sábado, 19 de julho de 2014

Avanço na jornada cristã

Texto: Josué 6: 1-5
Tema: “Valorizando os recursos espirituais para o avanço na jornada cristã”

INT. I ) O desenvolvimento corporal é o que se espera naturalmente de um ser humano, e quando isto não acontece é porque houve algum problema que impediu o crescimento, como a deficiência na produção de hormônios apropriados. Existe um glândula em nosso cérebro chamada hipófise. Esta glândula é responsável pela produção de um hormônio (a somototropina). Uma das principais funções desta hormônio é proporcionar um estímulo para o crescimento dos ossos e dos tecidos, influenciando diretamente na estatura alcançada pela pessoa ao chegar a idade adulta. Quando existe algum déficit na produção deste hormônio do crescimento ao longo da infância provoca sérios problemas no desenvolvimento corporal, inclusive uma doença chamado nanismo. A doença costuma evidenciar-se nos primeiros anos de vida, sobretudo até aos 2 ou 3 anos de idade. As pessoas que sofrem desta doença são popularmente conhecidos como anões. Em geral, esses indivíduos têm uma estatura menor que 1,45 metro no caso de homens e 1,40 metro no caso de mulheres.

INT. II) De forma similar, espera-se de cada cristão um avanço, um desenvolvimento visível e um crescimento em maturidade. É necessário que haja real progresso na vida de alguém que foi salvo por Cristo Jesus e que as evidências reais de santificação seja notórias. Deus quer “que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13). A fé que justifica é a mesma fé que santifica. Ela é suficiente para nos trazer crescimento e maturidade espiritual. O texto em epígrafe retrata a primeira investida militar do povo de Israel dentro de Canaã, depois que atravessaram o rio Jordão. Há um certo tom de expectativa neste texto, pois Israel passa a dominar a terra prometida aos patriarcas, é o pontapé inicial de uma jornada de vitórias e derrotas, avanços e retrocessos. Josué liderou o povo nesta conquista contra Jericó, e o texto nos mostra claramente que:

“O exercício contínuo da fé é indispensável para o avanço efetivo na jornada cristã”

O texto nos mostra que o exercício contínuo da fé é indispensável para o avanço efetivo na jornada cristã sob três ASPECTOS:

1) A confiança irrestrita no projeto do Senhor (vs. 1)

Por que atacar e invadir inicialmente logo Jericó, uma cidade muito fortalecida e de muros enormes? Lembre-se que o povo de Israel não tinha poderio militar, comparável à cidade de Jericó conhecida no mundo da época. Se fossemos fazer uso da "razão humana", certamente poderíamos pensar que seria melhor treinar o povo numa batalha mais fácil de vencer, talvez contra a minúscula cidade de Ai. Vendo sob uma perspectiva humana Jericó era um território intransponível, mas este era o projeto do Senhor e por isso não deveria ser abandonado.

Deus tem os Seus planos ao nos conduzir por caminhos que naturalmente não escolheríamos. Ele nos guia sabiamente por vales e desertos porque tem um projeto exclusivo na vida de cada cristão. Este projeto visa a glória do Seu nome, não a nossa comodidade ou preferência pessoal.

A letra do hineto nos diz: “Regozija em Deus, que erros não faz, Ele sabe o fim do caminho em que vais; Pois ao te provar, purifica, qual ouro então serás.” Se confiamos na infalível Palavra de Deus, precisamos também confiar sem temor no infalível Deus da Palavra.

Haverá dias negros, haverá dias cinzas e haverá dias claros. Mas em todos os dias precisamos confiar que o Senhor é quem nos guia por vales, montes e campinas. Como ovelhas que são conduzidas por um bom pastor, assim somos nós. Não precisamos temer, pois o Deus que conhece todas as coisas está conosco por toda a jornada.

O projeto que o Senhor tem preparado para nossas vidas é oposto à nossa vontade egoísta. Nós preferimos atalhos, mas o Senhor nos leva por caminhos que nos colocam à prova, para que possamos depender dEle em nossos atos e decisões. O projeto do Senhor para cada um de nós inclui a cruz: sermos confrontados diariamente com desejos egoístas e fazermos morrer esta natureza carnal. O projeto do Senhor inclui sofrimento, para que possamos ser refinados no cadinho. Estamos dispostos a confiar irrestritamente neste projeto do Senhor e abandonarmos nossos caminhos de autossatisfação?

2) A confiança irrestrita na promessa do Senhor (vs. 2)

A promessa "Entreguei na tua mão a Jericó" não poderia ser mais direta. O contexto de medo e pavor diante daquela tarefa seria dissipado se Josué confiasse integralmente nesta promessa. Em outras palavras, o Senhor disse: “Eu já estabeleci isto, Eu já designei isto, Eu já providenciei que Jericó será derrotada.” Não existe no texto nenhuma sombra de dúvida, pois o que Senhor havia prometido aos patriarcas certamente seria cumprido na íntegra. Antes de atravessar o rio Jordão, Josué ouviu do Senhor: “Dentro de três dias passareis o Jordão, para que entreis na terra que o Senhor vos dá a possuir, para a possuirdes”. (Js. 1:11). A certeza da conquista nunca é sempre destacada no livro de Josué.

Por meio do poder de Deus, precisamos fazer calar a nossa velha natureza que teima em colocar em dúvida as promessas de Deus. Martin Lloyd-Jones escreveu o livro Depressão Espiritual, no qual ele trata sobre o abatimento na vida do cristão. Ele afirma que uma das razões de tristeza e abatimento é porque o crente não se apropria das promessas de Deus. Ele dá uma dica: pregue para você mesmo as promessas do Senhor, tal como fazia o salmista Davi: "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu." (Sl. 42:11)

Nós somos experts em fazer promessas e não cumprir. Que promessas você fez no início do ano e que já foram deixadas para trás? Alguns prometeram perder peso e cuidar melhor da saúde, mas onde estão os frutos desta promessa? Com Deus isto não acontece, o que Ele de fato promete certamente há de ser verdade na vida do Seu povo amado.

É óbvio que precisamos da iluminação do Espírito Santo para discernirmos o que é e o que não é promessa do Senhor. Há muitas pessoas colocando promessas na boca do Senhor, coisas que Ele nunca prometeu, geralmente distorções de versículos bíblicos fora do seu contexto. Precisamos ficar presos não à imaginação, mas à revelação; presos não ao que queremos, mas às verdadeiras promessas de Deus!

Um excelente exercício para a fé é confiar nas promessas de Deus. As promessas de Deus estão em plena vigência, por exemplo: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fl. 4:7) e “Seja forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo por onde quer que andares” (Josué 1:9). A luta contra o pecado é uma luta contra a incredulidade nas promessas de Deus. Contra a cobiça material, podemos apegar-nos à promessa do SENHOR: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.” (Hb. 13:5)

3) A confiança irrestrita na instrução do Senhor (vs. 3-5)

Poderíamos classificar que o método adotado pelo Senhor não era muito convencional. Para os padrões militares da época, rodear a cidade marchando por seis dias seguidos e no sétimo dia bradar em gritos, não era uma estratégia conhecida até então. Aparentemente, aquele povo tinha perdido o senso do ridículo ou da infantilidade. O nosso método certamente não seria este; passaríamos outras instruções às pessoas sob a nossa liderança: como fazer trincheiras, como lançar cordas e escalar os muros...

As instruções que são dadas no início de um voo são úteis no caso de pane da aeronave ou em caso de acidentes em que haja sobreviventes. É interessante como a maioria dos passageiros não presta a mínima atenção para aquelas instruções que podem salvar suas vidas. Muitos nem olham para os comissários de bordo que gesticulam as saídas de emergência. As instruções do Senhor para nossas vidas são úteis para a manutenção de nossa saúde espiritual. Se negligenciarmos tais instruções e seguirmos nossa intuição ou nossos sentimentos, certamente amargaremos enormes prejuízos em nosso viver.

O Salmo 119 é um tributo à instrução que procede do Senhor. “Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti” (vs. 11). Não se trata de uma simples memorização do texto bíblico. É uma linguagem poética: o salmista não abre mão da instrução do Senhor.

As instruções do Senhor são sempre as melhores não importam as consequências que venham sobre nós. Se Deus ordenou não questione, faça o que Ele requer, mesmo que seja tachado de ridículo ou antiquado. Em nosso país, é comum ouvirmos que: “ordem judicial tem que ser cumprida, sob pena das sanções previstas em lei.” Ele é o Senhor; nós somos apenas escravos, e na melhor das hipóteses, escravos inúteis, porque fazemos apenas o que nos foi ordenado. Não haverá nenhum crescimento ou avanço espiritual se resistirmos às ordens dadas por Deus. Em todas as coisas somos instruídos por meio da Sua Palavra para que possamos agir de modo sábio. Para agirmos de modo agradável ao Senhor é necessário seguirmos à risca as instruções dadas por Ele.


Mensagem para Culto nos lares dia 19/07/14

terça-feira, 15 de julho de 2014

Uma triste realidade

“A doutrina da justificação pela fé — uma verdade bíblica, e uma bênção que nos liberta do legalismo estéril e de um inútil esforço próprio — em nosso tempo tem-se degenerado bastante, e muitos lhe dão uma interpretação que acaba se constituindo um obstáculo para que o homem chegue a um conhecimento verdadeiro de Deus. O milagre do novo nascimento está sendo entendido como um processo mecânico e sem vida. Parece que o exercício da fé já não abala a estrutura moral do homem, nem modifica a sua velha natureza. É como se ele pudesse aceitar a Cristo sem que, em seu coração, surgisse um genuíno amor pelo Salvador. Contudo, o homem que não tem fome nem sede de Deus pode estar salvo? No entanto, é exatamente nesse sentido que ele é orientado: conformar-se com uma transformação apenas superficial.”

A. W. TOZER

segunda-feira, 14 de julho de 2014

TUDO ELE PAGOU

Hinos de Louvor nº 35
Elvina M Hall
John T. Grape


Ouço o Salvador dizer:
"Teu poder é ineficaz,
Vem meu filho interceder,
Tudo em Mim encontrarás"

TUDO ELE PAGOU, DEVEDOR EU SOU
DO PECADO ME LAVOU, TÃO ALVO ME TORNOU

Nem direito tenho eu
De sua graça demandar
Só no sangue de Jesus
Minhas vestes vou lavar


Ante o trono do Senhor
Eu perfeito estarei
"Meu Jesus por mim morreu"
Para sempre cantarei

sábado, 12 de julho de 2014

A tarefa de criar filhos

Existem dois extremos perigosos e antibíblicos na tarefa de criar filhos. O primeiro extremo é a passividade extrema. O segundo extremo é agressividade extrema. Vou explicar cada um destes extremos. O pai e a mãe devem evitar estes dois extremos, visando somente o equilíbrio que a Bíblia oferece para esta tarefa de educar e amadurecer os filhos.

1º) Passividade
Ser um pai passivo não é uma virtude cristã e não encontra base nas Escrituras. Passividade é deixar que os filhos pintem o sete e encarar como normal algumas atitudes que são pecaminosas. Muitas crianças já sabem que os seus pais são passivos e que não haverá nenhuma punição pelo mal cometido, por isso não se importam com seus atos e agem sem nenhum limite. Alguns pais até acham engraçado o que as crianças fazem, e por isso não se importam em discipliná-las biblicamente. A Bíblia mostra a passividade do sacerdote Eli em não lidar com a rebeldia dos seus filhos. Este sacerdote sabia que seus filhos não andavam de modo correto, e desprezavam a carne que era sacrificada no templo em honra ao Senhor Deus. Mas Eli não tomou nenhuma atitude, não impôs limites aos seus filhos. A história mostra que o fim desta família foi uma verdadeira catástrofe.

2º) Agressividade
Ser um pai agressivo também não é correto na criação dos filhos. A Bíblia fala da disciplina com vara em alguns textos no livro de Provérbios, mas isto não significa espacamento ou violência com os filhos. Muitas famílias estão mergulhadas num contexto de ódio por conta de uma postura agressiva dos pais em relação aos seus filhos.  Pais agressivos, que usam a força bruta e deixam seus filhos com feridas e cicatrizes, devem ser punidos pela lei pelos crimes praticados de violência e lesão corporal. Isto com toda certeza não agrada a Deus. O uso da vara deve ser moderado pelo amor pelos filhos, pois o que pai deve almejar é o amadurecimento completo daqueles que Deus lhe confiou. O pai deve sim usar a disciplina, mas sempre visando a restauração do filho que errou e oferecendo sempre o caminho do perdão. Dois versículos servem para reforçar bem esta ideia: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe” (Pv. 29:15). “A insensatez está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Pv. 22:15).

Nem a passividade e nem tampouco a agressividade são caminhos que os pais devem seguir. Os pais precisam entender que a criação de filhos é uma tarefa que somente Deus pode suprir com as ferramentas necessárias. Os pais devem entender que estão treinando os seus filhos para a vida. E este treinamento só será bem sucedido se estiver sob a orientação que vem do Senhor. Uma família sem a orientação do Senhor está fadada ao fracasso. Um treinamento adequado requer amor e práticas bíblicas no contexto familiar, não o amor barato vendido nas novelas, mas o amor redentivo apresentado pelo próprio Deus. Portanto, ame o seu filho a tal ponto que ele saiba agradecê-lo pelas disciplinas que recebeu e pela orientação das Escrituras que foram repassadas a ele.

Nenhum treinamento físico é feito sem suor. Semelhantemente, a tarefa de educar filhos exigirá esforço e empenho constante dos pais. O filho bem treinado trará alegrias aos seus pais, e, mesmo que não traga, os pais ficarão com a consciência bem tranquila de que fizeram um bom trabalho.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Assim caminha a humanidade…

A espiritualidade contemporânea define Deus como o empregador que dá oportunidades iguais a todos, a fonte universal de energia, que está à espera para ser tocada por todos nós. O que acreditamos não é importante: o desafio é entendermos a nós mesmos à luz desse poder mais elevado que já está em nós. Se precisarmos de perdão, só é preciso concedê-lo a nós mesmos, pois quebramos os mandamentos de um Deus que não é pessoal. Não existe o Deus que se ofende, portanto, não existe o Deus a quem precisamos pedir perdão. A moda é a autossalvação por meio do autoconhecimento.

Erwin Lutzer