sábado, 22 de janeiro de 2011

Independência em relação a Deus

1) Proclamar independência em relação a Deus resulta inevitavelmente numa vida desperdiçada (Jr. 13:9)

O orgulho é a raiz de toda e qualquer rebelião diante de Deus. Na verdade, o orgulho é a proclamação aberta de que queremos ser independentes e não devemos submissão a Deus. Neste versículo, por meio do profeta Jeremias, o Senhor está reprovando as atitudes arrogantes de Judá e Jerusalém, que representam todo o povo de Israel. Deus julgaria estas atitudes carregadas de altivez. O resultado certo seria vidas desperdiçadas (vidas podres e sem utilidade). A ilustração do cinto de linho apodrecido serve para nos mostrar que a conseqüência natural de olhos altivos e arrogantes é uma vida abominável diante de Deus.

A Bíblia está repleta de exortações contra a soberba ou arrogância: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pe. 5:5) e “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq. 6:8). Muitos textos afirmam que a soberba do homem o abaterá e que o orgulho será sucedido por desonra. Estes versículos bíblicos servem para nos alertar sobre o perigo que o homem corre quando proclama sua independência em relação a Deus.

No livro de Gênesis observamos que a proposta de Satanás a Eva estava recheada com esta ideia da independência: “Vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal” (Gn. 3:5). O orgulho encheu o coração de Eva que comeu e deu ao seu marido. Alguns capítulos adiante, a história da torre de Babel comprova ainda mais que o orgulho permeou o coração dos homens: “Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra” (Gn. 11:4). Deus enviou o seu julgamento sobre aqueles homens e os dispersou por toda a terra. Outro exemplo bíblico é o caso de Nabucodonosor que é narrado no livro de Daniel 4. Não podemos afirmar que ele foi convertido, mas suas palavras mostram que ele reconheceu que a soberba é uma afronta a Deus: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Dn. 4:37).

Mas como esta independência em relação a Deus se apresenta em nossas vidas? Ela pode estar mascarada de várias formas. Podemos proclamar nossa independência em relação a Deus com claras demonstrações de orgulho: a) quando não admitimos nossos pecados por meio de uma confissão genuína (corações orgulhosos não querem admitir suas culpas diante de Deus); b) quando não oferecemos o perdão a alguém que se arrepende do mal cometido contra nós (corações orgulhosos não compreenderam a profundidade do perdão divino); c) quando nos angustiamos diante das dificuldades querendo resolver tudo com nossa própria força e habilidade (corações orgulhosos não buscam depender de Deus para suprir necessidades). Sempre que agimos impulsionados por nosso orgulho, o resultado final certamente será uma vida desperdiçada porque tais atitudes não glorificam o nome de Deus e não trazem nenhum progresso espiritual.

Você tem alimentado o orgulho no seu coração? Você tem proclamado esta independência em relação a Deus? Saiba que esta atitude certamente acabará mal: você vai desperdiçar sua vida. O Senhor requer dos seus servos um coração humilde e disposto a morrer diariamente para esta atitude de independência. Se você quer matar a raiz do orgulho comece ainda hoje: não permita que pecados sejam colocados embaixo do tapete sem a devida confissão e abandono; não pisoteie alguém que lhe pede perdão demonstrando arrependimento; e não queira resolver suas dificuldades sem depender de Deus.

O nosso coração é enganoso e por isso precisamos permanecer vigilantes com relação ao orgulho. Para não continuarmos nesta espiral descendente em direção a uma vida desperdiçada, o primeiro passo é extirpar o orgulho do coração, que é o desejo de reinar sobre tudo e todos. Tendo em vista que o orgulho é totalmente incompatível com a graça divina e com o cristianismo bíblico, o antídoto para o orgulho é seguir a orientação em 1 Pe. 5:6: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele em tempo oportuno vos exalte.”

CONTINUA NAS PRÓXIMAS POSTAGENS

Nenhum comentário: