terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A realidade da supremacia de Deus

Texto-bíblico: Malaquias1: 5, 6, 11, 14b

O texto bíblico apresenta repetidamente a ideia da grandeza de Deus e do zelo que Ele tem por Seu próprio Nome. O profeta Malaquias lembra que Deus é o Senhor e Pai da nação israelita, mas este fato não foi levado em conta pelos sacerdotes que ofereciam sacrifícios imundos no templo. A supremacia do Senhor era notável em toda a terra desde o nascente até o poente. Mas os sacerdotes desconsideravam abertamente a realidade da supremacia do Senhor dos Exércitos, cujo nome é terrível entre as nações. Por meio do seu profeta, Deus denunciou a falta de temor e respeito para com o Seu Nome Excelso. Este fato testifica que a indiferença reinava nos corações de todos os sacerdotes da nação de Israel.

Numa de suas cartas a Erasmo de Roterdã, Lutero escreveu: "As tuas ideias sobre Deus são demasiadamente humanas". O deus de que se fala atualmente, principalmente no Teísmo Aberto, foi diminuído para caber nos argumentos humanistas e se adaptar ao sentimentalismo vazio. Mas o Deus que as Escrituras revelam é o Totalmente Outro. O Deus das Escrituras é grande em força e forte em poder, majestoso e soberano, Rei e Senhor, Criador e Sustentador da vida, magnífico, exaltado, sublime e vitorioso. Ele habita em alto e sublime trono por toda a eternidade e nada foge do Seu domínio. Quando recebeu as ofertas do povo para a construção do templo, Davi orou em alta voz: “Teu, Senhor, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força” (1 Crônicas 29:11-12).

Deus tem zelo por sua própria glória sem egoísmo, porque nEle não há pecado. Deus diz “a minha glória, não a darei a outrem” (Is. 48:11), porque não há ninguém maior em santidade, honra e poder. "A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo" (Is. 40:25). Deus é Supremo criador e benfeitor, que faz todas as coisas para que o Seu nome seja exaltado e glorificado. O Deus que abriu o Mar Vermelho, que fez a terra parar de girar, que destronou reis e levantou nações, que guiou o Seu povo no deserto e fez cair alimento do céu, que derrubou as muralhas de Jericó e conquistou a terra de Canaã.

As percepções inadequadas sobre a pessoa de Deus resultam em indiferença no relacionamento com Ele. Quando Deus não é honrado e glorificado como Supremo Senhor, a indiferença em nossas vidas torna-se visível. Precisamos ter uma visão clara sobre a majestade e supremacia do nosso Deus para que possamos banir qualquer vestígio de indiferença das nossas vidas. J. I. Paker, no seu livro “O conhecimento de Deus” faz um sério alerto aos leitores logo nas primeiras páginas: “Despreze a visão correta sobre Deus e você estará sentenciando a si mesmo a passar a vida aos tropeções, como um cego, sem nenhum senso de direção.”

Muitos naufrágios espirituais iniciaram por uma visão inadequada sobre Deus e sua Majestade. Alguns cristãos que corriam bem já não estão na corrida porque começaram a desconsiderar a grandeza do Senhor em suas vidas. O cristianismo hoje em dia se encontra raquítico porque muitos pastores desprezaram a percepção gloriosa da supremacia de Deus. Por isso é fundamental termos uma teologia correta com base na verdade das Escrituras.

Você há de concordar que não sobra espaço para a indiferença em nossas vidas se considerarmos a insondável grandeza de Deus. O salmista Davi reconheceu a importância disto: “Meditarei no glorioso esplendor da tua majestade e nas tuas maravilhas. Falarei do poder dos teus feitos tremendos e contarei a tua grandeza” (Salmo 145: 6-7). Quando o profeta Isaías contemplou a beleza da Majestade divina ele não ficou indiferente ao chamado divino para a Sua vida, mas prontamente se dispôs: “Eis-me aqui, envia-me a mim.”

O nosso Deus é grande e majestoso, A Ele rendamos sempre honra e louvor!
 
 
MARCOS AURÉLIO DE MELO
SERMÃO COM BASE EM MALAQUIAS 1

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