segunda-feira, 4 de junho de 2012

PORTANTO, VÓS ORAREIS ASSIM

“Orar não é somente a mais sublime atividade da alma humana, mas também é o mais profundo teste a que pode ser submetida a nossa condição espiritual, quanto à sua autenticidade.” (Martin Lloyd-Jones)

Em Mateus 6:9-13, o Senhor Jesus nos ensina as principais diretrizes para a prática da oração.

Que diretrizes são estas?

1) Considerar que pertencemos à família de Deus: “Pai Nosso”. Este termo indica intimidade e ligação genuína à Deus. Fomos adotados em Sua família e por isso podemos nos dirigir a Ele como Pai. A oração é uma conversa em família, através da qual expressamos nossa total dependência da única Pessoa que pode nos suprir (Ef. 1:5; Ef. 2:19).

2) Considerar que Deus é Supremo sobre todas as coisas: “que estás nos céus”. Esta frase indica que Deus não fica restrito às convenções e ideias humanas. Ele é o totalmente Outro, que governa majestosamente (Is. 57:15). Ao orar, precisamos lembrar que Deus, o Criador do universo, não pode ser manipulado por nenhuma de suas criaturas.

3) Considerar a excelência da santidade de Deus: “santificado seja o Teu nome”. Os judeus tinham um zelo grandioso pelo nome de Deus e não ousavam pronunciá-lo de maneira descuidada. O profeta Isaías foi profundamente impactado pela convicção da santidade de Deus (Is. 6:3-5). Não há ninguém como Deus – infinito em valor. A sua santidade é a sua transcendência divina, única e gloriosa. Ao orar, devemos reconhecer a santidade de Deus, que produz o santo temor em nossos corações. O crente genuíno deseja que Deus cause em sua vida tudo o que for necessário para que a glória santa de Deus seja vista e nome do Senhor exaltado entre as nações.
 
4) Considerar que o reino de Deus deve ser priorizado: “venha a nós o Teu reino”. Este deve ser o desejo diário de todo verdadeiro discípulo. O reino de Deus precisa estar acima do “meu reino” (conquistas, posses, realizações, atividades). Aliás, um dos resultados da oração autêntica é tornar o nosso coração cada vez mais submisso a Deus.

5) Considerar que a vontade de Deus é sempre a melhor: “seja feita a Tua vontade assim na terra como no céu”. Como discípulos, precisamos desistir de impor a nossa vontade quando oramos. Somos escravos de Cristo e, portanto, não temos nenhuma prerrogativa para estipular qual agenda o Senhor deve seguir. O exemplo de Jesus no Getsêmani é marcante (Mt. 26:39).

6) Considerar que o cuidado de Deus é constante: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. Orar é expressar confiança em Deus, que suprirá cada uma das nossas reais necessidades. Ele é o Supremo Pastor (Sl. 23:1) que provê de bênçãos para que sejamos úteis no seu reino e para frutificarmos em toda boa obra. Não podemos usar a oração como um recurso para satisfazer os nossos caprichos, porque Deus não atende caprichos.

7) Considerar que o perdão divino é indispensável: “perdoa as nossas dívidas”. O cristão é fruto do perdão de Deus concedido graciosamente em Cristo Jesus. Esta maravilhosa verdade nos acompanha por toda a nossa vida, pois necessitamos do perdão de Deus em todos os momentos. Ao orar, nós temos que encontrar deleite no perdão que é derramado sobre nós por causa da misericórdia do Senhor que se renova a cada amanhecer (Lm. 3:22). Nossa esperança repousa na superlativa misericórdia de Deus!

8) Considerar a importância das relações harmoniosas com base no perdão: “assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. O perdão que recebemos de Deus deve ser compartilhado com os que praticam algum mal contra nós (Col. 3:13). A vida cristã não existe à parte do perdão, é um requisito essencial para todos os relacionamentos.

9) Considerar que os recursos de Deus são suficientes: “não nos deixes cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Nas Escrituras não faltam exemplos de Deus guardando o seu povo. Além disso, Ele nos provisiona com recursos espirituais para não sermos enganados pelas astúcias do nosso velho homem, do mundo ou de Satanás. O crente precisa reconhecer diariamente que se está de pé é somente pela graça de Deus. Alguns textos importantes que comprovam que Deus nos supre de recursos para que sejamos vitoriosos na vida cristã: 1 Co. 1: 13; 2 Pe. 1:3-4.


Estudo do Sermão do Monte
Escola Bíblica Dominical - Jovens
IBR Jardim Amazonas
Petrolina - PE


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