sábado, 2 de novembro de 2013

O glorioso porvir que nos está preparado

O apóstolo Pedro em 1 Ped. 1:4, utiliza algumas expressões bem interessantes para expressar a singularidade da maravilhosa herança espiritual que Deus reservou para os Seus filhos. 1. Incorruptível: que não se deteriora, que não apodrece; 2. Sem mácula: sem nenhuma desonra ou sujeira; 3. Imarcescível: que não murcha, que não perde o frescor. Esta herança não pode ser comparada com nenhuma outra, com nenhuma glória deste mundo. E por ser tão grandiosa é motivo de enorme alegria. Esta herança não é descrita como uma espécie de utopia futura, mas como garantia segura, uma certeza, pois quem assegura é o próprio Deus. Os valores terreais não podem ocupar o primeiro lugar em nosso coração, porque temos maior tesouro reservado nos céus, onde a traça não corrói e onde não há incertezas. Pedro quer que seus leitores reflitam sobre este glorioso porvir, e experimentem abundância de alegria em suas vidam.

Certa vez perguntaram a Fanny Jane Crosby, compositora de cerca de 8.000 hinos cristãos, se a cegueira não lhe deixava triste e sem alento, ela respondeu: “De maneira alguma, pois a minha grande alegria é saber que o primeiro rosto que verei será o de meu Senhor”. Ela compôs vários hinos que refletem a alegria de ser um cidadão dos céus: “Em breve a vida vai findar / Aqui não mais eu cantarei /Porque no céu irei morar / Lá na presença do meu Rei” (Hino C.C. 503).

Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo escreve aos seus leitores sobre esta herança eterna: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” (Rm. 8: 17,18). É evidente que Paulo enchia de regozijo o seu coração ao refletir sobre esta herança gloriosa nos céus. Portanto, há uma relação muito íntima entre alegria e a herança que nos está reservada.

Certamente um dos ladrões da alegria em nosso viver é a ansiedade quanto ao dia de amanhã. A tristeza pode nos fustigar o nosso coração, quando pensamos sobre as impossibilidades do futuro. Mas o cristão precisa olhar para o futuro com os olhos da fé, e confiar plenamente que não há nada fora do controle absoluto de Deus. Eu e você precisamos enxergar pela fé que o nosso futuro não está à deriva, pelo contrário estamos rumando a um porto seguro pela bondade e graça de Deus.

O cristão precisa pensar mais a respeito da herança que lhe está garantida. Não se trata de uma fuga, ou de um artifício de escape mental. Mas precisamos de fato desfrutar da verdadeira alegria que flui do entendimento adequado sobre o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. Você costuma pensar no céu e na bênção que será estar ali? O cristão não é um lunático que tem imaginações inconcebíveis a respeito do seu futuro. Ele caminha pela fé, e desfruta nesta terra a alegria verdadeira porque sabe que o seu lar (morada permanente) não é aqui; é apenas um peregrino habitando um tabernáculo (temporário) rumando para o lar celestial. A adequada compreensão sobre esta verdade deve encher o nosso coração de júbilo e paz.

Se o nosso coração não se enche de gozo por saber que este mundo vai findar há um problema sério em nosso cristianismo. É um claro indicativo de que nós estamos muito arraigados a este mundo, vivendo com pensamentos voltados apenas para acumular tesouros perecíveis nesta terra. Você consegue recordar qual foi a última vez que você encontrou-se cheio de júbilo, por pensar na comunhão eterna que desfrutará com Cristo no lar celestial? Quantos de nós poderíamos resumir nossos anseios como fez Paulo: Viver é Cristo e morrer é lucro? Longe de ser um pensamento utópico, esta é a herança que todo cristão genuíno mais anseia receber. Os homens e mulheres que mais foram ativos e viveram alegremente para a glória de Deus nesta terra tinham seus olhos voltados para o céu. É só perceber a biografia dos heróis da fé registrada em Hebreus 11, pois aspiravam “a uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade” (Heb. 11:16).

Finaliza na próxima postagem

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