quinta-feira, 9 de maio de 2019

Santo temor e integridade


O Senhor trabalha efetivamente em nós quando nos exercitamos em vidas disciplinadas e submissas a Ele. Com isto quero dizer que a disciplina espiritual (exercícios regulares) é fundamental para o progresso na fé. De maneira simples, podemos afirmar que autodisciplina é a disposição de subordinar interesses pessoais egoístas aos interesses eternos do nosso Deus. Mas toda a disciplina empregada pode se transformar em autoengano se não estiver embasada em um genuíno relacionamento com o Senhor.

Uma vida de compromisso com Cristo não será marcada por concessões ao pecado, pelo contrário, haverá santas afeições e disposições no sentido de agradar aquele que por nós ofereceu-se como sacrifício. Se não há integridade em nossas ações, o arrependimento é o caminho para realinhar a consciência diante do Senhor, que nos conhece perfeita e totalmente. Visto que não há nada que possamos esconder do Senhor, a confissão humilde atesta o reconhecimento de nossa fragilidade diante dEle. Somente mediante uma postura de contrição é possível entender a malignidade do pecado que cometemos contra Deus, que em Sua santidade não pode contemplar o mal. Portanto, a qualidade da vida cristã perpassa necessariamente por arrependimento contínuo e dependência constante das verdades libertadoras do Evangelho.

O salmista adverte sobre a importância do santo temor de ofender a Deus ou pecar contra Ele: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que o praticam” (Salmo 111:10). Uma das salvaguardas que nos ajudam a sermos preventivos na vida cristã é a escolha do temor saudável, do assombro e do respeito por Deus. Tal reverência nos motiva e nos coloca em guarda de modo que não tropecemos e percamos nossa alegria. Ela também nos dirige de maneira que não ofendamos ao Senhor, não comprometamos a integridade do nosso testemunho diante dos incrédulos ou neguemos nossa utilidade e ministério na vida de outros crentes no corpo de Cristo.

A graça do Senhor é sempre abundante para nos tirar do tremedal de lama do pecado e fortalecer nossos pés sobre a rocha das promessas bíblicas. Sendo assim, confiemos na verdade eterna de que há perdão disponível para aqueles que se arrependem de seus caminhos tortuosos e reconhecem a única fonte de verdadeira alegria: o próprio Deus gracioso e bom.

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