sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sete chaves para um casamento bem sucedido

O casamento é uma dádiva do Senhor. Apesar do descrédito crescente que o casamento atravessa nesta sociedade pós-moderna e corrompida, o cristão não pode pensar desta forma. Devemos valorizar o que Deus valoriza, tendo em vista que Deus foi o idealizador do casamento. Gostaria de compartilhar com todos os visitantes deste blog a pregação bíblica que foi ministrada no meu casamento, em forma de slides. O autor desta apresentação é o pastor José Filho Montefusco, que também foi o pregador naquela ocasião.

São estas as 7 chaves (não estão em ordem de prioridade, apenas na sequência dos slides):
1- Co-igualdade
2- Fidelidade
3- Verdade
4- Amor
5- Aliança
6- Compreensão e determinação
7- Ter Jesus como âncora e socorro



quinta-feira, 25 de junho de 2009

O âmago da ética cristã

Na igreja evangélica contemporânea, é comum as pessoas reconhecerem, verbalmente, que a Bíblia, como Palavra de Deus, é a autoridade final no que diz respeito ao que crêem e à maneira como vivem. Contudo, na realidade, uma conexão nítida entre o que elas confessam em público e a sua conduta pessoal é rara.

O fato é que muitos cristãos professos vivem cada dia fundamentados em princípios diferentes dos princípios bíblicos. Como resultado, as suas prioridades refletem as prioridades do mundo, e não as de Deus. Seus padrões de comportamento e seus planos quanto ao futuro diferem muito pouco dos seus amigos e vizinhos não salvos. Os seus gastos revelam que sua perspectiva é temporal e que estão buscando inutilmente o ilusório Sonho Americano. Seus erros, quando os admitem, recebem os mesmos nomes que o mundo lhes atribui (“enganos”, “enfermidades”, “vícios”, e não “pecados”), à medida que buscam respostas na psicologia, na medicina ou na seção de auto-ajuda nas livrarias. Embora sejam adeptos de uma forma exterior de moralismo cristão, não há nada particularmente bíblico ou cristocêntrico na maneira como vivem.

No entanto, é na vida de pecadores que foram transformados pelo evangelho da graça que a ética distintamente cristã tem de ser manifestada. O verdadeiro cristianismo não é definido com base em moralismo externo, tradicionalismo religioso ou partidos políticos, e sim com base no amor pessoal por Cristo e no desejo de segui-Lo, sem importar-se com o custo (cfr. Jo 14.15). É somente pelo fato de que os cristãos foram transformados no interior (por meio da regeneração operada pelo Espírito Santo) que eles são capazes de exibir piedade em seu comportamento. E o mundo não pode fazer nada além de observar. Como Jesus disse aos seus ouvintes, no Sermão do Monte: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16; cf. 1 Pe 2.12).

O âmago da ética cristã é o evangelho. Somente aqueles que foram transformados no interior (Tt 3.5-8) e são habitados pelo Espírito Santo (Rm 8.13-14) podem demonstrar verdadeira santidade (Gl 5.22-23; 1 Pe 1.16). O cristianismo bíblico não se preocupa primariamente com mudança no comportamento exterior (cf. Mt 5-7), e sim com uma mudança de coração que se manifesta posteriormente em uma vida mudada (1 Co 6.9-11).



Autor:
JOHN MACARTHUR
Este artigo é introdução ao livro Right Thinking in a World Gone Wrong (Pensando Certo em um Mundo Errado).


terça-feira, 23 de junho de 2009

Religiosidade sem espiritualidade

A religiosidade desprovida de espiritualidade genuína é um engodo. Podemos ver na Bíblia que Deus nunca se agradou dos religiosos que se vangloriavam dos seus feitos. Muitas vezes Jesus foi incisivo com os fariseus da sua época. Neste estudo bíblico, procuro apresentar os perigos da religiosidade sem espiritualidade. É um pequeno devocional que tem como objetivo alertar a todos.

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Autos: Marcos Aurélio de Melo - Ano 2007

Como vai seu coração?

“O coração alegre aformoseia o rosto, mas com a tristeza do coração o espírito se abate.”
Provérbios 15:13


Não adianta! Por mais que a pessoa tente disfarçar, basta a gente olhar bem para ela, fixar em seus olhos e pronto! Logo vemos um ar de tristeza escondido naquela expressão facial, à primeira vista, feliz. É o que nasce no coração, de uma forma ou de outra, acaba sendo denunciado no rosto. Em algumas pessoas de forma mais explícita, em outras, menos.

Assim temos visto pessoas dentro da igreja denunciando, pelo rosto triste, pelo andar cabisbaixo, pelas expressões de constante preocupação e reflexão, um abatimento de espírito. Gente de todas as idades sem o brilho da formosura em seu rosto, anunciando com isso, tristeza no coração.

Nada para causar espanto ou admiração, pois tristezas, dúvidas, preocupações etc, fazem parte da nossa vida. São as aflições do tempo presente que, na visão paulina, “não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Romanos 8:18). No entanto, o enfrentamento dessas intempéries não ocorre sempre sem ranhuras e desgastes. Por isso mesmo o espírito se abate e o rosto o denuncia.

Nasce então a pertinente pergunta: Como está o seu coração?

Nossa relação fraterna em Cristo nos impele uns na direção dos outros e nos encoraja a suprirmo-nos mutuamente. Minha vida é oferecida a Deus para ser usada como instrumento, ponte e até como o próprio suprimento para aliviar a dor no coração do outro e, ministrando cuidado, propiciar regozijo ao seu coração. O resultado será a insinuação de um sorriso embelezador no rosto do nosso irmão.

Sejamos, pois, veículos de alegria para os corações e testemunhas de faces formosas, sofridas porém supridas, pois o nosso Deus realiza milagres extraordinários a partir dos nossos pequenos gestos de cuidado, amor e solidariedade.

Então vai sendo construída a dialética da vida em comunhão. Hoje sou suprido, serei supridor amanhã, servo de Deus mais amadurecido depois!


Pr. Lécio Dornas, pastor da Igreja Batista Dois de Julho em Salvador-BA.

A verdadeira amizade

Este estudo bíblico é a respeito de algumas características de uma amizade verdadeira. À luz da Palavra de Deus podemos diagnosticar se as amizades que temos cultivado são de fato verdadeiras. Espero que todos possam extrair lições preciosas sobre a amizade que honra e glorifica a Deus.


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Autor: MARCOS AURÉLIO DE MELO

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Providência no tempo de Raabe

Sem querer esta mulher teve uma participação muito importante nos atos providenciais de Deus. Os espias não haviam sido convidados por ela para se alojarem em sua casa. Simplesmente eles não sabiam nada da vida dela nem de sua reação à chegada deles. Por que haveriam eles de procurar a casa de uma meretriz. No mínimo era uma cafetã preparando mulheres para a diversão dos homens de Jericó e dos passantes por aquelas plagas.

Por que aqueles espias procuraram a casa daquela prostituta e não uma outra? Por que Deus permitiu que o rei de Jericó ficasse sabendo que ela estava hospedando os espias? Com sua onipotência ele não poderia evitar esse embaraço para ela de ter que usar de subterfúgios para despistar os enviados do rei?

Certamente o Senhor havia designado aquela indigna mulher para ser o instrumento de sua obra providencial na proteção dos espias. Ela ludibriou o rei de Jericó e seus soldados, despistando-os, usando de recursos que não são lícitos, mostrando a sua fraqueza pecaminosa (Js 2.2-7). Ela mentiu para proteger os espias. Por que a mentira trouxe sucesso, quando os enviados do rei acreditaram na palavra da prostituta?

Não obstante a fraqueza pecaminosa dessa mulher, misteriosamente o Senhor se serve de tudo para o exercício de sua providência no uso das causas secundárias. Ninguém pode ir contrário ao que Deus estabelece; ninguém pode esconder o que o próprio Deus torna claro. Mesmo que não compreendamos todos os caminhos que o Soberano usa, sabemos que foi ele que conduziu os espias à casa de uma prostituta a fim de proteger a nação de Israel que estava para tomar a terra, como cumprimento da promessa de Deus feita a Abraão.

Deus se serviu de Raabe para trazer glória ao seu nome e provocar naquela mulher ímpia um temor a esse santo nome! O espantoso é que, de algum modo, aquela mulher veio a ter afeição pelo Deus que havia libertado os israelitas poderosamente do Egito e o temeu, reconhecendo nele o Deus verdadeiro (Js 2.9-11).


Heber Carlos de Campos
Professor Titular de Teologia Sistemática e coordenador da área no Mackenzie

sábado, 20 de junho de 2009

A base do prazer cristão


O alicerce do prazer cristão é o fato de que Deus é supremo em suas próprias afeições

O principal propósito de Deus é glorificar a Deus e ter prazer em Si mesmo para sempre. A razão de isso soar estranho para nós é que estamos mais acostumados a pensar em nossas obrigações do que nas intenções de Deus. E quando perguntamos pelas intenções de Deus, estamos muito propensos a descrevê-las conosco no centro das afeições de Deus. Podemos dizer, por exemplo, que seu propósito é redimir o mundo. Ou salvar pecadores. Ou restaurar a criação. Coisas assim.

As intenções salvíficas de Deus, porém, são penúltimas, não últimas. Redenção, salvação, restauração não são o objetivo primordial de Deus. Ele as efetua em prol de algo maior: a alegria que ele tem em glorificar a Si mesmo. O alicerce do prazer cristão é a lealdade de Deus não a nós, mas a Si mesmo.

Se Deus não se dedicasse infinitamente à preservação, à manifestação e ao deleite da sua própria glória, não poderíamos ter esperança de encontrar felicidade nele. Mas se ele realmente usa todo o seu poder soberano e sabedoria infinita para maximizar o prazer na sua própria glória, então temos um fundamento sobre o qual podemos nos firmar e alegrar.


Pr. John Piper
Extraído do livro "Teologia da Alegria", um dos livros fundamentais para o completo entendimento do prazer cristão.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ser ou fazer?

O que é mais importante—ser, ou fazer? Todas as religiões do mundo ensinam que o homem precisa FAZER alguma coisa para SER aceito por seu deus (“religião” vem do latim religare, ou seja, “re-ligar-se” a Deus). Mas o verdadeiro cristianismo não é uma religião. O homem não consegue “re-ligar-se” a Deus. É Deus quem toma a iniciativa, derramando Sua graça sobre o homem, que responde pela fé em Cristo (Ef. 2.8,9).

A fé cristã é a única em que o SER vem antes do FAZER. Mesmo na igreja evangélica, onde pregamos salvação pela graça, às vezes ensinamos santificação pelas obras, e não em dependência e resposta à graça de Deus. O livro de Gálatas condena essa atitude, que é vista:
- em igrejas que pregam prosperidade e saúde dependendo da medida de “fé” (e o tamanho da sua oferta);
- em igrejas legalistas, que ensinam que existem duas (ou mais) classes de cristãos, dependendo das regras que são guardadas ou não;
- em igrejas que exigem (e fabricam) experiências para atingir um patamar mais “espiritual” (línguas, jejuns, vigílias, milagres, unções, ofertas, esmolas, etc.);
- em igrejas onde o FAZER toma precedência sobre o SER, a culpa sobre a graça, o medo sobre a gratidão, a aparência sobre a realidade, a atividade sobre o caráter, as máscaras sobre a transparência, a ira sobre o amor, o temor aos homens sobre o temor do Senhor.

Reconheço em mim uma tendência forte de ser um FAZER HUMANO antes de um SER HUMANO—de trabalhar para Deus PARA QUE eu possa receber algo, não PORQUE eu já recebi “graça sobre graça” (Jo. 1.16). Que Deus nos livre de religião humana. Que Deus nos motive para santidade baseada na Sua infinita graça já derramada sobre nós na cruz e na ressurreição de Cristo. O FAZER para o cristão sempre segue o SER. Que sejamos SERES HUMANOS antes de FAZERES HUMANOS.


Pr. David Merkh
Pastor, conferencista e professor do Seminário Bíblico Palavra da Vida, em Atibaia-SP.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Cristo é indispensável

Texto Bíblico: Lucas 9:10-17

“A COMUNHÃO COM CRISTO É INDISPENSÁVEL PARA UMA CONFORMAÇÃO COM DEUS”

Três motivos porque a comunhão com Cristo é indispensável para uma conformação com Deus

1. PORQUE ÀS VEZES AS SOLUÇÕES MAIS FÁCEIS NÃO REFLETEM EM NADA A VONTADE DE DEUS (v.12)

O campo da Galiléia era cheio de vilas, mas Jesus havia deixado seus seguidores a alguma distância das vilas mais próximas. O dia começava a declinar, provavelmente entre 15:00 e 18:00h. O termo despedir tem a idéia de “desarrear os animais de carga, afim de que descansem”, liberá-los. Isso parecia à idéia mais apropriada e sensata para o momento, afinal de contas eles estavam em alguma região pouco ou não habitada. Servir a Deus nunca foi sinônimo de comodismo ou facilidades. Cuidado com as propagandas enganosas que veiculam por aí. Às vezes as nossas idéias até que são razoáveis, passam por muitos crivos, recebem a aprovação de muita gente de dentro e fora da igreja. Ainda assim precisamos de mais do que isso. Não são as facilidades ou dificuldades de uma circunstância que legitimarão ou deixarão de legitimar nossas ações. E sim se Deus está ou não nela. Se ela reflete ou não a vontade de Deus.

2. PORQUE ÀS VEZES OS DESAFIOS MAIS NOBRES NOS PARECEM IMPRATICÁVEIS MESMO SENDO FEITOS POR DEUS (v.13)

Os discípulos estavam preocupados com o bem-estar daquela multidão. E por isso é que sugeriam que o Senhor a despedisse. Mas o Senhor tem um plano melhor: "Dai-lhes vós mesmos de comer." Mas como?! Até grandes cidades das imediações teriam menos de três mil habitantes, alimentar a multidão seria impossível! Além disso, seria preciso em média uma soma de duzentos dias de salário de uma pessoa (algo em torno de sete meses de trabalho duro) para alimentar a grande multidão reunida. Jesus só poderia estar brincando. Você concorda com essa idéia? Não! Jesus, não estava brincando. Acontece que ele não disse: "Façam um milagre, olhem para dentro de vocês, pois encontrarão reserva de poder suficiente!" Ele estava ali com eles. Em muitas outras ocasiões ele já havia lhes valido e não seria agora que deixaria de fazê-lo, eles poderiam contar com ele.

3. PORQUE ÀS VEZES AS PARTES MAIS ELUCIDANTES DE UM PLANO CELESTE NÃO NOS SÃO REVELADAS DE INÍCIO POR DEUS (V.14-17)

Os discípulos não sabiam das intenções do Senhor. Até o momento onde Jesus manda os discípulos acomodar aquelas pessoas em grupos de cinqüenta, pega aqueles cinco pães e dois peixes e divide e passa para os discípulos, eu creio que os discípulos ainda estavam no ar. Até então eles ainda se esqueciam das coisas muito facilmente. O próprio Jesus em certa ocasião lhes pergunta: "Vocês se esqueceram?", e menciona não só este primeiro milagre da multiplicação dos pães, mas também o segundo. Para por fim o constrangimento de terem se esquecido de levar pão. Às vezes as partes mais esclarecedoras de um plano de Deus não nos são reveladas de início. Estão lembrados do que Jesus disse certa feita para a Pedro, que o questionava? "O que eu faço, não entendeis agora, depois entendereis." Servir a Deus não significa ter todas as respostas. Às vezes faltam as respostas objetivas, mas a comunhão com Cristo jamais deixará o nosso coração vazio de certezas.


Esboço resumido da mensagem pregada na Igreja Batista Regular do Jardim Amazonas pelo pastor Argemiro Filho, no dia 14.06.2009. A temática trata da indispensabilidade da comunhão com Cristo na vida do cristão, baseado no texto bíblico em Lucas sobre a multiplicação dos pães e peixes.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Abordagem bíblica da salvação

A palavra salvação é utilizada em vários sentidos na Bíblia. Com freqüência, salvação é empregada no sentido restrito de ser salvo da penalidade de nosso pecado e de nossa alienação para com Deus (Cl 1.21-23). Todavia, existe um sentido mais amplo em que as Escrituras utilizam este vocábulo. A palavra salvação, derivada do vocábulo grego soteria, inclui a idéia de tornar inteiro, completo ou sadio. Na salvação, Deus não somente nos livra da penalidade de nosso pecado (ou seja, de nossa alienação para com Ele) — o inferno. Deus também quer nos salvar da corrupção de nosso pecado, ou seja, Ele quer nos transformar tanto em nosso interior quanto em nosso exterior. Deus quer mudar nossa condição interna, bem como nossa posição legal diante dEle mesmo — nossa condição e nossa posição, nosso estado e nossa postura.

Nas palavras do apóstolo Paulo, encontradas em outra passagem bíblica, na salvação Deus nos conforma à imagem de Cristo (Rm 8.29; 2 Co 3.18). O propósito de Deus na salvação é tornar-nos perfeitos em Cristo (Cl 1.28). Deus tenciona agir dessa maneira em nós, a fim de que “cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.15). Afirmando de outra maneira, podemos dizer que “tão grande salvação” (Hb 2.3) inclui a santificação (ser tornado santo em nosso coração e em nossa conduta) e a justificação (ser declarado justo em nossa posição diante do Deus santo, por meio da justiça de Cristo). Do ponto de vista de Deus, a salvação inclui ser feito semelhante a Cristo e ser declarado legalmente justo em Cristo.

Esta é a maneira como o vocábulo salvação foi utilizado em 1 Timóteo 4.16, onde Paulo fala a respeito de assegurar a salvação de Timóteo e dos membros da igreja de Éfeso. Com certeza, Paulo não estava, nesta passagem bíblica, questionando se Timóteo ou outros crentes estavam em um relacionamento correto com Deus, se eles já haviam sido justificados, se os seus pecados haviam sido perdoados. Paulo estava falando sobre salvação no sentido de crescer mais e mais na semelhança de Cristo; esta semelhança é o objetivo de Deus em nos justificar.

Na salvação, Deus não está apenas interessado em nos salvar da condenação do inferno; tampouco Ele está somente preocupado em nos levar ao céu. Além destes propósitos da salvação, Deus também quer nos mudar em nosso íntimo, de modo que nossos pensamentos, afeições, desejos, sentimentos, atitudes, aspirações e todos os aspectos de nosso ser tornem-se semelhantes a Cristo. Deus tenciona que nossa vida, tal como a de nosso Senhor Jesus Cristo, seja cheia com o fruto do Espírito — amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22,23). Isto é salvação em seu sentido mais completo. E esta é a razão por que ser tornado sábio para a salvação é um aspecto tão importante, proveitoso e crítico em resolver tanto os problemas da vida presente quanto os problemas referentes à eternidade.

Pastor Wayne Mack

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cristianismo autêntico

O apóstolo Pedro diz, sobre a relação entre os cristãos e Cristo: "a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória." (1 Ped. 1:8). Como os versículos anteriores deixam claro, os crentes a quem Pedro escreveu sofriam perseguição. Aqui, ele observa como seu cristianismo os afetou durante essas perseguições. Ele menciona dois sinais claros da autenticidade de seu cristianismo.

1 - Amor por Cristo. "A quem, não havendo visto, amais." Os que não eram cristãos maravilhavam-se da prontidão dos cristãos em se expor a tais sofrimentos, renunciando às alegrias e confortos deste mundo. Para seus vizinhos incrédulos, estes cristãos pareciam loucos; pareciam agir como se detestassem a si mesmos. Os incrédulos não viam nenhuma fonte de inspiração para tal sofrimento. De fato, os cristãos não viam coisa alguma com seus olhos físicos. Amavam alguém a quem não podiam ver! Amavam a Jesus Cristo, pois O viam espiritualmente, mesmo sem poder vê-lO fisicamente.

2 - Alegria em Cristo. Embora seu sofrimento exterior fosse terrível, suas alegrias espirituais internas eram maiores que seus sofrimentos. Essas alegrias os fortaleciam, possibilitando que sofressem alegremente.

Pedro nota duas coisas sobre essa alegria. Primeiro, ele nos fala da origem dela. Ela resultou da fé. "Não vendo agora, mas crendo, exultais." Segundo, ele descreve a natureza dessa alegria: "alegria indizível e cheia de glória." Era alegria indizível, por ser tão diferente das alegrias do mundo. Era pura e celeste; não havia palavras para descrever sua excelência e doçura. Era também inexprimível quanto à sua extensão, pois Deus havia derramado tão livremente essa alegria sobre Seu povo sofredor.

Depois, Pedro descreve essa alegria como sendo "cheia de glória." Essa alegria enchia as mentes dos cristãos, ao que parecia, com um brilho glorioso. Não corrompia a mente, como fazem muitas alegrias mundanas; pelo contrário, deu-lhe glória e dignidade. Os cristãos sofredores partilhavam das alegrias celestes. Essa alegria enchia suas mentes com a luz da glória de Deus, fazendo-os brilhar com aquela glória.


JONATHAN EDWARDS

Por isso reina

Ouvi e cantei esta música em tempos idos...na época da fita cassete! Veja como a letra é orientada pelo ensino bíblico sobre a soberania de Cristo e o plano de salvação. Quando lemos as Escrituras e observamos o meio que Deus utilizou para salvar o homem, a morte de Cristo na cruz, nunca devemos esquecer que o desígnio de Deus foi estabelecido desde a eternidade. Neste plano eterno, Cristo foi o sacrifício perfeito que se entregou espontaneamente, como diz a letra desta canção que estou compartilhando com todos os leitores do blog. Quem conhece esta canção pode deixar um comentário. E quem não conhece? Também pode, claro!


O Rei da glória, o Rei dos reis,
Senhor dos Senhores, soberano Deus
É Jesus, é Jesus, é Jesus

Desceu da glória e homem se fez
Varão de dores, servo sofredor,
Padeceu, sim Jesus padeceu.

Sim Cristo entregou sua vida
De forma espontânea Ele a fez
Ninguém poderia obrigá-lo,
Foi seu próprio amor que o moveu

Por isso reina acima dos céus
E tem o nome capaz de nos salvar
É Jesus, só Jesus, só Jesus


Letra e Música: Guilherme Kerr e Jorge Camargo

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Uma ilustração muito pertinente

Cristão na casa de Intérprete

Depois Intérprete tomou Cristão pela mão e o conduziu a uma sala cheia de poeira, porque nunca fora varrida, e, tendo ordenado a um dos criados que a varresse, levantou-se tal nuvem de poeira que Cristão ia ficando sufocado. Disse Intérprete, então, a uma jovem, que os acompanhava, que borrifasse a casa com água, e assim pôde varrer a casa sem dificuldade.

CRISTÃO: "Que significa isto?"

INTÉRPRETE: "A sala representa um coração que nunca foi santificado pela doce graça do Evangelho; a poeira é o pecado original e a corrupção interior que contamina todos os homens; o criado que principiou a varrer é a lei, e a jovem que trouxe água e a borrifou a sala é o Evangelho. Certamente notaste, quando o primeiro criado começou a varrer, que se levantou tanta poeira, que foi absolutamente impossível continuar, e quase estiveste a ser asfixiado. Isso significa que a lei, em lugar de limpar o corações do pecado, o faz reviver cada vez mais (Rm. 7:9), dá-lhe mais força (I Co. 15:56), e o faz crescer na alma (Rm. 5:20), ao mesmo tempo que o denuncia e o prescreve, sem dar a força necessária para o vencer. O fato de ter sido possível varrer e limpar a sala, depois que a jovem borrifou água, significa que, quando o Evangelho entra no coração, vence e subjuga o pecado com sua doce e preciosa influência. Limpa a alma que nele crê e torna-a digna de ser habitada pelo Rei da Glória (Jo. 15:3; Rm. 3:25-26; Ef. 5:26; At. 15:29 e Jo. 15:13)."


Autor: JOHN BUNYAN

Extraído do livro "O Peregrino", cuja primeira edição data de 1678. Este é um verdadeiro clássico da literatura cristã que vale a pena ser lido com o coração atento às lições implícitas na alegoria criada por Bunyan.

O arrependimento verdadeiro

O quebrantamento santo que faz um homem lamentar o seu pecado surge de uma operação divina. O homem caído não pode renovar seu próprio coração. O diamante pode mudar seu próprio estado para tornar-se maleável, ou o granito amolecer a si mesmo, transformando-se em argila? Somente aquele que estendeu os céus e lançou os fundamentos da terra pode formar e reformar o espírito do homem. O poder de fazer que da rocha de nossa natureza fluam rios de arrependimento não está na própria rocha. O poder jaz no onipotente Espírito de Deus. Quando Deus lida com a mente do homem, por meio de suas operações secretas e misteriosas, Ele a enche com uma nova vida, percepção e emoção. “Deus me fez desmaiar o coração” (Jó 23.16), disse Jó. E, no melhor sentido, isso é verdade. O Espírito Santo nos torna maleáveis e nos tornamos receptíveis às suas impressões sagradas. Agora, quero abordar o âmago e a essência de nosso assunto.

O enternecimento do coração e o lamento pelo pecado são produzidos por olharmos, pela fé, para o Filho de Deus traspassado. A verdadeira tristeza pelo pecado não acontece sem o Espírito de Deus. Mas o Espírito de Deus não realiza essa tristeza sem levar-nos a olhar para Jesus crucificado. Não há verdadeiro lamento pelo pecado enquanto não vemos a Cristo. Ó alma, quando você chega a contemplar Aquele para quem todos deveriam olhar, Aquele que foi traspassado, então seus olhos começam a lamentar aquilo pelo que todos deveriam chorar — o pecado que imolou o seu Salvador!

Não há arrependimento salvífico sem a contemplação da cruz. O arrependimento diante da cruz é o único arrependimento aceitável. E a essência desse arrependimento é olhar para Aquele que foi moído pelos pecados. Observe isto: quando o Espírito Santo realmente opera, Ele leva a alma a olhar para Cristo. Nunca uma pessoa recebeu o Espírito de Deus para a salvação, sem que tenha recebido dEle o olhar para Cristo e o lamentar por seus pecados.


Autor: Charles Haddon Spurgeon

Extraído do sermão matinal de domingo 18 de setembro de 1887, no Tabernáculo Metropolitano de Londres.


sábado, 13 de junho de 2009

Sobre o retorno de Cristo

A aspiração por ver a Cristo que queimava o peito daqueles primeiros cristãos parece ter-se queimado toda. Tudo que resta são cinzas. É precisamente o "anseio" e o "desvanecimento" pelo retorno de Cristo que distingue entre a esperança pessoal e a teológica. O mero conhecimento da doutrina correta é pobre substituto de Cristo, e a familiaridade com a escatologia do Novo Testamento nunca tomará o lugar do desejo inflamado de amor de fitar Sua face.

Se o ardoroso anelo desapareceu da esperança do advento hoje, deve haver razão para isto; acho que sei qual é, ou quais são, pois há um bom número delas. Uma é simplesmente que a teologia popular tem dado ênfase à utilidade da cruz, e não à beleza dAquele que nela morreu. A relação do salvo com Cristo é apresentada como contratual, em vez de pessoal. Tem-se acentuado tanto a "obra" de Cristo, que esta eclipsou a pessoa de Cristo. Permitiu-se que a substituição tomasse o lugar da identificação. O que Ele fez por mim parece mais importante do que o que Ele é para mim. Vê-se a redenção como uma transação de negócio direto que "aceitamos"; e à coisa toda fica faltando conteúdo emocional. Temos de amar muito a alguém, para ficarmos despertos esperando a sua vinda, e isso talvez explique a ausência de vigor na esperança do advento entre aqueles que ainda crêem nela.

Outra razão da ausência de real anseio pelo retorno de Cristo é que os cristãos se sentem tão bem neste mundo que têm pouco desejo de deixá-lo. Para os líderes que regulam o passo da religião e determinam o seu conteúdo e a sua qualidade, o cristianismo tornou-se afinal notavelmente lucrativo. As ruas de ouro não exercem atração muito grande sobre aqueles que acham fácil amontoar ouro e prata no serviço do Senhor aqui na terra. Todos queremos reservar a esperança do céu como uma espécie de seguro contra o dia da morte, mas enquanto temos saúde e conforto, por que trocar um bem que conhecemos por uma coisa a respeito da qual pouco sabemos? Assim raciocina a mente carnal, e com tal sutileza que dificilmente ficamos cientes disso.

Outra coisa: nestes tempos a religião passou a ser uma brincadeira boa e festiva neste presente mundo, e, por que ter pressa quanto ao céu, seja como for? O cristianismo, contrariamente ao que alguns pensaram, é forma diversa e mais elevada de entretenimento. Cristo padeceu todo o sofrimento. Derramou todas as lágrimas e carregou todas as cruzes; temos apenas que desfrutar os benefícios das suas dores em forma de prazeres religiosos modelados segundo o mundo e levados adiante em nome de Jesus. É o que dizem pessoas que ao mesmo tempo afirmam que crêem na segunda vinda de Cristo.

A história revela que os tempos de sofrimento da igreja têm sido igualmente tempos de alçar os olhos. A tribulação sempre deu sobriedade ao povo de Deus e o encorajou a buscar e a esperar ansiosamente o retorno do seu Salvador. A nossa presente preocupação com este mundo pode ser um aviso de amargos dias por vir. Deus fará com que nos desapeguemos da terra de algum modo — do modo fácil, se possível; do difícil, se necessário. É a nossa vez.



Texto de A. W. Tozer
Extraído do livro: "O Melhor de A. W. Tozer"