O Senhor trabalha efetivamente em nós
quando nos exercitamos em vidas disciplinadas e submissas a Ele. Com isto quero
dizer que a disciplina espiritual (exercícios regulares) é fundamental para o
progresso na fé. De maneira simples, podemos afirmar que autodisciplina é a
disposição de subordinar interesses pessoais egoístas aos interesses eternos do
nosso Deus. Mas toda a disciplina empregada pode se transformar em autoengano
se não estiver embasada em um genuíno relacionamento com o Senhor.
Uma vida de compromisso com Cristo não
será marcada por concessões ao pecado, pelo contrário, haverá santas afeições e
disposições no sentido de agradar aquele que por nós ofereceu-se como
sacrifício. Se não há integridade em nossas ações, o arrependimento é o caminho
para realinhar a consciência diante do Senhor, que nos conhece perfeita e
totalmente. Visto que não há nada que possamos esconder do Senhor, a confissão
humilde atesta o reconhecimento de nossa fragilidade diante dEle. Somente
mediante uma postura de contrição é possível entender a malignidade do pecado
que cometemos contra Deus, que em Sua santidade não pode contemplar o mal.
Portanto, a qualidade da vida cristã perpassa necessariamente por
arrependimento contínuo e dependência constante das verdades libertadoras do
Evangelho.
O salmista adverte sobre a importância do
santo temor de ofender a Deus ou pecar contra Ele: “O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam” (Salmo
111:10). Uma das salvaguardas que nos ajudam a sermos preventivos na vida
cristã é a escolha do temor saudável, do assombro e do respeito por Deus. Tal
reverência nos motiva e nos coloca em guarda de modo que não tropecemos e
percamos nossa alegria. Ela também nos dirige de maneira que não ofendamos ao
Senhor, não comprometamos a integridade do nosso testemunho diante dos
incrédulos ou neguemos nossa utilidade e ministério na vida de outros crentes
no corpo de Cristo.
A graça do Senhor é sempre abundante para
nos tirar do tremedal de lama do pecado e fortalecer nossos pés sobre a rocha das
promessas bíblicas. Sendo assim, confiemos na verdade eterna de que há perdão
disponível para aqueles que se arrependem de seus caminhos tortuosos e
reconhecem a única fonte de verdadeira alegria: o próprio Deus gracioso e bom.
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