segunda-feira, 18 de março de 2019

Ao pé da cruz o terreno é plano

Em toda a Bíblia é claramente perceptível a ruína que a soberba certamente acarretará. Foi assim na vida do rei Uzias, conforme relatado em 2 Crônicas 26,  bem como na vida do apóstolo Pedro, que presumiu uma firmeza espiritual acima de qualquer provação. A soberba alimenta inúmeras atitudes carnais, como por exemplo competições e partidarismo no meio do povo de Deus. São variadas as consequências perniciosas de alimentar o orgulho que levam à destruição de relacionamentos e desestabilizam qualquer igreja. É importante lembrar que os assaltantes de glória estão em todo lugar, e podemos incorrer também no mesmo pecado.

Mas ao contemplarmos a cruz de Cristo, o rude madeiro no qual o Senhor de toda glória foi sacrificado como Cordeiro divino, não deve sobrar o menor espaço para a vanglória humana. Ao pé da cruz não há espaço para o exercício de superioridade ou para pretensões mesquinhas. Só há espaço para humilhação e santo tremor, diante do Rei eterno que se fez carne para padecer a nossa morte.

Se cada um de nós não nos despirmos de nossa ambição egoísta e vaidade pessoal, os prejuízos para corpo serão imensuráveis. Não haverá um só que não seja afetado pelos efeitos deletérios de nosso apego ao pedestal de orgulho que erigimos. E assim, cedo ou tarde, ouviremos a repreensão do Senhor feita à igreja de Laodicéia: “és miserável, pobre, cego e nu.”

O apóstolo Paulo deixou instrução aos filipenses: “cada um considere os outros superiores a si mesmo”, mostrando que a tarefa que temos diante de nós é crucial. Resta-nos a missão de mortificar o velho Adão que insiste em ter a primazia, visto que ao pé da cruz não existe ninguém superior, somos todos servos inúteis na melhor das hipóteses (Lc. 17:10).

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