sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

A Santificação, segundo J. C. Ryle

John Charles Ryle nasceu em Macclesfield, em 10/05/1816 e foi educado em Eton e no Christ Church, em Oxford. Ryle foi um apoiador da escola evangélica e um crítico do ritualismo. Totalmente dedicado à doutrina evangélica, Ryle não comprometia seus princípios. Foi um escritor prolífico, um pregador vigoroso e um pastor fiel.
Vamos aprender um pouco sobre os seus ensinos, que se baseavam exclusivamente nas Escrituras. Estudioso dedicado da Bíbia, J. C. Ryle escreve neste texto (tradução minha) sobre a santificação na vida do cristão. Vejamos o que ele tem a nos ensinar.

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1.Santificação é o resultado invariável da união vital com Cristo, que a verdadeira fé concede ao cristão. “E aquele que permanece em Mim, e Eu nele, este dá muito fruto” (João 15:5). O ramo que não produz fruto não é um ramo vivo da videira. A união com Cristo que não produz nenhum efeito no coração e na vida é uma mera união formal, que é indigna perante Deus. A fé que não tem uma influência santificadora no caráter não é melhor que a fé dos demônios. É uma “fé morta, porque esta só”. Não é o presente de Deus. Não é a fé dos eleitos de Deus. Em resumo, onde não há santificação de vida, não há fé real em Cristo. A verdadeira fé opera através do amor. Ela constrange o homem a viver diante de Deus com um profundo senso de gratidão pela redenção. Ela faz o homem sentir que ele nunca poderá fazer tanto por Cristo que morreu em seu lugar. Sendo muito perdoado, mais ele ama. Aquele que foi limpo pelo sangue, caminha na luz. Aquele que tem esperança real e viva em Cristo, purifica a si mesmo, assim como Ele é puro (Tiago 2:17-20; Tito 1:1; Gl. 5:6; I João 1:7; 3:3).

2.Santificação é uma grandiosa e inseparável conseqüência da regeneração. Quem nasce de novo e é feito nova criatura, recebe uma nova natureza e um novo começo e tem que viver uma nova vida. A regeneração que o homem pode ter e ainda assim viver permanentemente no pecado ou no mundanismo, é uma regeneração inventada por teólogos não inspirados, mas nunca mencionada na Escritura. Pelo contrário, João expressamente diz que “Aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado”, “pratica a justiça”, “ama o próximo”, “guarda-se a si mesmo” e “vence o mundo” (I João 2:29; 3:9-14; 5:4-18). Simplesmente, a falta de santificação é um sinal de não-regeneração. Onde não há vida santa, não houve nascimento santo. Isto é duro de dizer, mas é uma verdade bíblica. Qualquer que é nascido de Deus, está escrito, “não vive pecando, porque é nascido de Deus” (I João 3:9).

3.Santificação é a única evidência da habitação do Espírito Santo que é essencial para a salvação. “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rom 8:9). O Espírito nunca permanece dormente na alma: Ele sempre faz Sua presença conhecida pelos frutos que Ele causa no coração, no caráter e na vida. “O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl. 5:22). Onde estas coisas são encontradas, ali há o Espírito; onde estas coisas são esquecidas, os homens estão mortos perante Deus. O Espírito é comparado ao vento; e como o vento, Ele não pode ser visto pelos olhos do corpo. Mas assim como nós sabemos que há vento, pelo efeito que ele produz nas ondas, nas árvores e na fumaça, também podemos saber que o Espírito está numa pessoa pelos efeitos que Ele produz na conduta daquela pessoa. Não é lógico afirmar que nós temos o Espírito se nós também não “andamos no Espírito” (Gl. 5:25). Onde não há um viver santo, não há o Espírito Santo. O selo que o Espírito sela em nos cristãos é a santificação. Na verdade, “os que são guiados pelo Espírito de Deus”, e somente eles, “são filhos de Deus” (Rom. 8:14).

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Um comentário:

Miller disse...

Vi o seu comentário no "Caminhos e Veredas" e vim ver o seu blog. Parabéns pela iniciativa de propagar as verdades de Deus através da Internet. Realmente a santificação é a prova de que somos novas criaturas. Uma exigência de Deus para aqueles que são salvos - "Sem a santificação ninguém verá a Deus".