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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A segurança da fé

A segurança da fé é a convicção de pertencer a Cristo por meio da fé e desfrutar a salvação eterna. Aquele que tem essa segurança não somente crê na justiça de Cristo para a sua salvação, mas também sabe que crê e que é amado graciosamente por Deus.

Essa segurança é ampla em seu escopo. Inclui liberdade da culpa do pecado, alegria no relacionamento com o Deus trino e um senso de pertencer à família de Deus. James W. Alexander disse que a segurança “leva consigo a idéia de plenitude, tal como uma árvore carregada de frutos ou como as velas de um navio enchidas por ventos favoráveis”.

A segurança é conhecida por seus frutos, tais como a comunhão íntima com Deus, a obediência submissa, sede de Deus e anelo por glorificá-lo, cumprindo a Grande Comissão. A segurança prevê, em oração, o avivamento, mantendo-se submissa à esperança escatológica. Os crentes que têm essa segurança vêem o céu como o seu lar, anseiam pela segunda vinda de Cristo e pela trasladação à glória (2 Tm 4.6-8).

A segurança sempre foi um assunto vital. Sua importância é mais crucial agora porque vivemos em dias de segurança mínima. E, o que é pior, muitos não compreendem isso. O desejo de comunhão com Deus, o anseio pela glória de Deus e pelo céu e a intercessão em favor de avivamento parecem lânguidos. Isso acontece quando a ênfase da igreja na felicidade terrena sobrepuja a convicção de que ela está peregrinando neste mundo em direção a Deus e à glória.


JOEL R. BEEKE

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Contraste entre Mateus 4 e Gênesis 3

Finalmente, o diabo leva Jesus a uma alta montanha. Mostra-Lhe todos os reinos do mundo e diz: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares” (Mateus 4.9).

“Todos os reinos” – que tremenda reivindicação! Em seus próprios termos, o diabo tem a audácia de oferecer a Cristo todos os reinos da terra, como se ele fosse senhor de direito sobre todos os reinos. Lutero escreve: “Ele que, em sua primeira tentação, mostrou-se como um diabo preto, e, na segunda, como uma luz, um diabo branco, usando até mesmo a Palavra de Deus, agora se mostra como um diabo divino, majestoso, que reivindica ser o próprio Deus”.

O diabo pode ser o príncipe deste mundo, pode até ser o deus do mundo, no tempo presente, mas Deus é Rei para sempre. Como Salmos 24.1 diz: “Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam”. Esta é a última cartada do diabo. Em desespero, ele pensa: “Se apenas eu pudesse ter Jesus, mesmo por uma vez, para realizar um pequeno gesto de adoração a mim em vez de ao Pai, eu ganharia a vitória e, de fato, me tornaria o rei deste mundo”. Ainda hoje enfrentamos a tentação de vender nossas almas ao diabo em troca de vãos prazeres e dos tesouros deste mundo. Temos de resistir ao diabo, citando Deuteronômio: “Retira-te, Satanás: porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (v. 10). Jesus novamente recusa-se a obter uma coroa, sem suportar a cruz.

Que contraste entre Mateus 4 e Gênesis 3! Cristo é vitorioso quando tentado pelo diabo em um deserto árido, e Adão falhou quando tentado pelo diabo em um lindo jardim. Cristo é vitorioso com o estômago vazio, estando sem comer por 40 dias (Mt. 4.2), e Adão falhou de estômago cheio, sendo capaz de comer livremente de toda árvore no jardim, exceto de uma. E, como colocou o New England Primer: “Na queda de Adão, nós todos pecamos”. Mas, graças sejam dadas a Deus, pois Jesus superou o diabo, de modo que também podemos vencer o diabo. Em Cristo, pela fé, somos chamados a viver pela Palavra de Deus, e a resistir ao diabo, usando a mesma arma poderosa, a Palavra de Deus. As tentações são muitas, e o poder do pecado é grande, mas a vitória é prometida àqueles que se apegam fortemente à “palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pe 1.23).

JOEL R. BEEKE


NOTA MINHA:
Graças a Deus pela vitória de Cristo sobre as astutas tentações do Diabo. Pela obediência de Cristo à Palavra de Deus, Ele mostrou que era o único capaz de morrer na cruz do Calvário como sacrifício propiciatório. Portanto, somos eternamente dependentes de Jesus por sua infinita graça demonstrada de forma tão gloriosa na sua morte em nosso lugar. A Deus seja toda honra, glória e louvor, pelos séculos dos séculos, amém!