quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O nosso inalterável Deus

Deus não aumenta nem diminui. Não melhora nem sofre declínio. Ele não muda por terem sido alteradas algumas circunstâncias - não há emergências  imprevistas para aquele que é eternamente onisciente. Seus propósitos eternos duram para sempre porque Ele dura para sempre (Sl. 33.11). Ele não reage, somente age - e o faz sempre conforme Lhe agrada (Sl. 115.3).

Claro está que, segundo a perspectiva humana, parece que Deus muda seus planos ou suas ações baseado no que as pessoas fazem. Mas não é assim segundo o ponto de vista de Deus. Visto que conhece e sempre conheceu perfeitamente o futuro, tendo-o planejado de acordo com o Seu decreto inalterável, Ele sempre age do modo como planejou desde a eternidade passada. Enquanto que os homens não sabem como Deus vai agir, e às vezes se espantam quando veem revelados os planos divinos, Deus nunca é pego de surpresa. Ele continua trabalhando como sempre fez, de acordo com o Seu propósito eterno e o Seu beneplácito (cf. Sl. 33.10-12; Is. 48.14; Dn. 4.35; Cl. 1.19-20).

Com relação à humanidade, Deus predeterminou a redenção de um povo para Sua glória. Nada pode frustrar esse plano (Jo. 10.29; Rm. 8.38,39). Conhecimento perfeito, perfeita liberdade influenciada, e poder perfeito e ilimitado para realizar tudo quanto Ele quis e quer - santidade absoluta e perfeição moral movendo-o a ser plenamente verdadeiro e fiel à sua Palavra - significam que o que Deus começou a fazer antes do princípio do tempo, está fazendo e completa- rá depois que findar o tempo.

Deus não pode mudar, Sua Palavra não pode mudar, e Seu propósito não pode mudar. Sua verdade é a mesma porque Ele é a Verdade (cf. Sl. 119.160; Jo. 17.17; Tt 1.2; Hb 6.18). Em contraste com a chamada teologia do teísmo aberto, que alega que Deus não conhece o futuro e, portanto, cabe-lhe adaptar-se às circunstâncias à medida que se desenvolvem, a Bíblia apresenta Deus como o Soberano que conhece todos os eventos, passados, presentes e futuros.

Extraído do livro: FUNDAMENTOS DA GRAÇA, de STEVEN J. LAWSON

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Vitória nas lutas


“Vem com Josué lutar em Jericó
Suba os montes devagar
Teu Senhor vai guerrear”


A letra do antigo corinho é bem conhecida. O texto bíblico nos mostra que Josué seguiu a ordem divina de rodear a cidade por 7 dias consecutivos. Fica evidente que a vitória não teria sido possível sem a boa mão do Senhor sobre o Seu povo eleito. As muralhas de Jericó ruíram sob o poder de Deus, sem o qual eu você lutaremos batalhas vãs e perderemos para o maior inimigo: nós mesmos. Não podemos guerrear fiados em nossas próprias forças. Dependência constante do Senhor é a mola propulsora das vitórias reais em nosso viver. Ele é o nosso escudo, o nosso alto refúgio, em quem podemos depositar todos os nossos medos e temores, pois Ele de fato tem cuidado por nós.

Obviamente depender de Deus não deve nos levar à indolência ou apatia espiritual. Temos o Senhor em nosso favor, mas somos orientados na Bíblia por meio dos imperativos e ordens diretas para avançarmos com fé. Somos orientados a desenvolver a nossa salvação, não no sentido de aperfeiçoá-la, mas no sentido de expandir o nosso desejo de santificação e progresso na vida cristã.

Que possamos desistir de lutar com nossas próprias armas, que se baseiam em estratégias humanas falíveis. Temos parâmetros que as Escrituras nos mostram para que sejamos crentes vitoriosos contra a carne, contra este mundo e contra o inimigo de nossas almas. É imprescindível que nos dobremos ante a autoridade da Palavra de Deus que nos orienta como agir em meio às dificuldades e batalhas que enfrentaremos na breve jornada nesta terra. Deus não nos prometeu dias fáceis, mas prometeu ser o nosso Supremo Pastor que nos conduzirá por vales e campinas ao lar celestial. 



Marcos A. Melo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A majestade divina



Definitivamente, perdeu-se o senso da majestade de Deus. Basta ouvir as pífias letras que são compostas "para louvar a Deus", letras que entronizam o homem e fazem referência ao Senhor como o "gênio da lâmpada" que está pronto a atender os pedidos mais urgentes. Definitivamente, estamos na era da falta de temor reverente diante do Soberano e Santo Deus. Muitas pregações nos púlpitos de hoje proclamam não a glória de Deus, mas os achismos e historietas de pregadores-humoristas. Definitivamente, vivemos dias tenebrosos sob a falsa impressão de que estamos adorando a Deus sem considerar o que de fato é adoração sob o prisma das Escrituras.

Deus é o Todo-poderoso que trouxe à existência tudo que existe "ex-nihilo". Pela palavra do Seu poder, Deus formou tudo que existe neste Universo e todas as formas de vida que já foram descobertas ou que ainda serão. Portanto, quando me disponho a adorar a Deus tenho que ter este fato em mente. Ele é o totalmente Outro, distinto em Sua perfeita natureza sem pecado e entronizado acima dos céus, sendo aclamado constantemente por querubins reluzentes.

Percebo que esta ideia da majestade de Deus não faz mais parte dos círculos denominados evangélicos. Penso eu que, se alguém se declara evangélico, no mínimo deve entender o que é o Evangelho: as boas novas de Deus para o mundo em trevas, a proclamação da glória de Deus mediante a salvação de pecadores por meio de Cristo Jesus. Esta verdade já deve gerar em todo evangélico um profundo senso de temor e tremor, visto que não há mérito no homem  para ser aceito pelo Senhor, é tudo uma iniciativa graciosa d'Ele.

O fato é que a essência do Evangelho não tem trazido à memória do povo evangélico a clara percepção da majestade de Deus que é revelada nas Escrituras. Por conta disso, surgem aberrações em cultos direcionados para acariciar o ego dos ouvintes e mensagens de autoestima proclamadas nos púlpitos das igrejas com o objetivo de trazer entretenimento. A proclamação séria do Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação do pecador, já não é enfatizada. Tratar sobre pecado e sobre as consequências da desobediência ao Senhor é visto como antiquado e sem efeitos positivos. Sendo assim, surge um rebanho de pessoas movidas pelas novidades no mundo gospel, pelas baladas e "swingueira pra Jesus". Este é um rebanho que caminha sem direção, pois o senso da majestade de Deus foi de todo desprezado.

Precisamos voltar aos marcos estabelecidos nas Escrituras, nem aquém e nem além. Precisamos nos curvar diante do grandioso Senhor que nos formou desde o ventre materno e que nos conhece perfeitamente. Diante do Seu poder e glória, devemos colocar a mão na boca (como fez Jó) e corar de vergonha (como fez Daniel). Diante da majestade e realeza do Senhor é importantíssimo que reconheçamos a nossa posição de súditos e servos, sem merecimento e sem requisições, apenas dependentes da graça de Deus por toda a eternidade. Ah, como carecemos de uma percepção adequada sobre quem DEUS de fato é!


Marcos Aurélio de Melo


sábado, 2 de novembro de 2013

A infalível proteção que nos é garantida

“...que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé.” (1 Pd. 1:5)

A construção do texto que Pedro nos apresenta deixa claro que tanto a salvação está guardada para os cristãos, como também que os cristão são preservados para a salvação enquanto peregrinam neste mundo. O que Pedro quer lembrar é que Deus atenta vigilantemente pelos Seus. Neste versículo, o verbo “guardar” (phroureo) tem o significado: proteção de uma fortaleza por um regimento militar. É a mesma palavra que Paulo utilizou em 2 Co. 11:32: “Em Damasco, o governador preposto do rei Aretas montou guarda na cidade dos damascenos, para me prender.” Mediante a confiança (fé) neste poder de Deus, protetor e preservador, em prol dos remidos podemos desfrutar de alegria enquanto estivermos neste mundo cheio de incertezas.

Para ilustrar podemos pensar no Salmo 46, dos filhos de Corá: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam” (Sl. 46: 1-3). Com base neste Salmo, Martinho Lutero compôs a mais conhecida de suas músicas (Castelo Forte), na qual ele declara:

Castelo forte é nosso Deus, espada e bom escudo
Com Seu poder defende os Seus
Em todo transe agudo
Com fúria pertinaz, persegue Satanás
Com artimanhas tais, e astúcias tão cruéis
Que iguais não há na terra!

Obviamente não podemos superestimar as artimanhas de Satanás e atribuir-lhe todas as coisas que nos acontecem, como fazem os pentecostais. Eles conseguem ver o diabo em tudo (no ônibus que perderam). Mas também corremos o sério risco de subestimar as astúcias de Satanás e seus asseclas, vivendo como se não houvesse o mundo espiritual. Se fosse assim, Paulo não teria advertido os cristão de Éfeso a “revestirem-se de toda a armadura de Deus, para ficarem firmes contra as ciladas do diabo.” Mas não podemos esquecer que quem nos fortalece e nos dá plena segurança é o Senhor, preservando-nos para o louvor da Sua glória.

A história não é um barco à deriva que está sem direção no mar das incertezas humanas. A história tem propósito porque o próprio Deus governa a história e tudo está convergindo para a consumação do plano perfeito do Senhor, que glorificará o Seu Nome diante de todos os povos na pessoa do Seu filho Jesus Cristo. Os céticos podem argumentar que Deus está muito atrasado na condução do Seu plano, afinal já se passaram mais de 2.000 anos deste a morte e ascensão de Jesus Cristo. Mas Deus tem em Suas mãos o poder de preservar Seu povo e Seu plano soberano através das eras. Estamos guardados nas mãos do Supremo Pastor e nada pode nos arrebatar.

Confiando e descansando no poder de Deus, temos plena certeza de que nossas vidas não estão à deriva. Há um Deus Soberano que nos preserva pelo Seu poder. Precisamos confiar que o poder de Deus nos guardará do mal, nos dará os recursos para prosseguirmos em meio às lutas e dores deste mundo, sem esquecermos da nossa própria responsabilidade de sermos perseverantes na carreira cristã. Esta certeza nos outorga profunda alegria mesmo que tenhamos que passar por duras provações. “Abrigo eterno tenho no Salvador, Ele esconde a minha vida em Seu poder / No poder de Cristo, o Mestre, minha vida salva está” (Hino 324 CC).

Cada um de nós pode desfrutar da alegria em Deus por saber que está protegido em Seu amor e fidelidade. Você e eu podemos desfrutar da mesma alegria que o salmista: “Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das tuas asas, eu canto jubiloso.” (Sl. 63:7). O verdadeiro compromisso com a alegria cristã é real na vida dos remidos que descansam nesta promessa preciosa.

O glorioso porvir que nos está preparado

O apóstolo Pedro em 1 Ped. 1:4, utiliza algumas expressões bem interessantes para expressar a singularidade da maravilhosa herança espiritual que Deus reservou para os Seus filhos. 1. Incorruptível: que não se deteriora, que não apodrece; 2. Sem mácula: sem nenhuma desonra ou sujeira; 3. Imarcescível: que não murcha, que não perde o frescor. Esta herança não pode ser comparada com nenhuma outra, com nenhuma glória deste mundo. E por ser tão grandiosa é motivo de enorme alegria. Esta herança não é descrita como uma espécie de utopia futura, mas como garantia segura, uma certeza, pois quem assegura é o próprio Deus. Os valores terreais não podem ocupar o primeiro lugar em nosso coração, porque temos maior tesouro reservado nos céus, onde a traça não corrói e onde não há incertezas. Pedro quer que seus leitores reflitam sobre este glorioso porvir, e experimentem abundância de alegria em suas vidam.

Certa vez perguntaram a Fanny Jane Crosby, compositora de cerca de 8.000 hinos cristãos, se a cegueira não lhe deixava triste e sem alento, ela respondeu: “De maneira alguma, pois a minha grande alegria é saber que o primeiro rosto que verei será o de meu Senhor”. Ela compôs vários hinos que refletem a alegria de ser um cidadão dos céus: “Em breve a vida vai findar / Aqui não mais eu cantarei /Porque no céu irei morar / Lá na presença do meu Rei” (Hino C.C. 503).

Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo escreve aos seus leitores sobre esta herança eterna: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” (Rm. 8: 17,18). É evidente que Paulo enchia de regozijo o seu coração ao refletir sobre esta herança gloriosa nos céus. Portanto, há uma relação muito íntima entre alegria e a herança que nos está reservada.

Certamente um dos ladrões da alegria em nosso viver é a ansiedade quanto ao dia de amanhã. A tristeza pode nos fustigar o nosso coração, quando pensamos sobre as impossibilidades do futuro. Mas o cristão precisa olhar para o futuro com os olhos da fé, e confiar plenamente que não há nada fora do controle absoluto de Deus. Eu e você precisamos enxergar pela fé que o nosso futuro não está à deriva, pelo contrário estamos rumando a um porto seguro pela bondade e graça de Deus.

O cristão precisa pensar mais a respeito da herança que lhe está garantida. Não se trata de uma fuga, ou de um artifício de escape mental. Mas precisamos de fato desfrutar da verdadeira alegria que flui do entendimento adequado sobre o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Você costuma pensar no céu e na bênção que será estar ali? O cristão não é um lunático que tem imaginações inconcebíveis a respeito do seu futuro. Ele caminha pela fé, e desfruta nesta terra a alegria verdadeira porque sabe que o seu lar (morada permanente) não é aqui; é apenas um peregrino habitando um tabernáculo (temporário) rumando para o lar celestial. A adequada compreensão sobre esta verdade deve encher o nosso coração de júbilo e paz.

Se o nosso coração não se enche de gozo por saber que este mundo vai findar há um problema sério em nosso cristianismo. É um claro indicativo de que nós estamos muito arraigados a este mundo, vivendo com pensamentos voltados apenas para acumular tesouros perecíveis nesta terra. Você consegue recordar qual foi a última vez que você encontrou-se cheio de júbilo, por pensar na comunhão eterna que desfrutará com Cristo no lar celestial? Quantos de nós poderíamos resumir nossos anseios como fez Paulo: Viver é Cristo e morrer é lucro? Longe de ser um pensamento utópico, esta é a herança que todo cristão genuíno mais anseia receber. Os homens e mulheres que mais foram ativos e viveram alegremente para a glória de Deus nesta terra tinham seus olhos voltados para o céu. É só perceber a biografia dos heróis da fé registrada em Hebreus 11, pois aspiravam “a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade” (Heb. 11:16).

Finaliza na próxima postagem

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A nova realidade que nos foi outorgada

“...segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança” (1 Pedro 1:3)

O texto enfatiza a misericórdia de Deus como o canal pelo qual nós fomos regenerados. Fomos feitos novas criaturas pela graça e bondade de Deus. Pedro assevera que o novo nascimento é outorgado por Deus, nós somos apenas receptores desta ação soberana do Senhor. Não há em nós poder nenhum para sermos feitos novas criaturas, somente a misericórdia ativa do Senhor nos proporcionou esta nova realidade espiritual. Estávamos mortos em delitos e pecados, mas pela ação de Deus foi nos dada uma nova vida. A regeneração é totalmente orquestrada pela vontade livre de Deus, Ele não está preso a nenhum mérito que eu e você achamos que temos. Por seu querer soberano, Deus nos insere numa nova realidade espiritual, na qual podemos desfrutar de alegria genuína.

Jesus disse para Nicodemos: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (João 3:3). Esta verdade está e sempre estará em plena vigência. Ver o reino de Deus é desfrutar da comunhão e do governo do Senhor sobre a nossa vida, e de toda alegria que esta nova realidade nos proporciona. No reino das trevas não há alegria, não a alegria legítima. Mas no reino de Deus, há plenitude de alegria, pois desfrutamos da presença maravilhosa de Deus conosco. Aliás, Paulo afirmou aos seus leitores que “o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm. 14:17). Sendo assim, o dia mais importante de nossa vida não é o dia do nascimento, mas o dia do novo nascimento, pois neste dia foi nos dada a bênção de desfrutar de uma nova realidade espiritual no reino de Deus. Eis o motivo de eterna alegria!

Só desfrutaremos da alegria genuína em nosso viver se não desconsiderarmos a preciosidade da obra regeneradora que Deus operou em nós. Devemos viver sempre conscientes desta maravilhosa dádiva do Senhor (Tiago 1:16-18). Muitas vezes o cristianismo que professamos já se tornou tão automático e já estamos tão acostumados com os versículos bíblicos que falam sobre a ação soberana de Deus na regeneração, que não desfrutamos mais da alegria diante de tamanho milagre. Qual é o maior milagre na vida de alguém? O maior milagre não é a cura de um câncer, o maior milagre na vida de alguém não ter sido poupado em um acidente, o maior milagre não é o sol nascer todos os dias, o maior milagre não é ser aprovado em um concurso público. O maior milagre, e, portanto, o que deve trazer maior alegria para nós cristãos, é o milagre do novo nascimento. Este é o milagre que nenhum de nós jamais pode esquecer que aconteceu em sua vida. Muitas vezes estamos murmurando pelos cantos desta vida, porque não valorizamos este milagre espiritual que Deus realizou. Não atentamos para esta nova realidade em que fomos colocados pela ação soberana do Pai.

Um sinal de que fomos de fato regenerados por Deus são as novas inclinações. O pecado já não nos é tão palatável, porque temos novos anseios espirituais. O pecado só traz tristeza, pesar e dor para o cristão genuíno. A regeneração é uma obra divina que nos dá recursos suficientes para não vivermos escravizados às paixões que tínhamos anteriormente em nosso viver. “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.” (Ez 36:26). Ao sermos regenerados, Deus nos dá corações que se inclinem para as coisas do alto, que de fato nos fazem transbordar de verdadeira alegria. Isto não é automático, precisamos de suor para não sermos iludidos pela velho homem, mas como fruto da ação regeneradora de Deus temos recursos para isto. Você desfruta da alegria de estar vencendo as inclinações da velha natureza, como efeito da regeneração em sua vida?]

Na forma como você se relaciona, na forma como você serve na obra do Senhor, você precisa agir com base nesta nova realidade espiritual que lhe foi conferida. As pessoas ao nosso redor precisam enxergar que “as coisas antigas já passaram, e eis que tudo se fez novo” (2 Cor. 5:17). Somos pessoas regeneradas, e portanto, temos esta motivação legítima para sermos alegres.


Continua nas próximas postagens

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Compromisso com a alegria

O que você considera essencial para dar significado e propósito a sua vida? Ou, perguntando de outra forma: o que você considera ser de fundamental importância para dar sentido ao seu viver? Esta é uma das perguntas mais valiosas que você deve responder, com os critérios mais honestos possíveis: o que lhe confere sentido, significado e essência a sua vida? Uma resposta bastante coerente pode muito bem ser encontrada na oração do profeta Habacuque. Ele percebeu que apesar das crises e revezes do viver uma coisa traria significado e essência: a alegria ou satisfação em Deus. Habacuque tinha compromisso com a alegria no Senhor, um forte empenho perseverante em viver satisfeito na pessoa de Deus.

Na oração de Habacuque, a palavra mais desafiadora para o cristão é a conjunção “TODAVIA”. É uma conjunção adversativa que liga duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou oposição. Embora não exista no texto hebraico, esta conjunção está presente no texto bíblico em português: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, TODAVIA, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.” (Hb. 3: 17,18). (O texto foi traduzido pela NVI da seguinte forma: “Ainda assim eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.”) Creio que um dos maiores desafios da vida cristã é o verdadeiro compromisso com a alegria em Deus: exercer o autocontrole e não deixar ser vencido pelos sentimentos humanos, como fez o salmista no Salmo 42.

Por compromisso com a alegria, quero enfatizar a perseverança em estarmos contentes em Deus, sabendo que apenas em Deus temos nossa fonte completa de genuína alegria. Foi C. S. Lewis quem disse a famosa frase: "Alegria é negócio sério no céu." A isto em acrescentaria não somente no céu. A alegria na vida do cristão é um forte indicador de sua saúde espiritual aqui na terra. Certamente conhecemos os imperativos bíblicos que estão na carta aos filipenses: “Alegrai-vos no Senhor, outra vez digo: alegrai-vos” (Fl. 4:4). Obviamente, a alegria cristã à qual Paulo se refere não se trata de euforia ou um pico de emoções positivas. Pelo contrário, alegria conforme a Bíblia apresenta, se trata de um contentamento profundo e real na pessoa de Cristo, um anelo perseverante para desfrutar da Sua pessoa.

O texto bíblico em 1 Pedro 1: 3-9 (abra uma Bíblia e leia atentamente) evoca a noção de alegria cristã em meio às turbulências que os leitores certamente estavam enfrentando relacionadas com perseguições e sofrimento por amor a Cristo. Pedro exorta seus leitores imediatos a terem uma postura cristã marcada pela alegria exultante (vs. 6). Exultai - “Agalliasis”, é a mesma palavra que Maria utilizou no seu cântico Magnificat (Minha alma engradece ao Senhor, meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador) (Lc. 1:46-47). Mas para isso Pedro não faz uso de artifícios humanos para motivar seus leitores, nem apresenta os “7 Passos para uma vida de alegria” e nem faz um discurso para elevar a autoestima de seus leitores.

Não se trata de uma palestra motivacional, porque as palestras motivacionais nascem no homem e morrem no homem. Ele quer que os seus leitores olhem para além de si mesmos e que enxerguem a vida sob uma perspectiva totalmente diferente. Nós também podemos ter uma vida marcada pela alegria, mesmo que estejamos passando por turbulências e temporais diversos. Vamos considerar algumas motivações legítimas para termos vidas marcadas pela satisfação e júbilo diante do Senhor. (Continua nas próximas postagens).


MARCOS AURÉLIO DE MELO
Sermão em 1 Pedro

terça-feira, 22 de outubro de 2013

O Evangelho segundo Jesus


O evangelho que Jesus proclamava era um chamado ao discipulado, um chamado a segui-Lo em obediência submissa, e não um mero apelo a que se fizesse uma decisão ou uma oração. A mensagem de Jesus libertava as pessoas de sua escravidão do pecado, ao mesmo tempo em que confrontava e condenava a hipocrisia. Ela era uma oferta de vida eterna e perdão a pecadores arrependidos, mas também era uma censura aos religiosos de fachada, cujas vidas exibiam a verdadeira justiça. Era um alerta aos pecadores, para abandonar o pecado e abraçar a justiça de Deus. Em todos os sentidos, a sua mensagem eram boas novas. Porém, não era de modo algum uma fé fácil.

As palavras de nosso Senhor sobre a vida eterna vinham invariavelmente acompanhadas de alertas àqueles que pudessem ser tentados a encarar a salvação com leviandade. Jesus ensinava que o custo de segui-Lo é alto, que o caminho é estreito e que poucos o encontram. Disse Ele que muitos que O chamam de Senhor serão proibidos de entrar no reino dos céus (Mt 7.13-23).

O evangelicalismo moderno, de modo geral, ignora tais alertas. A visão predominante do que seja a fé salvadora continua a tornar-se mais aberta e mais superficial, enquanto que a apresentação de Cristo na pregação e no testemunho pessoal torna-se mais e mais impreciso. Qualquer um que se declare cristão poderá encontrar evangélicos dispostos a aceitar a sua profissão de fé, sem considerar se o seu comportamento demonstra ou não alguma evidência de rendição a Cristo.

Extraído do livro O EVANGELHO SEGUNDO JESUS, de John MacArthur

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Efeitos da regeneração

Um sinal de que fomos de fato regenerados por Deus são as novas inclinações. O pecado já não nos é tão palatável, porque temos novos anseios espirituais. O pecado só traz tristeza, pesar e dor para o cristão genuíno. A regeneração é uma obra divina que nos dá recursos suficientes para não vivermos escravizados às paixões que tínhamos anteriormente em nosso viver. “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.” (Ez 36:26).

Quando somos regenerados, Deus nos dá corações que se inclinem para as coisas do alto, que de fato nos fazem transbordar de verdadeira alegria. Isto não é automático, precisamos de suor para não sermos iludidos pela velho homem, mas como fruto da ação regeneradora de Deus temos recursos para isto. A nós é dado o poder capacitador do Espírito Santo para vivermos de modo altaneiro, e não mais vendidos às ilusões do pecado e do mundo.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Frutos da fé salvífica


A epístola de Tiago foi considerada por Lutero como “uma epístola de palha”, isto é, sem peso e que não deveria ser considerada parte do cânon bíblico. No entanto, o estudo desta carta nos faz enxergar que Tiago não contradiz em momento nenhum o ensino da justificação pela fé somente. Somos salvos pela graça, mediante a fé em Cristo Jesus, mas as evidências desta salvação devem transparecer para que as pessoas vejam a maravilhosa transformação feita por Deus em nós. Um cristão genuíno dá firmes evidências do novo nascimento, e apresenta frutos dignos de um verdadeiro arrependimento aos pés de Cristo.

Precisamos avaliar se de fato temos a fé salvífica a partir dos frutos que são observados em nosso viver. Alguns questionamentos podem ser feitos, sugiro alguns na imagem a seguir. Tente fazer outras perguntas para si mesmo.

tIAGO

Estudos na Epístola de Tiago
União de Jovens IBR Jd. Amazonas

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Alegria transbordante


"Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria, para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. Senhor, Deus meu, graças te darei para sempre."
(Salmo 30: 11-12)

Neste e em muitos outros Salmos, Davi expressa alegremente com poesia e música o seu amor por Deus. A forma como o salmista se expressa deixa claro que não se trata de euforia ou de emoções passageiras. Davi reconhece que em sua vida a fonte da genuína alegria é o próprio Deus. Da mesma forma, nós somos convocados a nos alegrar somente no Senhor, por causa da grande obra que Deus fez e faz na vida do crente. Devemos transbordar em regozijo exultante, que é fruto do entendimento correto sobre a graça a nós outorgada: a salvação em Cristo e o relacionamento eterno com Deus.
O pecado sempre traz vergonha e nos coloca em situação humilhante. Para o crente, é entristecedor saber que transgrediu princípios da Palavra de Deus. Mas ao confessar com coração contrito e mirar o sacrifício perfeito de Cristo no Calvário, o cristão tem motivos de sobra para não deixar seu espírito calado. Deus, em Sua graça e perfeito amor, tira de nós o pano de saco e nos veste com a alegria verdadeira. Esta alegria da qual desfrutamos por meio do perdão divino é evidência de que Ele nos tem como filhos amados.
Somente Deus tem a prerrogativa de nos cingir com esta alegria que o mundo jamais entenderá. Somente o Senhor transforma verdadeiramente a nossa tristeza em regozijo na Sua presença. Somente Ele é o supridor de nossas necessidades espirituais, e sabemos que nada tem nos faltado para vivermos piedosamente. O conhecimento deste plano perfeito de Deus que objetiva nos santificar através da Sua Palavra também é motivo de alegria transbordante em todos os dias.
Que possamos viver com os olhos voltados para o Senhor, que nos tem abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais e nos agraciado com razões maravilhosas para termos corações alegres e satisfeitos somente n’Ele.
Meu irmão, há em você um canto de alegria? Há em você um hino de louvor? Que não sejam apenas palavras, mas um canto de vida e amor, que testemunha de fato a vitória do Senhor e a transformação que Ele tem feito em você.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Constrangidos pelo amor de Cristo

Ser um cristão não significa apenas crer, de coração, que Cristo morreu por nós. Significa “ser constrangido” pelo amor demonstrado nesse ato. A verdade nos pressiona. Ela força e se apropria; impele e controla. A verdade nos cerca, não nos deixando fugir. Ela nos prende em intensa alegria.
...
Em outras palavras, tornar-se um cristão é chegar a crer não somente que Cristo morreu por seu povo, mas também que todo o seu povo morreu quando Ele morreu. Tornar-se um cristão é, primeiramente, fazer esta pergunta: estou convencido de que Cristo morreu por mim e de que eu morri nEle? Estou pronto a morrer, a fim de viver no poder do amor dEle e para a demonstração da sua glória. Em segundo lugar, tornar-se um cristão significa responder sim, de coração.

O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte dEle — nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados (“constrangidos”) pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.

Um cristão é uma pessoa que vive sob o constrangimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor — passado, presente, futuro.


John Piper, no livro UMA VIDA VOLTADA PARA DEUS


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Praticantes dedicados

 

O conhecimento da Palavra de Deus deve conduzir o crente à santidade. Já consideramos alguns meios pelos quais nossa conduta se transformaria se tão somente soubéssemos com maior clareza o que deveríamos ser e o que somos. Mas agora temos que ver como cada vez mais se torna maior a nossa responsabilidade de colocar o nosso conhecimento em prática, à medida que ele se amplia.

Poderia citar muitos exemplos bíblicos. O Salmo 119 está repleto de aspirações por conhecer a lei de Deus. Por quê? Para obedecê-lo melhor: “Dá- me entendimento e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei”. Disse Jesus, o Senhor, aos doze: “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes”. Paulo escreveu: “O que também aprendeste, e recebestes , e ouvistes em mim, isso praticai”. E Tiago dava ênfase ao mesmo princípio ao rogar a seus leitores que fossem “praticantes da palavra , e não somente ouvintes” advertindo-os de que a fé sem obras é uma ortodoxia morta, que até os demônios aceitam.

O ministro puritano Thomas Manton, que outrora foi o capelão de Oliver Cromwell, comparou o cristão desobediente a uma criança que sofre de raquitismo. “O raquitismo torna as cabeças grandes e os pés fracos. Não apenas devemos discutir quanto à palavra, e falar a respeito dela, mas também guardá-la. Não sejamos nem só ouvidos, nem só cabeça, nem só língua, mas os pés têm de se exercitar!”



JOHN STOTT
Extraído do livro: CRER É TAMBÉM PENSAR

Reflexões sobre a estrada da vida


A vida é como uma estrada, cheia de curvas, declives e aclives. Muitas vezes somos surpreendidos com fatos que nos apavoram, nos deixam cheios de receio ou até mesmo nos paralisam por um tempo. Nesta estrada da vida, a próxima curva pode nos trazer surpresas nada agradáveis. Mas, como cristãos, devemos confiar que há um Deus que conhece o fim desde o começo, um Deus que conhece cada palmo desta estrada e que nos oferece o Seu maravilhoso conforto enquanto trafegamos por esta vida.

No dia 18 de setembro (uma semana atrás), o meu pai sofreu um grave acidente de automóvel. A notícia que chegou para nós foi confusa e atordoante. Apesar de acidentes serem comuns nas estradas brasileiras, fatos como estes nos pegam desprevenidos. É verdade que não estamos preparados para ouvir que um parente próximo ou alguém que conhecemos sofreu um acidente e encontra-se em estado grave. Não é uma notícia que recebemos com corações tranquilos, por várias questões que nos afligem: Como ele está? Sofreu alguma pancada forte na cabeça? Ficará paraplégico? Está consciente? O resgate chegou rápido? Fraturou algum osso? Perguntas e mais perguntas... A confiança que dizemos ter em Deus é colocada em xeque nestes momentos de tensão e angústia: confiaremos ou duvidaremos do Seu controle soberano?

Situações como estas nos pegam de surpresa e ficamos aterrados. Mas estes fatos não pegam o Supremo Deus de surpresa. Ele sabe o que se passa em cada curva desta estrada que iremos percorrer, Ele conhece com perfeição que fatos desagradáveis (sob a nossa ótica) nos acontecem. Por isso, nada melhor do que depositar toda a nossa confiança no Senhor que tudo faz como Lhe agrada. Acidentes não pegam Deus de surpresa, porque Ele tudo sabe (os teólogos chamam este atributo de onisciência). Mesmo que pensemos que tudo está fora de lugar, o sábio Tapeceiro conhece a bela obra de arte que tem em mente. Por isso, ao passarmos por situações que trazem aflição e angústia, devemos repousar o nosso coração em Deus, na Sua Palavra e em Suas grandiosas promessas.

O cristão genuíno precisar dar evidências de que confia no condutor da nau, e que está disposto a aprender com as adversidades e situações precárias que enfrentará nesta estrada da vida. É necessário abafar os pensamentos de incredulidade e firmar os corações na graça abundante do Senhor, que não dormita e nem toscaneja por um segundo sequer. Ele é o Deus que nos guia por vales, montes, desertos, mas não nos deixa sem rumo. Ele intenciona sempre aperfeiçoar o nosso caráter em conformidade com a Sua Santa Palavra, e não nos poupará de aflições ou dores ao longo da estrada para que este objetivo seja de fato alcançado.

Sou grato a Deus por Sua imensa graça demonstrada ao longo da estrada que já percorri, e que certamente manterá Sua bondade no percurso que ainda me resta. A graça do Pai é suficiente para todos os momentos difíceis que terei que passar, colocando em meu coração razões de sobra para louvá-Lo eternamente.

“Ah, Senhor, dá-me um coração que prefere descansar sob o Teu cuidado a acumular ansiedade e medo nesta estrada que tenho pela frente. Faz-me cada vez mais firme em Teus caminhos para que eu não desvie do Teu santo propósito para o meu viver. Em nome do Teu precioso Filho, que sofreu a minha morte naquela horrenda cruz, AMÉM!”

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Seis perguntas que mudarão radicalmente o seu casamento

A vida é agitada. A próxima estação da vida poderia ser menos corrida, menos estressante do que esta em que estamos. Mas a vida não parece ficar menos agitada com o passar do tempo. Pelo contrário, a carga sempre aumenta.

É bem fácil passar os dias, semanas e meses sem conectar-se intencionalmente com seu marido ou mulher. Vocês vivem na mesa casa, mas param de compartilhar a vida juntos. É gradual, incremental. E acontece com os melhores casamentos.

O que poderia ajudar seu casamento a ser mais focado em relacionamento e menos em negócios? É fácil conhecer a agenda do seu cônjuge e não se importar com o que se passa no coração dele. Estas seis perguntas vão recalibrar o seu casamento.

1. Como posso servi-lo nesta semana?
Se você deseja capturar o coração de seu cônjuge, faça esta pergunta no Domingo à noite. É fácil focar em nossa própria lista de pendências. Nós temos planos, temos prazos e obrigações. Mas nós iniciamos um novo nível de intimidade em nosso casamento quando perguntamos ao cônjuge como podemos colocar as necessidades dele acima das nossas.

2. O que tem deixado você estressado ou ansioso?
Há uma pergunta que comunica mais cuidado e preocupação do que esta? Quando você pergunta desta forma, você está convidando o seu cônjuge para ficar vulnerável diante você. E também comunica para ele: "Você não está sozinho. Eu estou com você."

3. Qual é a coisa mais importante que você precisa realizar nesta semana?
Expectativas não declaradas são expectativas não satisfeitas. A maioria dos conflitos que experimentamos no casamento derivam de expectativas não satisfeitas. Se você sabe o que seu cônjuge precisa realizar numa determinada semana, você pode ser um aliado dele no processo.

4. O que nós podemos fazer para estarmos mais perto de Deus nesta semana?
A ocupação excessiva é frequentemente o maior obstáculo à intimidade com Deus. Quando minha vida está muito atarefada, a primeira coisa que abro mão é o tempo com Deus. É triste, mas é verdade. À medida que o marido e mulher crescem em intimidade com Deus, eles crescem em intimidade um com o outro. Talvez estas conexões espirituais não estão sendo feitas porque vocês não fazem esta pergunta.

5. O que iremos fazer em nossa próxima noite romântica?
Se você não planeja uma noite romântica então provavelmente você nunca terá uma. Fazer esta pergunta ajuda a sermos intencionais sobre priorizar o relacionamento.

6. Como posso orar por você?
Nossas orações são as conversas mais íntimas que temos. Nós compartilhamos particularidades de nosso coração com Deus que não compartilhamos com ninguém mais. Quando convidamos nosso cônjuge para fazer parte de nossas vidas, nós aumentamos exponencialmente o nível de intimidade do relacionamento.


Tradução livre com adaptações.

sábado, 7 de setembro de 2013

Um sono mortal



Existe um rio famoso nos Estados Unidos, que liga dois grandes lagos, Erie e Ontário. O rio Niágara começa fluindo bem devagar, mas a partir de certo ponto, a correnteza ganha velocidade, abrindo caminho entre as rochas, conforme se aproxima do despenhadeiro das famosas Cataratas do Niágara, uma queda de aproximadamente 52 metros.

Há muitos anos, foi visto um bote flutuando à deriva com um índio dormindo dentro. Os que estavam na margem vendo a cena gritavam e até mesmo tocaram cornetas para acordar o homem em perigo. Mas o bote seguiu adiante, cada vez mais rápido, e acabou batendo em uma rocha. As pessoas pensaram que o índio acordaria naquele momento. Mas o homem ou estava bêbado ou extremamente fatigado, pois não houve sinal de movimento. Porém, o bote agora estava nas correntezas velozes, rumando impiedosamente para a cachoeira. Por fim, o pobre homem acordou, sentou-se e pegou os remos mas já era muito tarde, acabou mergulhando para a morte.

Esta ilustração pode descrever o estado em que muitos se encontram. As pessoas se deixam levar pela correnteza deste mundo sem pensar no destino para o qual estão rumando! O lema é: “Aproveite a vida e seja feliz, experimente cada momento!” Muitos estão presos no sono da indiferença em relação ao futuro, pois estão apegados à vida confortável que estão levando no presente. Estão dormindo no que se refere ao destino final, no dia em que Deus julgará a todos sem distinção. Vivem ignorando a Cristo, agindo com desdém com relação à Bíblia, e assim se dirigem fatalmente para um destino longe de Deus, onde há somente morte e pranto.

Deus nos chama para acordarmos a tempo e nos voltarmos para Ele, em humilde reconhecimento de nosso pecado, clamando por perdão com base nos méritos de Cristo Jesus. Não durma o sono da indiferença em relação ao Evangelho de Cristo. "Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá" (Efésios 5:14)


Texto extraído do Devocional Boa Semente, com adaptações

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Uma espiral perigosa


Vivemos na era da exacerbação do amor piegas que idolatra o homem. Estamos num mundo que não admite a negação do "Eu", conforme requerido por Jesus (Marcos 8.34). Enquanto Jesus ensinou "negue-se a si mesmo", o mundo em que estamos defende "ame-se a si mesmo". E nesta onda de amor doentio por si próprio, o homem mergulha cada vez mais fundo numa verdadeira espiral de idolatria, deixando de encarar o principal problema que o afasta de Deus: o pecado em seu coração.

O fato é que onde não há confrontação de pecado não pode haver verdadeira liberdade. O máximo que se consegue é uma deplorável sensação de autoengano. Muitos vivem neste engano a vida toda e tentam aprimorar um pouco sua percepção de vida com algumas pitadas de autoestima e felicidade circunstancial. Na verdade vivem escravos do próprio egoísmo, buscando alimentar a fome da alma que não pode ser verdadeiramente saciada com mimos ou afagos emocionais. Com o foco voltado para si mesmo são frequentes as paranoias do homem, quando as necessidades de um certo Maslow não são devidamente supridas. E assim caminha a humanidade, como disse o pregador de Eclesiastes, correndo atrás do vento.

O homem precisa entender a irracionalidade do amor egocentralizado. A vida dentro desta espiral é extenuante, nunca é verdadeiramente satisfatória, porque o “Eu” nunca deixará de fazer requisições pecaminosas que negligenciam a submissão a Deus e a Sua Palavra eterna.

Sendo assim, o único remédio para o homem não é “amar mais a si mesmo” ou “aceitar-se mais um pouco.” O remédio para a carência mais profunda do homem é voltar-se para o Senhor, em humilde reconhecimento de sua debilidade. Deus deve estar no trono do viver, senão nada mais valerá a pena. Esta é a “receita do sucesso”, pois ser bem-sucedido sob o ponto de vista de Deus é uma condição espiritual que não se alcança frequentando os grandes eventos para afagar o ego. A condição espiritual de “bem-sucedido” ou “bem-aventurado” só está disponível para os pobres de espírito, que choram por conta de sua pecaminosidade, que desejam ser saciados com a justiça que procede de Deus e que almejam ser imitadores de Cristo.

Que o nosso amor seja direcionado a Deus, sobre todas as coisas, e em segundo lugar, ao próximo. De fato, precisamos negar a nós mesmos, para que possamos cumprir estes dois mandamentos que resumem todos os princípios e admoestações das Escrituras. Portanto, sigamos dia após dia neste santo propósito, de morrer para o “eu” e viver abudantemente para Deus.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Seis razões porque é importante saber como Deus o salvou

  1. Saber como Deus o salvou capacita você a sentir uma apropriada gratidão a Deus. Você não pode ser grato pelo que Deus fez, se você acha que foi obra sua (Romanos 6:17).
  2. Saber como Deus o salvou capacita você a admirar e adorar a gratuidade da graça salvadora de Deus (Efésios 2:5), a grandeza do seu amor particular (Efésios 2:4), e a doçura da sua força irresistível (1 Coríntios 1:18 ).
  3. Saber como Deus o salvou ensina você a viver e a servir na dependência do suprimento contínuo da mesma graça capacitadora (Gálatas 3:3-5). "Sirva pela força que Deus supre" (1 Pedro 4:11).
  4. Saber como Deus o salvou mostra que você precisa evangelizar os outros, com a expectativa de que Deus há de fazer o trabalho decisivo, não você. Na evangelização o seu testemunho é indispensável, mas a obra de Deus é decisiva (1 Coríntios 3:5-7).
  5. Saber como o Deus salvou lhe oferece esperança para o mais difícil dos pecadores e para o campo missionário mais resistente. "Porque todas as coisas são possíveis para Deus" (Marcos 10:27).
  6. Saber como o Deus salvou lembra que você tem um testemunho impressionante a compartilhar. Você estava cego, mas agora você vê. Você estava morto, mas agora você está vivo. Você estava descrente, mas agora você enxerga Jesus como extremamente belo e desejável. Você pode compartilhar isto com a autoridade inigualável que procede de Deus.


    Autor: JOHN PIPER, texto traduzido e adaptado

    Fonte: http://www.desiringgod.org/blog/posts/the-value-of-knowing-how-god-saved-you

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mortificando o velho homem

guerra

"Você não pode acariciar o pecado como faz com um animal de estimação; você não pode tirar do pecado a sua qualidade de selvagem ou torná-lo menos perigoso. O mal não pode ser domesticado. O pecado está pronto para atacar sua fé a qualquer momento."

Trecho do livro Licensed to Kill, de Brian Hedges


Mortificação é uma palavra um tanto quanto estranha ao nosso vocabulário. De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, mortificar significa: fazer desaparecer, dissipar, desvanecer, matar aos poucos. O ensino bíblico é bem claro: somos convocados a mortificar o velho homem, com suas paixões e concupiscências. Por isso, precisamos lembrar diariamente que não estamos num parque de diversões, mas num campo de batalha ferrenha. A vida cristã é uma luta, que tem por objetivo matar o "eu" e fazer com que o pecado exerça cada vez menos domínio sobre cada um de nós. Paulo esmurrava o seu corpo. Esta é uma linguagem figurada para mostrar a grande batalha que o apóstolo travava consigo mesmo. O fato é que o pecado está sempre pronto a nos enfranquecer e conquistar a primazia. Não podemos brincar com o pecado, não podemos fazer do velho homem nosso amigo e nunca podemos baixar a guarda com relação às paixões carnais.

Cristo morreu para sermos justificados diante do Deus Santo. O sacrifício do Cordeiro perfeito, ofertado de uma vez por todas no monte do Calvário, é o preço justo para pagar a penalidade do pecado que herdamos de Adão. Deus nos justificou por Sua graça e continua nos santificando também mediante a Sua graça abundante. Fomos justificados em Cristo para sermos santificados diariamente, mortificando o velho homem com seus desejos pecaminosos. Deus graciosamente nos supriu de recursos espirituais para que sejamos vitoriosos na luta contra o pecado. Portanto, podemos confiar que há esperança real para que sejamos mais do que vencedores na luta contra o mal que habita em nós.

Dependência de Deus e da Sua Palavra é uma medida fundamental nesta batalha. Obviamente, isto não nos isenta da responsabilidade de suarmos diariamente nas trincheiras desta vida, com esforço santo na luta contra o pecado. Somos plenamente responsáveis pelo nosso crescimento em santidade, submissos ao poder capacitador que opera em nós, na pessoa bendita do Espírito Santo. Portanto, nesta batalha não podemos esquecer que é necessário suor (esforço pessoal) e dependência (de Deus), duas vertentes na santificação que não se anulam. Ergamos, pois, o nosso pendão e lutemos bravamente!


Marcos Aurélio de Melo

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Faltas ocultas

“Quem há que possa discernir as próprias faltas?
Absolve-me das que me são ocultas.”

(Salmo 19:12)

Neste texto o salmista Davi escancara a sua própria pecaminosidade. E ele acerta em cheio. Um pecador não tem capacidade para discernir todos os pecados que comete pois o pecado possui embutido um fator ludibriador. O nosso coração pecaminoso é extremamente enganoso e pode nos transmitir o sinal de que tudo está bem. Este coração pode mascarar a realidade de nossa real condição diante de Deus quando, por exemplo, fazemos algum benefício em prol do Reino do Senhor. Ficamos empolgados com os feitos realizados, mas esquecemos que há pecado oculto em nosso coração que Deus enxerga muito bem, pois Ele sonda o nosso interior e vê se há caminhos maus em nosso viver.
Precisamos orar como o salmista e viver diante do Senhor com temor constante pois o nosso ego pode facilmente "pregar peças" em nossas consciências, que acabam ficando cauterizadas e insensíveis perante as exortações da Palavra de Deus.

“Ah, Senhor, livra-me de uma vida fantasiosa, pois sei que Tu conheces perfeitamente o meu ser e sabe que não sou de fato o que Tu queres que eu seja. Ajuda-me neste caminhar, reconhecendo que nenhum pecado passa despercebido ante a Tua presença.

Em Nome do Teu Filho, Amém!”

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Dádivas maravilhosas

A Epístola de Tiago é desafiadora do início ao fim. Através de ensinos práticos e com o dinamismo que lhe é peculiar, Tiago (meio-irmão de Jesus) apresenta vários desafios em sua carta. Valendo-se de ilustrações do Antigo Testamento e de referências ao famoso Sermão da Montanha pregado por Jesus, Tiago encarrega-se de “chacoalhar” os seus leitores imediatos, para não deixarem a fé cristã numa prateleira, isto é, sem vivenciá-la na prática.
Os ensinos da Epístola são direcionados para deixar claro que a fé cristã não é estéril, pelo contrário, evidencia-se de variadas maneiras na vida daqueles que a possuem de fato e de verdade. A fé que salva é sempre produtiva, e traz resultados visíveis no procedimento dos redimidos pela graça de Deus. A ênfase da epístola atravessa vários assuntos tais como: perseverança, provações, riqueza, pobreza, o uso da língua, a origem do pecado, a sabedoria verdadeira. Traçando paralelos com os ensinos de Cristo e com a literatura sapiencial do Antigo Testamento, Tiago esboça um sermão que nos coloca frente a frente com desafios que exigem de nós uma resposta efetiva e urgente.
Por exemplo, observemos o seguinte versículo: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança." (Tiago 1:17)
O contexto da carta é de perseguição ferrenha. Os primeiros convertidos ao cristianismo tinham sido dispersos por causa da forte oposição aos ensinos dos apóstolos. Naquele contexto de duras provações, duvidar da bondade de Deus era uma tentação bem forte. Mas Tiago escreve para esclarecer sobre a graciosidade do Senhor de todo o Universo. Ser dadivoso faz parte do caráter bondoso de Deus. Dele procede toda bênção, seja espiritual ou material para o nosso aprazimento. Até os infortúnios da vida são acompanhados de bênçãos da parte de Deus (que cooperam para o bem dos que O amam). Diariamente, mesmo que não percebamos, dádivas maravilhosas são outorgadas a nós. Portanto, um coração sempre grato deve ser o resultado natural desta convicção.
Tiago nos ensina de forma muito direta que precisamos ter uma mente moldada por convicções sobre o caráter de Deus, que nunca mudou e nunca mudará. Esta certeza é a âncora que nos traz segurança em meio às tempestades pelas quais certamente passaremos enquanto estivermos neste mundo de trevas. Que possamos atravessar o mar revolto confiando que o Senhor tem derramado boas dádivas sobre o Seu povo, suprindo-nos com os recursos necessários para prosseguirmos com perseverança e crescermos em semelhança com Cristo.