não existe um padrão absoluto de santidade corrompem-se e praticam abominação sem nenhum constrangimento.
A mesma conclusão do filósofo Nietzsche (“Deus está morto!”) favoreceu a frouxidão moral e o endeusamento do próprio homem. As trágicas consequências desta filosofia são facilmente observadas nos dias atuais. Em resumo esta filosofia da suposta “morte de Deus” abre espaço para um viver dissoluto sem padrões de certo / errado. Se Deus morreu, o homem não precisa prestar contas a ninguém e então pode viver sem nenhum pesar em sua consciência.
Muitas conclusões humanas são trazidas à tona para tentar justificar o comportamento ímpio e a lógica por trás destas conclusões é totalmente destrutiva. (Exemplos de conclusões que seguem a lógica humana: O inferno não existe; Homossexualidade é herança genética; A vida de uma criança só começa após o parto; O homem é senhor do seu próprio destino). Deus considera a astúcia que está por trás destas falácias que abrem brechas para um estilo de vida imoral e inconsequente.
Será se nós não estamos comprando esta ideia quando damos atenção a certos valores que a sociedade tenta vender? A lógica humana por trás de algumas propagandas sempre tenta mostrar que não existem mais padrões de moral absolutos e imutáveis. Pelo contrário, estamos expostos a uma filosofia diabólica que a televisão e muitos filmes querem transmitir. Que possamos levantar a bandeira do padrão que emana das Escrituras, para que este mundo incrédulo veja em nós o brilho da glória de Cristo. Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre, e portanto, sua avaliação é segura e certa.

Vamos ao segundo motivo que explica porque a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais:
2º– Porque Deus considera a corrupção que está por trás da natureza humana (vs. 2-4)
Neste texto, fica bem claro que o Senhor não encontrou nenhum justo porque ninguém pode agradar a Deus por conta da natureza corrompida pelo pecado. Deus não enxerga na humanidade ninguém que faça o bem – as obras de justiça do homem são consideradas imundas (trapos de imundícia).
No livro de Gênesis, a pecaminosidade do homem chegou a um patamar que mereceu juízo divino, e somente Noé foi livrado do grande dilúvio. Gn. 6: 5 à “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”. Gn. 6:11 à “A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência.” Esta é a avaliação divina logo nas primeiras gerações de pessoas sobre a terra. Somente a família de Noé foi considerada temente a Deus.
Afirmar que o comportamento do homem é conseqüência do meio em que está inserido é ignorar o ensino das Escrituras sobre a natureza humana corrompida. "Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal." (Jeremias 13:23). O coração do homem é totalmente corrupto e não há ninguém que o possa conhecer (Jr. 17:9). O homem não apenas é pecador porque peca; o homem peca porque já nasce pecador. A natureza humana é incapaz de fazer o bem, de buscar a Deus ou de entender as coisas espirituais, pois a corrupção do pecado afetou a todos indistintamente.
Como é o nosso discurso diante de pessoas que se acham donas da verdade quando afirmam que o “homem é bom” e pode melhorar por si só? Será que temos apresentado a elas a avaliação divina que Deus faz a respeito do homem em sua Palavra? A psicologia, com suas teorias cheias de ambigüidades, deseja mostrar que não há nenhuma culpa no homem e que o pecado é um conceito ultrapassado. Mas não é isso que a Bíblia nos mostra. Creio que muitos de nós temos receio de confrontar as pessoas com o pecado que habita no coração de todos, mas não podemos recuar um milímetro se queremos de fato agradar ao Senhor com nosso testemunho.

Vamos ao terceiro motivo que explica porque a avaliação divina a respeito do homem não se resume em critérios superficiais:
3º – Porque Deus considera a futilidade que está por trás da confiança humana (vs. 5-7)
Este texto bíblico apresenta um panorama de juízo e pavor que um dia sobrevirá a todos os homens rebeldes. Deus apresenta a sua avaliação a respeito do homem que menospreza a justiça divina e confia em suas estratégias: sua confiança é totalmente fútil
Por mais que o homem confie que nunca será penalizado por seus pecados, Deus não deixará nada impune. A confiança humana será colocada em xeque quando Deus tratar com os ímpios. "O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado" (Naum 1:3). Embora os malfeitores se mostrem autoconfiantes, o pavor diante de Deus irá mostrar o quão fútil é a confiança humana. Além disso, a autoconfiança é sinal da idolatria de si mesmo, e, de acordo com a Bíblia, qualquer tipo de idolatria é fútil em todos os aspectos (Jr. 10:15).
É comum o dito popular entre os profissionais de polícia: “Um dia a casa cai!” Bandidos e criminosos se aperfeiçoam cada vez mais nos seus delitos, porém nenhum crime é perfeito. Se é assim diante da justiça humana, que dirá diante da justiça divina! A Bíblia sempre nos adverte que diante do Juiz Supremo nada ficará impune.
Muitas pessoas riem desta verdade bíblica a respeito do julgamento que acontecerá um dia diante reto Juiz de toda a terra. Será que nós não estamos negligenciando a pregação realista sobre a realidade do juízo divino? Deus nos mostra que as estratégias humanas para escapar de um juízo é totalmente fútil e nossa responsabilidade anunciar esta verdade.

DEPOIS DESTAS CONSIDERAÇÕES PODEMOS CONFIRMAR QUE A AVALIAÇÃO DIVINA SOBRE O HOMEM REBELDE NÃO É NADA SUPERFICIAL!

MARCOS AURELIO DE MELO
ESTUDOS NO LIVRO DE SALMOS

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