terça-feira, 23 de março de 2010

Por força das circunstâncias

Série de postagens
Argumentos Pecaminosos - Parte final
Texto-Bíblico: I Samuel 13:13

A Bíblia diz que Saul ainda utilizou como argumento a força das circunstâncias para justificar a sua desobediência. Segundo ele, diante das pressões que estava sofrendo, não teve como aguardar o profeta chegar para oferecer o holocausto. A NVI traduz assim: “Por isso, senti-me obrigado a oferecer o holocausto.” Na verdade, Saul tentou se apresentar como uma vítima das circunstâncias contrárias ao seu redor. Culpando as circunstâncias, intrinsecamente Saul estava culpando a Deus, pois é Ele quem controla todas as circunstâncias em benefício do seu povo.

Não encontramos respaldo nas Escrituras para defender um pecado baseando nosso argumento nas circunstâncias ou no “calor do momento”. Algumas pessoas até justificam suas ações pecaminosas por causa de um temperamento explosivo que as levam a agir de forma precipitada. Somos convocados a vigiar sempre para que sejamos sábios em toda e qualquer situação, visando exclusivamente glorificar a Deus com o nosso proceder. Nenhuma circunstância pode ser utilizada como justificativa para defender nosso procedimento pecaminoso.

Imagine como Jó sofreu em tudo o que passou. A pressão das circunstâncias contrárias era tremenda, mas ele se manteve fiel ao seu Deus. A mulher de Jó ainda sugeriu que Ele amaldiçoasse a Deus, mas apesar do momento aflitivo ele não ousou pecar com sua boca. Diz a Bíblia que “em tudo isso Jó não pecou nem atribuiu a Deus falta alguma.” (Jó 1:22 e Jó 2:10). Também podemos lembrar de Daniel, que teve que atravessar acusações contra a sua fé (Dn. 6). Daniel foi pressionado por um decreto do rei Dario que proibia qualquer oração dirigida a outros deuses, mas ele não se mostrou receoso para fazer suas orações ao Deus de Israel com as janelas abertas. Ele nunca negou sua fé em Deus, como muitos na mesma situação poderiam negar, afirmando que “não tinha outro jeito, fui obrigado a agir assim”.

John MacArthur, no seu livro "Sociedadade sem pecado", relata que em Nova York, durante um assalto, um ladrão foi baleado pelo proprietário da loja e ficou paralítico. Depois de um tempo, ele processou o proprietário da loja. O argumento do advogado foi que o ladrão era uma vítima da desigualdade social e da insensibilidade do proprietário da loja. O júri concordou com estes argumentos e o dono da loja pagou alta soma de dinheiro.

Não devemos esquecer que o ensino das Escrituras é totalmente contrário a este pensamento. A Bíblia nos mostra que Deus não deixa o seu povo passar por situações que não possa suportar (I Co. 10:13). “Deus sempre providencia o escape, nós é que não queremos escapar.” Que sejamos crentes fiéis ao Senhor apesar das circunstâncias.

Marcos Aurélio de Melo

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