terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

O perigo da autoabsorção


O capítulo 3 de Gênesis relata a queda como o início da tragédia humana sobre a terra: cada um de nós escolheu ser seu próprio rei. Optamos por seguir o caminho da centralidade em nós mesmos. E isso destrói os relacionamentos. Não há nada que nos torne mais miseráveis do que a autoabsorção, ou seja, o fato de só pensar em como eu estou me sentindo, como estou me saindo, como as pessoas estão me tratando, se estou alcançando sucesso ou fracasso, se estou sendo tratado com justiça. A autoabsorção nos deixa estáticos; não há nada que cause maior desintegração. Por que temos guerras? Lutas de classe? Conflitos familiares? Por que nossos relacionamentos constantemente se desintegram? Por causa das trevas da autoabsorção, do fato de estarmos centralizado em nós mesmos. Quando decidimos ser nosso próprio centro, nosso próprio rei, tudo o mais se desintegra: seja socialmente, emocionalmente, espiritualmente ou fisicamente.

(Timothy Keller, A Cruz do Rei, pg. 35)

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