segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Esboço de sermão em Ageu 1

Em breve postarei o sermão em Ageu 1: 1-11 na íntegra para edificação dos visitantes deste blog. Neste sermão, a abordagem parte do pressuposto de que alguns obstáculos nos impedem de vivermos alinhados com a vontade de Deus. Tais obstáculos devem ser removidos de nossas vidas, se desejamos agradar ao Senhor que nos comprou com alto preço. Então, aguardem as próximas postagens.
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sábado, 22 de janeiro de 2011

O prazer da comunhão com Deus

3) Desprezar o prazer da comunhão com Deus resulta inevitalmente numa vida desperdiçada (Jr. 13:11)

A palavra “apegar” ou “apegar-se” utilizada neste versículo tem um sentido bastante instrutivo. Significa grudar, colar, permanecer junto, permanecer com, permanecer unido, aderir com firmeza. Ou seja, a ideia é de um vínculo muito forte ou uma união bem firme. A ilustração do cinto que o profeta Jeremias usou por um tempo junto ao seu corpo serviu para exemplificar o vínculo que o Senhor quis ter com o seu povo. Deus escolheu para si um povo com o qual desejava ter comunhão, mas este povo O desprezou e não quis apegar-se ao SENHOR. Desde os tempos patriarcais, Deus tinha um plano de manter um vínculo muito forte com a descendência de Abraão. Após um período de 400 anos de escravidão, Deus resgatou com mão poderosa os filhos de Israel e os conduziu em triunfo através do Mar Vermelho. Ao ler a história do êxodo e da conquista de Canaã, podemos perceber claramente que Deus sempre quis estar ao lado do Seu povo. Mas este povo sempre permanecia de dura cerviz e desprezava inúmeras vezes o prazer de comungar com o Senhor.

Por intermédio da cruz, Cristo derrubou a parede de inimizade que nos impedia de nos aproximar do Pai (Ef. 2: 11-16). “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo” (Ef. 2:13). Temos livre acesso a Deus porque Cristo pagou o preço que nós nunca poderíamos pagar. A nossa vida de comunhão com Deus é totalmente possível, mas porque somos tão letárgicos em comungar com Ele? A resposta não é difícil: é porque estamos enfatuados com o nosso ego, empenhados em expandir o nosso reino, por isso a doce presença do Mestre não nos faz falta.

O Hino 288 do Cantor Cristão expressa com exatidão qual deve ser o anseio de todo crente genuíno: Perto de Ti almejo estar, perto, sim bem perto / Tua presença desfrutar, perto, sim bem perto / Em comunhão contigo estar, perto, sim bem perto / Sempre contigo conversar, perto, sim bem perto. Será que quando cantamos este Hino estamos cantando com sinceridade? Nunca iremos desperdiçar nossas vidas se estivermos bem perto do nosso Deus, em comunhão verdadeira e constante. O crente que negligencia o prazer de estar em comunhão com Deus precisa repensar urgentemente que tipo de cristianismo está seguindo. O maior desejo do cristão deve ser estar próximo do Senhor desfrutando da Sua maravilhosa graça como disse o salmista Davi: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Salmo 42:1). No Salmo 63:8, lemos: “a minha alma apega-se a Ti”.

Você tem anelado por comunhão com Deus no seu viver diário? Qual a importância que a esta proximidade com o Senhor tem para você? Se você não tem prazer em comungar com Deus há um sério problema em aberto. Se você é salvo seu coração deve anelar pela comunhão com Cristo a cada instante. John Piper escreveu que “a salvação não significa apenas perdão de pecados, mas, acima de tudo, comunhão com Jesus” (baseado em I Co 1:9).

Quando não damos importância à comunhão com Deus passamos a desperdiçar nossas vidas com coisas banais. Muitos crentes estão raquíticos espiritualmente e trôpegos na fé porque não se importam em cultivar uma intimidade com o Senhor. Quando negligenciamos a comunhão com Deus, o desperdício é enorme: não há progresso espiritual, não há vitória sobre pecados, não há amor para com nossos irmãos, não há alegria em nosso viver, não há vontade de compartilhar o Evangelho com outras pessoas e não há produção dos frutos do Espírito. Por outro lado, aquele que reconhece que não pode viver sem estar ligado à Videira verdadeira, produz frutos que glorificam a Cristo. A comunhão com Cristo (permanecer n’Ele) nutre o crente para que ele seja um ramo frutífero e cheio de vigor (João 15).

Se você não quer desperdiçar a sua vida, lembre-se do que escreveu um antigo pastor: “Nenhum homem que vive perto de Deus vive em vão” (Horatius Bonar). A essência de um viver produtivo e feliz é a comunhão cultivada com Deus. Sem esta comunhão íntima e constante com Deus, somos como palha ao vento. O coração do crente deve estar satisfeito em Deus e não nas coisas deste mundo passageiro. Com certeza nossas vidas serão desperdiçadas se trocarmos o prazer da comunhão com o Senhor pelos prazeres transitórios do pecado.

MARCOS AURÉLIO DE MELO
SERMÃO EM JEREMIAS 13:1-11

Exclusividade na adoração a Deus

2) Rejeitar a adoração exclusiva ao verdadeiro Deus resulta inevitavelmente numa vida desperdiçada (Jr. 13: 10)

Os profetas foram usados por Deus para alertar o povo, mas ainda assim Israel preferiu endurecer o coração e seguir após outros deuses. A recusa em ouvir as palavras do Senhor era acompanhada de uma entrega total à idolatria, pois suas consciências estavam cauterizadas (“corações endurecidos”, conforme o versículo). A idolatria era praticada por todas as classes sociais em Israel naquela época, mas Deus mostrou que estas atitudes inevitavelmente resultariam em vidas desperdiçadas, tal como aquele cinto de linho da parábola. A palavra traduzida aqui como “adorar” no hebraico também poderia ser traduzida como “se inclinar” ou “se prostrar.” Seguir outros deuses é se inclinar diante deles.

A Bíblia nos diz que os ídolos nada são. Na verdade estes deuses nunca existiram porque só há um único e verdadeiro Deus, o Criador de todas as coisas. Mas o grande problema da idolatria é que o foco da adoração passa a ser algo criado e não o Criador. Sendo assim, um ídolo é tudo aquilo que obtém a primazia em nosso viver e faz com que não nos inclinemos mais diante de Deus. Quando Deus não é o centro de nossas vidas, alguma outra coisa o é. O ídolo rouba a atenção e faz com que o nosso coração rejeite adorar com exclusividade o único Deus verdadeiro. Um escritor resumiu bem quando disse: "Idolatria é qualquer coisa que esfrie nosso desejo por Cristo" (Oliver Cromwell). Com certeza, render-se aos ídolos é um passo certo em direção a uma vida desperdiçada.

O profeta Ezequiel confrontou os anciãos de Israel sobre os ídolos. E é interessante perceber que a linguagem que o profeta utiliza nos mostra que os ídolos não estavam num altar, mas sim dentro do coração destes anciãos. Ezequiel 14:3: “Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos dentro do seu coração, tropeço para a iniqüidade que sempre têm eles diante de si; acaso, permitirei que eles me interroguem?” O que colocamos no lugar de Deus captura o nosso coração, e então nos tornamos servos do nosso objeto de adoração. NÓS SOMOS GOVERNADOS POR AQUILO QUE ADORAMOS – e quando não é Deus quem nos governa estamos desperdiçando nossas vidas.

Os vícios são expressões de idolatria. Quando um vício se estabelece em nosso viver é porque este ídolo passou a nos governar. E não há como negar que qualquer vício é uma estrada larga que nos conduz a uma vida desperdiçada. Muita energia, tempo e recursos são gastos para alimentar os vícios. Apesar do prazer temporário que o vício oferece, cedo ou tarde as conseqüências serão terríveis. É por isso que devemos voltar os nossos corações para adorar somente a Deus, inclinando diariamente nossas vidas em Seu altar como sacrifício santo e agradável ao Senhor.

Quantos vícios muitos crentes acalentam em seus corações? Na verdade os vícios são ídolos que tomaram conta do coração e levam a uma vida miserável. Quais são os ídolos que estão em seu coração? Muitas vidas são desperdiçadas pela escravidão a algum vício sexual diante da Internet e outras vidas são desperdiçadas pela idolatria ao deus “dinheiro” ou ao deus “sucesso”. Será se nós não estamos acalentando um ídolo secretamente em nosso coração que nos impede de adorar exclusivamente ao Senhor? Se não queremos desperdiçar nossas vidas, precisamos destronar urgentemente estes ídolos e voltar os nossos olhos para o Senhor que nos resgatou com o alto preço do sangue de Cristo.

Um coração dividido nunca será agradável a Deus. Jesus nos alertou que ninguém pode servir a dois senhores, e o profeta Elias questionou os seguidores de Baal porque ficavam em cima do muro, coxeando entre dois pensamentos. Se o seu coração está dividido entre Deus e alguns ídolos, deve existir uma ruptura imediata com estes ídolos, pois somente Deus é digno de receber total adoração. O nosso Deus é Deus zeloso e não aceitará um povo que o adore sem exclusividade. É necessário que o coração esteja devotado somente a um único Senhor, assim como Davi orou: “dispõe-me o coração para só temer o teu nome” (Sl. 86:11).

Você adora ao Senhor com exclusividade? Ou existem ídolos que estão sendo acalentados em seu coração? Se estes ídolos estão governando suas prioridades e sonhos, o resultado inevitavelmente será uma vida desperdiçada e frustrações acumuladas ao longo do caminho.


ENCERRA NA PRÓXIMA POSTAGEM

Independência em relação a Deus

1) Proclamar independência em relação a Deus resulta inevitavelmente numa vida desperdiçada (Jr. 13:9)

O orgulho é a raiz de toda e qualquer rebelião diante de Deus. Na verdade, o orgulho é a proclamação aberta de que queremos ser independentes e não devemos submissão a Deus. Neste versículo, por meio do profeta Jeremias, o Senhor está reprovando as atitudes arrogantes de Judá e Jerusalém, que representam todo o povo de Israel. Deus julgaria estas atitudes carregadas de altivez. O resultado certo seria vidas desperdiçadas (vidas podres e sem utilidade). A ilustração do cinto de linho apodrecido serve para nos mostrar que a conseqüência natural de olhos altivos e arrogantes é uma vida abominável diante de Deus.

A Bíblia está repleta de exortações contra a soberba ou arrogância: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pe. 5:5) e “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq. 6:8). Muitos textos afirmam que a soberba do homem o abaterá e que o orgulho será sucedido por desonra. Estes versículos bíblicos servem para nos alertar sobre o perigo que o homem corre quando proclama sua independência em relação a Deus.

No livro de Gênesis observamos que a proposta de Satanás a Eva estava recheada com esta ideia da independência: “Vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal” (Gn. 3:5). O orgulho encheu o coração de Eva que comeu e deu ao seu marido. Alguns capítulos adiante, a história da torre de Babel comprova ainda mais que o orgulho permeou o coração dos homens: “Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra” (Gn. 11:4). Deus enviou o seu julgamento sobre aqueles homens e os dispersou por toda a terra. Outro exemplo bíblico é o caso de Nabucodonosor que é narrado no livro de Daniel 4. Não podemos afirmar que ele foi convertido, mas suas palavras mostram que ele reconheceu que a soberba é uma afronta a Deus: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn. 4:37).

Mas como esta independência em relação a Deus se apresenta em nossas vidas? Ela pode estar mascarada de várias formas. Podemos proclamar nossa independência em relação a Deus com claras demonstrações de orgulho: a) quando não admitimos nossos pecados por meio de uma confissão genuína (corações orgulhosos não querem admitir suas culpas diante de Deus); b) quando não oferecemos o perdão a alguém que se arrepende do mal cometido contra nós (corações orgulhosos não compreenderam a profundidade do perdão divino); c) quando nos angustiamos diante das dificuldades querendo resolver tudo com nossa própria força e habilidade (corações orgulhosos não buscam depender de Deus para suprir necessidades). Sempre que agimos impulsionados por nosso orgulho, o resultado final certamente será uma vida desperdiçada porque tais atitudes não glorificam o nome de Deus e não trazem nenhum progresso espiritual.

Você tem alimentado o orgulho no seu coração? Você tem proclamado esta independência em relação a Deus? Saiba que esta atitude certamente acabará mal: você vai desperdiçar sua vida. O Senhor requer dos seus servos um coração humilde e disposto a morrer diariamente para esta atitude de independência. Se você quer matar a raiz do orgulho comece ainda hoje: não permita que pecados sejam colocados embaixo do tapete sem a devida confissão e abandono; não pisoteie alguém que lhe pede perdão demonstrando arrependimento; e não queira resolver suas dificuldades sem depender de Deus.

O nosso coração é enganoso e por isso precisamos permanecer vigilantes com relação ao orgulho. Para não continuarmos nesta espiral descendente em direção a uma vida desperdiçada, o primeiro passo é extirpar o orgulho do coração, que é o desejo de reinar sobre tudo e todos. Tendo em vista que o orgulho é totalmente incompatível com a graça divina e com o cristianismo bíblico, o antídoto para o orgulho é seguir a orientação em 1 Pe. 5:6: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele em tempo oportuno vos exalte.”

CONTINUA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS

Uma vida desperdiçada

TEXTO-BÍBLICO: JEREMIAS 13:1-11 (OBS.: a leitura do texto é indispensável para a compreensão adequada)

A água potável é um bem precioso e segundo os especialistas no assunto está se tornando um bem raro no planeta Terra. As duas causas principais apontadas para a diminuição de reservas de água potável são a poluição e o desperdício. E boa parte deste desperdício é diagnosticada dentro das casas. Se algumas medidas simples fossem adotadas, estima-se que seria possível economizar o volume de água equivalente a uma piscina semi-olímpica em um ano. Por exemplo, na hora de escovar os dentes. Se a torneira ficar aberta durante toda a escovação por pelo menos 5 minutos, serão gastos 80 litros de água. Mas se abrirmos a torneira apenas duas vezes quando é necessário, um litro é suficiente. Na hora do banho, quanto menos tempo debaixo chuveiro, mais economia. Em 15 minutos de banho são gastos 144 litros de água. Com cinco minutos de banho, são gastos 48 litros. Algumas atitudes simples no dia-a-dia vão reduzir o consumo, e, consequentemente, a sua conta mensal de água.

Deixando de lado a preocupação com o meio ambiente, o texto em epígrafe nos apresenta outra cena de desperdício. Deus quis ilustrar por meio de uma lição objetiva como vidas podem ser desperdiçadas. O profeta Jeremias usou por um tempo um cinto de linho e depois o escondeu num local próximo ao rio Eufrates. A umidade e o calor da região deterioraram aquele cinto, que não serviu para mais nada.

O linho era um material especial que tinha caráter nobre. O linho era um bem precioso naquela época e as vestimentas feitas de linho eram muito valiosas. Os sacerdotes de Israel utilizavam um cinto de linho por baixo de suas vestes. Embora feito de um material requintado, aquele cinto de linho se tornou completamente inútil. A lição que Deus quer ensinar refere-se ao desperdício de vidas, o bem mais precioso outorgado pelo Criador ao homem. Este texto nos mostra que uma vida longe dos padrões de Deus é um completo desperdício. Assim como aquele cinto de linho caríssimo foi desperdiçado ao ficar exposto ao sol e chuva, assim também vidas podem ser desperdiçadas.

Tendo como base todo este contexto, eu gostaria de afirmar que:
"Certas atitudes resultam inevitavelmente numa vida desperdiçada”

Quando um crente passa a viver entregue aos seus próprios desejos e pecados, sem nenhum arrependimento, inevitavelmente as conseqüências serão danosas. As atitudes denunciadas neste texto são tão prejudiciais que o resultado certo é um desperdício de vida. Embora muitas pessoas pensem que estão desfrutando ao máximo tudo que o mundo pode lhes oferecer, o diagnóstico bíblico é outro: suas vidas estão sendo desperdiçadas.

A Bíblia nos adverte em Gálatas 6:7 e 8: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna.” As conseqüências de atitudes semeadas hoje serão colhidas daqui a algum tempo. Portanto, faz-se necessário fazer um diagnóstico preciso sobre tais atitudes.

O nosso grave problema é a letargia em identificar e romper com tais atitudes. Somos morosos em abandonar práticas destrutivas porque estamos satisfeitos com elas e não percebemos os estragos que estão nos causando. O cristão precisa lutar diariamente contra estas atitudes se não quiser perder o seu vigor espiritual, e conseqüentemente, desperdiçar a sua vida. Deus nos convoca a adotarmos medidas urgentes com relação a estas atitudes que trazem como resultado uma vida desperdiçada, a fim de que sejamos “vasos” úteis ao nosso possuidor e “cintos de linho” que servem ao seu propósito.

Então, de acordo com o texto em Jr. 13:1-11, que atitudes resultam inevitavelmente numa vida desperdiçada? Vamos analisar três atitudes que resultam inevitavelmente numa vida desperdiçada, tal como aquele cinto de linho que ficou num local quente e úmido a ponto de apodrecer totalmente e ficar imprestável.


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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Condicionamento Espiritual

Texto-Bíblico: Josué 6: 1-21

Introdução:
Em muitos concursos públicos é realizado um teste de resistência ou aptidão física, para avaliar o condicionamento físico dos candidatos. Esta avaliação engloba alguns testes específicos tais como: teste de flexão abdominal, teste de resistência aeróbica (por exemplo, uma corrida de 2400m em 13 min), teste em barra fixa, teste de natação. Estes testes possuem caráter eliminatório e visam estabelecer um padrão mínimo de condicionamento físico para ingressar no cargo.
O texto bíblico em epígrafe nos apresenta um quadro que antecede uma grande vitória. Mas nesta situação, observamos que Deus não estava interessado em saber qual era o condicionamento físico do povo de Israel. O Senhor estava interessado em avaliar o condicionamento espiritual do povo, mediante a utilização de alguns testes específicos. Não quero dizer que Deus não conhecia o povo, mas estes testes seriam utilizados para que o próprio povo soubesse em que patamar se encontrava o seu condicionamento espiritual.

Diante destes esclarecimentos iniciais, eu gostaria de afirmar que o condicionamento espiritual do crente é avaliado por meio de testes específicos. Mas que testes específicos servem para avaliar o condicionamento espiritual do crente?

Muitas pessoas estão interessadas em manter o condicionamento físico, mas não se importam com o seu condicionamento espiritual. É importante que cada crente se exercite pessoalmente na piedade. A Bíblia nos adverte em 1 Tm. 4:8 que: “o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa.” O nosso condicionamento espiritual é diariamente avaliado por meio de alguns testes específicos, que passaremos a analisar a partir de agora.

1º - O teste da obediência (vs. 3 - 7)
As instruções específicas de Deus para a vitória sobre Jericó deveriam ser seguidas à risca. Nenhuma ordem do Senhor deveria ser desconsiderada pelo povo de Israel. Deus estabeleceu aquela estratégia militar incomum para aquela época para ser obedecida em todos os aspectos. O povo deveria rodear a cidade por seis dias (uma vez por dia) e no sétimo dia deveria rodear a cidade de Jericó sete vezes. Nos seis dias o povo marcharia silenciosamente, mas no sétimo dia os 7 sacerdotes deveriam tocar as 7 trombetas, e o povo deveria gritar em alta voz. O versículo 8 resume bem a obediência completa de todo o povo: “Assim foi como Josué dissera ao povo...”
O condicionamento espiritual de um crente realmente é medido pela obediência. Quando observamos o condicionamento espiritual de Saul, percebemos que ele foi reprovado justamente no teste da obediência. Em I Samuel 15, a ordem de Deus para Saul foi clara: destruir totalmente o povo amalequita. Mas Saul resolveu obedecer do seu próprio jeito, poupando o melhor das ovelhas e dos bois, bem como o rei Agague. O rei Saul não executou integralmente às ordens do Senhor e por isso foi rejeitado. Suas boas intenções de oferecer sacrifício não foram aceitas como desculpa para a desobediência: “o obedecer é melhor do que o sacrificar” (I Sm. 15:22).
A verdade é que aos olhos de Deus, uma obediência parcial é sempre uma desobediência total. Quando o Senhor oferece instruções específicas elas devem ser seguidas na íntegra. O crente que está sendo desobediente e rebelde diante das instruções de Deus, oferece provas suficientes de um péssimo condicionamento espiritual. E a obediência que agrada a Deus não é apenas aparente, pelo contrário, nasce e flui do coração. Os últimos discursos de Moisés estão repletos de exortações à obediência de coração (Dt. 26:16 e Dt. 32:46),
O condicionamento espiritual do crente não é avaliado pelo conhecimento teológico ou acadêmico que ele conquistou ao longo dos anos. Também não é avaliado pelo conhecimento das línguas originais do texto bíblico. Ouvir as instruções do Senhor e não obedecer é um auto-engano (Tiago 1:22). Jesus também ilustra que alguém que conhece a Palavra de Deus e não a pratica é como um homem que construiu sua casa sobre a areia. A resistência de uma casa sem fundamentos diante das tempestades não é a mesma de uma casa com sólidos alicerces e bem estruturada.
Se de fato amamos a Cristo seremos aprovados no teste da obediência. O próprio Jesus afirmou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” Será que temos obedecido a Deus de todo o coração como prova do nosso amor para com Ele? Este é um teste decisivo que vai apontar como está o nosso condicionamento espiritual.

2º - O teste da paciência
O povo de Israel também foi testado com relação à paciência. Não poderia haver nenhuma precipitação se quisessem ser vitoriosos contra Jericó. Deus estabeleceu prazos que deveriam ser atendidos. Todo o povo deveria entender que o cronograma divino não segue o cronograma humano. Em nenhuma hipótese Israel poderia se apressar para vencer a poderosa cidade de Jericó. O cronograma divino não poderia ser burlado em hipótese alguma, para satisfazer a vont
Deus tem um tempo certo para todas coisas debaixo do céu, conforme Eclesiastes 3:1-8, porque “Ele fez tudo formoso no seu devido tempo” (Ec. 3:11a). Em alguns salmos o salmista questiona enfaticamente: “Até quando, Senhor?” diante de situações desconfortáveis ou se sentia abalado. O profeta Habacuque também questionou o cronograma divino diante dos ataques que o povo de Israel estava sofrendo: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?” (Hb. 1:2)
Esta tendência de questionar o cronograma divino é típica de um coração que ainda não depositou total confiança na providência divina. Por natureza o homem é movido pelas circunstâncias. O grande teste para avaliar o nosso condicionamento espiritual é a paciência diante de condições adversas. O exercício da paciência desenvolve no crente várias habilidades espirituais que serão úteis para suportar com perseverança as provações do viver. É por isso que a paciência deve ser exercitada diariamente para evitar pecados como a ansiedade e a preocupação.
O rei Saul realmente não tinha um condicionamento espiritual adequado, pois ele também falhou no teste da paciência. No texto bíblico em I Samuel 13:8-12, observamos a precipitação do rei Saul que ofereceu holocausto e ofertas pacíficas no lugar do profeta Samuel, coisa abominável aos olhos do Senhor. Esta atitude de Saul mostrou que ele não estava preparado para assumir o trono de rei. Quando agimos precipitadamente, perdemos a chance de discernir que o tempo de Deus não é o nosso tempo e que o Seu modo de agir é incomparavelmente melhor.
Na palavra de Deus a virtude da paciência está associada com a sabedoria: “O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura” (Pv. 14:29) e “Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade” (Pv. 16:32). Esta capacidade de esperar o tempo certo de agir nos livra de inúmeros problemas. Saber o momento certo de recuar é uma grande prova de que estamos aprendendo o que é longanimidade, por que “não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado” (Pv. 19:2).

3º - O teste da dependência
Deus já tinha prometido a Josué que a cidade Jericó estava vencida (vs. 2). O povo tinha apenas que depender do Senhor e confiar nesta promessa para ser vitorioso. As grandes muralhas de Jericó não seriam obstáculo para o Deus Todo-Poderoso, mas o coração do povo tinha que descansar confiantemente na ação miraculosa do Senhor. O povo de Israel não era versado em guerras. Era formado por ex-escravos no Egito e ex-peregrinos no deserto. Não havia nenhuma habilidade bélica que pudesse ser levada em consideração diante de uma fortaleza inexpugnável como a cidade de Jericó. Somente na dependência exclusiva do Senhor o povo poderia provar a vitória.
Não é ridículo admitir a nossa incapacidade e fragilidade diante do Senhor. Ridículo é tentar lutar com as próprias forças e acumular várias contusões ao longo do caminho. Em Jeremias 9:23-24, o profeta nos apresenta um desafio para o nosso orgulho: “Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.” Nunca iremos apresentar um bom condicionamento espiritual se negligenciamos a dependência constante do Senhor.
Precisamos admitir que, sem Deus, os nossos melhores esforços nada são. O Salmo 127: 1-2 nos ensina que Deus é o doador e que nós precisamos depender d’Ele em cada dia, confiando em Sua mão providencial. O povo de Israel recebia o maná diariamente e todos deveriam pegar apenas o suficiente para aquele dia. Isto era para humilhá-los e prová-los, pois Deus queria que eles aprendessem que eram dependentes d’Ele. A oração que Cristo ensinou aos seus discípulos faz referência ao “pão nosso de cada dia”, para demonstrar que o crente depende exclusivamente de Deus em cada novo amanhecer.
A Bíblia nos ensina que depender de Deus não é indolência e nem apatia; é uma virtude forjada no coração do crente pelo poder do Espírito Santo. É óbvio que Deus não vai realizar o que é de nossa responsabilidade, mas precisamos confiar que o Senhor é quem supre cada uma de nossas necessidades conforme Lhe apraz. Que possamos admitir nossa fragilidade o quanto antes para evitar novas frustrações.


MARCOS AURÉLIO DE MELO
ESTUDOS NO LIVRO DE JOSUÉ

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Convicções diante das tragédias

TEXTO-BÍBLICO: Salmo 93

Nesta semana as informações do noticiário enfatizaram as fortes chuvas que caíram na região Sudeste do Brasil. Os estados de São Paulo e Minas Gerais apresentaram graves problemas por causa da chuva, mas no Rio de Janeiro a situação é de total calamidade na região serrana. Mais de 600 mortos já foram contabilizados nesta triste estatística. Famílias inteiras ficaram soterradas e milhares de pessoas ficaram desabrigadas por causa dos deslizamentos de terra. Realmente a situação pode ser considerada uma tragédia de proporções assustadoras. É claro que as tragédias acontecem todos os dias ao redor do mundo, mas esta tragédia no Rio de Janeiro nos chamou a atenção por causa da ênfase que a mídia brasileira direcionou aos fatos.
No Salmo 93 observamos o salmista apresentando algumas convicções que ele carregava dentro de si, mesmo que a situação exterior seja de total calamidade. A força das águas é descrita neste salmo com a sonoridade de um bramido (como o rugido de um leão faminto). As cenas dos últimos dias também mostraram como as águas “rugiram” destruindo tudo pela frente, com a sua impetuosidade.

“Apesar das tragédias diárias, o cristão precisa manter no coração algumas convicções fundamentais” De acordo com este texto, que convicções fundamentais o cristão precisa manter no coração apesar das tragédias diárias? Estas convicções fazem toda a diferença em nossas vidas. Vejamos quais são elas.

1 – O nosso Deus nunca perde a Sua autoridade (vs. 1,2)
Muitos teólogos modernos questionam a soberania divina em meio às tragédias. Eles afirmam que Deus não tem controle sobre os fenômenos da natureza e que Deus abriu mão do seu domínio sobre vários aspectos da vida na terra. Estes teólogos interpretam a soberania divina a partir dos seus sentimentos e não à luz das Escrituras. Vários versículos bíblicos são mal interpretados para defender pontos de vista equivocados sobre o governo divino. Por exemplo, o teísmo aberto (ou abertura de Deus) afirma que Deus criou todas as coisas e deixou tudo entregue às leis naturais sem interferência nenhuma. Esta ideia na verdade tenta reduzir a majestade de Deus porque supõe que Ele não detém o poder sobre fenômenos naturais. Em Jó 37, podemos observar a autoridade suprema de Deus sobre a criação e o Seu governo que abrange a natureza.
É interessante perceber a perspectiva que o profeta Jeremias nunca perdeu de vista. No livro de Lamentações, o contexto é de uma destruição total em Jerusalém. A cidade foi totalmente assolada e as pessoas que restaram estavam vivendo num completo desespero. Mas Jeremias não se deixou levar pela situação de calamidade e reconheceu que Deus continuava reinando. "Pelo monte Sião, que está assolado, andam as raposas. Tu, SENHOR, reinas eternamente, o teu trono subsiste de geração em geração" (Lm. 5:19). As raposas são animais que se alimentam de carniça e em Jerusalém existiam muitos corpos em putrefação. Esta firme convicção do profeta na autoridade suprema do Rei do Universo foi útil para enfrentar as terríveis conseqüências daquela tragédia.
É necessário confiar que Deus tem o cetro de poder em Sua mão para governar (I Cr. 29:11). O governo divino é a contínua atividade de Deus pela qual Ele rege todas as coisas a fim de garantir a realização do propósito divino. Nenhuma galáxia ou estrela distante está fora do domínio absoluto do Rei do Universo. Nada é um acaso aos olhos do Soberano Senhor e nada consegue surpreendê-Lo. O cristão deve olhar as tragédias da perspectiva correta: há um propósito soberano de Deus por trás de todas as coisas. Será que este certeza continua em nossas mentes apesar das tragédias diárias?

2 – A Palavra de Deus nunca perde a sua confiabilidade (vs. 5a)
Diante das catástrofes as pessoas começam a questionar a confiabilidade da Bíblia porque seus corações não conseguem entender como um Deus santo, justo e bom que a Bíblia revela não age para impedir as tragédias que assolam a humanidade. Assim, a Palavra de Deus passa a ser considerada um livro comum, destituído de veracidade. Existem muitos estudiosos que atacam a veracidade das Escrituras porque ela não se encaixa com os pensamentos e teorias humanistas, que estão em moda atualmente. Os críticos gostam de propagar a mentira que a Bíblia não passa de uma coleção de mitos e fábulas. Mas a Bíblia testemunha a favor dela mesma. A preservação das Escrituras é uma prova que o seu conteúdo é digno de nossa total confiança.
Assim como Jó, o cristão genuíno não vai encontrar todas as respostas em meio à dor, mas pode ter a firme convicção de que a Palavra de Deus não falha e que os testemunhos do Senhor são verdadeiros. “A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre” (Salmo 119:160).. Além do mais Deus não é obrigado a nos responder cada um dos nossos questionamentos, como se Ele estivesse no banco dos réus. Nós precisamos enxergar nossas vidas sob a ótica das Escrituras e não enxergar as Escrituras sob a ótica de nossas vidas para que possamos evitar a tentação do ceticismo em relação à Bíblia.
Você continua depositando confiança na Bíblia apesar de tantas tragédias que assolam a humanidade? Deus não mudou e nem a Sua Palavra perdeu o valor desde os tempos antigos. Por causa de alguma tragédia, muitos crentes deixam de recorrer às Escrituras e já não a consideram suficiente em suas vidas. Este é um fato alarmante, pois demonstra a falta de um alicerce confiável. Nossas vidas podem ruir se não estiverem construídas sobre a rocha segura da Palavra de Deus.

3 – A santidade pessoal nunca perde a sua essencialidade (vs. 5b)
A santidade convém ao povo que é separado para o louvor da glória de Deus. Isto significa que ser santo não é opcional, mas essencial para todo aquele que se diz servo do Senhor. Em meio às tragédias, o crente não deve perder de vista que o foco de sua vida deve ser honrar e glorificar a Deus. O versículo 5 foi traduzido pela NVI de uma forma sugestiva: “a santidade é ornamento perpétuo da tua casa” (casa é uma metáfora). A santidade deve adornar a vida do crente mesmo que ele esteja passando por vales sombrios, para que outros vejam o brilho da glória de Deus.
Muitos crentes que enfrentam tragédias pessoais resolvem abandonar tudo e passam a viver dissolutamente, pois acreditam na mentira satânica que foram desamparados por Deus. E assim começam a agir com rebeldia e sem temor a Deus. O crente que se rebela em meio às dificuldades está aprisionado por sentimentos mesquinhos em relação a Deus.
Em determinadas situações, Deus leva os seus servos na bigorna do sofrimento para que algumas arestas sejam aparadas e a santidade seja aperfeiçoada. É este o ensino de Paulo em I Coríntios 4: 16-18. Mas apesar de ter passado por momentos extremamente difíceis, Paulo enxergava além do que seus olhos podiam ver: sua vida estava sendo lapidada diariamente.
Diante das tragédias diárias, será que enxergamos que Deus deseja nos moldar? A santificação é um ensino muito claro nas Escrituras e não é opcional para o povo que foi chamado para uma viva esperança. Somos "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamarmos as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9). Se você é um salvo, convém que você viva em santidade todos os dias, pois Deus é santo!

MARCOS AURÉLIO DE MELO

sábado, 8 de janeiro de 2011

O cristão genuíno

No meio evangélico ou gospel é difícil identificar o que é joio e o que é trigo. Mas a Bíblia nos diz que por meio dos frutos é possível conhecer qual é árvore. Você é um crente genuíno? Quais são algumas evidências que um cristão genuíno apresenta? Logo abaixo apresentarei três evidências que podemos encontrar num cristão genuíno (a ordem em que aparecem não define qual é prioritária). Minha oração é que cada leitor examine-se por meio deste breve check-up.

Em primeiro lugar, o crente genuíno é alguém que está sendo transformado diariamente na imagem de Cristo. Ele não fica estacionado na sua vida cristã esperando o tempo passar. Pelo contrário, o crente autêntico percebe que sua vida ainda tem muito a melhorar para agradar a Deus, e então, ele busca depender da graça do Pai para o seu amadurecimento. A Bíblia diz em Provérbios 4:18 que “a vereda do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” O cristão autêntico está envolvido neste processo de conhecer e prosseguir conhecendo a Deus no seu dia-a-dia.

Em segundo lugar, o crente genuíno é alguém que reconhece suas fragilidades e que precisa continuar lutando contra o pecado em seu viver. Ele sabe que não está imune contra as ciladas da carne e nem do diabo, por isso o crente genuíno busca estar vigilante em cada circunstância. Ele não anda por aí se gabando que não comete mais nenhum pecado, porque está escrito em 1 Coríntios 10:12: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.” O crente genuíno sabe que o seu coração é enganoso e que não pode confiar em sua própria força para vencer as tentações. Por isso, ele confessa seus pecados constantemente para não deixar nenhum lixo debaixo do tapete. Ele faz sempre uma faxina geral em sua mente para checar o que precisa ser purificado.

E finalmente, o crente genuíno também é alguém que ama a Palavra de Deus. Ele não negligencia o estudo cuidadoso da Bíblia para tirar princípios e aplicações. O crente genuíno sempre está interessado em ouvir o que Deus tem a lhe dizer por meio da Bíblia. Ele não fica atrás de revelações e sonhos que outras pessoas tiveram a seu respeito, porque o seu maior tesouro é a Palavra de Deus. O seu interesse é direcionado para as Escrituras, e quando tem alguma dúvida busca a orientação de pessoas que podem lhe explicar melhor. Ele reconhece que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tm. 3: 16-17).

O cristão genuíno apresenta estas três evidências em sua vida: ele é alguém que está em processo de crescimento contínuo; ele é alguém que reconhece e confessa os seus pecados; e ele é alguém que dedica seus esforços para conhecer a Palavra de Deus. Meu irmão, a pergunta é a seguinte: você tem estas evidências em sua vida? Reflita se já não é hora de evidenciar o verdadeiro cristianismo em seu viver.

MARCOS AURÉLIO DE MELO
MEDITAÇÃO PARA PROGRAMA DE RÁDIO