quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mortificando o velho homem

guerra

"Você não pode acariciar o pecado como faz com um animal de estimação; você não pode tirar do pecado a sua qualidade de selvagem ou torná-lo menos perigoso. O mal não pode ser domesticado. O pecado está pronto para atacar sua fé a qualquer momento."

Trecho do livro Licensed to Kill, de Brian Hedges


Mortificação é uma palavra um tanto quanto estranha ao nosso vocabulário. De acordo com o dicionário Houaiss da língua portuguesa, mortificar significa: fazer desaparecer, dissipar, desvanecer, matar aos poucos. O ensino bíblico é bem claro: somos convocados a mortificar o velho homem, com suas paixões e concupiscências. Por isso, precisamos lembrar diariamente que não estamos num parque de diversões, mas num campo de batalha ferrenha. A vida cristã é uma luta, que tem por objetivo matar o "eu" e fazer com que o pecado exerça cada vez menos domínio sobre cada um de nós. Paulo esmurrava o seu corpo. Esta é uma linguagem figurada para mostrar a grande batalha que o apóstolo travava consigo mesmo. O fato é que o pecado está sempre pronto a nos enfranquecer e conquistar a primazia. Não podemos brincar com o pecado, não podemos fazer do velho homem nosso amigo e nunca podemos baixar a guarda com relação às paixões carnais.

Cristo morreu para sermos justificados diante do Deus Santo. O sacrifício do Cordeiro perfeito, ofertado de uma vez por todas no monte do Calvário, é o preço justo para pagar a penalidade do pecado que herdamos de Adão. Deus nos justificou por Sua graça e continua nos santificando também mediante a Sua graça abundante. Fomos justificados em Cristo para sermos santificados diariamente, mortificando o velho homem com seus desejos pecaminosos. Deus graciosamente nos supriu de recursos espirituais para que sejamos vitoriosos na luta contra o pecado. Portanto, podemos confiar que há esperança real para que sejamos mais do que vencedores na luta contra o mal que habita em nós.

Dependência de Deus e da Sua Palavra é uma medida fundamental nesta batalha. Obviamente, isto não nos isenta da responsabilidade de suarmos diariamente nas trincheiras desta vida, com esforço santo na luta contra o pecado. Somos plenamente responsáveis pelo nosso crescimento em santidade, submissos ao poder capacitador que opera em nós, na pessoa bendita do Espírito Santo. Portanto, nesta batalha não podemos esquecer que é necessário suor (esforço pessoal) e dependência (de Deus), duas vertentes na santificação que não se anulam. Ergamos, pois, o nosso pendão e lutemos bravamente!


Marcos Aurélio de Melo

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