sexta-feira, 13 de março de 2009

A verdade "incoveniente" sobre o inferno

A eternidade será o dia da verdade. Se você vive somente para este mundo, se importará pouco com a verdade. “Comamos e bebamos, que amanhã morreremos”. Se isso é tudo que existe, podemos muito bem chamar de “verdade” as idéias que protegem nossos apetites. Mas, se você vive para a eternidade, rejeitará as modas populares e efêmeras, para se tornar eternamente relevante.

Temos de valorizar a verdade acima do sucesso temporário. Onde a verdade é minimizada e as pessoas não estão nela arraigadas e fundamentadas, o sucesso é superficial, e a árvore cresce oca, embora floresça no sol da prosperidade. Que Deus nos dê um amor humilde e submisso pela verdade da Palavra de Deus, na profundeza e plenitude dela.

Ouçam a advertência de Paulo a respeito de nossos dias: “Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Tm 4.3). “[Eles] perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2 Ts 2.10).

Considere uma verdade que não é popular e tem sido abandonada por muitos que têm sobre a sua tenda a bandeira de “evangélico” — a verdade a respeito do inferno. Oh! que grande diferença existe quando uma pessoa crê no inferno — com tremor e lágrimas! Existe uma seriedade permeando toda a vida, uma urgência em todos os esforços, um condimento de profunda seriedade que tempera tudo e faz com que o pecado sinta-se mais pecaminoso, e a santidade mais santa, a vida mais preciosa, os relacionamentos mais profundos e Deus muito mais importante.

Encaremos os fatos. A doutrina do inferno não é “medieval”; é uma doutrina ensinada por Cristo. Não é um artifício do “clero medieval” para atemorizar o povo e fazê-lo dar dinheiro à igreja. O inferno é o julgamento deliberado de Cristo sobre o pecado. A imagem de vermes que não morrem e de fogo inextinguível deriva-se não da “superstição medieval”, e sim do profeta Isaías; e foi Cristo quem a usou enfaticamente... Ela nos confronta no mais antigo e menos “editado” dos evangelhos; está explícita em muitas das parábolas mais familiares e implícita em muitas outras. Esta figura tem, nos ensinos de Cristo, uma dimensão maior do que alguém possa perceber, até que comece a ler todos os evangelhos, em vez de selecionar e ler somente as passagens mais consoladoras. Ninguém pode se livrar desta doutrina, sem despedaçar o Novo Testamento. Não podemos repudiar o inferno, sem repudiarmos a Cristo.

Eu acrescentaria: existem muitas outras coisas que, abandonadas, também equivalerão ao eventual repúdio de Cristo. Não é por causa de uma lealdade ultrapassada que amamos as verdades da Escritura — nem mesmo as mais severas. É por causa do amor a Cristo — e por causa do amor para com o seu povo —povo esse que somente o Cristo da verdade pode salvar.

TEXTO DO PASTOR JOHN PIPER
EXTRAÍDO DO BLOG DA EDITORA FIEL


John Piper ainda escreveu em outro texto: "Os menores ajustes que os evangélicos fazem para se conformarem ao mundo na sua maneira de tornar as pessoas mais felizes à caminho do inferno não são suficientemente fundamentais para mim."
O alerta precisa ser dado! Mais importante do que o aquecimento global (uma verdade bastante "incoveniente"), a verdade sobre a existência do julgamento divino para o pecador no inferno precisa ser difundida sem rodeios, quer seja conveniente, quer não.

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