Quando começou seu ministério, Jesus encontrou a lei de Deus recoberta de tradições e interpretações humanas. Jesus rompeu essa “casca de religiosidade” e guiou o povo de volta à Palavra de Deus. Em seguida, revelou-a como nova forma de viver para uma gente acostumada com a “letra” da lei, não com a “essência da vida”.
“Ouviste o que foi dito... eu, porém, vos digo” (Mt. 5:21)
I – O que importa é o espírito da lei, antes de qualquer outra coisa, e não somente a letra da lei. O verdadeiro sentido e intenção da lei não deveria ser reduzido às argumentações dos escribas e fariseus.
II – A conformidade à lei não deveria ser concebida em termos de ações somente. Os pensamentos, os desejos e os motivos são igualmente importantes. Deus leva em conta a condição íntima do nosso coração (Lc. 16:15).
III – O propósito final de lei não é meramente o de impedir que pratiquemos certos erros; seu objetivo real é conduzir-nos por um caminho de alegria, a fim de que não somente façamos o que é direito, mas também que amemos o que é direito. Há pessoas que parecem pensar a respeito da santidade e santificação em termos puramente mecânicos.
IV – O propósito da lei não é o de conservar-nos em uma atitude de obediência a certas regras opressivas, mas o de promover o livre desenvolvimento de nosso caráter espiritual como filhos amados de Deus.
V – A lei de Deus, bem como todas as demais instruções éticas existentes nas Escrituras, jamais deveriam ser consideradas como uma finalidade em si. O objetivo final de todo o ensino bíblico é que você e eu venhamos a conhecer a Deus.
A única maneira de experimentarmos a justiça das bem-aventuranças é por meio do poder de Deus. Precisamos depender constantemente da capacitação espiritual que provém de um relacionamento vivo e autêntico com Cristo Jesus. Senão, corremos o sério risco de sermos iludidos por uma religiosidade fria e vazia, baseada em méritos humanos e não na graça demonstrada no Evangelho.
Adaptado do Sermão do Monte, de Martin Lloyd-Jones
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