terça-feira, 28 de maio de 2019

Pecado bom é pecado morto


"Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis" (Rm. 8:13)

Ficou famoso o bordão utilizado por várias pessoas quando se trata do combate à criminalidade: "bandido bom é bandido morto." Não entrando na questão política e social que sustenta a discussão em torno do tema, é interessante buscar a analogia que podemos extrair deste bordão. Certamente o pecado será sempre um inimigo a ser combatido em prol da saúde da nossa alma. E como bem sabemos o pecado é um bandido audacioso, que rouba a nossa alegria, mata a nossa vitalidade espiritual e sequestra a nossa paz de consciência. Não podemos baixar as armas espirituais quando se trata do velho homem feroz e do pecado que tenazmente nos assedia. Seja por ação, omissão ou pensamento, devemos estar atentos a todas as emboscadas em que o pecado bandido quer nos surpreender. Sabemos que a luta é ferrenha, envolve esforço e dedicação sempre crescentes, uma vez que o pecado será um inimigo que não desiste fácil dos seus ataques. Em cada momento da vida, desde o momento em que acordamos de manhã, faz-se necessário revestir-nos dos frutos do Espírito, a fim de que o pecado não tenha espaço para seus ataques insidiosos ao nosso coração.

Os feitos do corpo, no linguajar paulino, representam esta tendência pecaminosa humana que busca dominar o homem, fazendo refém de práticas afrontosas à santidade de Deus. Mas é plenamente possível mortificarmos os feitos do corpo, mediante o poder e a dependência do Espírito Santo, de quem decorre o selo que em cada crente foi posto pela misericórdia divina. Nada ou ninguém pode nos separar do amor que nos alcançou pela graça do Senhor, e, portanto, temos os recursos espirituais que nos foram disponibilizados para não cedermos ao pecado e às suas ardilosas investidas sobre nós.

Temos que deixar de lado a indolência quando o assunto é lutar contra aquilo que em nós busca resistir à autoridade do Senhor. Crentes indolentes são presas fáceis ao mundo, à carne e ao diabo, pois não fazem uso adequado dos recursos espirituais disponíveis para mortificação dos feitos do corpo. Por isso, os enganos do coração pecaminoso ganham musculatura e vencem facilmente as investidas, levando o cristão a um estado de mediocridade espiritual. Sem alegria, sem ânimo e sem a paz que excede o entendimento habitando em sua alma, fica difícil fazer frente ao pecado e suas artimanhas. Sendo assim, é urgente que adotemos a frase “pecado bom é pecado morto” não como mais um chavão decorado, mas como uma prática diária que nos levará à maturidade espiritual e nos fará cada vez mais resistentes em nossa luta contra o pecado.

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