sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Ano novo, vida nova. Será?

É interessante como a mudança do ano do calendário exerce uma influência quase mágica na mente de muitas pessoas. Não é incomum nesta época de início de um novo ano encontrarmos amigos ou parentes estabelecendo novas resoluções e metas para os próximos 365 dias. Às vezes pode ser uma dieta, um novo esporte, uma nova oportunidade de serviço, uma nova rotina diária para conquistar a tão sonhada vaga em um concurso público. Enfim, poderíamos elencar vários planos que são feitos geralmente no final de dezembro ou no início de janeiro.

O grande problema é que esta forma de encarar a vida pode trazer enorme frustração, pois muitas destas metas não são exequíveis no prazo de um ano. A euforia causada pelas festas de final de ano muitas vezes resultam em decisões que são tomadas e não são levadas ao trono de Deus em oração, para que haja efetividade real. São votos de um ano bom, com paz, saúde e realizações pessoais, mas que não estão alicerçadas numa devoção ainda mais clara e profunda ao Senhor do tempo.

Sendo assim, forma-se um estranho círculo vicioso que não leva a lugar nenhum, tal como a velha ilustração do cachorro que corre atrás do próprio rabo. É interessante avaliarmos nossas vidas, mas não apenas no final de ano. É prudente o estabelecimento de metas, mas podemos fazê-las em momentos diferentes do ano e certamente contaremos com a graça e recursos divinos para consecução de objetivos centrados n'Ele somente.

Votos de fim de ano são ridículos se não passam de verborragia vazia e falácia. É necessário muito mais do que resoluções. Precisamos arregaçar as mangas e agir sem covardia, para que os próximos dias que vivermos nesta terra sejam gastos com o que é de fato valioso e eterno. Não adianta fazer planos e corrermos atrás do vento, é vaidade, como disse o velho pregador do livro de Eclesiastes. Precisamos de um destemor que nasce de um relacionamento correto com Deus, via meditação e apreensão de verdades bíblicas úteis para cada dia do ano, e não somente para quando dezembro ou janeiro chegar.

Fazer votos e não cumpri-los é tolice, é brincar com Deus. Não sejamos crentes "eternas-promessas" que se contentam com vidas de faz-de-conta e assim desperdiçam o precioso tempo. Saiamos fora do arraial, prontos para combater o velho homem que prefere o comodismo. Que sejamos de fato homens e mulheres tementes ao Senhor em qualquer data do calendário (com alegrias ou dificuldades), pois para tal propósito é que fomos regenerados por Cristo e remidos pelo Seu sangue.

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