quarta-feira, 3 de julho de 2013

Motivação para o testemunho sadio

"mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação." (1 Pedro 2:12)

O Cristianismo pela sua própria essência opunha-se ao paganismo em tudo. Portanto, os cristão eram considerados malfeitores, tidos como pessoas que estavam “transtornando o mundo” e eram muito perseguidos pois não compactuavam com as práticas pecaminosas, consideradas comuns e aceitáveis naquela época. Além disso, eram acusados de subversão e rebeldia contra o império. Mas o apóstolo Pedro sabia que a melhor resposta para estes acusadores era a integridade de vida, e por isso exorta os cristão para que tenham procedimento exemplar e para que apresentem um testemunho saudável e coerente com os princípios do reino de Deus.

Há neste texto uma motivação escatológica para que evidenciemos um procedimento exemplar. O dia da visitação ao qual Pedro se refere será o dia em que Deus acertará as contas, será o dia da inspeção final em que os ímpios e incrédulos ouvirão o veredito. Pesará contra aqueles que rejeitaram a Cristo o fato de terem visto o bom procedimento dos cristãos genuínos, e não se importarem com suas próprias vidas. Pesará contra eles terem visto evidências de retidão e pureza nos cristãos, e mesmo assim continuarem irredutíveis em seus próprios pecados. Estes renderão glória a Deus no dia da visitação, não para obter salvação (pois já se encontrarão no estado eterno), mas em reconhecimento do Senhorio de Cristo sobre a vida de homens e mulheres que evidenciaram um compromisso com o testemunho coerente e exemplar, que viveram de modo digno do Evangelho de Cristo.

O fato é que nós vivemos à luz da eternidade. O que somos e como agimos neste mundo tem importância eterna. Não devemos ficar indiferentes, vivendo de qualquer maneira, sabendo que nosso procedimento terá implicações eternas, inclusive para que Deus seja glorificado quando der o veredito para aqueles que não se submeteram a Cristo Jesus. Eu e você, precisamos ser testemunhos vivos da mudança que Cristo faz na vida de um pecador, vivendo em harmonia com os princípios bíblicos para que a glória final seja toda do Senhor, que nos criou, redimiu e santificou.

A nossa verdadeira motivação para apresentarmos um testemunho coerente e louvável não deve ser o aplauso ou o reconhecimento das pessoas. Esta atitude é farisaica e deve ser rejeitada de pronto. Cada cristão precisa evidenciar um testemunho exemplar com a motivação na glória de Deus, e isto de modo que os ímpios possam reconhecer a grande maravilha operada na vida do povo rejeitado e perseguido pelo nome de Jesus. Os não-salvos nos observam diariamente, falam contra nós (1 Pe. 3:16; 4:4) e procuram desculpas para rejeitar o evangelho. O nosso procedimento deve ser tão límpido a ponto de emudecer a ignorância dos insensatos. Warren Wiersbe escreveu que “a conduta do cristão não deve apresentar coisa alguma que possa ser usada pelos incrédulos como munição contra Cristo e o evangelho.”

Sua vida está pautada num testemunho autêntico que traga glória somente ao Senhor, seja neste mundo ou no porvir? Será que sua vida reflete a motivação correta para apresentar um testemunho digno? Jesus nos ensinou:“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” ( Mt. 5:16) Lembre-se: tudo o que fizermos aqui ecoará na eternidade, e precisamos ter a clara noção de que Deus deseja que o nosso testemunho sirva para glorificá-lo tanto aqui na terra quanto no porvir. O Senhor nos disponibiliza recursos espirituais para que o nosso procedimento seja digno diante dEle. Portanto, necessitamos aplicar todo empenho em ajustar nossas vidas ao padrão de Deus para que somente Ele receba toda a glória pelo grande milagre efetuado em cada um dos Seus servos.

O testemunho do cristão precisa autenticar a fé professada na pessoa e obra de Cristo Jesus; senão, a fé que se diz ter é simplesmente um “arremedo de fé.”

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