quarta-feira, 23 de maio de 2012

Penetrado pela Palavra

Sabemos que a Palavra de Deus é mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. As verdades bíblicas, quando levadas à sério, são qual navalhas afiadas que penetram o coração do homem,  fazendo-o adotar uma postura diferente em seu viver. Estou relendo o livro de John Piper "Penetrado pela Palavra", que traz algumas meditações instigantes. Ao longo da minha leitura, vou aproveitar este espaço para compartilhar com vocês alguns trechos que chamarem a minha atenção.

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"E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo. 17:3). Se queremos a vida eterna por ela significar outra coisa, e não o regozijo em Deus, não teremos essa vida. Enganamos a nós mesmos dizendo que somos cristãos, se usamos o glorioso evangelho de Cristo para buscar o que amamos mais do que buscamos o próprio Cristo. As “boas-novas” não se comprovarão como boas para qualquer pessoa que não tenha a Deus como seu principal bem.

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O amor de Deus por nós não se revela principalmente em que Ele nos valoriza, e sim em que Ele nos dá a capacidade de nos regozijarmos em apreciá-Lo para sempre. Se centralizamos e focalizamos o amor de Deus em nosso valor, estamos nos afastando do que é mais precioso, ou seja, Ele mesmo.

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O amor de Jesus O impeliu a orar e a morrer por nós, não para que o nosso valor se tornasse central, e sim para que a glória dEle se tornasse central e pudéssemos vê-la e desfrutá-la por toda a eternidade.

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Mensagem dura de ouvir

Em João 6:60 o evangelista nos conta o que as pessoas diziam quando saiam de uma igreja a qual o pregador da noite tinha sido Jesus. Uns diziam que não pretendiam voltar nunca mais, pois a pregação não agradou em nada. Outros diziam que tinha sido terrível, foi um discurso duro, seco, inflexível e alguns falavam se tratar de um sermão violento e que nem João Batista pregaria assim! A pregação de Jesus nesse dia realmente tinha sido severa ou até mesmo violenta como o original (Σκληρός) também nos sugere. Mas afinal o que aconteceu que Jesus fez doer tanto assim os ouvidos da multidão?

Alguns diziam que em outras ocasiões em que ouviram Jesus pregar, seu sermão não tinha sido tão pesado, pelo contràrio agradava até mesmo as crianças que se aproximavam até ele e com mãos levantadas pediam o colo do amado mestre. Mas então porque desta vez a igreja ficou vazia antes mesmo da benção apostólica? Olhando o contexto (desde o versículo 24) nós percebemos que o discurso foi duro por dois motivos.

Primeiro porque Jesus dizia ser Deus (v.42).

Segundo por causa do tipo de público (v.34).

Nesse dia Jesus encontrou a igreja lotada por uma multidão que o buscava motivada pela forma errada, a igreja estava cheia de gente que o buscava por causa de bênçãos materiais (v.34), eles queriam receber do pão que alimenta o corpo e não o Pão do Céu que sacia a alma para sempre. A multidão foi duramente confrontada por Jesus, pois Ele não pregou o que eles queriam ouvir nem realizou os sinais que eles queriam ver (v.30) apenas mostrou o verdadeiro valor do reino que era possuir não o pão que perece (benção materiais) mas o Pão que desceu do Céu (Ele próprio).

Jesus não atende as expectativas da multidão, e entre multidão (quantidade) e discípulos, Ele escolhe discípulos (qualidade) mesmo sendo um numero pequeno. Agora que entendemos a forma como Jesus prega quando encontra uma multidão de hedonistas fica uma pergunta, como seria a pregação dEle em sua igreja?


Alan César Corrêa

terça-feira, 15 de maio de 2012

CINCO PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE A LEI DE DEUS


Quando começou seu ministério, Jesus encontrou a lei de Deus recoberta de tradições e interpretações humanas. Jesus rompeu essa “casca de religiosidade” e guiou o povo de volta à Palavra de Deus. Em seguida, revelou-a como nova forma de viver para uma gente acostumada com a “letra” da lei, não com a “essência da vida”.

“Ouviste o que foi dito... eu, porém, vos digo” (Mt. 5:21)

I – O que importa é o espírito da lei, antes de qualquer outra coisa, e não somente a letra da lei. O verdadeiro sentido e intenção da lei não deveria ser reduzido às argumentações dos escribas e fariseus.

II – A conformidade à lei não deveria ser concebida em termos de ações somente. Os pensamentos, os desejos e os motivos são igualmente importantes. Deus leva em conta a condição íntima do nosso coração (Lc. 16:15).

III – O propósito final de lei não é meramente o de impedir que pratiquemos certos erros; seu objetivo real é conduzir-nos por um caminho de alegria, a fim de que não somente façamos o que é direito, mas também que amemos o que é direito. Há pessoas que parecem pensar a respeito da santidade e santificação em termos puramente mecânicos.

IV – O propósito da lei não é o de conservar-nos em uma atitude de obediência a certas regras opressivas, mas o de promover o livre desenvolvimento de nosso caráter espiritual como filhos amados de Deus.

V – A lei de Deus, bem como todas as demais instruções éticas existentes nas Escrituras, jamais deveriam ser consideradas como uma finalidade em si. O objetivo final de todo o ensino bíblico é que você e eu venhamos a conhecer a Deus.

A única maneira de experimentarmos a justiça das bem-aventuranças é por meio do poder de Deus. Precisamos depender constantemente da capacitação espiritual que provém de um relacionamento vivo e autêntico com Cristo Jesus. Senão, corremos o sério risco de sermos iludidos por uma religiosidade fria e vazia, baseada em méritos humanos e não na graça demonstrada no Evangelho.


Adaptado do Sermão do Monte, de Martin Lloyd-Jones

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Um coração moldado pela graça de Deus

TEXTO BÍBLICO:  Gênesis 45: 1-15

Os profetas do Antigo Testamento utilizavam figuras para comunicar a liberdade que o Senhor tem para moldar a vida dos seus servos. Por exemplo, o profeta Isaías declarou: “Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos” (Is. 64:8). A ilustração de um oleiro que dá forma ao barro como lhe apraz está presente também nos escritos do profeta Jeremias: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? — diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr. 18: 6).
Todo cristão (genuinamente regenerado) é um vaso de barro nas mãos do Oleiro. O Senhor nos quebra por meio da Sua Palavra e nos molda por Sua Graça para sejamos vasos úteis a Ele e servos que tragam glória ao Seu excelso Nome.
A história de José é bem conhecida e o seu enredo está repleto de ensinos para as nossas vidas. Mas o que mais me chama atenção na vida de José é perceber a graça de Deus atuando de forma especial. É uma história permeada pela graça de Deus. Ele foi tratado injustamente por seus irmãos, por Potifar, pelo copeiro-chefe de Faraó, mas a graça Deus era com José, e a Bíblia diz que tudo quanto ele fazia o Senhor fazia prosperar (Gn. 39: 5, 23). Na casa de Potifar, na prisão e na alta cúpula do Egito, claramente notamos que José tinha um coração moldado continuamente pela graça de Deus.
Assim como na vida de José, Deus está moldando o nosso caráter para que cumpramos o propósito que Ele estabeleceu: tornar-nos mais semelhantes a Cristo (Rm. 8:29). Meus irmãos, precisamos entender que a graça não somente traz as boas-novas do evangelho; ela também nos mostra como devemos viver. Somos salvos pela graça, e, pela graça, também devemos aprender como viver de maneira piedosa. Paulo encoraja o jovem Timóteo a fortificar-se na graça que está em Cristo Jesus (2 Tm 2.1), e Pedro nos exorta a crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
A graça de Deus é o fundamento da vida cristã, e, com base no texto bíblico que acabamos de ler, eu gostaria de afirmar que:

UM CORAÇÃO MOLDADO PELA GRAÇA DE DEUS PRODUZ FRUTOS EXCELENTES

É necessário responder às seguintes perguntas: o seu coração é moldável pela graça de Deus? Você está diariamente sendo moldado pela graça de Deus, ou permanece insensível a tudo que o Senhor tem feito através de Sua graça? Que frutos a graça de Deus tem produzido em seu viver? Se a sua vida não estiver produzindo os frutos excelentes que este texto apresenta, é sinal que seu coração está duro e inflexível ante a graça de Deus.
De acordo com o texto, um coração moldado pela graça de Deus produz pelo menos três frutos:

1º) O ANELO POR RELACIONAMENTOS RESTAURADOS ATRAVÉS DO PERDÃO GENUÍNO (VS. 3 a 4)
A frase “cheguem mais perto” no verso 4, expressa o desejo de proximidade e intimidade. Nag’ash é uma palavra que possui o sentido de aproximar sem constrangimento em prol da comunhão; José derramou o perdão como bálsamo sobre a cabeça dos seus irmãos (Salmo 133). O arrependimento dos irmãos de José foi notório, e seu desejo agora era estreitar os laços de comunhão. O passado já era passado, José estava disposto a restaurar o relacionamento com seus irmãos. José não ignorou a gravidade do mal cometido, e seus irmãos estavam conscientes disto também. Mas o perdão genuíno, ofertado por um coração cheio de graça, tinha por objetivo a restauração do relacionamento. Ronald Wallace, escrevendo sobre este texto bíblico afirmou: “A graça que Deus que moldou José durante todos aqueles anos de espera o capacitou a lidar adequadamente com todos os seus ressentimentos anteriores”.
Muitas vezes oferecemos a quem nos ofendeu uma “caricatura de perdão”, não o legítimo perdão. Precisamos entender que o perdão genuíno não contabiliza mais, não trata com rancor, não se orgulha, e não levanta barreiras para a restauração do relacionamento. O perdão genuíno é o canal para que a paz seja restabelecida e “olhar nos olhos” seja possível sem vergonha alguma. A Bíblia nos diz que somos ministros da reconciliação (2 Co. 5:18-19). Uma vez que já fomos reconciliados com Deus por iniciativa dEle mesmo, precisamos também propagar a mensagem de reconciliação. O perdão genuíno é o instrumento que nos aproxima de quem nos ofendeu e estabelece a paz outrora rompida. Um coração moldado pela graça de Deus anela pela reconciliação e pelo ‘cessar-fogo’. Portanto, a reconciliação nos relacionamentos é um fator determinante que evidencia mudança real em nós. Lemos em Efésios 4:32: “Perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.”
Quando você estiver resistente a perdoar alguém que o feriu, volte os seus olhos para a cruz, e perceba a grandeza do perdão que o alcançou através do sacrifício perfeito de Cristo Jesus. John Stott escreveu: “Nada nos impulsiona mais ao perdão do que o maravilhoso conhecimento de que nós mesmos fomos perdoados.” O fato é que diariamente nós necessitamos do perdão de Deus, porque somos débeis pecadores carentes da graça do Pai. Jesus nos ensinou que o nosso Pai nos perdoará se perdoarmos aos outros. O perdão é um imperativo bíblico, não se trata de uma mera questão sentimental (Mt 5: 23,24).
Não devemos ficar guardando lixo em nossas mentes como mágoas, amargura e ressentimentos em relação a alguém, pois a Bíblia nos adverte: “nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hebreus 12:15). Infelizmente, há muitos crentes rancorosos dentro das igrejas, cheios de si, porque recusam a perdoar com base na graça maravilhosa que os alcançou. Mas as arestas de autossuficiência e orgulho precisam ser retiradas. O nosso Deus é especialista em tirá-las de seus filhos por meio de Sua maravilhosa graça. 

2º) A CONFIANÇA IRRESTRITA NO CONTROLE DIVINO APESAR DAS CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS (VS. 5 a 9)
Nestes versículos José reafirma que Deus não perdeu o controle sobre sua vida em nenhum momento. A ênfase do texto repousa no Soberano Rei de todo o Universo: “Deus me enviou adiante de vós e Deus me colocou como senhor em toda terra do Egito”. José entendeu que a maldade dos seus irmãos anos atrás serviu aos propósitos soberanos do Senhor Deus e que Deus estava agindo de maneira poderosa e singular em todas as suas questões. O ensino é bem claro: não importa o quanto as circunstâncias sejam adversas, Deus cumprirá os seus propósitos na vida dos seus servos. José tinha uma visão espiritual muito acurada: ele enxergava a mão soberana de Deus governando os pormenores de sua vida. As circunstâncias adversas (fome, frio, calor, prisão, calúnia) foram divinamente orquestradas para que José chegasse ao posto de comando no Egito e pudesse valer a descendência de Israel.
A ilustração do vaso e do oleiro utilizada por Jeremias (Jr. 18: 1-6) tem um ensino precioso. Deus molda o vaso conforme o Seu querer, utilizando todas as técnicas e ferramentas necessárias. Nações se levantaram e reinos foram derrubados, porém tudo foi divinamente orquestrado para disciplinar o povo de Israel. Não podemos esquecer por nenhum momento que o Deus que começou uma boa obra em nós, é fiel para completá-la (Fl. 1:6). Mesmo diante das dificuldades que enfrentou, o apóstolo Paulo sabia que Deus guia os Seus filhos soberanamente para torná-los mais semelhantes ao Senhor Jesus Cristo.
Quando nosso coração está sendo moldado pela graça de Deus, passamos a enxergar a vida sob a perspectiva correta. Os problemas e aflições da jornada começam a ter novo significado, pois a graça do Senhor nos leva a confiar irrestritamente no Seu controle sobre nosso viver. Devemos proceder como o apóstolo Paulo que enfrentou um espinho na carne, mas ficou satisfeito com a graça do Pai, pois ela o fortalecia diariamente. A certeza da soberania divina nos outorga plena segurança: nem tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada, nada poderá nos separar do amor infalível de Cristo por nós (Rm. 8:35).
Quando a Bíblia diz que o mundo jaz no maligno (1 Jo. 5:19) não significa que Satanás tem o controle sobre tudo que acontece neste mundo. O ensino é que o mundo está sob a influência das trevas e do pecado. Mas precisamos entender que até Satanás serve aos propósitos soberanos do Senhor Deus. Alguém disse: “O controle soberano de Deus é o fundamento de Sua Onipotência.”
Então, por que nos apavoramos tanto quando as circunstâncias parecem contrariar o controle divino? Por que ficamos irados quando as coisas não saem do nosso jeito? Nós ficamos apavorados e irados porque ainda não submetemos nosso coração à graça do Senhor. Somente a graça de Deus nos capacita a enxergar as aflições da vida com olhos espirituais e a descansar à sombra do Onipotente. Ah, quanto carecemos do auxílio do Senhor para não sermos murmuradores e insolentes em meio às tempestades que enfrentarmos!


3º) A DISPOSIÇÃO EM COMPARTILHAR AS BÊNÇÃOS RECEBIDAS DO SENHOR (VS. 10 a 13) - José foi usado por Deus para abençoar muitas vidas
Os benefícios que José recebeu do Senhor (honra e poder) não encheram o seu coração de orgulho. Muito pelo contrário, ele entendia que era apenas um mordomo das coisas que Deus lhe confiara. José compartilhou graciosamente as bênçãos que recebeu com toda a sua família. Suas atitudes bondosas e generosas evidenciam que o seu coração foi moldado pela graça de Deus.
Após a morte do patriarca Jacó, os irmãos de José ficaram com medo. Qual seria a postura de José? Será se ele retribuiria todo o mal cometido pelos irmãos (Gn. 50: 18-21)? Um dos frutos de um coração moldado pela graça de Deus é generosidade em partilhar os benefícios. Pela graça divina, José recebeu muito do Senhor e agora ele estava disposto a estender as bênçãos aos seus familiares. Note que: Reconhecer a providência graciosa de Deus em nosso favor é imprescindível para abandonarmos as atitudes mesquinhas.
Em 1 Samuel 30: 9-25 lemos a respeito de Davi e seiscentos homens estavam perseguindo os amalequitas que saquearam a cidade de Ziclague. Quando chegaram no ribeiro de Besor, 200 homens não suportaram o cansaço e ficaram ali cuidando da bagagem. Davi continuou a perseguição com 400 homens. Quando retornaram da perseguição trazendo os despojos, alguns homens não quiseram repartir o despojo com os 200 que ficaram em Besor. Mas Davi tinha um coração moldado pela graça de Deus.
Nós servimos a um Deus que é dadivoso. Ele é o Deus da excelsa Graça (generosidade plena) que não poupou o próprio Filho para resgatar pecadores. O salmista cantou maravilhado: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.” (Sl. 103:2). Ele derrama suas dádivas sobre nós de maneira generosa. No Salmo 116:7, o salmista escreveu: “Volta, minha alma, ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo.” Como filhos amados, nós precisamos imitá-Lo. Paulo recomendou à igreja de Éfeso: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar do que receber” (Atos 20.35). Ser generoso vai contra a nossa velha natureza, que é egoísta. Por isso, uma das provas que o velho homem está sendo mortificado em nosso viver é o empenho em compartilhar as bênçãos que recebemos do Senhor.
Na verdade, nada que temos é propriamente nosso. Somos apenas mordomos e temos a responsabilidade dada por Deus de administrar de forma sábia. O que podemos compartilhar com as pessoas que nos cercam? Não é apenas dinheiro ou bens materiais. Podemos cuidar das pessoas a nossa volta compartilhando do nosso tempo, de nossas habilidades, talentos e dons. O verdadeiro cristianismo não é vivido em redomas de egoísmo, pois a graça de Deus gera mais graça. Nosso empenho em cuidar uns dos outros será cada vez maior se reconhecermos que cada um de nós é objeto do terno cuidado de Deus.

MARCOS AURÉLIO DE MELO
SERMÃO ENTREGUE EM 22.04.2012