sábado, 6 de agosto de 2011

Introdução às bem-aventuranças

As bem-aventuranças refletem o caráter do verdadeiro discípulo de Cristo, enfatizando que a felicidade relaciona-se diretamente com o coração. Este breve resumo é o material utilizado na classe de jovens da Escola Bíblica Dominical.

Introdução às bem-aventuranças


Texto-bíblico: Mateus 5: 3-12

O termo “bem-aventurado” (makarios, no grego), significa feliz, abençoado, afortunado, congratulado ou ditoso. Cristo nos ensina que a verdadeira felicidade não é encontrada nas circunstâncias ou nas alegrias deste mundo passageiro. As bem-aventuranças resumem o que é a verdadeira felicidade segundo Jesus. De acordo com as palavras iniciais do Sermão do Monte, o que é motivo de felicidade para o discípulo é totalmente oposto ao que o mundo considera.

O que se espera do verdadeiro discípulo de Cristo é que ele manifeste todas essas qualidades descritas nas bem-aventuranças. Os crentes foram “chamados para ser santos”, ou seja, não há exceção para viver a piedade conforme a Bíblia ensina. Isto significa que as bem-aventuranças descrevem na íntegra o caráter de um seguidor de Cristo que reflete uma profunda compreensão sobre felicidade.

ASPECTOS IMPORTANTES:

1. AS BEM-AVENTURANÇAS SÃO INTERDEPENDENTES
Ninguém pode ser “humilde de espírito” se também não “chorar”. Ninguém pode “ter fome e sede de justiça” se também não for “manso” e “pacificador”. Ou seja, uma bem-aventurança liga-se e funde-se a outras, que se complementam de forma harmoniosa na vida de um verdadeiro discípulo de Cristo.


2. AS BEM-AVENTURANÇAS NÃO SÃO QUALIDADES NATURAIS
Somente a graça de Deus, por meio do Espírito Santo em nós, é capaz de produzir estas qualidades espirituais. Por natureza, nenhum ser humano tem condições de apresentar tais qualidades se não nascer de novo pelo poder de Deus. Mesmo que um incrédulo apresente alguns indicativos morais com base nos ensinos de Cristo, a verdade é que ainda está longe do padrão divino. As bem-aventuranças evidenciam o controle do Espírito Santo e somente os crentes são habitados por Ele.


3. AS BEM-AVENTURANÇAS DISTINGUEM RADICALMENTE O CRENTE E O INCRÉDULO
O crente e o incrédulo são totalmente diferentes quanto àquilo que admiram. O discípulo verdadeiro tem como alvo viver à luz do que é ensinado por Cristo, mesmo que seja considerado “fraco ou sonhador” pelos que estão a sua volta. O homem incrédulo acredita na autoconfiança, em ser dono do próprio nariz. As ambições de um não-regenerado evidenciam apenas o egoísmo em seu coração.
HOMEM NATURAL: - “Bem-aventurados os que têm fome e sede de riquezas, dinheiro, fama e posição social.” - “Bem-aventurados os que impõem a sua vontade a todo custo”
HOMEM ESPIRITUAL: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, os mansos e os pacificadores”

4. AS BEM-AVENTURANÇAS ATESTAM QUE O CRENTE É CIDADÃO DE OUTRO REINO
A primeira e a última bem-aventurança prometem a mesma recompensa: “...porque deles é o reino dos céus”. Cristo começou e encerrou as bem-aventuranças desta forma para nos lembrar que pertencemos a outro reino, que não o deste mundo (Fl. 3:20). Em certo sentido, estamos sob o governo ou reinado de Cristo (Cl. 1:13), portanto precisamos dar evidências disto em nosso dia-a-dia. O cidadão do reino dos céus é um peregrino neste mundo. Um peregrino está de passagem e não se amolda aos costumes dos lugares por onde passa. Portanto, a cartilha que o cidadão da pátria celestial segue é radicalmente contrária a tudo que diz respeito a este século (Rm. 12: 1, 2).


APLICAÇÕES:

Sua compreensão a respeito de “felicidade” alinha-se com a definição de Cristo?
Na sua família ou nos relacionamentos interpessoais que você cultiva, que evidências as pessoas têm visto de que você pertence a outro reino? Se você fosse preso por ser cristão, haveria provas suficientes para condená-lo? Reflita seriamente sobre o seu testemunho diário em comparação com o padrão que Cristo requer dos seus discípulos.
Se você tem encontrado dificuldades em vivenciar as bem-aventuranças em seu cotidiano, será que não está dependendo de sua própria força e capacidade, ao invés de depender do Espírito Santo? Lembre-se que é Deus quem efetua “tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade”.
Você poderia dar testemunho de alguma situação de sua vida em que uma atitude mostrou a grande diferença que existe entre o crente e o incrédulo?

PARA PENSAR:

“Ao contrário dos dons do Espírito, que ele distribui a diferentes membros do corpo de Cristo a fim de equipá-los para diferentes espécies de serviço, o mesmo Espírito está interessado em produzir todas estas bem-aventuranças em todos os cristãos.”


MARCOS AURÉLIO DE MELO