quinta-feira, 15 de abril de 2010

Assim caminha a cristandade..

Gosto de compartilhar com vocês os textos e homilias que eu mesmo escrevo. Mas hoje eu gostaria de abrir o espaço do meu blog para COMPARTILHAR um trecho do artigo de Franklin Ferreira, que li no Blog da Editora Fiel. Na minha opinião você deve seguir o link logo abaixo e ler o artigo na íntegra pois ele possui uma lucidez admirável, em meio a tantos modismo da nossa época.


Antigamente, os fundamentalistas usavam a Escritura como texto-prova (dicta probantia). Podiam praticar uma hermenêutica literalista ou ingênua. Mas havia uma genuína preocupação em citar o
texto bíblico, de remeter seus ensinos para a Escritura. Hoje, nem isto. De um lado, a invasão dos métodos críticos na interpretação da Escritura supostamente tornou sem razão afirmar algo a partir das Escrituras, já que esta, para muitos dos que seguem tais metodologias, não é mais inspirada, mas mero produto humano. Do outro lado, as supostas novas revelações ligadas aos bispos e apóstolos neo-pentecostais tornaram a Escritura um mero acessório em suas comunidades. Por isto, no âmbito eclesiástico, basta unir alguns chavões piedosos à linguagem religiosa, e qualquer idéia passará facilmente por “cristã”. E os fiéis a seguem, sem nem mesmo se preocuparem em examinar “as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim” (Atos 17.11). A nobreza foi perdida. Por isso, o que se tem é o ressurgimento do velho gnosticismo, mais uma vez tentando se parecer com o cristianismo. Mas gnosticismo não é cristianismo.

Na medida em que a igreja brasileira loucamente tenta colocar de lado o “bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível” (1Tm 6.15-16), uma nova casta sacerdotal vai surgindo, com seus apóstolos e bispos endinheirados, e com certos eruditos que constantemente precisam apelar à falácia do argumento magister dixit, enquanto se agarraram às teorias críticas do século xix como se fossem a última moda teológica, todos igualmente caricatos e bufões. E vive-se o absurdo onde abandonar a Escritura, desprezar a igreja, transformar Jesus num curandeiro ou mestre inofensivo é ser de vanguarda, mas qualquer crítica feita a esta nova classe sacerdotal, grandemente responsável por esta doença, equivale à blasfêmia, atraindo a ira e a revolta de seus cegos seguidores, que se juntam em correntes de ódio.


É só clicar no link para o artigo no blog Fiel: http://migre.me/wSTO

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