segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Decisões precipitadas

Em Cades Barnéia (Nm. 14:1-12), os israelitas decidiram escolher um líder que os levasse de volta para o Egito. O retrocesso aqui é notório. Esta decisão precipitada é tomada no calor da situação, diante dos enormes perigos que os espias relataram ao povo. Sem a menor cautela eles passam por cima da liderança de Moisés e Arão e resolvem eleger um capitão que os conduza em “segurança” ao Egito. Também decidem apedrejar Josué e Calebe (Nm. 14:10) que falavam confiantes na graça de Deus, no Seu poder e majestade. Foram decisões precipitadas que colocaram em evidência o que estava no coração do povo: a falta de satisfação com a graça de Deus. Em momento algum desta narrativa observamos um mínimo de bom senso, apenas a precipitação em agir por impulso, sem ao menos consultar ao Senhor.

Este comportamento precipitado do povo de Israel já foi observado também na ocasião em que fizeram um bezerro de ouro (Ex. 32:1-6), porque Moisés demorava em descer do monte Sinai. Agiram por impulso novamente, pela dureza do coração em não estar satisfeito com a graça de Deus.

Não saber esperar em Deus é um indicativo de insatisfação com a Sua graça. Prudência cabe em qualquer lugar na vida, mas somente quem está plenamente satisfeito com a graça do Senhor terá condições de agir com prudência. Em Pv. 19:2, lemos: “Não é bom proceder sem refletir e peca quem é precipitado.” As decisões precipitadas estão diretamente relacionadas a falta de confiança no cuidado de Deus. Tomamos decisões precipitadas porque pensamos ter a melhor solução. Só depois descobrimos que foi um “tiro no pé” que nos deixará com cicatrizes por toda a vida. Por isso devemos sempre estar satisfeitos com o que Deus tem reservado para nós. Saber esperar sem agir precipitadamente é uma demonstração de satisfação com a provisão divina.

Às vezes somos levados no calor de um momento a tomar decisões precipitadas. Pressionados pelas circunstâncias deixamos de valorizar a graça do Senhor sobre nós e resolvemos agir por nossa conta. Este tipo de comportamento demonstra autossuficiência que é uma afronta ao nosso Deus. Podemos até pensar que estamos avançando, mas na realidade estamos retrocedendo quando deixamos de confiar na graça suficiente de Deus para tomar decisões precipitadas. Eleger um líder para voltar ao Egito ou decidir apedrejar dois servos de Deus demonstra um grande retrocesso do povo de Israel.

Como nós estamos em relação a este aspecto? Confiar na abundância da graça de Deus e estar satisfeito com ela é a melhor saída. Não esqueça disso! Que sejamos crentes que depositam esperança em Deus e não agem por impulso, movidos por decisões precipitadas que certamente acabarão mal. A vida do crente deve ser de completa dependência do Senhor em comunhão constante. Quando estamos insatisfeitos com a Sua Maravilhosa graça teremos dificuldade em esperar e depender de Deus. Vamos orar como Davi: “Esperei confiantemente no Senhor, Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro” (Sl. 40:1). Esta é a melhor decisão: confiar na suficiência do Senhor.

MARCOS AURÉLIO DE MELO

Um comentário:

Danilo Fernandes disse...

Marcos,

Gostei muito do seu blog.

Seja bem vindo a blogoesfera cristã! Aqui precisamos muito de homens de Bíblia.

A internet é um espaço precioso onde podemos falar de Jesus e discutir diferentes pontos de vista!

Vamos nos seguir. Te vejo por lá!

A Paz e o Bem!

Abraços,

Danilo Fernandes

http://www.genizahvirtual.com/