quinta-feira, 30 de abril de 2009

Por que Jesus devia ser o Redentor

Consideremos a escolha da pessoa do nosso Redentor. Quando Deus designou a redenção da humanidade, Sua grande sabedoria revelou-se no fato de que Ele mesmo determinou que o Seu Único Filho fosse a pessoa que executaria essa tarefa. Ele era o redentor escolhido pelo próprio Deus e, por essa razão, é chamado nas Escrituras de "O Escolhido de Deus" (Is 42.1).

A sabedoria na escolha dessa Pessoa se manifesta no fato dEle ser, em todos os aspectos, a pessoa mais apropriada para executar essa tarefa. Era necessário que a pessoa do redentor fosse uma pessoa divina. Ninguém, senão um ser divino era competente o suficiente para essa grande obra. Ela era totalmente inadequada para qualquer outra criatura. Era imprescindível que o redentor dos pecadores fosse infinitamente santo em si mesmo. Ninguém poderia remover a infinita maldade do pecado, senão alguém que fosse infinitamente separado do pecado e contra o pecado. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor.

Para que a pessoa fosse competente o suficiente para realizar essa tarefa, era imprescindível que ela fosse uma pessoa infinitamente digna e excelente e pudesse ser merecedora de infinitas bênçãos. E em relação a esse aspecto, o Filho de Deus é pessoa mais adequada. Era necessário que essa pessoa fosse alguém com sabedoria e poder infinitos, pois essa era uma obra tão difícil que exigia alguém com esses atributos. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor.

Era imprescindível que essa pessoa fosse muito amada por Deus Pai para que Ele concedesse um valor infinito ao acordo feito entre os dois, devido a Sua estima por essa pessoa, de modo que o amor do Pai por essa pessoa pudesse equilibrar a ofensa e a provocação causada pelos nossos pecados. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor. Somos aceitos pelo Pai, "no Amado" (Ef 1.6).

Era imprescindível que essa pessoa fosse alguém com autoridade absoluta para agir por si mesmo; alguém que não fosse um sevo ou um súdito, pois alguém que não pudesse agir por sua própria autoridade não teria valor algum. Aquele que fosse um servo e não pudesse fazer nada além do que aquilo que era obrigado a fazer não seria digno para essa tarefa. E aquele que não possuía coisa alguma que não fosse absolutamente sua não poderia pagar o preço da redenção de outro. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor.

Ninguém, senão um ser divino poderia ser adequado para ser esse redentor. Essa pessoa deveria ser alguém que possuísse misericórdia e graça infinitas, pois nenhuma outra pessoa, senão alguém como Ele, poderia realizar uma obra tão difícil em prol de uma criatura tão indigna quanto o homem. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor.

Era imprescindível que essa pessoa possuísse verdade e fidelidade perfeitas e imutáveis. Caso contrário, não seria uma pessoa adequada, de quem poderíamos depender para realizar tamanha tarefa. E em relação a esse aspecto, Cristo é a pessoa mais adequada para ser o redentor.


Jonathan Edwards

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Como experimentar o amor de Deus no coração


Experimentar o amor de Deus, e não apenas pensar sobre este amor, é algo que devemos desejar com todo o coração. É uma experiência de grande alegria porque nela provamos a própria realidade de Deus e de seu amor. É o fundamento de profunda e maravilhosa segurança — a segurança de que nossa esperança “não confunde” (Rm 5.5). Esta segurança nos ajuda a nos gloriarmos “na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2); e nos conduz através das intensas provas de nossa fé.

Esta experiência do amor de Deus é a mesma para todos os crentes? Não. Se todos os crentes tivessem a mesma experiência do amor de Deus, Paulo não teria orado em favor dos crentes de Éfeso: “A fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.18,19). Ele pediu isto porque alguns (ou todos!) eram deficientes em sua experiência do amor de Deus, em Cristo. E podemos supor que não somos todos deficientes na mesma medida em que o eram os crentes de Éfeso.

Como podemos alcançar a plenitude da experiência do amor de Deus, derramado em nosso coração pelo Espírito Santo? Uma das chaves para isso é compreendermos que esta experiência não é semelhante à hipnose, ao choque elétrico, às alucinações induzidas por drogas ou uma boa medida de calafrios. Pelo contrário, tal experiência é mediada pelo conhecimento. Não é o mesmo que conhecimento, mas vem por meio deste. Expressando-o de outra maneira, esta experiência do amor de Deus é obra do Espírito Santo dando-nos gozo indizível em resposta às percepções da mente a respeito da manifestação desse amor na pessoa de Jesus Cristo. Deste modo, Cristo recebe a glória pelo gozo que desfrutamos. É um gozo naquilo que vemos nEle.

Onde você pode ver isto nas Escrituras? Considere 1 Pedro 1.8: “A quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória”. Aqui temos uma experiência de grande e indescritível gozo — um gozo além de quaisquer palavras. Não se fundamenta em uma visão física de Cristo. Está fundamentada em crer em Cristo. Ele é o foco e o conteúdo da mente neste gozo indescritível.


TEXTO DE JOHN PIPER

EXTRAÍDO DO LIVRO "PENETRADO PELA PALAVRA"
EDITORA FIEL

sábado, 25 de abril de 2009

Nada mais que a verdade

"O SENHOR odeia os lábios mentirosos;
mas se deleita com os que falam a verdade."
Provérbios 12:22


Falar sempre a verdade deve ser um distintivo na vida do cristão. É incoerente a idéia de que alguém que diz conhecer o CAMINHO, a VERDADE e a VIDA, seja um adepto do uso da mentira. Este absurdo é repreendido em vários textos das Escrituras. Provérbios, um livro repleto de palavras sábias, apresenta em vários trechos este mesmo princípio: a verdade sempre deve se o veículo que conduz as nossas palavras. Nada de jeitinho, nada de mentira branca, nada de meias-verdades, nada de hipocrisia. A verdade deve ser perseguida, custe o que custar. Qualquer artifício de engano utilizado para camuflar um fato ou amenizar conseqüências está em desacordo com a Palavra de Deus, que nos ordena a falar sempre a verdade.

O Senhor odeia lábios mentirosos. A mentira desperta o ódio de Deus, porque afronta a essência do evangelho e transmite a quem ouve uma semente plantada pelo Diabo, que é o próprio pai da mentira. Uma semente semeada em terreno de mentira, só dará frutos mentirosos e diabólicos. Por isso é imprescindível que tenhamos a verdade como lema e propósito em todas as conversas e relacionamentos.

Nada é tão prejudicial para os relacionamentos quanto a negligência em falar a verdade, pois é impossível construir um alicerce firme no terreno da mentira. Os nossos lábios devem ser usados para transmitir sempre a verdade, porque o que está em jogo não é apenas a reputação do cristão, mas principalmente a honra de Cristo, nosso Senhor.

A vida de um cristão está sendo constantemente pesada em balança de precisão, pois aos olhos de Deus tudo está descoberto. O que faremos então? O temor do Senhor deve nos impulsionar a usar a nossa língua como um canal que transmita a verdade, que fale o que é bom, agradável e coerente.

"Os lábios que dizem a verdade permanecem para sempre;
mas a língua mentirosa dura apenas um instante."
Provérbios 12:19


A verdade é duradoura, a mentira não. Mentir é entrar numa areia movediça: em pouco tempo, a areia vai cedendo, sufoca o homem e o leva a buscar mais reforços em outra mentira. Que situação complicada! Falar a verdade nos livra de situações desse tipo, porque a verdade oferece um terreno firme no qual podemos andar seguros. Além disso, os benefícios que procedem de uma vida em favor da verdade são permanentes.

Então faça uma aliança com seu coração, com sua língua e com seus lábios para falar sempre a verdade e não buscar artifícios na mentira. Saiba que Deus odeia os lábios mentirosos. Ele está atento a tudo o que sai da sua boca, e você prestará contas de toda palavra que estiver em contraste com a verdade.

Marcos Aurélio de Melo

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sobre as bem-aventuranças

O Sermão do Monte, ou Sermão da Montanha, é o discurso mais longo de Jesus nos Evangelhos. Por serem palavras do próprio Jesus, quando a multidão estava assentada ao pé do monte, precisamos ter a máxima atenção para absorver todo o ensino que Cristo queria passar com este Sermão. Ele queria apresentar aos que o ouviam como deve ser o caráter do discípulo verdadeiro.
O caráter do cristão deve refletir o caráter de Cristo. É como um espelho que reflete a imagem perfeita de um rosto: precisamos mostrar ao mundo o reflexo exato da atitude do nosso Mestre.
As bem-aventuranças que Jesus apresentou logo no início do sermão do monte, é o resumo das qualidades que Ele deseja ver em nós.

OS HUMILDES DE ESPÍRITO – é o completo reconhecimento que sem Deus não somos absolutamente nada. Jesus estava falando muito mais de uma condição espiritual - uma atitude interior - do que de uma situação financeira. O humilde de espírito é aquele que vive na exclusiva e total dependência de Deus. Ser humilde de espírito é o ponto inicial para cultivar as outras bem-aventuranças.

OS QUE CHORAM – são aqueles que entendem a gravidade do seu pecado e choram por sua própria situação perante um Deus tão santo. Serão consolados porque Deus mesmo prometeu enxugar dos olhos toda a lágrima. Chorar diante de Deus não é vergonhoso, pelo contrário, deve nos trazer alegria em reconhecer que somos miseráveis diante do Criador e Senhor de nossas vidas.

OS MANSOS – são aqueles que cultivam a essência do fruto do Espírito chamado mansidão. Ser manso é ter cautela diante de situações que podem ser prejudiciais para nós ou para o próximo. A mansidão que a Bíblia ensina não é uma fraqueza, pelo contrário, é uma grandiosa virtude, que nos leva a não revidar quando somos injuriados, mas entregar a situação nas mãos do Senhor que nos conhece muito bem. Vingar-se de alguém não é uma prática a que o cristão deve se apegar, pois a vingança intempestiva é contrária ao caráter de Cristo.

OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA – são aqueles que confiam na justiça de Deus e que se apóiam no reto juízo que a Palavra de Deus faz de todas as coisas. A Bíblia é prumo pelo qual os cristãos devem se guiar para saciar a sua fome e sede de justiça. Não podemos agir levianamente tentando impor aos nossos irmãos um senso de justiça próprio que escolhemos a bel-prazer. A única justiça que é digna de ser buscada e vivida é a que emana da Palavra revelada do nosso Deus. Com certeza seremos fartos e ficaremos satisfeitos com os preceitos do Senhor.

OS MISERICORDIOSOS – a justiça de Cristo nos leva a sermos cheios de misericórdia. Significa termos compaixão daqueles que estão passando por uma situação ruim, e assim procuramos agir em favor e cuidado. Ser misericordioso trata da nossa mais profunda necessidade que foi suprida mediante a misericórdia abundante de Deus sobre as nossas vidas. Quando agimos em consonância com a misericórdia em nós derramada temos o privilégio de abençoar outras pessoas, como canais de graça e refrigério.

OS PUROS DE CORAÇÃO – sem pureza é impossível termos um relacionamento com Deus. Por isso é necessário que o nosso coração (a sede do nosso ser) seja constantemente purificada, mediante a confissão e o abandono de pecados, para que assim possamos ter comunhão com o Senhor. A pureza de coração começa com a pureza da mente, ou seja, devemos estar muito atentos ao que entra em nossa mente, evitando toda a aparência do mal.

OS PACIFICADORES – quando a paz de Deus habita um cristão, o mundo ao redor percebe a sensível diferença que Cristo faz na vida de alguém. Pacificadores são aqueles discípulos que estão transbordando de paz, e por isso são instrumentos usados por Deus para trazer paz e conforto àqueles que precisam. Apresentar o evangelho da paz, não é apresentar um evangelho de promessas mentirosas, pois Cristo mesmo nos avisou: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo."

OS PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA – ter fome e sede de justiça nos leva a sermos perseguidos e maltratados em algum momento de nossa caminhada cristã, seja no trabalho ou no seio da nossa família. Quando somos tratados com desprezo deve brotar em nosso coração a alegria em estar sofrendo algo por causa do nome de Cristo, que morreu por nós. No nosso país não existe perseguição, atentados contra a vida, falta de liberdade para pregar o evangelho, mas mesmo assim, precisamos ter consciência de nossa postura perante as circunstâncias opositoras por amor a Cristo.

Marcos Aurélio de Melo

A visão bíblica sobre o pecador

"E Deus viu que a maldade do homem era grande na terra e que era continuamente mau todo o desígnio do seu coração."
(Gn. 6:5)

O testemunho divino relativo ao homem é que ele é um pecador. Deus testemunha contra ele, não a seu favor; e testifica que "não há nenhum justo, nem um sequer"; que "não há quem faça o bem"; nenhum que "entenda"; nenhum "que busque a Deus" e, mais ainda, nenhum que O ame (Sl 14:1-3; Rm 3:10-12). Deus fala de forma amável, mas severamente ao homem; como alguém que procura ansiosamente por uma criança perdida, contudo sem fazer qualquer concessão para com o pecado, e que "de modo nenhum inocenta o culpado"(Na.1:3). Ele declara o homem perdido, alguém que se desviou, um rebelde, alguém "aborrecido de Deus " (Rm. 1:30); não um pecador ocasional, mas um pecador em tempo integral; não um pecador com partes boas, mas um pecador por completo; não satisfazendo-se com a bondade; mau tanto no coração quanto na vida, "morto em delitos e pecados" (Ef 2:1); um praticante do mal, e consequentemente debaixo de condenação; um inimigo de Deus, e por isso "debaixo da ira"; alguém que continuamente quebra a reta lei de Deus, estando portanto "debaixo da maldição da lei" (Gl 3:10).

O pecador não somente traz o pecado diante de si, mas ele o carrega consigo; ele é um "corpo de pecado" (Rm 6:6), e " corpo de morte " (Rm 7:24), não sujeito à lei de Deus, mas a " lei do pecado " (Rm 7:23). Há ainda outra sentença pior contra ele. Ele não acredita no nome do Filho de Deus, nem ama o Cristo de Deus. Este é o principal pecado dele. Que o coração dele não é reto para com Deus, é a primeira sentença contra ele. Que o coração dele não é reto para com o Filho de Deus, é a segunda. E esta segunda sentença, que é a principal de todas, traz sobre si mais terrível condenação do que todos os outros pecados juntos. "O que não crê (nEle), já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (Jo 3:18). "Aquele que não dá crédito a Deus, O faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca do seu Filho"(1 Jo 5:10). "Quem, porém, não crer será condenado" (Mc 16:16).

Horatius Bonar

Horatius A. Bonar (1808-1889), pastor escocês que viveu no século XVII, dedicou sua vida à evangelização, amor que ele expressou não só em sua vida, mas também através dos hinos e obras que escreveu.

Santidade cristã prática

"A Bíblia deixa claro que sem santidade "ninguém verá o Senhor" (Hb 12:14). Santidade é o resultado invariável de uma conversão verdadeira. Contudo, santidade não é perfeição absoluta - liberdade absoluta do pecado. Esta existirá apenas no céu. Também santidade não é algo que obtemos sem luta e empenho constantes. Mas, embora nesta vida a santidade seja imperfeita, ela é real. Santidade verdadeira fará com que um homem cumpra com fidelidade suas atividades no próprio lar ou no seu trabalho e afetará a maneira como vive sua vida cotidiana e como encara seus problemas. A santidade o tornará humilde, gentil, altruísta, atencioso, amoroso e pronto para perdoar. Ela não o afastará das atividades normais do dia-a-dia, mas lhe dará capacidade para viver como cristão, onde quer que Deus o coloque."


J. C. Ryle
Extraído do livro: Fé Genuína
Editora Fiel

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Por que sofremos?

“Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”
(Romanos 8:18)


Quando você observa o mundo à sua volta, os problemas e sofrimentos, você sempre vai trazer consigo uma pergunta: por que acontecem tantos sofrimentos na terra? A resposta a essa pergunta pode ser encarada a partir de quatro concepções:

1) Material histórica: diz que somos o produto do acaso. E acaba por dizer: não há Deus, não há propósito na vida humana, nem no sofrimento.

2) Cármica e determinista: defende que tudo que você e eu somos ou sofremos, é apenas uma conseqüência de uma vida passada. Mas, dessa forma, até o pior dos demônios se tornará um ser perfeito após bilhões de reencarnações.

3) Irreal e mística: diz que nada sofremos, os problemas não existem.

4) Bíblica e cristã: Em Gênesis 3:16-19, você vai encontrar a razão por que existe tanto sofrimento no mundo. Estes versículos nos apresentam claramente quatro aspectos do sofrimento humano: (Dor v. 16; Desequilíbrio conjugal v 16b; Desequilíbrio da natureza v.17; cardos e abrolhos (aquilo que deveria ser bom, passou a ser uma vida penosa).

A razão por que Deus não nos livra de todos os nossos sofrimentos e lutas é porque Ele tem algo melhor para nossas vidas. Veremos num futuro, próximo ou distante, a recompensa, o propósito de Deus, ou então o que isso produzirá em nosso caráter (Romanos 8.18-23).


Pastor Leandro Tarrataca

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Deus nos escolheu primeiro

PERGUNTA:
Por que você acredita ser tão importante entender que, com relação à salvação, Deus nos escolheu primeiro?


RESPOSTA DE JOHN PIPER:

Porque Deus pretende ter toda a glória pela nossa salvação. Precisamos conhecer Aquele em quem temos confiado e o motivo de confiarmos Nele. Precisamos saber como fomos salvos. Nós nascemos não de sangue, nem do homem, nem da vontade humana – nascemos de Deus. Isto é, viemos a ser pessoas espiritualmente vivas por causa de Deus. Estávamos mortos, de acordo Efésios 2, e agora estamos vivos juntos com Deus – pela graça fomos salvos.

Graça é o trabalho soberano pelo qual Deus fala ao cadáver da nossa própria vida espiritual e diz: “Lázaro, vem para fora”, e nós levantamos da morte; ou “John Piper, vem para fora!”, e somos trazidos à existência. Precisamos saber disso para que possamos descansar na soberania de Deus na nossa salvação. É assim que somos salvos! Nós não despertamos da morte por nós mesmos, de alguma forma. Nós não criamos, de alguma forma, do nada, afeições espirituais. Deus fez isso por nós, o que nós leva saber que Ele pretende ser glorificado por tudo isso.

Deus quer ser conhecido por tudo o que Ele tem feito e por tudo o que Ele é. Não daremos a Ele todo o louvor e glória que Ele deveria receber se não reconhecermos o que Ele tem feito por nós. Por isso, creio que é realmente importante que ensinemos às pessoas como elas realmente foram salvas, mesmo que elas não entendam completamente como foram salvas, pois queremos que elas comecem – agora melhor do que nunca – a louvar, honrar e confiar em Deus por tudo o que Ele fez, e não apenas por parte disso.

terça-feira, 14 de abril de 2009

A busca da santidade

Muitos dos segredos da santidade nos são revelados nas páginas da Bíblia. De fato, um dos objetivos principais da Escritura é mostrar ao povo de Deus como levar uma vida que lhe seja digna e que lhe agrade. Porém um dos aspectos mais negligenciados na busca da santidade é a parte que compete à mente, conquanto o próprio Jesus tenha posto o assunto fora de qualquer dúvida quando prometeu: “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. É mediante a sua verdade que Cristo nos liberta da escravidão do pecado. De que forma? Onde se encontra o poder libertador da verdade?

Para começarmos, precisamos ter um quadro bem claro do tipo de pessoa que Deus pretende que sejamos. Temos de conhecer a lei moral de Deus e os mandamentos. Como o expressou John Owen: “o bem que a mente não é capaz de descobrir, a vontade não pode escolher, nem as afeições podem se apegar”.. Portanto, “na Escritura o engano da mente comumente se apresenta como o princípio de todo pecado”.

O melhor exemplo disso pode-se encontrar na vida terrena do nosso Salvador. Por três vezes o diabo aproximou-se dele e o tentou no deserto da Judéia. Nas três vezes Ele reconheceu se má a sugestão que lhe fizera Satanás e contrária à vontade de Deus. Três vezes Ele se opôs à tentação com a palavra "gegraptai": “está escrito”. Jesus não deu margem a qualquer discussão ou argumentação. A questão já estava decidida, logo de partida, em sua mente. Pois a Escritura estabelecera o que é certo. Este claro conhecimento bíblico da vontade de Deus é o segredo básico de uma vida reta.

Não basta sabermos o que deveríamos ser, entretanto. Temos de ir mais além, resolvendo, em nossas mentes, a alcançá-la. A batalha é quase sempre ganha na mente. É pela renovação de nossa mente que nosso caráter e comportamento se transformam. Assim é que, seguidamente, a Escritura nos exorta a uma disciplina mental nesse sentido. “Tudo o que é verdadeiro”, diz ela, “tudo o que respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.


John Stott
Texto extraído do livro: Crer é também pensar

sábado, 11 de abril de 2009

Refletindo sobre a páscoa


“A morte e a ressurreição de Cristo são os acontecimentos da história em que a glória de Cristo brilha com mais intensidade.”
John Piper


Muitas pessoas nesta semana estão refletindo sobre os acontecimentos que marcaram os últimos dias de Cristo em Jerusalém. Naquela cidade, há mais de 2000 anos atrás, também era época da páscoa. Jesus foi levado à morte de cruz, mas disse que no terceiro dia ele ressuscitaria e realmente aconteceu este fato mais importante de toda a história num domingo, o primeiro dia da semana. Maria Madalena e outras mulheres foram ao túmulo logo cedo, mas não encontraram Jesus ali. O túmulo estava vazio, apenas os lençóis dentro do túmulo. Um anjo apareceu às mulheres e disse que Jesus tinha ressuscitado, como as Escrituras anunciavam.

A páscoa daquele ano foi marcante, porque Jesus foi morto como o Cordeiro de Deus para providenciar a salvação ao pecador. Sem a morte e a ressurreição de Jesus, o homem nunca teria condições de ter livre comunhão com Deus, por causa do pecado. Sem a morte e a ressurreição de Jesus, todos os homens estariam condenados a viver eternamente separados de Deus.

Devemos ser eternamente gratos a Deus por seu filho Jesus Cristo, que foi sacrificado na cruz do Calvário para conquistar a vitória sobre o pecado e sobre todo o mal. Naquela cruz sangrenta, Jesus ofereceu de uma vez por todas o sacrifício agradável a Deus em favor de pecadores. Em cada um dos crentes salvos por Jesus, deve existir uma enorme gratidão a Deus porque já não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo. A Bíblia afirma que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus.

Que a verdade sobre a páscoa não fique sem sentido no seu coração. Não há nada mais importante do que entender que Jesus foi sacrificado como Cordeiro de Deus. A mensagem clara do Evangelho é simples: Cristo morreu em favor de pecadores, para que o pecador arrependido tenha comunhão eterna com Deus.


Marcos Aurélio de
Melo

A glória de Cristo na sua morte e ressurreição

Chegou a Páscoa. Para quem lê e compreende as Escrituras o significado desta época do ano não tem nada a ver com ovos de chocolate e coelhos enfeitados. Foi na Páscoa, há mais de 2.000 anos atrás que Jesus Cristo se entregou espontaneamente como o Cordeiro de Deus, para tirar o peso da condenação que o pecador carregava sobre si. Pensando nestes fatos da morte e ressurreição de Jesus, resolvi extrair uma pequena citação de John Piper, do livro “Deus é o Evangelho”, lançado em português pela Editora Fiel. Piper nos coloca diante da cena da crucificação para que todos vejam a glória de Deus na face de Cristo. Vale a pena ler.



"A morte e a ressurreição de Cristo são os acontecimentos nos quais a glória de Cristo resplandece com mais intensidade. Existe uma glória divina na maneira como Jesus aceitou a sua morte e no que Ele realizou por meio dela. Por isso, Paulo disse: “Nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (I Co 1:23,24). “A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (I Co 1:18). Para aqueles que têm olhos para ver, existe glória divina na morte de Jesus.

E o mesmo ocorre com a ressurreição de Cristo. Paulo disse que ao morrer, o corpo humano é semeado “em desonra” e “ressuscita em glória” (I Co 15:42). Foi a glória de Deus que ressuscitou a Jesus. Também foi na glória de Deus em que Ele foi ressuscitado. Cristo “foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai” (Rm 6:4). Depois, o Pai “lhe deu glória” (I Pe 1:21). Jesus mesmo disse após a sua ressurreição: “Não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?” (Lc 24:26)"



John Piper

Extraído do livro: Deus é o Evangelho
Editora Fiel


terça-feira, 7 de abril de 2009

O propósito de Deus para o seu povo

John Stott é um escritor e pregador bastante conhecido por meio do seu livro mais divulgado, "A Cruz de Cristo". Neste livro fantástico, Stott descortina de forma magistral todo o enredo da morte de Jesus em favor do pecador.
John Stott começou sua carreira como escritor em 1954 e já escreveu mais de 40 títulos e centenas de artigos, além de outras contribuições à literatura cristã.
Aqui no blog, estou disponibilizando um sermão pregado em julho de 2007, no qual ele aborda com precisão sobre o verdadeiro propósito de Deus para o seu povo. Esta leitura é altamente recomendada. Vale a pena investir um tempo neste sermão (são apenas três páginas). Portanto, leiam e comentem!


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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Os ateus e seus delírios

A Associação Humanista Britânica lançou uma campanha ateísta que custou 195 mil dólares. Duzentos ônibus urbanos estão rodando nas ruas de Londres desde janeiro deste ano, ostentando cartazes com os seguintes dizeres: "There's probably no God. Now stop worrying and enjoy your life". Traduzindo: "Provavelmente Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e curta a sua vida." Esta campanha tem o apoio do biólogo ateu Richard Dawkins, que escreveu um livro delirante, cujo título é: "Deus, um delírio."

Este fato me fez lembrar de um texto bíblico que se encontra no livro de Salmos. Davi escreve assim: "Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem." (Salmo 14:1)

Diante dos fatos observados não apenas em Londres, como também ao redor do mundo, fico pensando nas vãs filosofias que os homens preferem colocar em suas mentes. Anos de estudo, da graduação ao pós-doutorado, e no final, grandes "descobertas" que não levam a lugar nenhum. Apenas atestam o fato de que o pecado e Satanás cegaram o entendimento dos incrédulos, para que neles não resplandeça a luz de Cristo.

Infelizmente o quadro é alarmante. Nas escolas, em breve será obrigatório o ensino das teorias e "macacadas" de Charles Darwin. Nos centros universitários, as idéias humanistas ganham cada vez mais adeptos. Nos cursos de doutorado ou mestrado pelo mundo afora, cresce o interesse pelos estudos científicos que tragam descrédito para a idéia da existência de Deus, o Criador.

Mas ao observar estes fatos, encontro alívio que me vem da própria Palavra de Deus. Volto algumas páginas da Bíblia e me deparo com o Salmo 2, versos 4 e 5: "Ri-se aquele que habita nos céus: o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar."

Deus não precisa provar a sua existência para os céticos. Tudo em nossa volta confirma esta grande verdade. A Bíblia já inicia afirmando que "no princípio Deus criou os céus e a terra" - logo, sua existência é tida como certa. Creio na soberana vontade de Deus e confio na sua Palavra. Com certeza haverá o dia em que o Seu justo juízo cairá sobre todos os que insistem em fazer escárnio do Seu grandioso Nome e que preferem "curtir a vida", delirando em suas pobres e vãs filosofias.


Marcos Aurélio de Melo

sábado, 4 de abril de 2009

Aconselhamento bíblico

Você deseja ajudar as pessoas através do aconselhamento? Muito bem. O que você está fazendo para se preparar?

Esta questão é muito importante porque há muitos por aí que não sabem como ajudar outros cristãos a resolver os seus problemas à maneira de Deus. Eles oferecem conselhos que não possuem o menor indicativo de raízes bíblicas. Sugerem o que parece ser melhor na visão deles ou o que aprenderam em alguma aula de psicologia anos atrás.

Este tipo de coisa está acontecento em todo o mundo cristão. E isso precisa ser sanado. A razão é porque aqueles que têm boas intenções nem sempre têm a informação correta, e mesmo querendo ajudar, eles na verdade dificultam.

"Então o que uma pessoa como eu deveria fazer?"

Você pode ler livros. Há muitos deles disponíveis. Você pode fazer alguns cursos (tenha certeza que são bíblicos e compreensíveis). Você pode estudar o curso de Auto-Confrontação*, um programa de discipulado em profundidade.

A principal coisa a fazer é aproveitar a sua boa vontade de ajudar outras pessoas, o que dará a você a capacidade de conseguir isso da forma que agrade a Deus. Tão importante como ajudar as pessoas, sua maior preocupação deve ser honrar a Deus e a Sua Palavra, em tudo o que você faz.


Extraído do Blog de Jay Adams
Tradução e adaptação: Marcos Aurélio de Melo


*Se deseja conhecer mais sobre este Curso de Auto-Confrontação é só seguir o link:

CURSO DE AUTO-CONFRONTAÇÃO

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Onde está o seu tesouro?


A Bíblia diz que onde estiver o nosso tesouro, ali estará também o nosso coração. O que mais valorizamos nesta vida é o tesouro a que o texto bíblico se refere. E se o nosso tesouro estiver nas coisas desta vida, o nosso coração também estará acorrentado neste mundo. Então, vejamos o que Tozer tem a nos ensinar da forma vibrante como ele escrevia.


"O homem cujo tesouro é o Senhor tem todas as coisas concentradas n'Ele. Outros tesouros comuns talvez lhe sejam negados, mas mesmo que lhe seja permitido desfrutar deles, o usufruto de tais coisas será tão diluído que nunca é necessário à sua felicidade. E se lhe acontecer de vê-los desaparecer, um por um, provavelmente não experimentará sensação de perda, pois conta com a fonte, com a origem de todas as coisas, em Deus, em quem encontra toda satisfação, todo prazer e todo deleite. Não se importa com a perda, já que, em realidade nada perdeu, e possui tudo em uma pessoa - Deus - de maneira pura, legítima e eterna."

A. W. Tozer