sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O pecado da incredulidade

Até quando não crerão em mim?” (Nm. 14:11)

Esforce-se com toda a diligência para manter fora o monstro chamado incredulidade. Isto desonra tanto a Cristo que Ele retirará Sua presença de nós se O insultarmos satisfazendo este monstro. É verdade que é uma erva daninha, sementes que jamais arrancamos totalmente do solo, mas devemos mirar em suas raízes com zelo e perseverança. Dentre todas as coisas detestáveis a incredulidade é a mais abominável. Sua natureza prejudicial é tão venenosa que causa danos tanto naquele que a exerce quanto naquele sobre quem é exercida. No teu caso, ó crente, é a mais vil de todas as coisas, pois as misericórdias do Senhor no passado aumentam tua culpa por duvidar Dele no presente.

Quando desconfias do Senhor Jesus, Ele poderia muito bem gritar “Agora, então, eu os amassarei como uma carroça amassa a terra quando carregada de trigo”. (Am. 2:13 - NVI) Esta desconfiança coroa Sua cabeça com os espinhos mais penetrantes. É muito cruel a esposa bem-amada não acreditar no bondoso e fiel marido. O pecado é inútil, tolo e injustificado. Jesus jamais deu o menor motivo para suspeitas e é difícil não ser acreditado por aqueles que sempre tiverem uma conduta amorosa e verdadeira de nossa parte. Jesus é o Filho do Altíssimo e Suas riquezas são ilimitadas; é vergonhoso duvidar e desconfiar da auto-suficiência do Onipotente.

O gado aos milhares nas colinas bastará para matar a nossa fome e os celeiros do céu provavelmente não ficarão vazios com as nossas refeições. Se Cristo fosse somente uma cisterna, em breve poderíamos esgotar Sua capacidade, mas, quem pode esvaziar uma fonte? Miríades de almas tiraram Dele o seu socorro e nenhuma delas reclamou da escassez de Seus recursos. Fora, então, com esta descrença traidora e mentirosa, pois sua missão é cortar os laços de comunhão e nos fazer lamentar a ausência do Salvador. John Bunyan nos diz que a incredulidade tem "tantas vidas quanto um gato": se é assim, vamos matar uma vida agora e continuar o trabalho até que todas as 9 tenham ido. Fora! traidora, meu coração te abomina.


Charles Spurgeon
Fonte: Morning and Evening (Devocional matutina do dia 27 de agosto)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A segurança da fé

A segurança da fé é a convicção de pertencer a Cristo por meio da fé e desfrutar a salvação eterna. Aquele que tem essa segurança não somente crê na justiça de Cristo para a sua salvação, mas também sabe que crê e que é amado graciosamente por Deus.

Essa segurança é ampla em seu escopo. Inclui liberdade da culpa do pecado, alegria no relacionamento com o Deus trino e um senso de pertencer à família de Deus. James W. Alexander disse que a segurança “leva consigo a idéia de plenitude, tal como uma árvore carregada de frutos ou como as velas de um navio enchidas por ventos favoráveis”.

A segurança é conhecida por seus frutos, tais como a comunhão íntima com Deus, a obediência submissa, sede de Deus e anelo por glorificá-lo, cumprindo a Grande Comissão. A segurança prevê, em oração, o avivamento, mantendo-se submissa à esperança escatológica. Os crentes que têm essa segurança vêem o céu como o seu lar, anseiam pela segunda vinda de Cristo e pela trasladação à glória (2 Tm 4.6-8).

A segurança sempre foi um assunto vital. Sua importância é mais crucial agora porque vivemos em dias de segurança mínima. E, o que é pior, muitos não compreendem isso. O desejo de comunhão com Deus, o anseio pela glória de Deus e pelo céu e a intercessão em favor de avivamento parecem lânguidos. Isso acontece quando a ênfase da igreja na felicidade terrena sobrepuja a convicção de que ela está peregrinando neste mundo em direção a Deus e à glória.


JOEL R. BEEKE

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Crescimento na Graça

Quando falo sobre crescimento na graça, nem por um momento estou dizendo que os benefícios de um crente em Cristo podem crescer; não estou dizendo que o crente pode crescer em sua posição, segurança ou aceitação diante de Deus; que o crente pode ser mais justificado, mais perdoado, mais redimido e desfrutar de maior paz com Deus do que desde o primeiro momento em que ele creu. Afirmo categoricamente: a justificação de um crente é uma obra completa, perfeita, consumada; e o mais fraco dos crentes (embora ele não o saiba, nem o sinta) está tão completamente justificado quanto o mais forte deles. Declaro com firmeza: a nossa eleição, chamada e posição em Cristo não admitem qualquer progresso, aumento ou diminuição. Se alguém pensa que, por crescimento na graça, estou querendo dizer crescimento na justificação, está completamente enganado a respeito do assunto que estou considerando. Estou pronto a morrer na fogueira (se Deus me assistir), por causa da gloriosa verdade de que, no assunto da justificação diante de Deus, todo crente está completo em Cristo (Cl 2.10). Nada pode ser acrescentado à justificação do crente, desde o momento em que ele crê, e nada pode ser removido.

Quando eu falo sobre crescimento na graça, estou me referindo somente ao crescimento em grau, tamanho, força, vigor e poder das graças que o Espírito Santo implanta no coração de um crente. Estou dizendo categoricamente que todas aquelas graças admitem crescimento, progresso e aumento. Estou declarando com firmeza que o arrependimento, a fé, o amor, a esperança, a humildade, o zelo, a coragem e outras virtudes semelhantes podem ser maiores ou menores, fortes ou fracas, vigorosas ou débeis e podem variar muito em um mesmo crente, em diferentes épocas de sua vida. Quando eu falo sobre um crente que está crescendo na graça, estou dizendo apenas isto: os sentimentos dele em relação ao pecado estão se tornando mais profundos; a sua fé, mais forte; a sua esperança, mais brilhante; o seu amor, mais abrangente; sua disposição espiritual, mais sensível. Este crente sente mais o poder da piedade em seu próprio coração; manifesta mais piedade em sua vida; está progredindo de força em força, de fé em fé, de graça em graça. Deixo que outros descrevam a condição de tal crente, utilizando as palavras que lhe forem agradáveis. Eu mesmo penso que a melhor e mais verdadeira descrição de tal crente é esta: ele está crescendo na graça!


J. C. RYLE
Extraído da Revista Fé para Hoje - Editora Fiel

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Calamidade Espiritual

Hoje eu tive a oportunidade de pregar no Culto de Oração da minha igreja. Estamos estudando o livro de Jeremias e tem sido um desafio animador ouvir mensagens baseadas na Palavra do Senhor que foi dirigida a Jeremias. Nesta oportunidade falei sobre a calamidade espiritual e seus efeitos devastadores na vida do crente que abandona a comunhão com o Senhor. Dedique um tempo na leitura deste esboço, que pode ser um recurso valioso para edificar sua vida também, assim como edificou a minha.


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Estudo bíblico entregue na forma de homilia em 12.08.2009
Marcos Aurélio de Melo

sábado, 8 de agosto de 2009

A filosofia da nossa época

“TUDO SUCEDE IGUALMENTE A TODOS”
(palavras de Salomão no auge da sua melancólica reflexão em Eclesiastes 9:2)

Numa visão estreita da realidade humana, o sábio Salomão até tinha razão ao afirmar isto. O fim da vida terrena é o túmulo, para aqueles que pensam: “morreu, acabou”. As pessoas neste mundo buscam apenas um lugar ao sol enquanto vivem aqui, sem dar a mínima importância ao que a Bíblia ensina sobre o destino após a morte. É como o homem rico descrito em Lucas 12: 16-21, que tinha muitos bens ao seu dispor, mas não deu importância ao destino da sua alma.

A filosofia com suas grandes indagações, procura responder às primeiras questões do homem: “quem sou eu, onde estou, de onde vim, para onde vou?” O filósofo Nietzsche, que defendeu a idéia da morte de Deus, disse ao final de sua vida: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.” Deus nos criou e Ele sabe o modo correto como vida funciona, por isso a Bíblia é único guia seguro para entendermos estas questões.

No livro de Eclesiastes, o que Salomão quer dizer é o seguinte: “Eu pensei que viver sem Deus e com Deus era tudo a mesma coisa, não valia a pena. Tive toda a condição de tentar dos dois jeitos, mas cheguei à seguinte conclusão: sem Deus, não há vida verdadeira.” A grande verdade que encontramos no livro de Eclesiastes é a futilidade da vida quando a vivemos sem temer a Deus e glorificá-Lo.

Todos nós um dia iremos morrer, se Cristo não voltar antes. Sendo assim precisamos estar preparados a ponto de dizer como o apóstolo Paulo: “Para mim, o viver é Cristo, e morrer é lucro.” John Piper escreveu o seguinte:

“A maneira de honrar Cristo na morte é valorizar Jesus acima do dom da vida, e a maneira em que honramos Cristo na vida é valorizar Jesus acima das dádivas da vida.”

(Extraído do livro: Não jogue sua vida fora, Editora Cultura Cristã)


Deus nos colocou neste mundo com o propósito sublime de viver para a Sua glória. Precisamos também chegar ao final de nossa vida de tal forma que o Seu nome seja glorificado. “O importante não é começar bem, mas terminar melhor.” Então, é necessário aplicar os princípios de sabedoria das Escrituras, para que sejamos perfeitos e perfeitamente habilitados para toda boa obra (2 Tim. 3:17). Um dia teremos que prestar contas de toda a nossa vida diante do Senhor – no Tribunal de Cristo que Paulo descreve em 2 Cor. 5:10.

Não se deixe levar pela filosofia da nossa época que afirma que o importante é desfrutar esta vida, sem deixar de experimentar nenhum prazer. Não caia nesta idéia diabólica que o destino é o mesmo para todos e assim não há necessidade de viver de modo agradável a Deus. Se nós estamos sendo influenciados por esta filosofia, isto demonstra o pouco valor que Cristo tem para nós.

Marcos Aurélio de Melo

Agindo com justiça

Mais uma lição da Escola Bíblica Dominical que trata sobre o livro de Eclesiastes. Neste estudo veremos a responsabilidade que o cristão precisa exercer, agindo com justiça em todas as circunstâncias da vida, e assim brilhar neste mundo em trevas.


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LIÇÃO DA ESCOLA BÍBLICA - DIA 02.08.2009
MARCOS AURÉLIO DE MELO

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Amor à distância (segura)

"Às vezes, nos sentimos tentados a amar à certa distância. Temos disposição de amar aos outros, desde que não tenhamos de nos aproximar muito. Colocar ofertas no gazofilácio ou enviar dinheiro à uma agência de assistência cristã parece aliviar nossa consciência. Contudo, nossa consciência deveria ser pungida, ao lermos o conselho de Paulo aos romanos: “O amor seja sem hipocrisia... Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal... compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade... Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm.12.9-15).

Nosso Senhor amou as pessoas de um jeito muito especial. Ele se importava com as pessoas individualmente. Lembre-se de como Ele demonstrou amor a Levi, o coletor de impostos; à mulher, no poço; ao leproso, ao homem possesso de demônios, a Saulo de Tarso – a você e a mim.

À medida que buscamos “amar como Ele amou”, não devemos também nos dispor a amar as pessoas pessoalmente? Quando foi a última vez que você gastou tempo individualmente com alguém viciado? Com um parente que tem um filho rebelde? Alguém que perdeu o emprego? Um irmão ou irmã que tem uma doença crônica terminal? Comprometamo-nos a amar aos outros pessoalmente, assim como Jesus nos amou – ainda que isto nos tire de nossa zona de conforto."


Extraído do livro: Andando nos Passos de Jesus, de Larry McCall
(Editora FIEL, São José dos Campos, SP - 2009)