sexta-feira, 10 de abril de 2015

Qual é a vontade de Deus

O livro de Gary E. Gilley é desafiador pela abordagem a que se propõe. O autor, pastor da Igreja Southern View Chapel, Springfield, Illinois, trata do assunto de modo a deixar o leitor estarrecido ao ser confrontado com a visão que não é predominante no meio evangélico sobre a forma como Deus dirige as vidas dos homens. Há muito emocionalismo vazio e impressões pessoais sem qualquer amparo bíblico quanto à questão de "descobrir qual é a vontade específica de Deus para a minha vida". O autor não nega em momento algum que Deus é soberano e age como Lhe apraz para efetuar a Sua vontade, mas lança fortes argumentos contrários à preocupação e angústia dos crentes em descobrir e acertar qual é a vontade de Deus na tomada de decisões. Os princípios bíblicos e ensino das Escrituras são suficientes e eficazes para que vivamos de modo piedoso, inclusive na tomada de decisões que honrem a Deus.

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Deixo aqui algumas citações do livro para despertar também o desejo que você leia o livro na íntegra:

As vítimas espirituais perfeitas dos esquemas mentirosos são aquelas com o coração aquecido e a cabeça vazia (pág. 24).

A Bíblia em lugar nenhum ensina que Deus tem uma vontade específica para a vida de cada crente que que deve ser encontrada através de meio extrabíblicos (pág. 40).

Procuraremos em vão situações nas quais Deus dirigiu Seu povo através de pressentimentos e sugestões (pág. 44).

Um dos problemas com as circunstâncias é que elas têm natureza subjetiva; isto é, podemos entendê-las da maneira que desejarmos. Na melhor das hipóteses, as circunstâncias representam oportunidades (ou ausência de) que podem nos ajudar na tomada de decisões, mas não são ordens de Deus (pág. 53).

A questão é, em vez de tentar penetrar os céus para procurar pelos mistérios ocultos de Deus, nos concentrarmos naquilo que Deus revelou a nós. São as coisas reveladas que nos capacitam a viver em conformidade com os caminhos de Deus (pág. 57).

Não é possível a Deus dar revelação que não seja autoritativa e que não demande obediência (pág. 67).

Todas as vezes que Deus falou na história bíblica, o receptor não teve dúvidas de que estava ouvindo a voz de Deus (pág. 68).

A semelhança com Cristo é a marca do Espírito Santo, não um tipo particular de encontro emocional (pág. 75).

Em Atos, ninguém teve que aprender como ouvir a voz de Deus nem ninguém foi guiado por pressentimentos ou sugestões. A voz de Deus era inconfundível e Sua mensagem era cristalina (pág. 83).

Ele (Deus) não está nos desafiando para descobrir as pistas que vão levar ao Seu plano para nossas vidas. Em vez disso, Sua vontade está claramente impressa nas páginas das Escrituras (pág. 89).

No Novo Testamento não nos é dito para procurar a vontade de Deus, mas para tomarmos decisões baseadas nos mandamentos e princípios bíblicos. A compreensão destes princípios dá ao filho de Deus maravilhosa liberdade e grande confiança para conduzir a vida de maneira que agrade ao Senhor (pág. 95).

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