sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A rebeldia do coração

"Mas este povo é de coração rebelde e contumaz; rebelaram-se e foram-se."
Jr. 5: 23

Alguém que está em coma espiritual deixa de perceber a rebeldia do seu próprio coração


O povo de Israel vivia em desobediência constante e não se apercebia da penúria espiritual em que se encontrava. Esta é uma situação deplorável, pois o coração do homem, como é denunciado por Jeremias é totalmente enganoso. Não se pode confiar nele para encontrar soluções diante dos problemas da vida. O coma espiritual leva a pessoa a não perceber que o seu coração é a fonte de toda a rebeldia e obstinação contra Deus. Este estado de coma leva o homem a buscar explicações em vãs filosofias e em pensamentos humanistas, que se distanciam do diagnóstico bíblico sobre o coração do homem.

A Bíblia utiliza em várias passagens o simbolismo da cerviz endurecida, para ilustrar a grande rebeldia do povo de Israel (Jr. 7:26; Jr. 17:23; Jr. 19:15). A situação do coração não é nada boa, segundo a Palavra do Senhor. A rebeldia é algo inerente ao coração do homem, mas muitos não admitem tal afirmação. Na adolescência, por exemplo, os conflitos surgem com os pais e com outras pessoas por conta desta rebeldia que não foi domada nos primeiros anos da infância.

Nenhuma pessoa pode confiar no próprio coração, deixando que os intentos e propósitos internos dirijam o viver, sem amargar tristes resultados. Quem está em coma espiritual começa a enxergar valores bons no coração e a não temer as consequências dos seus atos de rebeldia. Então passa viver sem prestar contas ao Senhor, com o coração totalmente obstinado na prática de pecados. Mesmo diante da justa disciplina, a pessoa em coma espiritual declara a sua independência de Deus.

Quando a voz do coração começa a falar mais alto e damos atenção às suas propostas, é um claro sinal que um coma espiritual se aproxima. Começamos a focalizar muito o ego e a proclamar o evangelho da autoestima. Faz-se necessário que urgentemente busquemos a graça do Senhor em nossas vidas, que é suficiente para nos fazer submissos à vontade de Deus.


MARCOS AURÉLIO DE MELO


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