quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Teologia da Cruz

A teologia da cruz, aplicada à questão da salvação, transformou o meu entendimento. A morte de Cristo é a conquista que me salva, não os meus passos atrapalhados em uma escada da salvação. A menos que eu viva pela fé na conquista dos eventos ocorridos na Sexta-feira da Paixão e comprovada pelas surpresas do Domingo de Páscoa, jamais entenderia como Deus pode justificar e aceitar como seu filho um pecador que merece a maldição, e não sua benção. Mas quando aprendo a ver Deus e sua salvação na perspectiva da cruz, vejo as coisas de uma maneira diferente.

O princípio da cruz é que Deus faz as coisas de maneira surpreendente e contraditória. Para inspirar o nosso louvor, Ele usa as vestes engraçadas da fraqueza e da loucura. Para fazer tudo, Ele parte do nada. Para livrar os pecadores, decide ser “derrotado” por eles, naquele ambiente de desprezo no Calvário.

Quando me acostumo a essa maneira esquisita de ver as coisas, a salvação se torna clara e maravilhosa. Posso estar seguro de que sou justo aos olhos de Deus, porque Ele me vê segundo a morte vicária de seu filho. Por esse motivo, posso ter confiança no amor de Deus quando perco toda a confiança em meu próprio amor. Posso estar cheio de alegria em Deus, mesmo quando fico desesperado ao olhar para mim mesmo.

O que isso tudo significa para nós? A teologia da cruz deveria mudar o nosso modo de ver a salvação. Se desejamos que nossas igrejas abriguem corridas pela superioridade moral e espiritual, podemos silenciar a teologia da cruz enquanto tentamos subir a escada da justiça própria. Todavia, se queremos encher nossas igrejas de pessoas que brilhem com a glória, gratidão e confiança inabalável no amor e na aceitação por parte de Deus, devemos ensinar essa teologia da cruz e a estranha maneira de Deus fazer pecadores quebrantados se tornarem santos redimidos.


Texto extraído e adaptado do livro: Lições de Mestre, de Mark Shaw
Publicado no Brasil pela Editora Mundo Cristão

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