segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FÉ NO PRETÉRITO


São muitos os cristãos que se gloriam dos feitos realizados no serviço para o reino de Deus. Os testemunhos de alguns irmãos são marcados por nostalgia e por certo ar de petulância diante das lembranças do trabalho em prol da sua igreja local. Nas conversas com as pessoas recém-chegadas na igreja passam a discorrer sobre o efetivo labor que prestaram ao longo dos anos. A fé destes irmãos encontra-se no pretérito.

Este tipo de nostalgia vazia que permeia o coração de muitos cristãos os torna improdutivos no presente. A fé operante, que no passado marcou suas vidas, em muitos casos encontra-se engavetada hoje em dia. O labor dedicado e o suor derramado em prol do reino de Deus na época de juventude diluíram com o passar do tempo. Não vamos encontrar justificativas para este desleixo com a obra do Senhor, pois a Palavra de Deus nos deixa sem qualquer argumento plausível.

A fé que foi outorgada aos santos para uma vida abundante na seara divina não deveria murchar. Pelo contrário, a fé operante deveria florescer ainda mais nos anos de maturidade, pois as lições aprendidas aos pés de Cristo são os nutrientes para torná-la mais forte a cada dia. Jesus nos ensinou que sem a comunhão com Ele nós, os discípulos dele, nada de efetivo podemos fazer. A fé bem nutrida e fortalecida por meio da comunhão com Cristo é o ingrediente fundamental para a nossa disposição em servi-Lo.

O cristão precisa urgentemente conjugar a sua fé no presente. É claro que o passado tem a sua importância, mas não podemos ficar acomodados alimentando os nossos corações com as lembranças de outrora, enquanto há muito serviço a fazer. Cristo nos alistou no seu exército e não devemos ficar inertes, pois temos todos os recursos necessários para agir em prol dos propósitos do nosso General.

Marcos Aurélio de Melo
Meditação breve

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Resumo do Sermão do Monte

 
Na Escola Bíblica de Jovens de nossa igreja estamos estudando o Sermão do Monte, com base no livro escrito por Martin Lloyd-Jones. Trata-se de um estudo desafiador para todos os verdadeiros discípulos de Cristo. Abaixo um resumo dos principais pontos vistos até agora.
 
 
1)  O público-alvo: Jesus dirigiu suas palavras aos discípulos no contexto de Mateus 5-7: "aproximaram-se os seus discípulos e Ele passou a ensiná-los." Os ensinos de Jesus neste Sermão são direcionados aos  homens  e  mulheres  regenerados  pelo  poder  do  Espírito  Santo.  O  homem  natural  não  tem condições de cumprir os requisitos do Sermão do Monte pelo simples fato de não ter sido capacitado espiritualmente para isto.

2)  O crente e o incrédulo pertencem a dois reinos inteiramente diferentes: O crente é chamado por Deus  para  um  viver  distinto  e  as marcas  do  caráter  espiritual  apresentadas  no Sermão  do Monte comprovam este  fato. Estamos no mundo, mas não pertencemos a ele.  Jesus apresenta o padrão elevado que Deus requer para os súditos do seu Reino.

3)  Os humildes de espírito: É a característica fundamental de todo crente. A primeira bem-aventurança nos ensina que não há espaço no reino de Deus para o orgulho entranhado no coração e nas atitudes. A pobreza de espírito  relaciona-se com o  reconhecimento de nossa miséria diante da majestade de Deus (Is. 57:15).

4)  Os que choram: É o choro que nasce quando alguém percebe sua triste condição de pecador e clama pela misericórdia divina. Não se trata de vitimismo ou choro egoísta por não conseguir o que deseja. Esta bem-aventurança traz a promessa do consolo divino, pois a restauração da comunhão com Deus é restabelecida quando existe verdadeiro arrependimento por nossos pecados.

5)  Os mansos: Mansidão na  vida de um  servo de Deus está  relacionada  com a  confiança na  justiça divina  diante  das  injustiças  sofridas. Os mansos  desistem  de  fazer  justiça  com  as  próprias mãos porque  seus  corações  estão  tranquilos,  seguros  e  firmados  no  poder  de  Deus.  O  homem verdadeiramente manso  encontra  sua  satisfação  em  obedecer  a  Cristo mesmo  considerando  que enfrentará angústia e sofrimento por isso.

6)  Fome e sede de  justiça: O nosso apetite espiritual descreve os mais profundos anseios de nossa alma. Jesus Cristo nos ensina que devemos ansiar profundamente obedecer aos ensinos e instruções da santa e justa Palavra de Deus. Ter fome e sede de justiça é mortificar diariamente o “eu” com suas requisições pecaminosas, para que a vontade de Deus seja o nosso alimento precioso.

7)  Os misericordiosos: Não podemos ser retentores de misericórdia para com os outros, porque muita graça  e misericórdia  foram  derramadas  sobre  nós.  E  quanto mais  exercermos misericórdia, mais seremos agraciados com ela. Neste mundo marcado pela indiferença e arrogância, os súditos do reino de Deus precisam exercer misericórdia com liberalidade.

8)  Os  limpos de coração: A comunhão com Deus é o anelo de  todo verdadeiro crente, mas  isto só é possível por causa do sangue remidor e purificador de Cristo Jesus. Diariamente precisamos sondar os nossos corações mediante arrependimento, confissão e abandono de pecados.

9)  Os pacificadores: A Bíblia nos ensina que somos embaixadores do reino de Cristo e mensageiros da paz. Cabe a nós, como súditos fiéis,  levar a mensagem de paz (o evangelho) e viver de modo digno deste chamado glorioso. Os conflitos entre as pessoas existem porque há um conflito muito maior entre o homem e Deus.

10)  Perseguidos por causa da  justiça: Sofrer pelo nome de Cristo deve ser visto como um supremo privilégio por todos os discípulos. Quando padecemos por obediência é sinal de conformidade com o caráter de Cristo (Fl. 1:29). Há galardões eternos prometidos a todos aqueles que trilham o caminho da cruz, que exige renúncia do “eu” e dependência constante da graça de Deus.

11) Sal da terra e luz do mundo: A  influência exercida pelo discípulo deve ser marcante. Assim como o sal e a  luz, precisamos ser elementos  transformadores. Alguém que aplica as bem-aventuranças em seu  cotidiano  será  um  farol  em meio  às  trevas,  transmitindo  graça  neste mundo  corrompido  pelo pecado (Fl. 2:15).

12) Cristo é o nosso referencial: Jesus mostrou com a sua própria vida como devemos obedecer a Deus. Seu ministério entre os discípulos  teve como  fundamento a obediência aos mandamentos divinos, e como  discípulos  de  Cristo,  também  precisamos  imitar  os  Seus  passos.  Na  corrida  cristã,  somos chamados a olhar firmemente para o Autor e Consumador da nossa fé (Hb. 12:1-2), contando com os recursos que nos foram disponibilizados graciosamente (2 Pe. 1: 3-11).


MARCOS AURÉLIO DE MELO
EBD JOVENS IBRJA 05.02.2012