sexta-feira, 27 de maio de 2016

Uma triste constatação

Neste pequeno trecho, o pastor Jonathan Leeman oferece uma triste constatação da atual situação da igreja. Em vez de refletir o padrão bíblico para ser igreja, temos visto um amoldamento cultural sem precedentes, que objetiva atrair e fidelizar clientes. 

Hoje em dia, não acreditamos que a autoridade pertença à igreja; ela pertence ao consumidor, que afirma o seu governo por meio de sua presença e de seus recursos financeiros. Em vez de chamar os consumidores para se submeterem ao senhorio de Cristo, a igreja faz tudo o que pode para lhes satisfazer as vontades. O pregador puxa um banquinho e representa uma comédia. O ministro de música fecha os olhos, inclina-se para trás e faz um solo de violão. Os “espectadores” se deleitam – por um momento.

Uma das maiores tragédias do evangelicalismo atual é que ele perdeu de vista a força maravilhosa e geradora de vida que é a autoridade. Temos sido levados pela cultura. Muito mais do que imaginamos, vemos a nós mesmos como agentes independentes, encarregados de determinar a melhor forma de crescer, servir e amar na fé. Sim, podemos ouvir os outros, ser condescendentes com os outros e aceitar a orientação dos outros; mas, em última instância, vemos a nós mesmos como os nossos próprios técnicos, administradores de portfolio, guias, juízes e capitães de nossos navios, de uma maneira que é mais cultural do que bíblica. Em resumo, uma teologia subdesenvolvida conspira com os nossos instintos individualistas para nos enganar, fazendo-nos alegar que amamos todos os crentes, em todos os lugares, igualmente, enquanto nos negamos a amar qualquer um desses crentes de modo específico, principalmente de modo submisso. Previsivelmente, as igrejas são superficiais, os crentes são fracos e o povo de Deus se parece com o mundo.

AUTOR: JONATHAN LEEMAN
EXTRAÍDO DO LIVRO:  A IGREJA E A SURPREENDENTE OFENSA DO AMOR DE DEUS