A oração é, e sempre foi, o lado ativo da doutrina da providência. A oração é o reconhecimento, não do benefício psicológico de algum exercício mitológico, mas do fato de que nós cremos que Deus existe, que Deus se importa conosco, que Deus está no controle e que Deus providencia tudo, e cremos de tal modo que estamos dispostos a fazer alguma coisa com base nisso, isto é, a falar com ele.
A providência nos lembra que não passamos de criaturas, que somos dependentes de Deus e que, junto com o mundo todo, estamos sob o senhorio de Deus; a oração é uma atividade pela qual reconhecemos que não podemos ser nosso próprio senhor. A providência nos lembra que nem tudo é desesperadamente absurdo ou sem sentido; a oração é a nossa maneira de dizer "sim" diante da convicção de que Deus está operando os seus propósitos na natureza, nos homens e na história. A providência é um lembrete de que o Senhor é um Deus de graça e generosidade; a oração é a nossa maneira de responder ao seu convite para fazermos parte da família da sua aliança, para sermos seu filho ou sua filha, seus cooperadores neste mundo. A providência nos lembra que o Deus vivo não é um destino imutável diante do qual só podemos manter silêncio e ficar passivos; a oração é a nossa reação diante do convite de Deus para que partilhemos da comunhão com ele, uma expressão da nossa união com ele.
Portanto, através da oração nós expressamos a nossa confiança na providência de Deus e descobrimos como a nossa própria vontade deve ser alinhada com a sua vontade soberana e cheia de amor por nós. A nossa ação na oração se encontra na sua resposta transformadora.
Autor: DAVID ATKINSON
Extraído do livro: A Mensagem de Rute
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