quinta-feira, 16 de maio de 2019

A BELEZA DA GRAÇA


A beleza da graça é que ela não apenas nos resgata, ela nos coloca em nosso lugar. A graça nos humilha quando abre nossos olhos para o fato de que nem tudo se refere a nós. A graça nos faz amar o Rei em vez de querer ser o rei. Ela expõe o quanto somos sujos e espiritualmente necessitados. Ela nos recebe em um reino muito maior e mais belo que o nosso. A graça nos capacita a investir em coisas eternas, não nos prazeres temporários que consumiriam todo o nosso tempo e dinheiro. A graça nos faz sentir pequenos sem nos sentir sozinhos ou abandonados. Ela nos diz que somos pobres enquanto nos oferece riquezas maiores que as que conhecemos. A graça nos faz entender o perigo que somos a nós mesmos e a profundidade de nossa necessidade momento a momento. A graça revela o quanto nosso coração é instável, sem jamais ridicularizar nossa fraqueza. A graça não apenas nos humilha uma vez, mas repetidamente, quando nosso coração orgulhoso nos coloca no centro de novo.

Somente a graça pode fazer crescer em nosso coração as coisas que progressivamente nos libertam da escravidão do amor ao dinheiro ou a qualquer outra coisa que desafie o governo que só Deus deve ter. Somente a graça pode transformar uma pessoa cheia de direitos em uma pessoa grata. Somente a graça pode transformar um coração exigente e invejoso em um coração verdadeiramente contente. Somente a graça pode nos fazer pacientes, livres de um coração que quer o que quer agora. Somente a graça no capacita a sermos compassivos, capazes de ver as necessidades dos outros e cuidar delas, em vez de sermos dominados pelo que é nosso. Somente a graça pode transformar esse falso rei em alguém que investe seu tempo e seu dinheiro a serviço do Rei.

        Que possamos concluir a respeito de nossas vidas o mesmo que Paulo concluiu: “Pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que Ele me deu não tem sido inútil” (1 Cor 15:10a). Exaltemos sempre a beleza da graça em nos redimir e nos santificar para sermos úteis ao Rei dos reis.

Adaptado de Paul Tripp

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