Um dos
tristes resultados do pecado é que ele nos leva, em algum momento da vida e de
alguma forma, a aceitar a ilusão da independência. Independência é o que a
serpente vendeu a Adão e Eva, mas essa independência é tão falsa quanto uma
nota de três reais. A moeda falsa da independência é a recompensa que o inimigo
continua a tremular diante de cada um de nós. A mentira é mais ou menos assim:
“Você pode ser qualquer coisa que quiser ser ou fazer, qualquer coisa”! Essa
mentira tem o objetivo de nos fazer crer que somos mais sábios e justos do que
realmente somos. Ela nos faz pensar que não fazemos coisas maléficas porque
existe algo ruim dentro de cada um de nós, mas por causa das pressões externas
com as quais somos forçados a lidar. Essa mentira tenta nos convencer de que somos
capazes e merecemos recompensas.
A
Bíblia deixa muito claro que a procura por independência nunca termina em
independência; ela termina em escravidão. Por quê? Porque fomos cuidadosamente
projetados pelo Criador para vivermos em um relacionamento dependente,
obediente e adorador com Ele, e em relacionamento humilde e interdependente com
outros seres humanos. A procura por independência não é apenas um erro
espiritual, ela é uma negação fundamental da nossa humanidade. A busca por
independência sempre nos deixa dependentes de uma lista de coisas para as quais
nós olhamos, em vez de esperança, vida, força e descanso. Numa tentativa vã de
nos enganar achando que somos independentes, nos tornamos viciados em coisas que
iludem, as quais jamais darão descanso ao nosso coração.
O Salmo
23 nos ensina, entre outras coisas, que somos pessoas com uma necessidade
constante e urgente da ajuda do bom Pastor. E mesmo que andemos com Deus
durante mil anos, continuaremos necessitando da Sua ajuda tanto quanto
necessitamos no primeiro dia em que fomos socorridos por Sua forte mão. A única
maneira de você encontrar descanso no Pastor divino é fugindo da ilusão da
independência. Por que você não faz isso com maior frequência em sua vida.
Texto
adaptado de Paul Tripp
Livro:
Abrigo no temporal
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