sábado, 12 de julho de 2014

A tarefa de criar filhos

Existem dois extremos perigosos e antibíblicos na tarefa de criar filhos. O primeiro extremo é a passividade extrema. O segundo extremo é agressividade extrema. Vou explicar cada um destes extremos. O pai e a mãe devem evitar estes dois extremos, visando somente o equilíbrio que a Bíblia oferece para esta tarefa de educar e amadurecer os filhos.

1º) Passividade
Ser um pai passivo não é uma virtude cristã e não encontra base nas Escrituras. Passividade é deixar que os filhos pintem o sete e encarar como normal algumas atitudes que são pecaminosas. Muitas crianças já sabem que os seus pais são passivos e que não haverá nenhuma punição pelo mal cometido, por isso não se importam com seus atos e agem sem nenhum limite. Alguns pais até acham engraçado o que as crianças fazem, e por isso não se importam em discipliná-las biblicamente. A Bíblia mostra a passividade do sacerdote Eli em não lidar com a rebeldia dos seus filhos. Este sacerdote sabia que seus filhos não andavam de modo correto, e desprezavam a carne que era sacrificada no templo em honra ao Senhor Deus. Mas Eli não tomou nenhuma atitude, não impôs limites aos seus filhos. A história mostra que o fim desta família foi uma verdadeira catástrofe.

2º) Agressividade
Ser um pai agressivo também não é correto na criação dos filhos. A Bíblia fala da disciplina com vara em alguns textos no livro de Provérbios, mas isto não significa espacamento ou violência com os filhos. Muitas famílias estão mergulhadas num contexto de ódio por conta de uma postura agressiva dos pais em relação aos seus filhos.  Pais agressivos, que usam a força bruta e deixam seus filhos com feridas e cicatrizes, devem ser punidos pela lei pelos crimes praticados de violência e lesão corporal. Isto com toda certeza não agrada a Deus. O uso da vara deve ser moderado pelo amor pelos filhos, pois o que pai deve almejar é o amadurecimento completo daqueles que Deus lhe confiou. O pai deve sim usar a disciplina, mas sempre visando a restauração do filho que errou e oferecendo sempre o caminho do perdão. Dois versículos servem para reforçar bem esta ideia: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe” (Pv. 29:15). “A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Pv. 22:15).

Nem a passividade e nem tampouco a agressividade são caminhos que os pais devem seguir. Os pais precisam entender que a criação de filhos é uma tarefa que somente Deus pode suprir com as ferramentas necessárias. Os pais devem entender que estão treinando os seus filhos para a vida. E este treinamento só será bem sucedido se estiver sob a orientação que vem do Senhor. Uma família sem a orientação do Senhor está fadada ao fracasso. Um treinamento adequado requer amor e práticas bíblicas no contexto familiar, não o amor barato vendido nas novelas, mas o amor redentivo apresentado pelo próprio Deus. Portanto, ame o seu filho a tal ponto que ele saiba agradecê-lo pelas disciplinas que recebeu e pela orientação das Escrituras que foram repassadas a ele.

Nenhum treinamento físico é feito sem suor. Semelhantemente, a tarefa de educar filhos exigirá esforço e empenho constante dos pais. O filho bem treinado trará alegrias aos seus pais, e, mesmo que não traga, os pais ficarão com a consciência bem tranquila de que fizeram um bom trabalho.

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