sexta-feira, 27 de outubro de 2017

REMORSO X ARREPENDIMENTO


Você sabe a diferença entre remorso e arrependimento? Paulo, em 2 Coríntios 77: 8-11, faz uma clara distinção entre a tristeza segundo o mundo e a tristeza segundo Deus. A realidade do pecado como afronta à santidade divina deve trazer-nos tristeza segundo Deus, que nos impulsiona a profundas mudanças em nosso viver.

A tristeza mundana não passa de um remorso. A tristeza mundana experimenta o pecado, estremece de dor e sente pesar, mas apenas por um breve momento. A tristeza mundana está realmente determinada a lutar contra o pecado, somente por enquanto. O problema é que esta recente descoberta de convicção e pesar, bem como este abalo emocional, são todos de curta duração. O foco da tristeza segundo o mundo é o mundo. Pessoas que sofrem por remorso estão angustiadas porque estão perdendo (ou temem perder) as coisas que o mundo oferece. Este tipo de tristeza, conforme argumenta o apóstolo Paulo, conduz à morte. É letal porque brota do mesmo tipo de coração que deseja em primeiro lugar dedicar-se a si mesmo.

Na tristeza segundo Deus há uma mudança de perspectiva. O foco é a santidade divina que foi afrontada. As lágrimas de tristeza fluem do sincero desgosto por ter quebrado a santa lei do Deus que nos ama. Ou seja, esse profundo pesar é motivado por Deus e orientado para Deus. A tristeza segundo Deus produz arrependimento para vida, que transborda em paz real e duradoura. Este pesar por ter pecado estende-se para além de um momentâneo tormento de dor e pontadas fugazes de convicção. Alguém que experimenta a tristeza segundo Deus ocupa-se na batalha contra o pecado, buscando força e graça necessária no poder de Cristo.

Façamos uma avaliação importante: se a tristeza que temos vivenciado não nos leva a uma verdadeira e durável transformação, então tivemos uma experiência mundana, e precisamos desesperadamente da tristeza segundo Deus. O nosso pesar em relação ao pecado não pode ser um simples remorso. Assim como Daniel orou, necessitamos corar de vergonha e lamentar profundamente sobre a real condição de nosso coração. E assim, fazer os ajustes necessários para reorientar biblicamente a forma como encaramos o pecado que tenazmente nos assedia. Portanto, deixemos o remorso para trás e busquemos a verdadeira paz que o arrependimento genuíno nos proporciona.

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