sábado, 9 de janeiro de 2010

PERDOAR OU NÃO PERDOAR? EIS A QUESTÃO!

Será que temos razões boas (e bíblicas) o suficientes para dizer que não iremos perdoar ninguém que nos ofendeu? Será que nossos melhores argumentos passam no crivo das Escrituras? Apesar das feridas que muitas vezes foram causadas em nós, devemos entender que o perdão é essencial para que possamos viver o Evangelho na íntegra. O perdão de Deus é o derramamento de graça e misericórdia abundantes que provê remissão de pena ao culpado, embora não liberte necessariamente o ofensor das conseqüências físicas e materiais do seu pecado. Para praticar o perdão bíblico, você precisa entender e aceitar o perdão que Deus lhe concedeu pela Sua graça e também seguir o exemplo divino em conceder perdão aos outros.

Na carta aos Efésios, o apóstolo Paulo faz inicialmente uma trajetória para explicar a graça de Deus operando em favor da salvação do pecador e depois dá diretrizes práticas para a vida da igreja. Fazemos bem em atentar para o que está escrito em Efésios 4:32: “Perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.”

Você entende que Deus oferece perdão a você continuamente? A própria natureza de Deus é perdoadora (Salmo 86:5) e por ser santo Ele não pode contemplar o pecado. Mesmo antes de sermos salvos por Cristo Jesus nós já fomos alvos do perdão de Deus (Romanos 5:10), pois a reconciliação era necessária para termos comunhão com o Senhor.

Devemos escolher perdoar apesar de nossos sentimentos. Este é um passo difícil para a grande maioria porque temos a tendência de colocar uma ênfase exagerada nos sentimentos. Não deixe que os sentimentos dominem suas ações, pois isto gera uma inversão pecaminosa na sua vida. Nossas ações devem estar baseadas nos princípios bíblicos e os sentimentos devem ser moldados perante a razão das Escrituras. O perdão é um fator essencial na manutenção de qualquer relacionamento e se ele não existir podemos até questionar se somos de fato cristãos.

O nosso perdão, assim como o de Deus, não é uma questão de ignorar ou deixar passar despercebida a ofensa. O perdão está relacionado com a preservação da justiça. Para que Deus não fosse injusto Ele teve que providenciar o preço justo que pagasse o pecado do homem. Este preço foi o sangue de Jesus Cristo, na cruz do Calvário. Quando alguém pecar contra você, lembre-se que o pecado dele já está pago, eternamente pago. Perdoe com base na graça e não nos méritos do ofensor. E muito importante: Não levante mais o pecado contra aquela pessoa!

O perdão um ato de obediência ao Senhor (Col. 3: 13) e deve ser concedido de coração (Mt. 18:35). O perdão é amor de Jesus Cristo em ação e um compromisso de:
Não guardar um registro das ofensas sofridas (I Co. 13:5);
Não fixar seu pensamento na ofensa sofrida (Fl. 4:8);
Não espalhar os pecados do ofensor, denegrindo a imagem da pessoa (Ef. 4:29);
Restaurar a comunhão com a pessoa perdoada ou com o ofensor à medida que for biblicamente possível (Rm. 12:18).

Visto que conceder perdão aos outros é uma ordem (Ef. 4:32), você peca quando se recusa a perdoar (Tg. 4:17) Quando não concede perdão aos outros, você revela uma ingratidão egoísta diante do perdão misericordioso que Deus lhe concedeu (Mt. 18:21-35). Diante dos princípios bíblicos discutidos aqui, responda às seguintes perguntas:
1 – Existe alguém que lhe causou uma ofensa e até hoje você não perdoou tal pessoa?
2 – Que tipo de perdão você está oferecendo? É um perdão mesquinho e condicional?
3 – Existe alguém a quem você ofendeu que não deseja ter mais comunhão com você? O que você já fez quanto a isto? O que você poderia fazer de agora em diante?
4 – Qual a sua maior dificuldade quanto a este assunto de perdão? Ore ao Senhor para que o Seu Espírito remova as barreiras que o impedem de sair da zona de conforto e busque a restauração dos relacionamentos.


AULA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
MARCOS AURÉLIO DE MELO
CLASSE DE JOVENS - IBRJA

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