sábado, 8 de junho de 2019

INDEPENDÊNCIA É ILUSÃO



Um dos tristes resultados do pecado é que ele nos leva, em algum momento da vida e de alguma forma, a aceitar a ilusão da independência. Independência é o que a serpente vendeu a Adão e Eva, mas essa independência é tão falsa quanto uma nota de três reais. A moeda falsa da independência é a recompensa que o inimigo continua a tremular diante de cada um de nós. A mentira é mais ou menos assim: “Você pode ser qualquer coisa que quiser ser ou fazer, qualquer coisa”! Essa mentira tem o objetivo de nos fazer crer que somos mais sábios e justos do que realmente somos. Ela nos faz pensar que não fazemos coisas maléficas porque existe algo ruim dentro de cada um de nós, mas por causa das pressões externas com as quais somos forçados a lidar. Essa mentira tenta nos convencer de que somos capazes e merecemos recompensas.

A Bíblia deixa muito claro que a procura por independência nunca termina em independência; ela termina em escravidão. Por quê? Porque fomos cuidadosamente projetados pelo Criador para vivermos em um relacionamento dependente, obediente e adorador com Ele, e em relacionamento humilde e interdependente com outros seres humanos. A procura por independência não é apenas um erro espiritual, ela é uma negação fundamental da nossa humanidade. A busca por independência sempre nos deixa dependentes de uma lista de coisas para as quais nós olhamos, em vez de esperança, vida, força e descanso. Numa tentativa vã de nos enganar achando que somos independentes, nos tornamos viciados em coisas que iludem, as quais jamais darão descanso ao nosso coração.

O Salmo 23 nos ensina, entre outras coisas, que somos pessoas com uma necessidade constante e urgente da ajuda do bom Pastor. E mesmo que andemos com Deus durante mil anos, continuaremos necessitando da Sua ajuda tanto quanto necessitamos no primeiro dia em que fomos socorridos por Sua forte mão. A única maneira de você encontrar descanso no Pastor divino é fugindo da ilusão da independência. Por que você não faz isso com maior frequência em sua vida.


Texto adaptado de Paul Tripp
Livro: Abrigo no temporal

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