quarta-feira, 3 de abril de 2013

Os riscos do poder



Há um ditado popular bastante conhecido que afirma: “Se você quer conhecer alguém, dê-lhe poder.” Quando o poder está em jogo, amigos de toda vida podem transformar-se em inimigos mortais.
O poder ou a influência que uma pessoa tem sobre outras pode ser usado tanto para o bem como para o mal. Nós carregamos um desejo inato (herdado de Adão) de exercer domínio sobre outros e ter a primazia em todas as coisas. Ou seja, reside em nós o desejo de poder. Sob este aspecto, o orgulho torna-se manifesto no mais alto grau.
O sucesso na carreira de uma pessoa pode levá-la a ficar mais dependente de si mesma e menos confiante em Deus. Passar por cima dos outros para conseguir mais poder ou status é a tônica do nosso tempo. Quantas pessoas resolvem “amar o presente século” e se tornam fascinadas pelas conquistas pessoais?
O poder que o dinheiro favorece também é extremamente perigoso. Por isso a Bíblia faz constantes advertências para que não sejamos materialistas, e que busquemos ajuntar melhores tesouros nos céus. O nosso coração é facilmente iludido pelas coisas que o dinheiro pode comprar e pelo status que ele pode nos oferecer. É necessário que cultivemos um constante desapego das coisas deste mundo.
Na vida do rei Saul, podemos observar as trágicas consequências do poder destrutivo que arruinou a vida de muitos ao seu redor. Quando exercemos alguma influência sobre outros, podemos incorrer nos mesmos erros do rei Saul: racionalizar uma obediência parcial diante da clara orientação de Deus e agir tolamente. Saul foi dominado pela sede de poder, e quando se viu ameaçado pela popularidade do jovem Davi, sua verdadeira face veio à tona.
Os homens foram colocados por Deus em posição de liderança dentro do lar, mas não podem utilizar-se desta posição de modo errôneo, agindo como ditadores. Dentro do lar cristão, o homem é o cabeça e responderá como líder. Mas isso não lhe dá o direito de se tornar autoritário e orgulhoso.
Constantemente, os discípulos de Cristo trocavam farpas para estabelecer quem seria o maior. Jesus confrontou a visão medíocre dos seus seguidores com seu próprio exemplo. Toda vez que decidimos quem é o maior, também estamos decidindo quem é o menor. Mas no reino de Deus esta visão estraga os relacionamentos, pois todos nós devemos aprender a viver como servos.
O antídoto para não sermos tentados pela ilusão do poder é cultivarmos um estilo de vida que considera os outros “superiores a nós mesmos”, servindo ao nosso próximo com altruísmo. O que você tem feito atualmente para servir aos outros? O serviço é o método de Deus para evitarmos o fascínio e a corrupção que o poder traz ao nosso coração enganoso.

Material para EBD Jovens - IBR Jardim Amazonas

Nenhum comentário: